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Diversidade de rochas magmáticas As rochas magmáticas são agregados naturais e coerentes constituídos por vários minerais que conservam individualmente as suas propriedades. Para se observarem minerais pormenorizadamente recorre-se ao uso do microscópio, mas é necessário efetuar lâminas extremamente finas para poderem ser atravessadas pela luz. A preparação das lâminas é a seguinte: – corta-se uma placa com 1 cm de espessura e alisa-se uma das faces com um abrasivo; – cola-se a face que foi alisada numa lâmina de vidro; – corta-se a lâmina fina – o fragmento de rocha é cortado com serra de diamante, reduzindo a sua espessura a 2 mm. Volta a ser desgastada num disco abrasivo até à espessura de 30 micrómetros, que já é transparente para poder ser observada ao microscópio de luz polarizada. A observação de amostras de rochas com luz polarizada permite: – conhecer as propriedades óticas e estruturais dos minerais que constituem as rochas; – classificar os minerais. As rochas magmáticas podem apresentar grande diversidade de aspetos que resultam: – da diversidade de magmas que originam as rochas; – das diferentes condições de consolidação desses magmas; – da sua composição mineralógica; – da sua textura. A sua classificação baseia-se essencialmente na composição química e mineralógica e na textura, embora também seja importante a cor, a acidez e o modo de jazida. Composição química e mineralógica: como os silicatos são os minerais mais abundantes nas rochas magmáticas, utiliza-se a percentagem em sílica para estabelecer uma classificação química para estas rochas; resultam quatro tipos de rochas, de acordo com o teor em sílica: ácidas, intermédias, básicas e ultrabásicas: relativamente aos minerais que constituem as rochas, distinguem-se dois grandes grupos, os minerais essenciais e os minerais acessórios: minerais essenciais – são minerais cuja presença confere carácter à rocha e determina a sua designação. O mais citados são o quartzo, o feldspato (potássico e calcossódico), a moscovite, a biotite, a piroxena, a anfíbola e a olivina. minerais acessórios – são minerais que não afetam o aspeto fundamental da rocha, que ocorrem em quantidades diminutas e que, geralmente, só são visíveis ao microscópio. Destaca-se como exemplo a magnetite, o zircão, a apatite, o rútilo e a turmalina. os minerais podem agrupar-se de acordo com as tonalidades que apresentam e, assim, as rochas magmáticas podem classificar-se de acordo com o índice da cor. Cor: a tonalidade das rochas pode fornecer indicações sobre o tipo de minerais que as constituem; resulta a seguinte classificação dos minerais: minerais félsicos– têm cor clara como o quartzo e a moscovite (feldspato + sílica); minerais máficos – têm cor escura como a biotite e a olivina (magnésio + ferro). as rochas onde predominam uns ou outros minerais possuem tonalidades diferentes, sendo classificadas em leucocratas, mesocratas, melanocratas e holomelanocratas: Textura: é o aspeto exterior e geral das rochas; resulta das dimensões, da forma e do arranjo dos minerais constituintes; é determinada pela viscosidade e pelo tempo de arrefecimento do magma; a classificação é feita com base no tamanho e nas características dos cristais que as rochas apresentam; de acordo com o grau de cristalinidade pode considerar-se a seguinte classificação para as diferentes texturas: Tendo em conta a composição mineralógica, podem constituir-se agrupamentos de rochas designados famílias. As principais famílias das rochas magmáticas são: A diversidade das rochas das diferentes famílias apresenta aspetos macroscópicos e microscópicos muito variados. Nas diferentes famílias existem rochas plutónicas que, por esse facto possuem textura granular e rochas vulcânicas que apresentam a mesma composição química mas têm textura agranular, uma vez que as condições de arrefecimento do magma foram diferentes.