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Resumo do 5° Cap Do Livro Breve História da Ciência Moderna

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG
CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE – CES 
UNIDADE ACADÊMICA DE BIOLOGIA E QUÍMICA – UABQ 
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
COMPONENTE CURRICULAR: INTRODUÇÃO À PRAT. EM ENS. DE QUÍMICA.
DOCENTE: RAMILTON MARINHO
DISCENTES: DAMIÃO JONATAN RM: 518110118
 
Resumo do 5° Cap. Do Livro Breve História da Ciência Moderna
 Alquimia e Medicina 
CUITÉ, JUNHO DE 2018
Alquimia e Medicina 
Alquimia é um conjunto de técnicas e conhecimentos armazenados por diversos povos ao longo de séculos. Nas culturas desses diversos povos podem-se encontrar duas correntes que formaram uma coletânea de saberes práticos. A primeira tem origem na metalurgia, um conjunto de técnicas milenares de transformação de metais na confecção de ligas utilizadas para as mais diferentes finalidades. A segunda vem da manipulação de substâncias extraídas de diversas ervas fazendo surgir técnicas de produção de elixires, utilizados em diversas áreas, desde a cosmética ate' a medicina.
Uma junção de saberes teórico-práticos procedentes de diversas civilizações da Antiguidade, que fez emergir um conjunto organizado de conhecimentos de tão grande importância que muitos historiadores da ciência consideram que na realidade a alquimia só veio a se constituir realmente em Alexandria. 
Para entender os fundamentos da alquimia europeia medieval é necessário antes conhecer algumas das ideias que deram sustentação a essas práticas.
Fontes alexandrinas
As tradições metalúrgica e farmacêutica, absorvidas pelas civilizações que ampliaram seus domínios territoriais em épocas diferentes da Antiguidade, foram apreendidas como parte de um conjunto maior de saberes, regido por diversas concepções religiosas que chegaram ao mundo helenístico.
 O mundo helenístico era constituído por uma vasta região em torno do mediterrâneo, na qual a língua culta era o grego. Alexandria cidade ao norte do Egito Tornou-se um dos maiores centros culturais e comerciais desse período
BREVE HISTORIA DA CIENCIA MODERNA
Cidade de Tebas, no Egito hoje denominado papiros de Leiden e de Estocolmo. Esses nomes foram dados porque eles permanecem guardados nas cidades de Leiden, na Holanda, e de Estocolmo, na Suécia.
Os papiros constituíam em sua maioria uma coletânea de receitas com o objetivo de registrar as práticas alquímicas. Apresentavam ainda orientações técnicas aos alquimistas, mostrando como eles poderiam dar aos metais não preciosos a aparência de ouro ou prata produzindo para isso tinturas específicas. Essas práticas não foram inventadas pelos alquimistas alexandrinos, pois existem registros delas em épocas anteriores. Mas sabe-se que a fabricação das tinturas era bastante comum naquele ambiente. Esses processos eram bem diferentes das famosas tentativas de transmutação de metais em ouro que marcaram a alquimia europeia medieval. Na realidade, os alquimistas alexandrinos procuravam apenas embelezar os metais não nobres, numa atividade que se tornou fraudulenta com o tempo, pois era utilizada para enganar possíveis compradores de ouro, causando sensíveis prejuízos ao comércio de metais preciosos.
ALQUIMIA E MEDICINA
As concepções astrológicas que regiam essa mística, e a forte influência dos estudos meteorológicos de Aristóteles, deram origem à crença de que cada astro emanava sua luz sobre a Terra, sendo esta geradora do metal a ele correspondente. No contexto da relação entre o mundo celeste e o terrestre, a Terra era 
Os sete astros e seus metais 
Sol = ouro
Lua =prata 
Mercúrio = mercúrio
 Vênus = cobre
 Marte = ferro 
Júpiter = estanho 
Saturno = chumbo
O processo de surgimento de um metal era semelhante, portanto, àquele da gestação de um ser vivo, fazendo a Terra o papel da mãe que recebe o sêmen do mundo celeste. 
Alambique 
As técnicas de destilação já eram conhecidas em Alexandria na Antiguidade. e são descritas no Corpus alexandrino. No entanto foram os árabes que, ao usar amplamente essa técnica, difundiram-na pela Europa a partir do século XI. No século XII já existiam diversos textos alquímicos na cristandade em que se descreviam alambiques termo árabes para designar o artefato de destilação. Sua utilidade ia desde a fabricação de perfumes até a produção de álcool.
Fontes Árabes 
O ouro era considerado o metal mais nobre, pela sua capacidade de resistir ao tempo. Os outros metais, que não possuíam as mesmas características, eram considerados imperfeições. Eles seriam o resultado de um desequilíbrio da perfeita proporção de enxofre e mercúrio, encontrada no ouro. A desproporção passou a ser considerada uma doença dos metais, e pensava-se que a ação dos elixires levava ao restabelecimento do equilíbrio ou à saúde do metal, ou seja, proporcionava sua cura.
Essa teoria da matéria utilizada na metalurgia foi então absorvida pela outra vertente da alquimia, a produção de medicamentos. A doença, concebida como um desequilíbrio dos humores do corpo, só poderia ser combatido pela ingestão de substâncias próprias que buscavam restabelecer a saúde. A ideia de um elixir da longa vida nasceu dessa concepção. Assim como o ouro apresentava resistência ao tempo, o corpo humano poderia conseguir o mesmo efeito se fossem encontrados os elixires próprios para recombinar os humores, propiciando a eternidade. A palavra remédio era utilizada pelos alquimistas árabes tanto na manipulação de metais quanto na cura das doenças do corpo humano.
Em sua principal obra, O segredo dos segredos, Razes fazia uma descrição de diversos instrumentos construídos para o trabalho em laboratório, de várias técnicas de produção de elixires e técnicas médicas, inclusive os processos necessários para uma cirurgia de catarata. Mas ele fundamentalmente explicitava uma postura frente à tradição Elosóíica e alquímica, questionando a aceitação quase dogmática dos textos médicos da Antiguidade. Defendeu, em lugar disso, um conhecimento construído a partir da prática, da experiência.
Hermes Trimegisto 
Personagem lendário alguns admite não ter existido considerado no mundo antigo como autor de diversos textos alquímicos. Seu nome significa Hermes três vezes grande. Ele foi associado ao antigo deus egípcio Toth, que no mundo helenístico passou a ser identificado com o deus grego Hermes. O termo hermetismo tem sua origem na mística criada em torno de Hermes segundo a qual a salvação era resultado da decifração de um saber oculto. No monoteísmo islâmico.
Alquimia cristã medieval 
A alquimia foi introduzida na cristandade a partir do século XII, com as traduções feitas em Toledo e no sul da Itália e que se espalharam pelo continente levadas por frades das ordens mendicantes, sobretudo os franciscanos.
Apesar do saber alquímico estar envolto por diversas concepções mágicas de natureza herdadas das diversas simbioses com as religiões da Antiguidade, não se pode negar que ideias como a do elixir da longa vida ou da pedra filosofal fizeram surgir conhecimentos sobre substâncias que se tornaram fundamentais para a constituição da ciência.