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* Centro Universitário de Volta Redonda Curso: Medicina Módulo III FORMAÇÃO DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO * CROMOSSOMOS SEXUAIS Cromossomo X → centenas de genes; maioria NÃO está envolvida na função sexual; estes genes não estão presentes no Y Cromossomo Y → dezenas de genes; alguns estão presentes também no X; os que NÃO são homólogos ao X estão todos envolvidos na função sexual masculina * 5º SEMANA * Derivadas de três fontes: Mesotélio (epiderme mesodérmico) que reveste a parede abdominal posterior Mesênquima subjacente (tecido conjuntivo embrionário) Células germinativas primordiais SISTEMA GENITAL DESENVOLVIMENTO DAS GÔNADAS As gônadas aparecem inicialmente como um par de cristas longitudinais: CRISTAS GENITAIS OU GONADAIS (proliferação do epitélio celomático e condensação do mesênquima subjacente) As céls germinativas primordiais migram por movimento amebóide ao longo do mesentério dorsal do intestino posterior, atingindo as gonadas primitivas na 5a sem e invadindo as cristas na 6a semana e então as gõnadas se desenvolvem As cels germinativas aparecem em estadio precoce de desenvolvimento entre céls endodérmicas do saco vitelino, próximo do alantóide * 5º SEMANA Inicialmente (5ª e 6ª semanas) os embriões, masculinos e femininos, têm dois pares de ductos genitais: 1- Ductos mesonéfricos (de Wolff)- têm importância no desenvolvimento do sistema reprodutor masculino. Estes ductos drenavam urina dos rins mesonéfricos. 2- Ductos paramesonéfricos (de Müller)- tem importância no desenvolvimento do sistema reprodutor feminino. Estes ductos se desenvolvem lateralmente aos ductos mesonéfricos à partir de invaginações do epitélio. * * SISTEMA GENITAL DETERMINAÇÃO DO SEXO (a partir da 7a semana) Fator determinante do testículo (FDT) Cels Leydig Ductos mesonéfricos (Wolff) Cels Sertoli (Dutos paramesonéfrcos) * DESENVOLVIMENTO DOS DUCTOS GENITAIS FEMININOS Ductos mesonéfricos regridem pela falta de testosterona TUBAS UTERINAS: desenvolvem-se a partir das partes craniais não fusionadas dos ductos paramesonéfricos Porção caudal (fundida): primórdio uterovaginal Dutos paramesonéfricos fundidos: corpo e cérvix do útero Estroma endometrial e o miométrio são derivados do mesênquima esplâncnico 12 semanas Recém-nascida Glândulas genitais auxiliares Glând. Uretrais e parauretrais (Skene): brotos que crescem da uretra, penetrando o mesênquima circundante Glândulas vestibulares maiores (de Bartolin): evaginações do seio urogenital Bexiga urinária * * * * * * * Estruturas vestigiais Gland parauretrais Gland vestibulares maiores # ANIMAÇÃO FEM # ANIMAÇÃO MASC * 5 semanas Crista gonadal: Saliência mesenquimal + cordões epiteliais digitiformes (cordões sexuais primários) Gônada indiferenciada: Córtex (externo) Medula (interna) GÔNADAS Se cromossomo XX: DIFERENCIAÇÃO EM OVÁRIO E MEDULA REGRIDE Se cromossomoXY: MEDULA DIFERENCIA-SE EM TESTÍCULO E REGRESSÃO DO CÓRTEX Crista gonadal Duto paramesonéfrico Duto mesonéfrico Cels germinativas primordiais Medula supra-renal Cortex supra-renal Broto uretérico Mesentério do intestino posterior Cordão sexual gonadal no córtex mesenquima Int. posterior Duto mesonéfrico Túbulo mesonéfrico Medula da gõnada * HOMEM Cordões sexuais 1arios condensam-se e penetram na medula Testículo em crescimento separa-se do mesonefro em degeneração Rede testicular (Cordões seminíferos) Formação da túnica alburgínea (cápsula fibrosa espessa) Cordões transformam-se em túbulos seminíferos, que são separados por cel intersticiais (Leydig- testosterona) e sustentados pelas cels de Sertoli – fator antimulleriano MULHER Cordões sexuais 1arios não são proeminentes e penetram na medula, formando uma rede ovariana rudimentar A rede ovariana (medular) degenera e desaparece Os cordões corticais se estendem do epitélio (mesotélio) para dentro do mesênquima – início do período fetal 16 semanas: cordões se rompem: agrupamentos isolados de células (folículos primordiais): ovogônia + céls foliculares (epitélio da superfície) Durante o período feta: mitoses nas ovogônias. Antes do nascimento: iniciam meiose, mas estacionam em profase I Desenvolvimento dos testículos Desenvolvimento dos ovários * DESCIDA DOS TESTÍCULOS 2o mes 3o mes 7o mes RN Está associada com: Aumento dos testículos e atrofia do mesonefron, permitindo o movimento dos testículos para a região caudal (ao longo da parede abdominal) Atrofia dos ductos paramesonéfricos Aumento do processo vaginal, que guia os testículos pelos canais inguinais para dentro do escroto Aumento da pelve fetal Alongamento do tronco fetal Começa na 26 sem e leva 2 a 3 dias DESCIDA DOS OVÁRIOS Ovários descem pela parede abdominal posterior até a região inferior da borda da pelve Gubernáculo prende-se ao útero, próxima a tuba uterina: parte cranial- ligamento ovariano/ parte caudal: ligamento redondo do útero Ligamentos redondos passam pelos canais inguinais e terminam nos grandes lábios Ligamento redondo do útero Ligamento ovariano Ligamento ovariano Ligamento redondo do útero Canal inguinal * DESENVOLVIMENTO DA VAGINA Epitélio vaginal: endoderma do seio urogenital Parede fibromuscular: mesênquima circundante Contato do primórdio uterovaginal com o seio genital forma o TÚBÉRCULO DO SEIO que induz a formação dos BULBOS SINOVAGINAIS (projeções endodermicas) Bulbos sinovaginais fundem-se: PLACA VAGINAL As cels centrais da placa desintegram-se (luz da vagina) 9 sem Final 3o mes RN Hímen: separa a cavidade vaginal do seio urogenital. Formado pela invaginação da parede posterior do seio urogenital. Geralmente se rompe no período perinatal * ANOMALIAS UTERINAS Útero didelfo (útero e vagina duplos) Útero duplo com vagina única Útero bicórneo Útero bicórneo com um corno esquerdo rudimentar Útero septado Útero unicórneo * Genitália externa de homens e mulheres Semelhante → final 9º semana Sexo genético → estabelecido na fertilização Prega urogenital Intumescência labioescrotal ESTÁGIO INDIFERENCIADO (♀ e ♂ idênticos) Membrana anal Membrana urogenital Falo primordial SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: DESENVOLVIMENTO * DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA Até a 7a sem: genitália semelhantes em ambos os sexos, distinta na 9a sem e diferenciada na 12a sem 4a sem: mesênquima em proliferação na extremidade cranial da membrana cloacal: tubérculo genital Intumescências labioescrotais e pregas urogenitais (de cada lado da memb cloacal) Tubérculo genital Tubérculo genital Prega urogenital Intumescência labioescrotal Tubérculo genital se alonga: FALO PRIMORDIAL Septo urorretal funde-se com a memb cloacal (6 sem): dividida em memb urogenital e memb anal Membr cloacal Membr urogenital Membr anal MASCULINO FEMININO TESTOSTERONA Placa uretral Prega urogenital Sulco uretral Falo cresce: PÊNIS Pregas urogenitais: paredes laterais do sulco uretral, revestido por endoderma (Placa uretral) Fusão das pregas ao longo da sup ventral do pênis: URETRA ESPONJOSA Ectoderme da superfície funde-se: RAFE PENIANA Extremidade da glande; invaginação ectodérmica: cordão ectodérmico cresce para dentro e une-se à uretra esponjosa 12a sem: invaginação circular de ectoderma na periferia da glande, que se rompe: PREPÚCIO Intumescências lábioescrotais: ESCROTO Falo primordial: CLITORIS Pregas urogenitais não se fundem, exceto na parte posterior: frênulo dos pequenos lábios Partes não fusionadas das pregas urogenitais: PEQUENOS LÁBIOS Pregas labioescrotais fundem-se na parte post: COMISSURA LABIAL POSTERIOR Na parte anterior: COMISSURA LABIAL ANTERIOR E MONTE PUBIANO GRANDES LÁBIOS: parte não fusionada das pregas labioescrotais Sulco uretral * Estágio indiferenciado (7 sem) Glande com cordão ectodérmico Sulco uretral contínuo com seio urogenital Pregas urogenitais 4. Intumescências labioescrotais10 semanas - feminino Glande do clitoris Orifício uretral externo Abertura no seio urogenital Prega urogenital (peq lábios) Intumescênmcia lábioescrotal (grandes labios) 6. Ânus 10 semanas - masculino Glande do pênis Remanescentes do sulco uretral pregas urogenitais em fechamento Itumescênmcia lábioescrotal (fundindo-se: rafe do escroto Ãnus Micrografia eletrônica varredura – Genitália externa # ANIMAÇÃO # ANIMAÇÃO * TERATOGÊNESE POR DROGAS Excesso de Andrógenos - Genitália masculinizada * TERATOGÊNESE POR DROGAS aumento do clitóris após uso de esteróides anabolizantes (decadurabolim®, duratestom® e hemogenim®), em doses muitas vezes maiores do que a terapêutica, por 2 anos ininterruptamente. Cansanção, A. L. Tratamento cirúrgico da hipertrofia de clitóris após uso esteróides anabolizantes – relato de caso. Disponível em http://sbcp-sc.org.br/anais/42/paginas/47.htm. Acesso em 05 de nov. de 2011. * SÍNDROMES SEXUAIS: ANEUPLOIDIA * ANEUPLOIDIA EM CROMOSSOMOS SEXUAIS MONOSSÔMICOS (2n – 1) APENAS EM SEXUAIS Síndrome de Turner (1 / 5.000) * CARIÓTIPO: 45, X Síndrome de Turner * * Os cromossomos X e Y são divididos em regiões homólogas (contêm seqüências de DNA que são similares em ambos) e regiões diferenciais (contêm genes que não têm contrapartes no outro cromossomo sexual). As regiões homólogas são similares as autossômicas, logo podem ser chamadas de pseudoautossômicas. Essas regiões similares formam par durante a meiose, deste modo, o X e o Y podem agir como um par e se segregar em números iguais de espermatozóides. O cromossomo X contém muitas centenas de genes e muitos não estão envolvidos na função sexual e não possuem contraparte no Y. O cromossomo Y contém apenas algumas dezenas de genes e a maioria está envolvida na função sexual masculina (exemplo: gene SRY). * * * * * *