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AULA 4 RESINA COMPOSTA EM DENTES POSTERIORES: TÉCNICAS DE PREPARO E RESTAURAÇÃO Quais são os determinantes que fazem resina e amálgama apresentarem comportamentos clínicos distintos? O amálgama libera óxidos que tem propriedades antimicrobianas, já a resina possui conteúdo orgânico. Resina composta: o que muda? Amálgama e resina são materiais de composição e propriedades distintas, portanto se comportam de formas diferentes. Desafios clínicos: Desgaste Infiltração marginal (cárie secundária) Resistência ao desgaste: Densidade de carga Tamanho médio das partículas Grau de conversão Profundidade de polimerização Porosidades Localização e extensão da restauração O que determina o sucesso? Conhecer as propriedades do material Reconhecer suas limitações Dominar a técnica Acompanhar seu desempenho Indicações: Estética Restaurações conservativas até 1/3 da abertura vestibulolingual Restaurações mais extensas Leões de cárie em cicatrículas e fissuras Lesões de cárie em superfície livre Substituição de restaurações Estabelecimento de ponto de contato Dentes posteriores fraturados Composição das resinas compostas: Partículas inorgânicas (com carga) + matriz orgânica (Bis-GMA, TEDGMA, UDMA, HEMA, etc) Contração de polimerização, tensão de polimerização e infiltração marginal Tamanho na nanoparticula Aplicações clínicas: Classe I simples: cavidade simples (O) Classe I composta: cavidade composta OP Classe II: cavidades compostas DO, MO ou cavidades complexas MOD, lesões estritamente proximais Reparo Substituição de amálgama por resina Fator estético Presença de esmalte Localização e extensão das cavidades Vantagens: Capacidade de aderir à estrutura dentária CAVIDADE CLASSE I – CAIXA OCLUSAL: Forma de contorno: Áreas de má coalescência do esmalte Determinado pela lesão de cárie Paredes convergentes para oclusal Forma de resistência: Preservação das vertentes de cúspide Preservação da crista marginal Parede pulpar plana Ângulo cavosuperficial nítido e sem bisel Forma de retenção: Paredes convergentes para oclusal Técnica adesiva: retenção micromecânica em esmalte e dentina CAVIDADE CLASSE I COMPOSTA: Forma de contorno: Áreas de má coalescência de esmalte Determinado pela lesão de cárie Mesmas características da caixa oclusal simples Forma de conveniência: Parede pulpar paralela à inclinação da ponte de esmalte Forma de resistência: Preservação das vertentes de cúspide Preservação da crista marginal Preservação da ponte de esmalte CAIXA PALATINA: Paredes M e D convergentes para oclusal Paredes M e D divergentes para palatina Parede axial plana no sentido M-D Parede axial ligeiramente expulsiva Ângulo cavosuperficial nítido e sem bisel Ângulos internos arredondados Ângulo axiopulpar arredondado CAVIDADE CLASSE I COMPOSTA OV: CAIXA OCLUSAL: Forma de contorno: Área de má coalescência de esmalte Determinada pela lesão de cárie Forma de resistência: Preservação das vertentes de cúspides CAIXA VESTIBULAR: Forma de contorno: Área de má coalescência de esmalte Determinada pela lesão de cárie Características finais da caixa oclusal: Paredes circundantes convergentes para oclusal Parede pulpar plana Ângulos internos arredondados Ângulo cavosuperficial reto e sem bisel Características finais da caixa proximal: Paredes V e L convergentes para oclusal Paredes V e L divergentes para proximal Parede gengival plana e ligeiramente afastada do dente vizinho Parede axial ligeiramente expulsiva CAVIDADE CLASSE II CAIXA OCLUSAL: Características finais: Paredes convergentes para O Parede pulpar plana Ângulos internos arredondados Ângulo cavossuperficial reto e sem bisel Não precisa da curva reversa de Hollemback (não fratura borda). CAIXAS PROXIMAIS: Paredes V e L da caixa proximal são: convergentes para oclusal e divergentes para proximal; Parede axial plana no sentido VL e parede expulsiva no sentido GO. Sem retenções adicionais (canaletas e sulcos). Não mais em forma de pendulo e sim gota. TÉCNICA OPERATÓRIA: CLASSE I SIMPLES – Acesso e remoção da lesão: brocas 245, ¼, 330 e 329 Cavidade proximal: forma de gota Seleção de cor Isolamento absoluto Preparo cavitário (princípios de Black) Proteção do complexo dentinopulpar Aplicação do sistema adesivo: ácido + primer + adesivo Inserção incremental da resina composta Acabamento e polimento Seleção de cor: matiz (nome da cor), croma (saturação), valor (brilho) Matiz: A, B, C e D Croma: 1, 2, 3, 3,5, 4 (quanto maior a concentração de pigmentos, maior saturação, mais cromatizada a cor) Acabamento das margens: essencial para a promoção da remoção dos prismas de esmalte sem suporte. Sistema adesivo no esmalte: preenchimento das irregularidades e microporosidades (retenção micromecânica à superfície) Adesivo na dentina: preencher os espaços da rede de fibrilas de colágeno expostas e penetrar nos túbulos dentinários. Aplicação do sistema adesivo: Sempre 3 componentes e necessariamente nessa ordem: Ácido: cria as vias de infiltração Primer: permite melhor molhamento e prepara a superfície, tornando o sistema compatível com o substrato Adesivo: promove a “adesão” propriamente dito Condicionamento ácido: possibilita as vias de infiltração Ácido fosfórico 37%: Desmineraliza o esmalte seletivamente Possibilita as vias de infiltração ao sistema adesivo Presença importante de esmalte nas margens Uso na forma de gel Desmineraliza dentina, expondo fibrilas de colágeno Possibilita as vias de infiltração na dentina Função: Aumento da reatividade do esmalte Remoção da Smear Layer Dissolução mineral superficial: expondo a trama de fibrilas colágenas Lavagem da cavidade: Remover todo o ácido (não apenas visualmente) Retirar todo o ácido Secagem da dentina com papel absorvente para remover parcialmente a umidade da dentina Por que o brilho clínico é o parâmetro? Porque a dentina deve estar parcialmente úmida. Objetivo do primer: difundir por entre os espaços interfibrilares da dentina desmineralizada, substituindo a água ali presente por toda a extensão desmineralizada. Características: hidrofilia, fluidez. Solventes (álcool, acetona): serve como veículo para melhor distribuiçãoo do monômero adesivo. Desidratam a dentina desmineralizada. Adesivo: atuar como um agente intermediário entre a estrutura dental e os materiais restauradores. Monômeros hidrofóbicos: são compatíveis com os ionômeros utilizados nos primers e nas resinas compostas. Adesivos convencionais: emprego do condicionamento ácido separadamente dos outros passos Autocondicionantes: não requerem a aplicação isolada de um ácido, contém monômeros resinosos ácidos Aplicação do adesivo: Aplicação uniforme, não ultrapassar o limite da cavidade, não aplicar em excesso, aplicar sempre em 2 camadas. Camada híbrida: Camada formada pela infiltração de monômeros resinosos em estrutura dentária previamente desmineralizada, variando de 0,5 a 10 micrômetros em média. Condicionamento: 15 segundos em esmalte e 30 segundos em dentina. ATENÇÃO: Nas restaurações classe I composta ou classe II, o condicionamento ácido, a aplicação de primer e adesivo sempre devem ser realizados ANTES da colocação de matrizes e cunhas e SEMPRE proteger o dente vizinho. Inserção da resina composta: Técnica incremental: incrementos de, no máximo, 2mm de espessura; Contribui para diminuir os efeitos da contração de polimerização; Contribui na anatomia dentária; Permite trabalhar com camadas de cores diferentes. A técnica incremental diminui o efeito da contração de polimerização.
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