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APS - Manifestações Patológias em Estruturas de Concreto Armado

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Universidade Paulista- UNIP 
Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia 
Graduação em Engenharia 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO 
ARMADO 
 
 
 
 
Engenharia Civil 10º Semestre 
 
 
Alison Eduardo da Silva Martins 
Bruno Araújo de Carvalho Freitas 
Cleber Weverton Moreira 
Jenifer Caroline Galdino Bento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos - SP 
2019 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alison Eduardo da Silva Martins, RA: C32614-3 
Bruno Araújo de Carvalho Freitas, RA: C3148D-5 
Cleber Weverton Moreira, RA: C3575D-4 
Jenifer Caroline Galdino Bento, RA: C33AAD-0 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO 
ARMADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos - SP 
2019 
3 
 
SUMARIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 
2. OBJETIVO DO TRABALHO ........................................................................... 4 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 5 
3.1 PATOLOGIA ............................................................................................. 5 
3.1.1 Durabilidade e vida útil das estruturas ................................................ 5 
3.2 TIPOS DE PATOLOGIAS ......................................................................... 7 
3.2.1 Corrosão das armaduras de aço......................................................... 7 
3.2.2 Fissuras, Trincas e Rachaduras ......................................................... 8 
3.2.3 Infiltração .......................................................................................... 11 
3.2.4 Desagregação .................................................................................. 12 
3.2.5 Manchas e eflorescência .................................................................. 13 
3.2.6 Calcinação ........................................................................................ 13 
3.2.7 Outros Tipos de Patologia ................................................................ 14 
3.3 PREVENÇÕES ....................................................................................... 14 
3.3.1 Projetos ............................................................................................. 14 
3.3.2 Materiais ........................................................................................... 15 
3.3.3 Execução .......................................................................................... 15 
3.3.4 Utilização e manutenção ................................................................... 16 
3.4 TRATAMENTO ....................................................................................... 17 
3.4.1 Pequenos danos ............................................................................... 17 
3.4.2 Superficiais ....................................................................................... 18 
3.4.3 Profundos ......................................................................................... 19 
3.4.4 Superficiais de grande área .............................................................. 19 
3.4.5 Corrosão de armadura ...................................................................... 19 
4. CONCLUSÃO ............................................................................................... 20 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 21 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Nos últimos anos o crescimento da construção civil vem sendo rápida e 
acelerada, com inovações e novidades de projeto, execução e materiais usados. 
Porém muitas estruturas apresentam desempenho insatisfatório, devido a falhas 
involuntárias, imperícias, a má utilização dos materiais, envelhecimento natural, 
erros de projetos, entre outros fatores, contribuem para a degradação da 
estrutura. 
 Diversas são as causas que levam uma estrutura a sofrer danos, por isso 
é de extrema importância o estudo desse ramo da engenharia, para que sejam 
evitadas manifestações patológicas que venham a diminuir a durabilidade das 
estruturas, assim como é necessário o conhecimento de como solucionar e 
recuperar aquelas que apresentam o problema, de maneira a impedir que o 
agente causador volte à acarrear o mesmo problema. 
 As patologias em edificações são os principais problemas que 
comprometem a vida útil das construções. Nesse contexto, destaca-se o 
concreto, que é um dos materiais mais utilizados na construção de estruturas em 
edifícios. São essas estruturas que através do seu projeto e execução, irão 
delimitar o possível surgimento de patologias e a intensidade das mesmas. 
 
2. OBJETIVO DO TRABALHO 
 Este trabalho tem por objetivo estudar o que é, quais são os tipos e 
causas, prevenções e tratamento das patologias, visto estes problemas, cresce, 
cada vez mais, a exigência por produtos e serviços com qualidade, obrigando as 
empresas a buscarem novas técnicas para se adaptarem a essas modificações 
e buscarem soluções para as exigências do mercado que se torna cada vez mais 
competitivas. Dessa forma, observa-se a grande preocupação com a qualidade 
do concreto para que se obtenha a durabilidade, fator importante para diminuir o 
risco de possíveis patologias. 
 
5 
 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
3.1 PATOLOGIA 
Material não inerte, o concreto está sujeito a alterações ao longo do 
tempo, em função de interações entre os elementos que o constituem (cimento, 
areia, brita, água), com os aditivos e com agentes externos, como ácidos, bases, 
sais, gases, vapores e micro-organismos. Segundo o engenheiro Élvio 
Piancastelli, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, “Muitas vezes, 
dessas interações resultam anomalias que podem comprometer o desempenho 
da estrutura, provocar efeitos estéticos indesejáveis ou causar desconforto 
psicológico nos usuários". 
De acordo com o especialista só quando o desempenho da estrutura está 
ameaçado ou comprometido é que ficam caracterizadas as ‘enfermidades’ do 
concreto ou da estrutura, que podem ser congênitas, as quais nascem com a 
estrutura, ou são adquiridas ao longo de sua vida, devido à ação direta de 
inúmeros agentes externos, incluindo usuários, ou ainda fenômenos físicos, 
entre eles, choques, terremotos, incêndios, enchentes, explosões, recalques e 
variações de temperatura. 
 
3.1.1 Durabilidade e vida útil das estruturas 
De acordo com FLAUZINO (1988), “durabilidade é a capacidade que um 
elemento tem de perpetuar suas propriedades químicas e físicas durante um 
determinado período”. O período qual ele se refere é denominado vida útil da 
estrutura, que deve compreender além da fase utilização, a faze de execução. 
 Nos dias de hoje, após muitos avanços nas tecnologias da construção, 
tanto nos procedimentos de execução, softwares de cálculo estrutural, e 
desenvolvimento de novos materiais, é desejado uma vida útil de pelo menos 50 
anos para edifícios residências, conforme classificação da vida útil das estruturas 
do Comitê Europeu de Normatização. 
 
 
6 
 
Figura 1: Vida útil das estruturas pelo Comitê Europeu de Normatização. 
Fonte: Comitê de Normatização. 
 
 E para que a estrutura atinja o tempo de utilização, é preciso identificar a 
origem das patologias para que assim as mesmas possam ser evitadas ou pelo 
menos minimizadas. Ainda no correr deste trabalho serão mostradas as 
principais prevenções em relaçãoa patologias nas estruturas. 
Para alcançar a durabilidade desejada de uma estrutura de concreto 
armado é necessária uma coordenação nos trabalhos de cada etapa, sendo elas: 
• concepção e projeto da estrutura; 
• escolha dos materiais que serão utilizados; 
• execução das estruturas; 
• utilização e manutenções preventivas. 
 
Isoladamente, cada uma dessas etapas desempenha um papel de 
elevada importância no que se refere à durabilidade da estrutura, podendo a 
deficiência de uma delas influenciar negativamente na durabilidade das 
estruturas de concreto. 
Segundo PALERMO (1993), em levantamentos feitos em edificações 
brasileiras que apresentavam algum tipo de patologia, cada uma das etapas 
acima citadas seria responsável por um grau de incidência de anomalias, sendo: 
• 52% devido à má execução; 
• 24% devido à má utilização; 
• 18% devido à deficiência de projeto; 
7 
 
• 6% devido à deficiência das propriedades dos materiais. 
 
Essas proporções variam no tempo e nas regiões. Isso pode ser 
confirmado na avaliação feita por CUNHA (1994), na década de 90, sobre a 
ocorrência de manifestações patológicas de 709 casos analisados no Brasil, 
sendo: 
• 27% devido à má execução; 
• 14% devido à má utilização; 
• 49% devido à deficiência de projeto; 
• 10% devido à deficiência das propriedades dos materiais. 
 
3.2 TIPOS DE PATOLOGIAS 
 As manifestações a seguir podem indicar a existência de patologias do 
concreto. 
 
3.2.1 Corrosão das armaduras de aço 
 Outra patologia que precisa ser citada, entre as principais, é a corrosão 
das armaduras do concreto, um fenômeno chamado carbonatação decorrente 
da ação de agentes químicos. O aço encontra-se num meio alcalino, o concreto, 
onde deve estar protegido de processos corrosivos. 
 Contudo, eventualmente, acontece do gás carbônico, penetrar nos poros 
do concreto e, com a umidade encontrada, formar um tipo de acidez que ataca 
a estrutura metálica. 
 Pode acontecer de as peças da armadura terem sido colocadas muito 
próximas da superfície da estrutura e não terem sido cobertas o suficiente pelo 
concreto. Assim, tornam-se expostas à corrosão, elas precisam ficar bem 
protegidas pelo cimento. 
8 
 
Figura 2: Armaduras de uma fundação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Imagens. 
 
 Também vibrações da edificação ou falhas no processo de cura do 
concreto podem causar porosidades por onde vai começar o processo corrosivo. 
A aderência do concreto diminui, ele se descola e expõe ainda mais o aço. 
 A degradação evolui e não cessa, comprometendo as estruturas, 
enquanto não forem tomadas providências. 
 Mas como evitar que essas patologias aconteçam com tanta frequência? 
Um projeto bem feito, além de muitos cuidados na execução, é essencial para 
prevenção de todas essas patologias na construção civil. 
 
 
3.2.2 Fissuras, Trincas e Rachaduras 
 As fissuras são causadas pela realização do movimento dos materiais e 
elementos da construção que, na maioria dos casos, tendem a se acomodar. 
Podem ainda ser resultado de vibrações na área. Elas são classificadas de 
acordo com a profundidade e características da abertura, assumindo nomes 
diferentes: 
 
• Fissuras: 
 
 Atinge a pintura, massa corrida e azulejo com espessuras de 1 mm e 
menor gravidade. Geralmente são aberturas estreitas e alongadas na superfície 
de um material, mas não possuem problemas estruturais. Geralmente são de 
9 
 
gravidade menor e superficiais. Mas, é importante levar em consideração que 
toda rachadura se inicia como uma fissura, logo é importante observar se existe 
uma evolução do problema ao longo do tempo, ou não. 
 
Figura 3: Fissura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Imagens. 
• Trincas: 
 
 Um pouco mais perigosas que as fissuras, as trincas têm em média de 1 
a 3 mm, sendo mais profunda e acentuada, ocorrendo a ruptura do elemento e 
separando em duas partes. Podendo chegar a afetar a segurança dos elementos 
estruturais. O fator determinante para saber se a abertura é uma trinca é a 
“separação entre as partes”, portanto, quando o material em que a trinca se 
encontra está separado em dois. 
 
Figura 4: Trinca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Imagens. 
• Rachaduras: 
10 
 
 
 Mais complexas, requer uma manutenção mais especializada. Espessura 
acima de 3mm, ocorrendo ruptura do elemento e separando em duas partes com 
aberturas grandes, pronunciada, profunda e acentuada, sendo bem simples de 
notar a sua presença. 
 Rachaduras em lajes, vigas, pilares e fundações tendem a ser mais 
graves, pois interferem especificamente na estrutura, aparecendo rachaduras e 
deformações. 
 
Figura 5: Rachaduras. 
Fonte: Google Imagens. 
 
As fissuras podem, também, ser classificadas de acordo com a sua causa: 
 
• Fissuras por recalque de fundação: As fissuras provocadas por recalque 
diferencial são inclinadas indo em direção ao ponto de maior recalque e 
são provocadas pelas tensões de cisalhamento. 
 
• Fissuras por movimentação térmica: Causadas pela movimentação de 
dilatação e contração resultantes das variações de temperatura diária. 
 
• Fissuras por sobrecargas ou Acúmulos de tensões: As peças de uma 
estrutura de concreto armado são normalmente dimensionadas 
11 
 
admitindo-se determinadas deformações e devido uma sobre carga ou 
acúmulo de tensões pode ocasionar o surgimento dessas aberturas. 
 
• Fissuras por retração de cimento: Com a utilização excessiva de água no 
cimento, ocorre uma retração resultando a redução do volume do 
concreto. Como as peças estruturais não podem se movimentarem entre 
si acaba surgindo às tensões de tração no concreto, se essas tensões 
forem maiores que a resistência à tração do concreto acaba surgindo 
fissuras. 
 
3.2.3 Infiltração 
 As infiltrações e a umidade são problemas comuns e são responsáveis por 
desencadear inúmeras patologias construtivas. 
 Vamos identificar os principais tipos de infiltração e umidade: 
 
 Umidade de infiltração: Oriunda da parte externa, por meio de trincas ou 
por absorção do próprio material construtivo; 
 Umidade acidental: Causada por falhas nos encanamentos, ou seja, no 
sistema hidráulico; 
 
Figura 6: Infiltração por vazamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Imagens. 
 
 Umidade ascensional: Originada no solo e visível nas paredes, está é por 
conta da umidade presente no solo; 
12 
 
 
 Umidade de obra: Presente no processo de execução da obra e visível no 
concreto e acabamentos; 
 
 Umidade por condensação: Originada do ar com alta umidade e baixas 
temperaturas, com consequente precipitação da umidade. 
 
Figura 7: Umidade por condensação 
 
 Fonte: Google Imagens. 
 
3.2.4 Desagregação 
 A desagregação é caracterizada pela perda do poder aglomerante do 
cimento. Com isso, os agregados graúdos se destacam da argamassa, que 
posteriormente também se desfaz. 
 A desagregação inicia-se, geralmente, com a alteração da coloração do 
concreto. A seguir surgem fissuras cruzadas em todas direções, que aumentam 
rapidamente de abertura, devido à expansão da pasta de cimento. Um 
abaulamento da superfície do concreto pode também ser observada. 
 A desagregação do concreto pode ser provocada por: 
 
• Ataques Químicos, como o de Sulfatos; 
• Reação álcali-agregado;• Águas puras, águas que evaporam e depois condensam e as águas com 
pouco teor de sais, águas de chuva que lhe arrancam sais pelos quais 
são ávidas; 
13 
 
• Águas servidas, esgotos e resíduos industriais em dutos e canais; 
• Micro-organismos, fungos, e outros, através de sua ação direta e suas 
excreções ácidas; 
• Substâncias orgânicas como: gorduras animais, óleos e vinho. 
 
 Existem também a desagregação da argamassa superficial do concreto, 
em função do uso de formas absorventes que retiram a água necessária para a 
hidratação do cimento. 
 
3.2.5 Manchas e eflorescência 
 Um dos problemas observados nas fachadas é o aparecimento de 
manchas e eflorescências. Estas manchas e eflorescências podem estar 
relacionadas aos seguintes problemas: 
 
• infiltração de água através das falhas ou da porosidade do rejuntamento; 
• lavagem da fachada com solução de ácido muriático; 
• excesso de água de amassamento da argamassa; 
• presença de impurezas nas areias, tais como óxidos e hidróxidos de 
ferro. 
 
 A eflorescência é a formação de depósitos salinos na superfície dos 
revestimentos, alvenarias, concreto, argamassas, etc., como resultado da sua 
exposição a água de infiltrações ou intempéries. 
 
3.2.6 Calcinação 
 O problema ocorre com a perda da função ligante do cimento, e suas 
causas são diversas, sendo possível destacar a movimentação de fôrmas, 
corrosão ou calcinação do concreto, ataques biológicos, carbonatação, perda de 
aderência e desgaste do concreto. 
 
 
14 
 
3.2.7 Outros Tipos de Patologia 
• Disgregação (Desplacamento ou Esfoliação); 
• Segregação; 
• Erosão e Desgaste; 
• Flechas Exageradas; 
• Perda de Aderência Entre Concretos (nas juntas de concretagem); 
• Porosidade; 
• Permeabilidade. 
 
3.3 PREVENÇÕES 
 Neste item serão abordadas as prevenções que deverão ser tomadas em 
cada faze da vida útil de uma edificação de concreto armado – da fase de projeto 
à fase de utilização. 
 
3.3.1 Projetos 
Os projetos são responsáveis por adequar a destinação da edificação aos 
fatores de durabilidade, conforto dos usuários, estética, funcionalidade e 
economia. 
Durante o desenvolvimento do projeto das estruturas, deverão ser 
previstas as ações possíveis às quais as estruturas estarão sujeitas. Fissuras e 
deformações deverão ser devidamente previstas e controladas, a fim de não 
prejudicarem a destinação e a durabilidade da estrutura. 
Antes de tudo, o projeto estrutural deverá prever a agressividade do 
ambiente no qual a estrutura será inserida, o grau de qualificação da mão-de-
obra e a disponibilidade de tecnologias e de equipamentos. 
15 
 
Detalhes nas geometrias dos elementos estruturais, espessuras do 
cobrimento e detalhamento das armaduras deverão ser adequados, a fim de 
permitir uma maior vida útil. 
Segundo SITTER, apud ROSTAM (1991), “um dólar gasto na fase de 
projeto equivale a 5 dólares na fase de construção, a 25 dólares na fase de 
manutenção preventiva e a 125 dólares na fase de reconstrução”. Pode-se 
interpretar esta frase como sendo: valem mais o tempo, o esforço e as pesquisas 
na fase de projeto, quando ainda as mudanças podem ocorrer com mais 
flexibilidade e facilidade, do que depois, em uma fase posterior, quando as 
alterações durante a construção e/ou o reprojeto das estruturas já construídas 
conduzem a custos bem maiores. 
 
3.3.2 Materiais 
Cada material isoladamente é parcela integrante da determinação da 
durabilidade e resistência mecânica das estruturas. 
A proporção dos materiais que compõem o concreto (areia, água, brita, 
cimento, aditivos, etc.) fornece ilimitadas opções de traços de concreto, cada 
qual com suas propriedades - trabalhabilidade, fluidez, resistência, 
permeabilidade, elasticidade, retração, etc. Cada tipo de concreto deve ser 
dosado e adequado a um determinado emprego e condição ambiental. Assim, 
uma dosagem adequada dos componentes do concreto é uma exigência 
necessária para se obter uma estrutura mais durável. 
Por sua vez, o aço apresenta pouca variabilidade na qualidade durante 
seu processo de fabricação, dado que as siderurgias têm um controle de 
qualidade satisfatório. 
 
 
3.3.3 Execução 
As etapas de projeto e de execução das obras são as que mais 
influenciam a qualidade e a durabilidade das estruturas de concreto armado. 
16 
 
O alto índice de patologias em consequência da má execução é reflexo 
de uma mão-de-obra desqualificada e despreparada; de uma deficiente 
organização ou planejamento da obra, e, em muitos casos, da não-observância 
das especificações de projeto e de normas de execução de obras de concreto 
armado. Esta etapa reflete o contexto socioeconômico do setor da construção 
civil em nosso país. 
A instabilidade nacional brasileira, somada ao planejamento econômico 
deficitário de algumas obras, conduz ao andamento inadequado desses 
empreendimentos. As obras públicas de interesse político são as que mais 
sofrem nesse contexto, dado que as execuções muitas vezes estão atreladas às 
disponibilidades financeiras do momento. 
 
 
3.3.4 Utilização e manutenção 
Durante o projeto de uma estrutura de concreto armado, supõe-se que 
nela irão agir determinadas cargas, sob condições definidas, e que essa 
estrutura estará dentro de um suposto contexto ambiental. 
As alterações do meio ambiente fazem com que as estruturas se tornem 
deficientes frente a novas condições, quando não previstas na fase de projeto. 
A chuva ácida é um exemplo. Há alguns anos, quando a poluição ambiental era 
pequena, as águas das chuvas tinham pH em torno de 6,0 a 7,0. Atualmente, 
em regiões industriais, esse pH, em muitos casos, é da ordem de 3,0 a 4,0 nas 
primeiras horas de chuva. Os materiais de construção são degradáveis com o 
tempo. Cada um desenvolve sua curva de degradação no tempo variável, 
dependendo das condições ambientais e de sua utilização. 
No caso em que as cargas atuantes sejam alteradas — no sentido de 
aumentar o carregamento, não previsto no projeto, ou quando alteradas as 
condições ambientais de maneira agressiva ao concreto armado —, as 
estruturas apresentarão sintomas patológicos como fissuras, deformações 
excessivas ou desgastes superficiais, dentre outros. 
A manutenção periódica e preventiva possibilita o prolongamento da vida 
útil das estruturas. Entenda-se por manutenção periódica a atividade praticada 
17 
 
regularmente e que altere a curva natural de degradação dos materiais, fazendo 
com que os materiais restaurem parte de suas propriedades ao nível de quando 
estavam recém-construídas. (LICHTENTSTEIN, 1985) 
A manutenção se inicia com a vistoria visual dos elementos, seguida do 
estudo dos desgastes dos materiais frente aos processos destrutivos. Prossegue 
com a escolha correta dos materiais de acordo com o processo de desgaste e 
finaliza na ação de reparos. 
O CEB/90 sugere que as inspeções sejam feitas de acordo com a 
destinação das estruturas e segundo a periodicidade: 
• casas, escritórios, etc ⇒ 10 anos; 
• edifícios industriais ⇒ 5 a 10 anos; 
• pontes rodoviárias ⇒ 1 a 4 anos; 
• pontes ferroviárias ⇒ 1 a 2 anos. 
Esses períodos podem ser alterados de acordo com a importância e as 
condições de uso da estrutura. 
 
3.4 TRATAMENTO 
 O tratamento das patologias no concreto é realizado com base nos danos 
causados ao concreto sendo os mais comuns: 
 
• Pequenos danos; 
• Superficiais; 
• Profundos; 
• Superficiais de grande área; 
• Corrosão de armadura. 
 
3.4.1 Pequenos danos 
Segundo Aecweb (2019) os pequenos danos são ‘’danos que não comprometemo desempenho estrutural do elemento ou o fazem de forma pouco significativa 
18 
 
podem receber reparos. Élvio Piancastelli ensina que para o bom desempenho 
é fundamental que o substrato (superfícies de concreto e aço) seja 
convenientemente tratado. “São duas as finalidades básicas do tratamento: 
retirar todo material deteriorado ou contaminado e propiciar as melhores 
condições de aderência entre o substrato e o material de reparo”, diz, indicando 
os procedimentos que podem ser utilizados: 
 Escarificação manual (talhadeira, ponteiro, marreta); 
 Escarificação mecânica (martelete, rompedor, fresa); 
 Escovamento manual (escova de aço); 
 Lixamento manual ou elétrico (lixas para concreto e aço, lixadeira elétrica); 
 Hidrodemolição (equipamento específico); 
 Jateamento de areia (equipamento específico); 
 Jateamento de água e areia (equipamento específico); 
 Queima controlada com chama (maçarico); 
 Corte de concreto (disco de corte); 
 Jateamento de ar comprimido (equipamento específico); 
 Jateamento de água fria ou quente (equipamento específico); 
 Jateamento de vapor (equipamento específico); 
 Lavagem com soluções ácidas; 
 Lavagem com soluções alcalinas (solução de ‘soda cáustica’); 
 Aplicação de removedores de óleos e graxas; 
 Aplicação de removedores de gordura e ácido úrico - suor (álcool isopropílico, 
acetona); 
 Umedecimento ou saturação da superfície do concreto com água (aspersão, 
pano ou areia molhados). 
 
3.4.2 Superficiais 
 São aqueles que não passam pela camada de cobrimento das armaduras. 
“Eles são necessários em função de disgregações, desagregações, 
segregações, porosidades ou contaminações que atingem o concreto de 
cobrimento das armaduras. 
19 
 
3.4.3 Profundos 
Trata-se daqueles onde as profundidades ultrapassam a camada de 
cobrimento das armaduras. “Esse tipo de reparo é comum surgir devido à 
ocorrência de segregações, ninhos, ou presença de corpos estranhos no 
concreto. 
 
3.4.4 Superficiais de grande área 
São feitos em função de disgregações, desagregações, segregações, 
erosões, desgastes, contaminações ou calcinações que atingem grandes áreas 
do concreto de cobrimento das armaduras. 
 
3.4.5 Corrosão de armadura 
Exigem análise do funcionamento do sistema de proteção do aço dentro 
da massa de concreto. é necessário verificar as relações existentes entre o pH 
do concreto e o potencial de corrosão (potencial eletroquímico) do aço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
4. CONCLUSÃO 
Pôde-se notar que durante a pesquisa a fim de diagnosticar 
manifestações patologias, o profissional precisa ter uma boa bagagem de 
conhecimento sobre a física e a química aplicada aos materiais de construção e 
estar ligado ao processo de construções, pois através do diagnóstico é que são 
identificadas as origens do problema, suas causas precisas, os fenômenos 
intervenientes e seus mecanismos de ocorrência. Além disso, durante esse 
estudo pode-se entender que as principais causas das manifestações patologias 
nas edificações podem ser evitadas, e são consequências da incompatibilidade 
dos projetos arquitetônicos, estruturais, hidros sanitários, elétricos e da má 
execução da obra. 
Através de estudos e diagnósticos, podemos concluir que a gravidade dos 
futuros problemas na obra é quando se tem projetos deficientes e com falta de 
detalhamento, má execução e a devida inspeção do engenheiro responsável. 
Segundo Miotto (2010) é importante a realização de estudos que buscam avaliar, 
caracterizar e diagnosticar a ocorrência de danos em edificações, pois são 
fundamentais para o processo de produção e uso das edificações, eles permitem 
conhecer ações eficientes para atenuar a ocorrência de falhas e problemas, o 
que tende a melhorar a qualidade geral das edificações e otimizar a aplicações 
dos recursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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<https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/patologias-do-concreto_6160_10_>. 
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