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A ALEMANHA NO PERÍODO ENTRE GUERRAS E O ENRAIZAMENTO DO NAZISMO COMO SISTEMA POLÍTICO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II – T01 
PROFESSOR: DR. DILTON CÂNDIDO SANTOS MAYNARD 
ALUNA: STELLA FERNANDA CORREIA DE OLIVEIRA. 
 
A ALEMANHA NO PERÍODO ENTRE GUERRAS E O 
ENRAIZAMENTO DO NAZISMO COMO SISTEMA POLÍTICO. 
 
Após a derrota na Primeira Guerra, a Alemanha foi obrigada a assinar o Tratado 
de Versalhes, o qual apresentava termos humilhantes: além de pagar um valor exorbitante 
em indenizações aos rivais na guerra, perderia grande parte de seu território e sofreria 
sérias restrições no campo militar; não poderia exigir alistamento militar obrigatório e 
nem poderia ter um exército superior a cem mil homens. 
Em outubro de 1918, os EUA deixam claro que só haveria acordo de paz com a 
Alemanha se esta tivesse um governo eleito pelo seu povo. Então, o Kaiser Guilherme 2º 
renuncia ao trono e é estabelecido um governo provisório de cunho social-liberal, sob a 
liderança de Friedich Ebert, do Partido Social Democrata, que propõe a convocação de 
um Assembleia Constituinte. 
Os republicanos saem vitoriosos sobre a velha monarquia e os radicais de esquerda 
e é estabelecido o modelo de governo liberal, federalista, parlamentarista e democrático, 
que recebeu críticas tanto da direita quanto da esquerda pois apesar das inúmeras 
tentativas, a economia alemã não se reerguia e sociedade alemã ia empobrecendo cada 
vez mais, fazendo que as tensões ficassem ainda mais intensas. Em janeiro de 1923, 1 
dólar equivalia a 7.260 marcos, em novembro do mesmo ano, passou a 4 bilhões de 
marcos. Ou seja, praticamente reduzida a zero. 
É nesse contexto que o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores alemães 
(NSDAP), também conhecido como Partido Nazista, vai ser fundado e tenta aproveitar 
da situação vexatória do país para tentar um golpe de estado, que fracassou e o seu líder 
e fundador, Adolf Hitler, acaba preso. 
Durante os 8 meses em que esteve em cárcere, Hitler escreve Mein Kampf (Minha 
Luta), livro que seria praticamente o manual do Nazismo. Sua obra pregava a criação de 
um Estado nacionalista, antissemitista e racista, além de se posicionar radicalmente contra 
ao liberalismo, ao comunismo e à democracia. 
Em 1924-29, o governo está tentando resistir à onda antiliberal, criando medidas 
de recuperação econômica, buscando a redução das indenizações impostas pelo Tratado 
de Versalhes e tentando conseguir empréstimos com os EUA e a Grã-Betanha. Graças a 
esses empréstimos, foi possível restabelecer a economia, a moeda é substituída pelo 
marco novo, que corresponde a 1 trilhão de marcos antigos e instala-se um sentimento de 
calmaria, já que o país está conseguindo se reerguer, embora os índices de desemprego 
continuem altos se comparados ao período pré-guerra. 
Já em 1928, nota-se o retorno ao fluxo de investimentos externos. A Alemanha 
recebe aproximadamente 50% do total das exportações de capital, emprestando trilhões 
de marcos, o que determina uma certa dependência do país em relação a economia 
externa. Mas com essa recuperação industrial e econômica, os índices de desemprego 
diminuem e a aprovação do governo também aumenta. 
No entanto, os anos dourados acabam por aí. A crise de 1929, que abala a 
economia norte-americana e europeia, põe fim à estabilidade alemã, à renovação de 
créditos e interfere significativamente em sua economia, resultando novamente na 
redução do mercado consumidor e na impossibilidade de sanar as dívidas, no desemprego 
em massa. Diante disso, novamente o antiliberalismo avançará, disseminando a certeza 
de que o modelo liberal de governo estava falido e era incapaz de recuperar a honra alemã 
perdida durante a guerra. 
O Partido Nazista, que com o crescimento econômico em 1924, tinha perdido 
terreno e obtido 3% no total dos votos nas eleições, com a volta do quadro de crise, seus 
desfiles tornaram-se constantes, com promessas de emprego, restabelecimento 
econômico e mensagens de ódio aos judeus, comunistas e liberais, cujos quais eles 
culpavam pela atual situação do país, nas eleições de 1932, angariam 37% no total dos 
votos. 
Em 1933, Hitler, mesmo tendo perdido a eleição, por pressão dos católicos e 
empresários, é nomeado pelo presidente eleito Hindenburg como chanceler da Alemanha 
e instaura sua própria ditadura pessoal. Dissolve o parlamento com o aval do presidente 
e apoiado pelas AS e SS, executa prisões e execuções aos judeus, comunistas e a qualquer 
um que opusesse a sua política, mesmo os correligionários. Até a Igreja Católica fica 
submetida ao regime. Em 1934 a ditadura de Hitler já era fato consumado e quando 
Hindenburg morre, ele assume o comando da Alemanha, dando início assim, ao Terceiro 
Reich. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. O Terceiro Reich: o Império do Terror. 
In: SILVA, Francisco Carlos, MUNHOZ, Sidney (Coord.) Impérios na História. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2009.p. 271-280. 
HOBSBAWM, E. Rumo ao abismo econômico. In: Era dos Extremos: o breve 
século XX. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.p.90-112. 
SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. O século XX: entre luzes e sombras. In: 
O século sombrio: uma história geral do século XX. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.p.219-
238.

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