Buscar

Representação Sílvio Rodrigues

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

OHKAM 1X1 AUTOK
D ifflíi) C lv lt , N h tiv M i 7 v o lu r m »
V. 1 Purto p p l
V. 2 ' P*ít# l i i i l da* o M g «(A i*
V, .1 mm -fjog # da* <ittdAriÇto0 unlUtoriiii da vontade
V. 4 ■•■•■■••■ Kt>«|H inM bilidadtf d v ll
V. I »•» Dtmiio d ■ coIm *
V. 6 * * * D l w í t o d t ím n ílía 
V . 7 «■“ P irw U o d Am aucühhcVh
Condomínio ffttrai em edifício, 1951 (tese)
Oii$ arras, 1935 ( t w i )
Dos do/ti toa dos atos jurídicos, v. 1, 1959, Max Limonad (tese)
Dm defeito* dou nto$ Jurídicos, v. 2 (Coação), 1963, Max Limonad (tese)
O divórcio e a lei que o regulamenta, Saraiva, 1978
Dos vícios do consentimento, Saraiva, 3. ed., 1989
Da locaçflo predial, Saraiva, 1979
Direito civil aplicado, v. 1, Saraiva, 1981; 3. ed., 1988
Direito civil aplicado, v. 2, Saraiva, 1983
Direito civil aplicado, v. 3, Saraiva, 1986
Direito civil aplicado, v. 4, Saraiva, 1988
Direito civil aplicado, v. 5, Saraiva, 1989
Direito civil aplicado, v. 6, Saraiva, 1994
Direito civil aplicado, v. 7, Saraiva, 1996
Direito civil aplicado, v. 8, Saraiva, 1999
SILVIO RODRIGUES
Professor Catedrático de Direito Civil da Faculdade de Direito da 
Universidade de São Paulo. Doutor Honoris Causa da Faculdade 
de Direito da Universidade de Paris XII.
VOLUME 1
33â edição, atualizada 
de acordo com o novo Código Civil (Lei n. 10.406, de 10-1-2002)
2003
S Ê Editoram Saraiva
C apítulo II
DA REPRESENTAÇÃO
S u m á r io : 86. Inovação. 87. Poderes derivados de representação. 
88. Regras básicas sobre a representação. 89. Atos praticados contra o 
interesse do representado.
86. Inovação — Uma inovação trazida pelo Código de 2002 foi a in­
trodução de um capítulo (II) sobre a "Representação", no Livro "Dos fa­
tos jurídicos", Título I, "Do negócio jurídico", em seguida às "Disposi­
ções gerais" (Capítulo I), cujo tema principal é manifestação da vontade.
Tal capítulo se encontra no Anteprojeto de 1972 na Parte Geral, 
apresentada pelo Ministro Moreira Alves. Sua fonte próxima é o capí­
tulo de igual nome do Código Civil alemão (arts. 164 e s.), que de resto 
repercutiu no Código Civil português de 1966 (arts. 258 e s.).
87. Poderes derivados de representação — Os poderes derivados de 
representação conferem-se por lei ou pelo interessado, diz o art. 115 
do Código Civil, o que significa o acolhimento da clássica distinção 
rntre a representação legal e a convencional. Enquanto a primeira de­
corre da norma, como no caso do tutor, que representa o tutelado, ou 
ilo inventariante, que representa o espólio, ou do síndico, que repre-
ta a massa falida, encontramos a segunda, ou seja, a representação 
convencional, que decorre do contrato de mandato.
88. Regras básicas sobre a representação — Algumas regras básicas 
iobre a representação são encontradas neste capítulo. A primeira de- 
IrtN (nrt. 116) é a que determina que a manifestação de vontade pelo 
mpresentante, no limite de seus poderes, vincula o representado. Ou 
§#)&, a vontade deste é materialmente refletida pela declaração do ou-
1 6 6 DIREITO CIVIL
tro, Aliás, o conceito de representação foi por mim estudado ao exa­
minar o contrato de mandato.
Outra regra fundamental é a que veda o contrato consigo mes­
mo. Ela se encontra no art. 117, que, dada sua importância, transcrevo:
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou b representado, é anulável o 
negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de 
outrem, celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo re­
presentante o negócio realizado por aquele a quem os poderes houverem 
sido subestabelecidos.
O contrato consigo mesmo é a convenção em que um só sujeito 
de direito, revestido de duas qualidades jurídicas diferentes, atua si­
multaneamente em seu próprio nome e no de outrem. É o caso do 
indivíduo que, como procurador de terceiro, vende a si mesmo deter­
minada coisa.
Tal modalidade de negócio tem sido objeto de críticas e, dentro 
do antigo sistema brasileiro, esbarrava com a proibição dos incisos I e 
II do Código Civil de 1916, que dispunham:
"Art. 1.133. Não podem ser comprados, ainda em hasta pú­
blica:
I — pelos tutores, curadores, testamenteiros e administra­
dores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
II — pelos mandatários, os bens, de cuja administração ou 
alienação estejam encarregados".
Entretanto, essa espécie de negócio é permitida e se caracteriza, no 
caso da venda feita a si próprio pelo mandatário, em causa própria183.
Os Códigos alemão e italiano admitem, excepcionalmente, tal tipo 
de negócio. Ambos o fazem quando existir no instrumento de manda-
183. Cf. W a sh in g to n d e B a rr o s M o n teiro , Curso de direito civil — Direito das obrigações, São 
Paulo, 1956, 2- parte, p. 15, e jurisprudência que dta, a saber: RT, 88/217, 101/584, 106/709, 
179/291; RF, 66/290, 67/331.
PARTS O BRA L
to autorização expressa do mandante; e ainda quando o ato jurídico 
consistir na execução de uma obrigação anterior (Cód. alemão, art. 
181), ou quando do contexto do contrato ressalte a inexistência de um 
conflito de interesses entre as partes (Cód. italiano, art. 1.395). E o que 
passa a ocorrer no Brasil com a regra do dispositivo acima transcrito 
(art. 117).
Entre nós até o advento do novo Código o texto acima citado 
tínha suscitado alguma controvérsia.
Com efeito, muito se discutiu sobre a liceidade de venda feita 
pelo mandante diretamente ao mandatário. De fato, embora muitos 
julgados permitissem que o procurador adquirisse do mandante quan­
do este pessoalmente outorgasse a escritura (Arq. Jiid., 105 /244, 89/ 
426, 64/358; RF, 87/703, 100/477, 109/97), outros mantinham-se in­
transigentes e nem nessa hipótese admitiam validade ao negócio (RT, 
159/733). Este é um problema que o novo Código aboliu.
89. Atos praticados contra o interesse do representado — Outro dispo­
sitivo inovador e bastante útil é o que cogita de atos praticados pelo 
representante, contra o interesse do representado. Aqui se trata de atos 
praticados pelo representante, em nome do representado, objetivamen­
te legais, mas que prejudicam este último.
Estamos, na hipótese, na presença de dois interesses possivel­
mente antagônicos: de um lado, o interesse do representado, que se 
almeja proteger, pois a idéia é de que o representante deve atuar na 
defesa do interesse do representado; de outro, o interesse do terceiro 
de boa-fé, que contratou com o representante, na persuasão de que 
este atuava de acordo com as suas instruções; aliás, o intuito de pre­
servar os negócios jurídicos coincide com o interesse da sociedade, 
que almeja, sempre que possível, impedir o desfazimento daqueles 
atos, gerados pela vontade das partes.
Mas se a pessoa que contratou com o representante sabia, ou po­
dia saber que este atuava em conflito com os interesses do representa­
do, então não existe a figura do terceiro de boa-fé, e não há razão para 
permitir a anulação do ato malsinado. Eis o art. 119 do novo Código:
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante ení
conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de auem com aauele tratou.

Continue navegando