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Logística E Distribuição (5)

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1 Graduandos do Curso de Administração das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (FVR), Registro, SP. 
² Graduado em Administração (UFPR). Especialista em Administração de Marketing (FESP). Mestre em Administração pela 
Universidade de Extremadura (Espanha) reconhecido pela UFSC. Professor das Faculdades Integradas do Vale do Ribeira. 
Sócio-Proprietário da Ampla RH Consultoria Ltda. 
 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 7, p 92-116, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
 
Revista Ampla de Gestão Empresarial 
 www.revistareage.com.br 
 
 
 
 
LOGÍSTICA E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
 
 
Diego dos Santos Ferreira1 
Edson Oliveira Ferreira1 
Egton Vamberto de Andrade1 
Willian Barros da Silva1 
Carlos Eduardo Pinto² 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Os estudos sobre logística têm sido direcionados para as atividades de 
manufatura ou de transportes, dispensando pouca atenção às atividades de 
prestação de serviços, apesar de estas dependerem diretamente de decisões 
sobre como atender às necessidades dos clientes que estão distantes fisicamente 
e sobre a aquisição do material utilizado na prestação dos serviços. Este trabalho 
pretende estudar como a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos-Correios 
estrutura seu processo logístico – por meio da exploração de uma revisão 
conceitual sobre logística e da análise das informações obtidas junto à unidade de 
análise, contribuindo assim com os estudos sobre logística, em especial aqueles 
voltados para as empresas prestadoras de serviços, considerando que as 
operações dos Correios são a sua própria competência logística utilizada para 
prestar serviços. 
 
Palavras-Chave: Logística. Transportes. Prestação de serviços. Canais de 
Distribuição. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 
Logística e Canais de Distribuição 
Ferreira,D.S.F. ; Ferreira, E.O.; Andrade, E.V.; Silva, W.B.; Pinto , C.E. 
93 
 
Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 7, p 92-116, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
ECT- Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – Diretorial Regional de 
São Paulo Metropolitana esta localizada a Rua Mergenthaler, n. 598, bloco II 234 
andar, Vila Leopoldina, São Paulo/SP 05311-900. 
Esta sede Regional, conta em seu prédio central, com praticamente todos 
os departamentos da empresa, financeiro, recursos humanos, marketing, além é 
claro do departamento de operações que estudaremos no presente trabalho. 
Com uma estrutura capaz de cobrir os 5.561 municípios brasileiros. para 
desenvolver a operação de coleta e entrega de 3.541 toneladas de 
correspondências e encomendas diariamente, os Correios utilizam uma rede 
intermodal – aéreo e terrestre – para percorrer 813.000 km por dia e fazer chegar 
aos 41 milhões de domicílios 32 bilhões de objetos e 400 mil encomendas. 
Sua estrutura é composta por 12.520 agencias, 11 terminais de carga, 104 
centros de tratamento de correspondências (CTC’s), 707 Centros de Distribuição 
Domiciliar (CDD’s), 4.435 módulos de caixa postal comunitária, 3.689 agencias 
comunitárias e 26.166 caixas de coleta de correspondências. 
No Brasil, a estabilização econômica desde 1994, a intensificação da 
integração regional e a consolidação do Mercado Comum do Sul-Mercosul criaram 
impacto sobre as empresas e as condições de competitividade. Entretanto, a 
busca pela modernização e maior eficiência na área de logística esbarram na 
deficiência de infraestrutura e na carência de conhecimentos e formação de mão-
de-obra especializada. As especificidades das operações dos Correios 
fomentaram este estudo e enriqueceram a abordagem, pois a empresa 
desenvolve atividades logísticas tanto como processo, quanto como produto. Este 
caso permite aproximar da compreensão sobre operações logísticas em empresas 
prestadoras de serviços, pois as operações dos Correios são a sua própria 
competência logística utilizada para prestar serviços de coleta e entrega de 
correspondências e encomendas e também seu produto, ao passo que a empresa 
oferece sua competência logística àquelas empresas interessadas em solucionar 
questões de fluxo de materiais e informações. 
O conceito de logística integrada ainda experimenta o processo de 
consolidação, e por isso necessita de estudos que contribuam com a consistência, 
Logística e Canais de Distribuição 
Ferreira,D.S.F. ; Ferreira, E.O.; Andrade, E.V.; Silva, W.B.; Pinto , C.E. 
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Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 2, N° 2, art. 7, p 92-116, maio 2013, ISSN 2317-0727 
 
diversidade e aplicabilidade de sua teoria. As atividades logísticas são praticadas 
desde a antiguidade e, ao longo do tempo, sofreram evoluções em suas práticas e 
seus conceitos, até que na era contemporânea foram reconhecidas como 
atividades integradas. A sistematização da teoria vem sendo atualizada ao passo 
que as demandas variam devido às alterações ambientais, que exigem aumento 
de eficiência e de eficácia no fluxo físico e de informação e no atendimento ao 
cliente. A concorrência global e a evolução da tecnologia da informação (ti) foram 
importantes estímulos da modernização das atividades logísticas por 
possibilitarem a flexibilidade e a agilidade necessárias para atender a um novo 
perfil de cliente, mais informado e exigente. 
Entretanto, os estudos têm sido direcionados para as atividades de 
manufatura ou de transporte. Anteriormente, as atividades de serviços não 
exerciam importante influência econômica, mas a evolução tecnológica e o 
surgimento de um novo tipo de empresa prestadora de serviços – global, virtual e 
inteligente – abrem espaço para a ampliação da abrangência dos conceitos de 
logística, pois essa nova empresa está preocupada em solucionar questões a 
respeito de distância dos clientes, de fluxo de informações e de suprimento dos 
materiais utilizados na prestação dos serviços. 
Este trabalho pretende explorar e descrever as características das 
operações logísticas que os Correios brasileiros praticam, cujo estudo de caso foi 
desenvolvido por meio de uma revisão bibliográfica sobre logística integrada e 
logística na prestação de serviços e da análise das informações coletadas junto a 
um gerente da unidade de análise, contribuindo assim com a construção da teoria 
sobre logística integrada, em especial aquela direcionada às empresas 
prestadoras de serviços, as quais carecem de trabalhos que tratem de suas 
especificidades. 
O principal problema que a logística busca solucionar, é equacionar 
produção e demanda para disponibilizar bens e serviços aos consumidores, nas 
condições físicas que esperam, quando e onde desejam. 
Este estudo tem como problema central evidenciar como a Empresa 
Brasileira de Correios e Telégrafos estrutura seu processo logístico, por meio de 
Logística e Canais de Distribuição 
Ferreira,D.S.F. ; Ferreira, E.O.; Andrade, E.V.; Silva, W.B.; Pinto , C.E. 
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informações coletadas junto a um gerente de operações de uma regional do 
estado de São Paulo. 
O presente estudo busca compreender o processo de logística em uma 
empresa estatal publica, a partir do conhecimento construído sobre os pilares das 
disciplinas estudadas no Curso de Administração de Empresas. 
(Buscando definir o processo logístico dos correios, conhecer a malha 
utilizada pelos correios, apontar os meios de transporte mais utilizados neste 
processo, destacar também o material humano, a quantidade de pessoas 
envolvidas com a compra). 
A importância deste estudo é justificada pela complexidade envolvida nas 
atividades dos Correios que, como empresa prestadora de serviços, possui a 
logísticano centro de suas operações, cuja compreensão dos processos pode 
contribuir com os estudos logísticos, em especial aqueles voltados às empresas 
prestadoras de serviços, que carecem de estudos e pesquisas que evidenciem 
suas especificidades. 
A pesquisa foi realizada de acordo com os preceitos do método qualitativo, 
implicando os seguintes procedimentos: escolha intencional da amostra 
investigada; contato estreito e duradouro com a unidade de pesquisa; e 
investigação em profundidade, buscando captar e compreender suas 
especificidades. As informações foram coletadas no período entre (colocar datas 
da pesquisa), junto a um gerente de operações dos Correios, que atua em uma 
regional do estado de São Paulo, por meio de uma entrevista desestruturada, 
cujos dados possibilitaram evidenciar o processo logístico desenvolvido pela 
empresa. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 O CONCEITO DE SISTEMA LOGÍSTICO 
 
Logística e Canais de Distribuição 
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Fleury (2000) cita que: O conceito de logística empresarial é bastante recente no 
Brasil. O processo de difusão teve inicio, de forma ainda tímida, nos primeiros 
anos da década de 90, com o processo de abertura comercial, mas se acelerou a 
partir de 1994, com a estabilização econômica propiciada pelo Plano Real. 
Segundo Magge (1926 p.1) utilidade do tempo e espaço. A administração 
da logística industrial visa maximizar o valor econômico dos produtos ou materiais 
tendo-os disponíveis, a um preço razoável, onde quando houver procura. A 
utilidade de um produto não depende só da forma do produto, mas também de 
onde se encontra, e do fato de lá estar quando for necessário. 
A palavra logística é de origem francesa, era um termo militar que 
significava a arte de transportar, abastecer e alojar tropas. Tomou, depois, um 
significado mais amplo, tanto para uso militar como industrial: a arte de administrar 
o fluxo de materiais e produtos, da fonte para o usuário. 
Esta atividades, ou parte delas, são freqüentemente designadas de outras 
maneiras: distribuição física, administração de materiais. Às vezes, Estes termos 
são usados para definir uma posição ou responsabilidade na organização. 
Conforme Uelze (1974), a logística empresarial, ou distribuição física, é o 
termo empregado para descrever o largo espectro de atividades relativas à 
movimentação eficiente de produtos acabados do final da linha de montagem de 
produção ao consumidor, e em alguns casos, inclui a movimentação da fonte de 
suprimentos de matéria-prima até a linha de produção. 
As atividades logísticas abrangem fretes de transporte, armazenagem, 
estoques. Seleção e localização de fábrica se armazéns, processamento de 
pedidos, previsões de demanda e nível de serviços oferecidos aos clientes. 
A administração da logística empresarial envolve planejamento, 
organização e controle de todas as operações de movimento/estoque que facilitem 
o fluxo dos produtos, desde o ponto de aquisição de matéria-prima até o 
consumidor final, do fluxo de informações paralelas, com o propósito de prover um 
bom nível de serviços aos clientes, compartilhando-os aos custos realizados para 
vencer o tempo e a distancia a fim de prestar esses serviços. 
 
Logística e Canais de Distribuição 
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2.2 IMPORTÂNCIA 
 
 
Ainda para Magge (1926), a importância econômica. A administração do 
sistema logístico está adquirindo importância capital como foco de atenção da 
administração. As administrações, tanto de empresas públicas quanto privadas, 
chegaram à conclusão de que o sistema logístico é muito mais do que uma 
coleção de funções especializadas isoladas. A eficácia com que os materiais se 
tornam disponíveis aos usuários no local, data e quantidade adequados tem 
profunda influencia no equilíbrio custo/eficácia da empresa como um todo e da 
economia da qual faz parte. 
Importância administrativa. Vários motivos atraíram, a atenção da 
administração industrial aos sistemas logísticos. Primeiramente, verificou-se que a 
concentração no aumento da eficiência de operações isoladas de aquisição, 
produção ou venda torna-se um beco sem saída, se a eficiência da função isolada 
desequilibrar o sistema global. Ferramentas ou máquinas operatrizes especiais e 
de elevado desempenho colocadas em linha uma linha de produção, podem 
possibilitar a obtenção de produtos a baixo custo unitário, mas só se tornarão 
eficazes se a capacidade de produção puder acompanhar as variações na 
quantidade e natureza da procura de mercado. 
Em segundo lugar, o sistema logístico é o campo onde se travam batalhas 
pelo controle de distribuição. Varejistas e fabricantes tentam obter vantagem no 
mercado através da economia na distribuição física, e seus interesses são 
conflitantes. 
Em terceiro lugar, muitos aperfeiçoamentos tecnológicos recentes forçaram 
a consideração do sistema logístico como um todo, são aperfeiçoamentos 
destinados ao sistema. O mais notável é talvez, o aperfeiçoamento da capacidade 
de processamento de informações os sistemas de computação e comunicações. A 
potencia destas novas técnicas é melhor explorada por um controle integrado de 
todo o sistema, e não pelo controle fragmentado passado no passado. 
 
2.3 ESTRUTURAS DO SISTEMA LOGÍSTICO 
Logística e Canais de Distribuição 
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Conforme Magge (1926), componentes do sistema logístico são: 
Administração de Materiais (Suprimento), Produção e Distribuição Física. O 
sistema logístico em sua forma mais simples, o sistema pode ser descrito como 
um sistema unido de operações e pontos de estoque. Os elementos principais do 
sistema logístico são: pontos de estoque, operações de transporte, fabricação e 
processamento, comunicações e centros de controle. Os pontos de estoque no 
sistema logístico servem para manter separadas as operações, tal separação 
permite planejar e controlar, quase que independentemente de cada operação. 
O nível de detalhe, a função “decoupling” dos pontos de estoque e as 
funções e características, basicamente diferentes, dos pontos de estoque e 
operações, permitem-nos examinar operar um sistema logístico em vários níveis 
de detalhe. 
O tempo é essencial na administração logística, o tempo é necessário para 
se completar operações de produção ou transporte, transmitir informações e agir. 
Existem dois tipos de tempo que são críticos: o tempo atualmente necessário para 
fazer algo, produzir um item ou transferir um carregamento de um ponto a outro e 
o tempo tolerado antes do inicio de uma atividade. Por exemplo, as informações 
sobre pedidos e enviadas periodicamente em lotes, ou pode haver uma margem 
que cubra o tempo entre a missão de uma ordem de produção e ou seu inicio, 
enquanto o pedido aguarda em uma reserva de pedidos a executar. 
 
2.4 DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS INSTRUMENTOS LOGÍSTICOS 
 
 Para Magge (1926), impacto econômico e social. Através dos séculos, o 
desenvolvimento dos instrumentos logísticos tem sido de vital importância na 
transformação das economias, de formas primitivas e agrárias em economias 
modernas, com possibilidades de produção em massa, altamente integradas entre 
si e sensíveis às mudançasnas necessidades e tecnologias. A capacidade de 
distribuição física é essencial ao desenvolvimento da especialização local e 
intercambio de produtos como base do progresso econômico. Na ausência de 
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instrumentos logísticos adequados, as economias comunitárias permanecem 
isoladas, como as vilas de uma sociedade feudal ou as cidades pioneiras do 
Oeste americano. 
 O desenvolvimento do sistema logístico é necessariamente evolutivo, 
devido à importância fundamental do sistema. Um sistema existe, com um 
desempenho razoável, não pode ser totalmente descartado em favor de um 
sistema teoricamente superior, mas que ainda não foi testado. 
 Tendências no desenvolvimento da logística, no passado os 
desenvolvimentos mais notáveis da logística foram àqueles relacionados com o 
transporte. O desenvolvimento de novas técnicas de transporte e a abertura de 
novas rotas se situa entre as mais dramáticas conquistas do homem. O 
desenvolvimento dos sistemas de comunicação serviços dos correios, telefone, 
telégrafos, etc., tem sido enorme é estressante notar que estes não tem sido 
estreitamente identificados com a capacidade logística. 
 A tecnologia moderna está criando oportunidades para modificações 
técnicas em todos os elementos dos sistemas logísticos. Já mencionamos 
modificações nos métodos de transportes e comunicações. Outros exemplos são: 
sistemas de controle aperfeiçoados utilizando computadores, novas técnicas e 
equipamentos para a manipulação de materiais, e novos materiais para 
embalagem. O aperfeiçoamento dos canais de informação é fundamental para 
revolucionar a distribuição, pois permite um acesso sistemático ao controle, 
antigamente inexeqüível. 
 
2.5 OPORTUNIDADES E PRESSÕES PARA A MODIFICAÇÃO DO SISTEMA 
 
 Ainda para Magge (1926), oportunidades para a redução de custos, novos 
progressos técnicos e serviços dão ensejo à redução direto de custos. Técnicas 
mecânicas de manipulação de materiais aumentam a produtividade da mão-de-
obra na armazenagem, e a utilização de “containers” ajuda a eliminar a 
remanipulação onerosa dos materiais. Novos serviços de transporte, ao mesmo 
tempo em que eliminam as transferências. 
Logística e Canais de Distribuição 
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Entretanto, estas reduções diretas podem, por sua vez, modificar o 
equilíbrio de custos do sistema global, propiciando novos ajustes no sistema. Por 
exemplo: a redução dos custros de comunicações conseguida através da 
utilização do Wide Área Telephone Service, pode permitir o uso de serviços de 
comunicação para processamento centralizado de pedidos, controle mais rígido 
dos estoques e menor custo em pessoal de escritório. 
 
2.6 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
 
Conforme Magge (1926) a distribuição física é uma das funções 
importantes dos canais de distribuição tradicionais. Exemplo: esperava-se que os 
varejistas de bens de consumo mantivessem os produtos nas prateleiras ou no 
estoque de reserva, para ,atender à procura dos consumidores. O atacadista, por 
sua vez, representava mais do que uma organização de vendas regional. Sua 
função era receber e armazenar os carregamentos e dividi-los em quantidades 
menores, de acordo com os pedidos dos varejistas. Antigamente, a distribuição 
física geralmente seguia os canais de distribuição, e os varejistas, atacadistas e 
donos de armazéns retiravam parte de seu lucro das funções de distribuição física. 
 
2.7 DESENVOLVIMENTO DOS CANAIS QUE AFETAM A LOGÍSTICA 
 
 Magge (1926) as mudanças na tecnologia logística, em geral, tem efeitos 
profundos sobre a estrutura dos canais de distribuição; As mudanças tecnológicas 
logística e a pressão para se aumentar a eficácia da distribuição física provocam 
maiores investimentos de capital em distribuição, assim como o reagrupamento e 
a relocalização geográfica das funções da distribuição física. 
O processo de mudança será penoso, com o crescimento de novas formas 
de atividade, a decadência e desaparecimento de outras, acompanhadas de 
pressão política e a ruptura das relações tradicionais de negócios. 
Muitas empresas estão começando a observar além dos limites de suas 
organizações ao analisar seus sistemas de distribuição física. Modificações nos 
Logística e Canais de Distribuição 
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padrões tradicionais de distribuição estão sendo estudadas. Em alguns casos, os 
fabricantes de bens de consumo por exemplo, fabricantes de alimentos ou de 
remédios estão estabelecendo, em conseqüência da pressão das grandes cadeias 
de lojas, sistemas múltiplos, onde os canais tradicionais de distribuição das 
cadeias de lojas. 
 
2.8 PROCESSO LOGISTICO 
 
A rede logística dos Correios busca propiciar segurança, rapidez e 
regularidade além de lucratividade e responsabilidade social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.9 FLUXO POSTAL GENÉRICO DA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E 
TELÉGRAFOS 
 
Em seu fluxo postal, depois de coletadas nas agências, nas caixas de 
coleta e nos computadores, as correspondências passam pela primeira triagem 
nos CTC’s dos locais de origem. Então são encaminhadas para outra triagem nos 
CTC’s dos locais de destino que as encaminha aos CDD’s que são responsáveis 
pela entrega aos destinatários por meio de carteiros a pé, de bicicleta, de moto ou 
de carro, dependendo da densidade de domicílios nos pontos de entrega, 
conforme demonstra a figura anterior. 
A figura abaixo ilustra a configuração estratégica da malha logística que é 
estruturada para encaminhar os lotes de correspondências para as CDD’s que 
cobrem determinada área geográfica, que, por sua vez, após a triagem, 
Logística e Canais de Distribuição 
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desmembram os lotes conforme o local de destino e encaminham os novos lotes 
para os próximos CDD’s, até que as correspondências e encomendas cheguem 
 aos seus destinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.10 CONFIGURAÇÃO DA MALHA LOGÍSTICA DA EMPRESA BRASILEIRA DE 
CORREIOS E TELÉGRAFOS. 
 
Segundo Ballou (1993), o principal problema que a logística busca 
solucionar é equacionar produção e demanda para disponibilizar bens e serviços 
aos consumidores, nas condições físicas que esperam, quando e onde desejam. 
Conforme Figueiredo e Arkader (2004), como todo conceito novo, ainda não há 
um corpo de pensamento consolidado na área de logística integrada, sendo que 
os artigos e as pesquisas existentes enfatizam os estudos em operações, 
marketing e engenharia. Também a formação do profissional de logística ainda 
nestá sendo estabelecida, sendo que nos EUA e na Europa já é disciplina 
obrigatória em cursos gerenciais. 
Os autores ainda enfatizam a utilização de tecnologias e o uso de sistemas 
automatizados e de inovações propiciadas pelo avanço tecnológico da informação, 
que traz vantagens de tempo e facilita a integração de elos na cadeia, bem como 
a disseminação de conceitos gerenciais. 
 
2.11 PADRÕES DE ATIVIDADES DOMERCADO 
 
2.12 Padrões logísticos importantes 
Logística e Canais de Distribuição 
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Magge (1926) o projeto de um sistema de distribuição física depende, 
diretamente, de certos padrões importantes de atividade do mercado. 
É necessário saber: 
 Onde se localizam os clientes atuais ou potenciais; 
 Que produtos eles compram; 
 Qual o volume de compras de cada um; 
 Qual o padrão de pedidos característico dos clientes como grupo. 
Existem regularidades ou semelhanças surpreendentes entre as empresas, 
mesmo em industrias completamente diferentes, nos padrões de atividade que 
exibem. O conhecimento destes padrões é importante para o projetista de um 
sistema de distribuição física, e é um ótimo instrumento para a análise dos 
sistemas logísticos. 
 A evidência disponível, entretanto, indica que os padrões descritos 
são característicos das economias do mundo desenvolvido, senão de todo o 
mundo. 
 
2.13 Padrões de suprimento físico incluem: 
 
 Onde se localizam, e qual o tamanho dos fornecedores; 
 Quais os padrões de suprimento sazonais, ou outros padrões cíclicos, 
que possam existir; 
 Qual o grau de antecipação que os fornecedores exibem. 
 
Os padrões de suprimento físico influenciam as decisões quanto a 
localização de fábricas e afetam o tamanho dos estoques de materiais e 
suprimentos. Na maioria dos casos, há uma semelhança aparente muito menor 
nos padrões de comportamento dos fornecedores do que nos dos clientes. 
 
2.14 Distribuição geográfica dos mercados 
 
Logística e Canais de Distribuição 
Ferreira,D.S.F. ; Ferreira, E.O.; Andrade, E.V.; Silva, W.B.; Pinto , C.E. 
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Ainda para Magge (1926), os mercados não se distribuem de maneira 
uniforme no espaço, seguem vários padrões de distribuição, três dos padrões 
comuns são relacionados a: 
1. Um indicador amplo de atividade econômica ou riqueza; 
2. A localização geográfica de uma determinada industria 
3. O padrão da procura passada da linha de produtos. 
 
Muitos produtos de consumo seguem padrões de distribuição de mercado 
relacionados a medidas do poder econômico dos consumidores, tais como renda 
pessoal ou disponível. Vários índices do potencial de mercado são também úteis 
como guias para o potencial relativo a produtos de consumo. 
A procura de produtos industriais pode ser distribuída em relação ao 
produto industrial bruto ou ao valor de produção adicionado, ou a uma medida 
semelhante de atividade industrial. 
Quando um determinado produto é usado em uma determinada industria, 
como a industria de papel, petroquímica, aço, plásticos para a fabricação de 
brinquedos, o mercado pode estar concentrado em uma ou poucas regiões 
geográficas. 
A análise do sistema de distribuição física depende de uma medida que 
indique onde se concentra o mercado para a linha de produtos. Tal medida, por 
sua vez, depende do julgamento quanto á melhor base para estimativa: se as 
vendas atuais, ou se um indicador econômico ou industrial independente e mais 
amplo que retratasse melhor a distribuição do potencial de mercado onde a 
penetração houvesse sido pequena, devido provavelmente à má distribuição 
física. 
Magge (1926) destaca que, o mercado para certos produtos se desenvolve 
porque os usuários potenciais são expostos ao produto ou ao endosso oral dos 
atuais consumidores locais. Por exemplo, certos tipos de roupa para a pratica de 
esportes foram aceitos em mercados locais restritos, e o alcance geográfico da 
procura se expandiu, pouco a pouco, a partir deles. Por muito tempo, o mercado 
de equipamentos para boliche cresceu mas rapidamente nas áreas onde o boliche 
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estava estabelecido. A popularidade cresceu mais rapidamente nas áreas onde o 
boliche já estava estabelecido. A popularidade do esporte, e seu aspecto social, 
atraiam novos participantes nos locais onde o boliche era fortemente aceito, 
enquanto nos locais onde não se tornara ainda popular havia poucos incentivos 
para novas adesões. Certos produtos farmacêuticos demonstraram características 
de distribuição de mercado semelhantes. 
2.15 Operação FNLD 
 
Na parceria com a Fundação Nacional do Livro Didático (FNLD), 
denominada Operação FNLD, ilustrada na figura 8, os Correios eram responsáveis 
pela distribuição dos livros didáticos diretamente da editora para as escolas 
públicas, assumindo a retirada dos livros na editora e a entrega de cada pedido 
nas respectivas escolas públicas. A FNLD ficava encarregada de receber os 
pedidos das escolas e encomendar os livros solicitados diretamente à editora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxo do livro didático na operação FNDE , dos CORREIOS. 
2.16 Distribuição e coleta 
 
O responsável por esta atividade é a Gerência de Operações, juntamente 
com as Regiões Operacionais, responsáveis pelas unidades de distribuição. Sua 
atividade principal é a entrega/coleta a domicílio dos objetos aos seus respectivos 
destinatários nos endereços indicados pelos remetentes. 
Dentre as ferramentas de Gestão, destaca-se o Sistema de Distritamento 
(SD), que dimensiona o número ótimo de Carteiros e Distritos para atender a 
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demanda de uma determinada região, tomando como base o volume de objetos a 
ser distribuído, as características físicas da região, a quantidade de pontos de 
entrega e o tempo disponível para a execução da tarefa. 
O sistema de distritamento esta sendo revisto e atualizado, inclusive com a 
inclusão de Módulo de Geoprocessamento, permitindo o georeferenciamento 
dos pontos de entrega em mapas da Região correspondente aos Centros de 
Distribuição. 
O sistema de coleta dos Correios é constituído de três coletas diárias. Para 
cada uma dessas coletas, são estimados, para cada ponto de coleta, a quantidade 
de correspondências. Essa estimativa é feita em cima de um banco de dados e do 
comportamento da demanda naquele dia. De posse desses dados, o Setor de 
Logística, com auxílio dos Sistema de Informações Geográficas, faz a roteirizarão 
dos veículos para coleta das correspondências. Com isso são estimados o número 
de veículos e as suas respectivas rotas de coleta. O grande problema é que essa 
estimativa às vezes é falha o que obriga, muitas vezes, enviar um outro veículo 
para coletar o excesso. 
Existe, ainda, o Sistema de Gerenciamento Operacional - SGO, que tem 
como objetivo principal facilitar o gerenciamento das Unidades de Distribuição, 
concentrando em um só sistema todas informações inerentes à gestão 
administrativa e operacional da unidade. 
 
2.17 TRANSPORTE 
 
Tem como gestora a Gerência de Transportes, responsável pelas 
atividades de encaminhamento aéreo e de superfície, em âmbito nacional e 
internacional . 
 
 
 
2.18 A logística de transporte conta com as seguintes linhas: 
 
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RPN - Rede Postal Noturna - Linhas aéreas que transportam carga 
urgente e interligam as capitais em todo o País; 
LTN - Linhas Tronco Nacionais - Transportam, via superfície, cargas 
urgentes e não urgentes para as Regionais de outros Estados; 
LTR - Linhas Tronco Regionais - Transportam carga urgente e não 
urgente dentro do próprio Estado; 
LCE - Linhas de Coleta e Entrega - Linhas urbanas que interligam as 
unidades operacionais da mesma cidade e, em alguns casos, são responsáveis 
também, pela entrega de objetos a clientes; 
LA - Linhas Auxiliares - Utilização de linhas de ônibus para transportar 
cargas em localidades em que não se justifica a implantação de uma linha 
especial. 
 
2.19 Papel do transporte na estratégia logística 
 
Para Paulo Fernando (2000), o transporte é uma das funções logísticas. 
Além de representar a maior parcela dos custos logísticos na maioria das 
organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do 
Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos, representa em média, cerca de 
60% das despesas logísticas, o que, em alguns casos, pode significar duas ou três 
vezes o lucro de uma companhia, como é o caso, por exemplo, do setor de 
distribuição de combustíveis. 
As principais funções do transporte na Logística estão ligadas basicamente 
às dimensões de tempo e utilidade de lugar. Desde os primórdios, o transporte de 
mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda 
potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador. Mesmo com 
o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real, o 
transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, 
que é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao 
menor custo possível. 
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Muitas empresas brasileiras vêm buscando atingir tal objetivo em suas 
operações. Com isso, vislumbram na Logística, e mais especificamente na função 
transporte, uma forma de obter diferencial competitivo. Entre as inciativas para 
aprimorar as atividades de transporte, destacam-se os investimentos realizados 
em tecnologia de informação, os quais objetivam fornecer às empresas melhor 
planejamento e controle da operação, assim como a busca por soluções 
intermodais que possibilitem uma redução significativa nos custos. 
 
2.20 Aplicação 
 
Para análise do sistema de coleta dos Correios foi utilizado o programa 
desenvolvido em Delphi 5.0 que é baseado na heurística de ganhos (CLARKE e 
WRIGHT, 1964) com o objetivo de obter, de forma otimizada, as melhores rotas 
respeitando limites de tempo de ciclo e de capacidade do veículo e, ainda, 
atendendo aos horários de saída dos meios de transporte que levarão a carga ao 
destino final. Para a utilização do programa são necessárias os seguintes 
procedimentos: 
 
2.21 Administração do transporte 
 
Ainda para Paulo Fernando (2000), o transporte é em geral, responsável 
pela maior parcela dos custos logísticos, tanto numa empresa, quanto na 
participação dos gastos logísticos em relação ao PIB em nações com relativo grau 
de desenvolvimento. Por essas razoes, existe uma preocupação contínua para a 
redução de seus custos. Dentro dessas iniciativas, cabe destacar a integração 
entre os diversos modais de transporte, também conhecida como intermodalidade, 
e o surgimento de operadores logísticos, ou seja, de prestadores de serviços 
logísticos integrados, capazes de gerar economias de escala ao compartilhar sua 
capacidade e seus recursos de movimentação com vários clientes. 
 
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2.22 Integração com outras funções logísticas 
 
Um dos principais pilares da Logística Empresarial moderna é o conceito de 
Logística Integrada. Por meio desse conceito, as funções logísticas deixam de ser 
vistas de forma isolada e passam a ser percebidas como um componente 
operacional da estratégia de Marketing. Com isso, o transporte passa a ter papel 
fundamental em várias estratégias na rede logística, tornando necessária a 
geração de soluções que possibilitem flexibilidade e velocidade na resposta do 
cliente, ao menor custo possível, gerando assim maior competitividade para a 
empresa. 
Entre os principais trade-offs que afetam a função transporte, destacam-se 
os relacionados ao Estoque e ao Serviço ao Cliente. 
O serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística Integrada. 
O impacto do transporte no Serviço ao Cliente é um dos mais significativos, e as 
principais exigências do mercado geralmente estão ligadas à pontualidade do 
serviço porta a porta, à flexibilidade, no que diz respeito ao manuseio de uma 
grande variedade de produtos, ao gerenciamento dos riscos associados a robuos, 
danos e avarias e à capacidade de o transportador oferecer mais que um serviço 
básico de transporte, tornando-se capaz de executar outras funções logísticas. As 
respostas para cada uma dessas exigências estão vinculadas ao desempenho e 
às características de cada modal de transporte, tanto no que diz respeito a suas 
dimensões estruturais, quanto a sua estrutura de custos. 
 
2.23 Classificação dos modais de transporte 
 
Segundo Paulo Fernando (2000) os cinco modais de transporte básicos são 
o ferroviário, o rodoviário, o aquaviário, o duto viário e o aéreo. A importância 
relativa de cada modal pode ser medida em termos da quilometragem dos 
sistema, volume de trafego, receita e natureza da composição do trafego. 
 
FERROVIÁRIO 
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Altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas etc.; 
Custo variável baixo. 
Rodoviário 
Custos fixos baixo (rodovias estabelecidas e construídas com fundos públicos); 
Custo variável médio (combustível, manutenção etc). 
 
AQUAVIARIO 
 
Custo fixo médio (navios e equipamentos); 
Custo variável baixo (capacidade para transportar grande quantidade de 
tonelagem). 
Duto viário 
Custo fixo mais elevado (direitos de acesso, construção, requisitos para 
controles das estacoes e capacidade de bombeamento); 
Custo variável mais baixo (nenhum custo com mao-de-obra de grande 
importância). 
 
AEROVIÁRIO 
 
Custo fixo alto (aeronaves e manuseio e sistemas de carga); 
Alto custo variável (combustível, mão-de-obra, manutenção etc). 
 
2.24 Impactos da internet sobre o transporte 
 
Paulo Fernando (2000) Afirma que a internet, bem como tecnologias de 
informação, tem não apenas gerados necessidade especificas, mas também 
criado novas oportunidades para o planejamento, o controle e a operação das 
atividades de transporte. Entre essas necessidades e oportunidades, poderíamos 
citar a crescente demanda por entregas mais pulverizadas, o surgimento de 
portais de transporte e o potencial para rastreamento de veículos em tempo real. 
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2.25 Rastreabilidade de carregamentos 
 
Uma das grandes vantagens que a Internet oferece na melhoria da 
qualidade de serviço é a possibilidade de rastrear carregamentos. Empresas de 
courier, agencias marítimas, transportadores rodoviários, ferroviários e operadores 
logísticos estão utilizando cada vez mais a Internet para disponibilizar o status dos 
carregamentos para seus clientes. A FedEx, um dos maiores couriers americanos, 
com faturamento superior a US$ 13 bilhões, estruturou no início da década de 90 
um sistema de acompanhamento do pedido altamente sofisticado, recentemente 
beneficiado pela facilidade que a Internet propicia. De modo semelhante, 
empresas brasileiras, como a Varig Cargo, também estão disponibilizando 
informações sobre o status da carga via Internet. 
 
ENTRADA DE DADOS: 
• Carga das UAs (kg); 
• Coordenadas das UAs (km); 
• Tempo de coleta nas UAs (min); 
• Capacidade do veículo (ton); 
• Velocidade média do veículo (km/h); 
• Tempo de ciclo (h); 
• Coef. de correção da distância; 
• Coordenadas do depósito central (km). 
 
 CÁLCULOS: 
• Tempo de ciclo de cada rota; 
• Carga transportada em cada rota; 
• Distância total percorrida em cada rota 
 
 RESULTADOS: 
• Tempo de ciclo de cada rota; 
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• Carga transportada em cada rota; 
• Distância total percorrida em cada rota; 
• Mapa contendo as rotas calculadas. 
 
Ainda para Paulo Fernando (2000), o Processo de Produção dos Correios é 
composto de uma série de atividades interligadas formando uma grande e 
complexa cadeia logística, onde qualquer erro pode ser vital ao funcionamento do 
sistema como um todo. No caso dos correios, há a necessidade de dados 
confiáveis para a estimativa da demanda que, por sua vez, ainda depende da 
experiência dos profissionais que atuam nesta área, podendo gerar erros de 
dimensionamento. Sabendo disso, a equipe de logística dos Correios vêm 
trabalhando muito para que os dados representem melhor a realidade Com a 
otimização das rotas a serem percorridas e a utilização de um Sistema de 
Rastreamento de Veículos permitindo o monitoramento de todas as linhas haverá 
redução dos custos de transporte e melhoria na segurança e na qualidade do 
serviço prestado. 
Os bons desempenhos obtidos nas parcerias dos Correios com a FNLD e a 
capacidade de flexibilização para adaptação às alterações ambientais estimularam 
a diversificação das operações da organização. Alavancaram, também, o 
desenvolvimento de uma home page para e-commerce ampliando assim os 
negócios com entregas de encomendas. Os Correios desenvolveram sua cadeia 
de valor para as parcerias aqui descritas de forma a utilizar sua capacidade de 
ficar responsável pelas etapas seguintes à venda/produção de seus parceiros, 
 
 
 
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Cadeia de valor das parcerias empresariais dos CORREIOS 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com este trabalho de conclusão de curso, através das pesquisas, 
sobretudo as bibliográficas, podemos estudar e melhor compreender a importância 
do gerenciamento logístico, os métodos e toda cadeia de distribuição oriundas do 
modelo de negócio, de forma eficiente e sempre objetivando a importância com a 
satisfação do cliente, este por sinal encontra-se nas duas pontas de todo o 
sistema logístico, sendo a coleta, triagem, transporte e entrega as fases 
mediadoras entre o remetente e o destinatário, pela qual são compreendidos 
unicamente por “clientes”. 
A abordagem deste estudo permite afirmar que a empresa analisada tem 
grande preocupação com as atividades logísticas e que, ao contrário de muitas 
outras teorias administrativas, é possível adequar a prática das orientações da 
logística integrada às questões de suprimentos e de atendimento aos clientes dos 
serviços assim como dos produtos, das mercadorias e das informações. 
O estudo permitiu observar que os Correios, desenvolveram sua 
competência logística a ponto de transformá-la em produto. A partir do 
aprimoramento de suas operações de prestação de serviços de coleta e entrega 
de correspondências e encomendas com eficiência e lucratividade, a empresa 
observou a demanda crescente de outras empresas por solucionar as questões de 
fluxo de materiais e de informações e, propiciado pela evolução da tecnologia da 
informação, deu início a uma nova modalidade de produto de forma a agregar 
valor, promovendo uma interação intensa com o cliente final da cadeia de seus 
parceiros e assumindo a responsabilidade por diversas etapas da operação, 
liberando seus clientes diretos para dedicarem atenção a outras questões também 
importantes. 
O Processo de Produção dos Correios é composto de uma série de 
atividades interligadas formando uma grande e complexa cadeia logística, onde 
qualquer erro pode ser vital ao funcionamento do sistema como um todo. No caso 
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dos correios, há a necessidade de dados confiáveis para a estimativa da demanda 
que, por sua vez, ainda depende da experiência dos profissionais que atuam nesta 
área, podendo gerar erros de dimensionamento. Sabendo disso, a equipe de 
logística dos Correios vem trabalhando muito para que os dados representem 
melhor a realidade. 
A empresa possui um excelente Know how, e estrutura para atendimento 
logístico, contando dentro de suas principais virtudes, a capacidade de coletar, 
transportar e efetuar a entrega em qualquer localidade, dentro do território 
nacional, destacando-se também positivamente a qualidade na prestação dos 
serviços, aparelhada com recursos físicos, estes contando com a utilização e 
apoio de diversos modais de transporte empregados ao longo de sua cadeia, a 
pontualidade nas entregas são vistos como fatores determinantes do sucesso, 
assim como o cuidado no manuseio e conservação de mercadorias em processo. 
O bom relacionamento com os clientes e preços competitivos, também são pontos 
chaves e motivo de orgulho para uma empresa pública, que acima de tudo busca 
excelência e satisfação na prestação de serviços e logística. 
A empresa estudada tem como estratégia oferecer um serviço de logística 
integrada de reposição de peças, mercadorias em geral, e de comércio eletrônico 
para produtos de alto valor agregado. A empresa supra depende de diversos 
fatores para que todo processo funcione com extrema perfeição, levando-se em 
consideração que o Brasil é um País de território extremamente extenso, e por 
esta razão podemos tentar imaginar o trabalho que esta empresa tem para 
atender toda a demanda do País, com agilidade, eficiência e eficácia, e ainda se 
preocupando com o estado em que o produto chegara ao seu destino final. E por 
estas razões o seu processo logístico é muito detalhado aonde não pode haver 
erros, e até mesmo imperfeições de seus colaboradores. 
Conta com uma frota de transporte que proporciona eficiência, bem como 
obtém uma adequação ao meio de transporte que irá usar para desenvolver o 
trabalho (entrega) como mais agilidade e eficiência,seja ela em solo pavimentado 
ou em extremidades de terra esburacadas. 
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Usa integralmente todos os seus recursos tecnológicos bem como mantém-
se atualizados perante novas tecnologias lançadas no mercado, podendo assim 
baratear o custo de envio, bem como a agilidade para chegar ao destino final. 
Conclui-se que para que uma empresa funcione com tanta eficiência, tudo gira em 
torno da tecnologia disponibilizada ao seu benefício, ao comprometimento de seus 
colaborados, estar sempre atualizada com o seu ambiente externo e interno, 
preparada para encarar novos desafios, e problemas que poderão surgir no meio 
do caminho, para assim estar sempre à frente de seus concorrentes. 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BALLOU, R. H., 1993, Logística Empresarial: Transportes, Administração de 
Materiais e Distribuição Física. Atlas, São Paulo. 
 
CORREIOS, www.correios.com.br. Acesso em 03/06/2012 
Artigo: PROGRAMA DE ROTEAMENTO DE VEÍCULOS APLICAÇÃO NO 
SISTEMA DE COLETA DOS CORREIOS 
 
Fernando Fleury, Peter wanke, Kleber Fossati Figueiredo : Logística empresarial: 
a perspectiva brasileira / (organização) Paulo. – São Paulo : Atlas, . – (coleção 
Coppead de Administração). 
 
MAGEE, John Francis, 1926 : Logística industrial: análise e administração dos 
sistemas de suprimento e distribuição (por) John F. Magee: Tradução: Ana Lúcia 
Boucinhas, São Paulo, Pioneira, 1977. 
UEIZE, Reginald.: Logística empresarial: uma introdução a administração dos 
transportes; São Paulo, pioneira, 1974. 293 p. Hust. (biblioteca Pioneira de 
administração de negócios.

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