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I »•» Dtmiio d ■ coIm * V. 6 * * * D l w í t o d t ím n ílía V . 7 «■“ P irw U o d Am aucühhcVh Condomínio ffttrai em edifício, 1951 (tese) Oii$ arras, 1935 ( t w i ) Dos do/ti toa dos atos jurídicos, v. 1, 1959, Max Limonad (tese) Dm defeito* dou nto$ Jurídicos, v. 2 (Coação), 1963, Max Limonad (tese) O divórcio e a lei que o regulamenta, Saraiva, 1978 Dos vícios do consentimento, Saraiva, 3. ed., 1989 Da locaçflo predial, Saraiva, 1979 Direito civil aplicado, v. 1, Saraiva, 1981; 3. ed., 1988 Direito civil aplicado, v. 2, Saraiva, 1983 Direito civil aplicado, v. 3, Saraiva, 1986 Direito civil aplicado, v. 4, Saraiva, 1988 Direito civil aplicado, v. 5, Saraiva, 1989 Direito civil aplicado, v. 6, Saraiva, 1994 Direito civil aplicado, v. 7, Saraiva, 1996 Direito civil aplicado, v. 8, Saraiva, 1999 SILVIO RODRIGUES Professor Catedrático de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Doutor Honoris Causa da Faculdade de Direito da Universidade de Paris XII. VOLUME 1 33â edição, atualizada de acordo com o novo Código Civil (Lei n. 10.406, de 10-1-2002) 2003 S Ê Editoram Saraiva C apítulo II DA REPRESENTAÇÃO S u m á r io : 86. Inovação. 87. Poderes derivados de representação. 88. Regras básicas sobre a representação. 89. Atos praticados contra o interesse do representado. 86. Inovação — Uma inovação trazida pelo Código de 2002 foi a in trodução de um capítulo (II) sobre a "Representação", no Livro "Dos fa tos jurídicos", Título I, "Do negócio jurídico", em seguida às "Disposi ções gerais" (Capítulo I), cujo tema principal é manifestação da vontade. Tal capítulo se encontra no Anteprojeto de 1972 na Parte Geral, apresentada pelo Ministro Moreira Alves. Sua fonte próxima é o capí tulo de igual nome do Código Civil alemão (arts. 164 e s.), que de resto repercutiu no Código Civil português de 1966 (arts. 258 e s.). 87. Poderes derivados de representação — Os poderes derivados de representação conferem-se por lei ou pelo interessado, diz o art. 115 do Código Civil, o que significa o acolhimento da clássica distinção rntre a representação legal e a convencional. Enquanto a primeira de corre da norma, como no caso do tutor, que representa o tutelado, ou ilo inventariante, que representa o espólio, ou do síndico, que repre- ta a massa falida, encontramos a segunda, ou seja, a representação convencional, que decorre do contrato de mandato. 88. Regras básicas sobre a representação — Algumas regras básicas iobre a representação são encontradas neste capítulo. A primeira de- IrtN (nrt. 116) é a que determina que a manifestação de vontade pelo mpresentante, no limite de seus poderes, vincula o representado. Ou §#)&, a vontade deste é materialmente refletida pela declaração do ou- 1 6 6 DIREITO CIVIL tro, Aliás, o conceito de representação foi por mim estudado ao exa minar o contrato de mandato. Outra regra fundamental é a que veda o contrato consigo mes mo. Ela se encontra no art. 117, que, dada sua importância, transcrevo: Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou b representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo re presentante o negócio realizado por aquele a quem os poderes houverem sido subestabelecidos. O contrato consigo mesmo é a convenção em que um só sujeito de direito, revestido de duas qualidades jurídicas diferentes, atua si multaneamente em seu próprio nome e no de outrem. É o caso do indivíduo que, como procurador de terceiro, vende a si mesmo deter minada coisa. Tal modalidade de negócio tem sido objeto de críticas e, dentro do antigo sistema brasileiro, esbarrava com a proibição dos incisos I e II do Código Civil de 1916, que dispunham: "Art. 1.133. Não podem ser comprados, ainda em hasta pú blica: I — pelos tutores, curadores, testamenteiros e administra dores, os bens confiados à sua guarda ou administração; II — pelos mandatários, os bens, de cuja administração ou alienação estejam encarregados". Entretanto, essa espécie de negócio é permitida e se caracteriza, no caso da venda feita a si próprio pelo mandatário, em causa própria183. Os Códigos alemão e italiano admitem, excepcionalmente, tal tipo de negócio. Ambos o fazem quando existir no instrumento de manda- 183. Cf. W a sh in g to n d e B a rr o s M o n teiro , Curso de direito civil — Direito das obrigações, São Paulo, 1956, 2- parte, p. 15, e jurisprudência que dta, a saber: RT, 88/217, 101/584, 106/709, 179/291; RF, 66/290, 67/331. PARTS O BRA L to autorização expressa do mandante; e ainda quando o ato jurídico consistir na execução de uma obrigação anterior (Cód. alemão, art. 181), ou quando do contexto do contrato ressalte a inexistência de um conflito de interesses entre as partes (Cód. italiano, art. 1.395). E o que passa a ocorrer no Brasil com a regra do dispositivo acima transcrito (art. 117). Entre nós até o advento do novo Código o texto acima citado tínha suscitado alguma controvérsia. Com efeito, muito se discutiu sobre a liceidade de venda feita pelo mandante diretamente ao mandatário. De fato, embora muitos julgados permitissem que o procurador adquirisse do mandante quan do este pessoalmente outorgasse a escritura (Arq. Jiid., 105 /244, 89/ 426, 64/358; RF, 87/703, 100/477, 109/97), outros mantinham-se in transigentes e nem nessa hipótese admitiam validade ao negócio (RT, 159/733). Este é um problema que o novo Código aboliu. 89. Atos praticados contra o interesse do representado — Outro dispo sitivo inovador e bastante útil é o que cogita de atos praticados pelo representante, contra o interesse do representado. Aqui se trata de atos praticados pelo representante, em nome do representado, objetivamen te legais, mas que prejudicam este último. Estamos, na hipótese, na presença de dois interesses possivel mente antagônicos: de um lado, o interesse do representado, que se almeja proteger, pois a idéia é de que o representante deve atuar na defesa do interesse do representado; de outro, o interesse do terceiro de boa-fé, que contratou com o representante, na persuasão de que este atuava de acordo com as suas instruções; aliás, o intuito de pre servar os negócios jurídicos coincide com o interesse da sociedade, que almeja, sempre que possível, impedir o desfazimento daqueles atos, gerados pela vontade das partes. Mas se a pessoa que contratou com o representante sabia, ou po dia saber que este atuava em conflito com os interesses do representa do, então não existe a figura do terceiro de boa-fé, e não há razão para permitir a anulação do ato malsinado. Eis o art. 119 do novo Código: Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante ení conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de auem com aauele tratou.
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