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Direito Civil Sistematizado - Cristiano Vieira Sobral

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Prévia do material em texto

Lei de Introdução Parte Geral Obrigações 
 Teoria Geral dos Contratos Contratos em Espécie 
 Responsabilidade Civil Direito das Coisas 
 Direito de Família e Sucessões
7ª edição
revista, atualizada
 e ampliada
De acordo com:
 Lei 13.058/2014 – Guarda Compartilhada 
 Lei 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa 
com Deficiência
DIREITO
CIVIL 
Cristiano Vieira Sobral Pinto
Sistematizado
 Doutrina avançada
 Jurisprudência atualizada
 Jornadas de Direito Civil
 Quadros sinóticos
 Questões de Concursos Comentadas
Sobral Pinto-Direito Civil Sistematizado-7 ed.indb 3 18/02/2016 11:27:34
3
Certamente, deparo-me agora com uma das partes mais complicadas, pois devo esta obra a muitas pessoas. Afirmo que a
redação do livro não foi tarefa fácil, mas sim um árduo trabalho. A todo tempo escrevia, fosse nos intervalos das aulas, fosse
em minha casa enquanto minha esposa dormia, em meu escritório, nos hotéis ou nos aeroportos. Todo tempo livre era
dedicado ao meu Sistematizado.
Inicialmente, gostaria de agradecer aos amores da minha vida: à Cláudia Cosenza, minha esposa, que enche de alegria cada
um dos meus dias – “Te amo!”; aos meus pais, José Sobral Pinto e Maria de Lourdes Vieira Sobral Pinto – “Vocês são
simplesmente demais!” Meu pai, um excelente homem e um brilhante advogado; minha mãe, uma mulher extraordinária e uma
exímia pedagoga; e a você, minha Carol, irmã de ouro, sem a qual meus dias não seriam tão completos!
Ao Francisco Bilac e ao Vauledir (GEN-Forense), pessoas que acreditaram no meu trabalho. Opa! Acharam que eu me
esqueceria? Karin Thiele e Patricia Santos do Carmo, maravilhosas, este é também um trabalho de vocês.
Agradeço aos meus alunos dos seguintes cursos: Aprobatum (BH), Femperj, Fesudeperj, Amperj, Cepad, CEJ, Ideia,
MBA FGV, Forum, Faculdade de Campos, Tríade, Foco, Aprovação Via Satélite, Lexus, Escola Superior de Advocacia do Rio
de Janeiro, Supremo (BH), Fraga e Complexo de Ensino Renato Saraiva (PE).
Agradeço à equipe mais “brilhante” de professores do Rio de Janeiro e outros estados: Rodrigo Padilha, Alexandre Flexa,
Gabriel Habib, Marcos Paulo, Marcelo Machado, Marlene Padilha, Ricardo Lodi, Marcílio Brito, Felipe Almeida, Mônica
Gusmão, André Roberto, Patrícia Proetti, Renato Saraiva, Leonardo Garcia, André Uchoa, Rafael Oliveira, Juan Vasquez,
Fabrício Bastos, Alexandre Câmara, Wêrson Rego, Fabrício Carvalho, Fernanda Pimentel, Vitor Marcelo, Fraga, Geovane
Moraes, Matheus Carvalho, Ana Cristina Mendonça, Thiago Godoy, Arianna Manfredini, Luiz Paulo Vieira de Carvalho,
Cristiana Mendes, Paulo Machado, Tonassi, Giovana Garcia, Sandro Amaral, Ruas, Paulo Nasser, Felipe Novaes, Bruno
Zampier, Maria Augusta, Áquila, Leoni, Marcelo David, Sabrina Dourado, Misael Montenegro, Ana Cláudia (a cabeça),
Rachel Bruno, Haroldo Lourenço, Flávia Bahia, Denis Sampaio, Paranhos, Leo Rosa, André Oliveira, Antônio Carlos, Felipe
Borring, Patrícia Magno, Maurício Gieseler, Rafael Mônaco, Ruy Walter, Fábio Souza, Petrúcio Malafaia, Capanema, Luciano
Figueiredo, Francisco Penante, Fábio Roque, Pupe, Frederico Amado, Josiane Minardi, Gustavo Nogueira, Ricardo Martins,
Vólia Bonfim, André Mota, Marcos Ehrhardt, Marcos Catalan, Cristiane Dupret, Rodrigo Bezerra, Bruno Vilar e Marco
Aurélio Bezerra de Melo.
Um agradecimento especial aos meus coordenadores: Carlinhos (Curso Forum), Patrícia Proetti, a campeã da OAB (Curso
Ideia), Carlos, Lú e Ricardo Lodi (CEJ), Judith Régis e Lucia Helena (Fesudeperj), Leoni (Femperj), Kenner e Elisa Pitaro
(Amperj), Ruas (Multiplus), Rafael (FGV), Luiz Felipe, Ana e Aline (Cepad), Elpídio Donizetti (Aprobatum), Emerson
(Tríade), Renato Saraiva (Complexo de Ensino Renato Saraiva) e Fraga (Curso Fraga).
6
A presente obra busca ofertar um estudo sistematizado dos principais temas do Direito Civil, com fundamento na mais
atual jurisprudência, nos enunciados das Jornadas do CJF/STJ e na mais autorizada doutrina.
O texto conciso atende aos operadores do Direito, principalmente aqueles que estão prestando concursos públicos.
Longe de qualquer arroubo, e com humildade, posso mencionar que o Direito Civil sempre foi o mais importante ramo do
Direito, e por isso tive grande preocupação de pesquisar temas que reputo de grande importância; bem como fora traçado um
paralelo com o Direito do Consumidor.
Destaco que são abordados os seguintes contratos em espécie: Compra e Venda, Troca ou Permuta, Contrato Estimatório,
Doação, Locações (abordagem no Código Civil e na Lei de Locações), Empréstimo, Prestação de Serviço, Empreitada,
Depósito, Mandato, Fiança, Transporte e Seguro.
Espero que o trabalho seja bem recebido pelos leitores; desde já informando que comentários, sugestões e críticas serão
muito bem-aceitos, pois, por meio deles, edições futuras serão melhoradas.
Bons estudos!
Cristiano Vieira Sobral Pinto
www.professorcristianosobral.com.br
professorcristianosobral@gmail.com
Facebook: Professor Cristiano Sobral
Twitter: @profCrisSobral
7
http://www.professorcristianosobral.com.br
mailto:professorcristianosobral@gmail.com
mailto:@profCrisSobral
Da mesma forma que vi nascer o escritor, vi de forma embrionária sua obra. Acompanhei a trajetória deste livro a
distância, porém, olhando-o sempre que possível de perto. Aguardava ansioso como operador do Direito para vê-la acabada,
viva, gritando como uma criança que nasce; por fim, foi lançada no mundo jurídico.
É uma obra que desde o início prende o leitor. Riquíssima em detalhes e minuciosamente apresentada com o que há de
melhor em nossa jurisprudência. Com o desfecho deste trabalho, nasce um novo ciclo de vida, a de um jovem advogado que
galga cada dia em passos largos sua trajetória na vida acadêmica, e do signatário que, com muito orgulho, vê cumprido seu
dever de estimulá-lo nos primeiros passos profissionais, na sua ascensão como professor, na realização de seu primeiro
trabalho e, acima de tudo, na continuidade da profissão de advogado.
Com certeza aqueles que já partiram, mas também foram os alicerces na formação de seu caráter, estão brindando neste
momento em um plano superior.
Com muito orgulho,
José Sobral Pinto
Pai... e Titular do escritório de advocacia
Sylvio Tostes & Sobral Pinto advogados associados.
8
UM DIREITO CIVIL COMPLETO, DIDÁTICO E CONTEMPORÂNEO
Colocando pá de cal definitiva a um enorme hiato de verdadeira letargia do Direito Civil (que há tempo não tão longíquo se
misturava, em verdadeira comistão, com o Direito Romano), a contemporaneidade vem nos deparando com uma intensa e
fecunda produção literária.
Jovens, talentosos e corajosos civilistas estão a prestar relevante contribuição à ciência jurídica (e à sociedade como um
todo), discutindo a feição estruturante do Direito Civil, seja pelo prisma dos seus fundamentos teóricos, seja pela sua
efetividade prática, com o diálogo com os outros ramos da ciência jurídica, como o Direito Processual, por exemplo.
Um radar literário, então, captaria em todas as latitudes e longitudes – verdadeiramente continentais – de nosso país, bons
trabalhos científicos, cujas propostas se unem pelo esforço de redimensionamento do Direito Civil, exigido após o Pacto
Social de 5 de Outubro e endossado pelo Código Civil de 2002, adequando-o e aproximando-o da nossa sociedade viva,
pulsante, plural, aberta e multifacetada.
Nessa exuberante arquitetura, tenho a honra de engrossar o coro dos que brindam a obra do meu colega de magistério
Cristiano Vieira Sobral Pinto: um livro completo, didático e contemporâneo.
Completo porque reúne em um único volume toda a matéria que compõe o Direito Civil. Desde a Teoria Geral do Direito
Civil até o Direito das Sucessões, sem descurar das relações de trânsito jurídico (relações obrigacionais), das titularidades
(relações dos direitos reais) e da afetividade (relações familiares).
Também didático. Aliás, a didática talvez esteja no DNA do talentoso autor. O Direito Civil Sistematizado é uma obra
vocacionada para uma compreensão facilitada e imediata das relações privadas. Acompanhado de instigantesquadros
sinóticos e de explicações claras, o livro corrobora do sábio adágio que assevera que a simplicidade é irmã da perfeição.
Contemporâneo ainda. Porque apresenta uma visão atual do Direito Civil, permeada pela orientação dos tribunais
superiores e em fecundo diálogo com os outros ramos da ciência jurídica, em particular com o Direito Processual.
Trata-se, pois, de uma sonata coerente e completa.
Fixadas as bases de suas obra, então, sem desafino, o talentoso civilista da Cidade Maravilhosa executa uma nota musical
corajosa: propõe intrincadas questões jurídicas, com alto grau problematizante, instigando o leitor a uma vertical reflexão. E,
garantindo a completude, a didática e a contemporaneidade do seu escrito, Cristiano Sobral responde a todas as perguntas
propostas, palmilhando a doutrina e a jurisprudência de nosso tempo.
O ritmo da obra é contagiante.
Vaticino que o livro atende com folgas as expectativas de quem precisa de uma visão completa (e atual) do Direito Civil.
Reputo, inclusive, que isso decorre, de certo modo, da vivência cotidiana do seu autor no magistério preparatório para
concursos públicos, fazendo que o autor tivesse especial cuidado na exposição da matéria.
Cristiano Sobral, meu xará e meu colega, muito orgulha essa nova safra de jovens professores da qual me permito sentir
parte integrante, buscando um novo Direito Civil, afinado com a normatividade da Carta Magna, escrevendo, nessa busca, o
seu nome no rol dos compositores que transpassam o prazer íntimo da criação para executar uma bela melodia que propicia
agradável sensação a quem tem o prazer de ouvi-la...
Enfim, lembrando de inspirados poetas das Gerais, esse belo livro “me fala de coisas bonitas que eu acredito e que não
deixarão de existir: amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor...” (Fernando Brant e Mílton Nascimento).
Salvador, Bahia (onde tudo começou), na ensolarada Primavera de 2013 para 2014.
Cristiano Chaves de Farias
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia.
Mestre pela Universidade Católica do Salvador – UCSal.
Professor de Direito Civil do Complexo de
Ensino Renato Saraiva – CERS (www.cers.com.br).
Professor da Faculdade Baiana de Direito.
9
http://www.cers.com.br
Há quase duas décadas tenho me dedicado, entre outras atividades, a preparar candidatos a concursos públicos das
carreiras jurídicas. Durante esse tempo, tive a honra de conhecer um sem-número de professores que também se dedicam a
esse tipo de preparação, muitos deles excelentes juristas, que brindaram o público com obras de excepcional qualidade
jurídica. Fosse eu me limitar a lembrar os que o fizeram na minha área de especialização, o Direito Processual Civil, poderia
aqui citar nomes como os de Antônio Carlos Marcato e Fredie Didier Júnior. Também no Direito Civil muitas obras de
excepcional valor foram produzidas por juristas que se dedicam, entre outros afazeres, à preparação de candidatos a
concursos, como é o caso dos excelentes livros dos professores Marco Aurélio Bezerra de Melo e Nélson Rosenvald. Poderia
a enumeração ir além, lembrando-se aqui de autores de Direito Constitucional (como Pedro Lenza) ou de Direito Tributário
(como Luis Emygdio da Rosa Júnior).
Pois agora quem brinda o meio jurídico com seu primeiro livro é o Professor Cristiano Sobral, que muito me honrou com o
convite que me dirigiu para que prefaciasse sua obra de estreia.
Não se trata, é bom que se diga, de um tratado de Direito Civil. Não é, nem mesmo, um manual de Direito Civil. É, isto
sim, um livro destinado aos que se preparam para concursos públicos (aí incluído, como não poderia deixar de ser, o Exame da
Ordem dos Advogados do Brasil). O que se busca com o livro que ora apresento é introduzir os grandes temas do Direito
Civil brasileiro, o que o autor faz com apoio na mais autorizada doutrina pátria, além de atualizada jurisprudência. A isso se
soma a apresentação de questões de concursos, o que certamente ajudará bastante aos candidatos, que aqui encontrarão fonte
segura de pesquisa.
Cristiano Sobral, além de bom professor, querido por seus colegas e alunos, é um talentoso advogado. Espero,
sinceramente, que este livro seja o início de uma terceira carreira, a de escritor. Autor de um bom texto, de leitura agradável,
mas sem descurar da qualidade do conteúdo, Cristiano certamente será capaz, nas próximas empreitadas, de voar ainda mais
alto e produzir livros cujo conteúdo científico poderá incluí-lo, certamente, entre os grandes civilistas da atualidade.
No mais, em um meio em que tanto se escreve sem qualquer preocupação com a qualidade da informação que se passa ao
leitor, posso dizer que este é um livro sério.
Ao autor e à Editora, desejo sucesso!
Alexandre Freitas Câmara
Desembargador no TJRJ, oriundo do Quinto Constitucional
da Advocacia. Professor de Direito Processual
Civil da EMERJ (Escola da Magistratura do Estado do Rio
de Janeiro). Membro do Instituto Brasileiro de Direito
Processual da Academia Brasileira de Direito Processual
Civil, do Instituto Ibero-Americano de Direito Processual,
do Instituto Pan-Americano de Direito Processual e da
International Association of Procedural Law.
10
Sempre que convidado a redigir a apresentação de uma obra literária ou de um trabalho científico, imediatamente me vem à
lembrança o inigualável Fernando Pessoa – citado na Apresentação da obra coordenada pela Profª Teresa Rita Lopes,
intitulada Pessoa inédito –, que, ao discorrer sobre prefácios, com propriedade, assim se manifestou:
“Pensei pôr um prefácio a este livro mas, como me ocorreu que os prefácios só têm sentido depois de se ler o livro, e
depois de se ler o livro se dispensam os prefácios, decidi não prefaciar.”
As cogitações do poeta impõem ainda maior responsabilidade sobre a nossa pena, ora comprometida com a apresentação
do mais recente trabalho do estimado professor Cristiano Sobral Pinto – dileto amigo, de quem tive o privilégio de ser
professor em curso de pós-graduação, realizado na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ, e que, à
mercê de seus próprios méritos intelectuais, vem se notabilizando entre os mais importantes juristas de sua geração.
A presente obra revela não apenas seus méritos como professor – amado e respeitado por seus alunos –, mas também que,
em certos casos, a cultura jurídica e a dedicação ao Direito e à Justiça são genéticas, já que o autor honra e dignifica a tradição
da família, inspirada no exemplo permanente do seu orgulhoso pai – Dr. José Sobral Pinto.
Foi, assim, com imensa alegria que recebi o convite para redigir estas linhas introdutórias. Confesso, porém, que, ao
mesmo tempo em que me sensibilizou a honrosa distinção, tomou-me o espírito de indisfarçável preocupação, diante das
minhas assumidas limitações.
Os prefácios, de um modo geral, têm sua finalidade como exercício de introdução, ou seja, equiparam-se a uma “carta de
apresentação”. Nesses casos, o autor do prefácio é uma pessoa que, motivos de amizade, de identidade de princípios, de real
ou suposto prestígio intelectual, entre outros motivos, é convidado para apresentar suas críticas ao trabalho a ser lançado.
Essa combinação de circunstâncias poderia sugerir que, em razão do convite, estaria eu comprometido, “obrigado” mesmo
a falar bem da obra, enaltecendo-a, discutindo diplomaticamente uma e outra passagem, mas nunca, pela tradição, realmente
fazendo-lhe restrições críticas. Mas tal, porém, não ocorre. Jamais me permitiria enaltecer ou indicar um trabalho científico
que não estivesse à altura de seu público-alvo. Por isso, tão logo me participou o autor o seu desejo de que eu apresentasse
este seu último trabalho, imediatamente, apressei-me em solicitar os originais para leitura e, em seguida, análise crítica. E não
me surpreendeu o que vi.
Trata-se, de fato, de um trabalho muito bem redigido que discorre, com precisão, objetividade e concisão, temas relevantes
de direito privado, marcadamente do Direito Civil. Bem andou o Professor Cristiano Sobral Pintoque, com a tranquilidade e a
simplicidade dos grandes mestres, se propôs a uma análise didática de múltiplos pontos da legislação vigente, mister do qual
se desincumbiu com proficiência, enriquecendo cada capítulo com remissões à legislação processual e à jurisprudência mais
recente e predominante, fluxogramas e exercícios de fixação, extraídos de questões de concursos jurídicos. Mais do que isso:
pontos que merecem a especial atenção do leitor são destacados pelo autor, facilitando a sua identificação.
Riquíssima a atenção dispensada à Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e à Parte Geral deste. Muito bem
examinados os demais livros do Código Civil, merecendo especial referência o capítulo que trata da Teoria Geral dos
Contratos, em que foram postos, de maneira bastante didática, os princípios que regem a nova concepção contratual, com
ênfase no princípio da boa-fé e nas figuras correlatas (venire contra factum proprium, supressio, surrectio, tu quoque, duty to
mitigate the loss, adimplemento substancial do contrato), bem assim a correspondência do tema no Direito do Consumidor.
Digno de nota especial, de igual modo, o capítulo relacionado à Responsabilidade Civil, rico em citações jurisprudenciais,
notadamente quanto ao tormentoso tema da quantificação dos danos morais, não fugindo o autor à análise dos denominados
punitive damages. Sem prejuízo disso, avançou, com segurança, na questão da responsabilidade civil nas relações de consumo.
Seria fastidioso discorrer nesta introdução, que se impõe seja breve, sobre todos os numerosos méritos deste grandioso
trabalho, motivo pelo qual me ative, acima, aos mais próximos da minha atividade acadêmica. De um outro, todavia, não se
pode negligenciar a utilidade de sua obra. O Professor Cristiano Sobral Pinto conseguiu, sem prejuízo da erudição e da
vastidão de seus conhecimentos, redigir um livro de fácil leitura e compreensão, direto, objetivo, prático, resultado de anos de
experiência lecionando sobre os temas em apreço. Além dos comentários aos dispositivos legais, sempre que percebeu o
Autor alguma divergência na matéria, indicou não apenas a sua posição pessoal, senão, também, a linha de raciocínio a ser
empreendida, à luz da melhor e mais recente jurisprudência – inclusive das cortes superiores. Sem favor algum, este livro se
constitui em ferramenta indispensável para todos aqueles que, no dia a dia de suas atividades profissionais, são desafiados a
observar, corretamente, as disposições contidas na legislação civil. Sua leitura é obrigatória, estando muito além de um simples
resumo para candidatos em concursos públicos, constituindo-se, a nosso sentir, em um verdadeiro guia de consulta rápida
para todo e qualquer operador do Direito.
Merecia o Autor, com sinceridade, alguém com maior eloquência para, realmente, instigar aquele que manuseasse estas
páginas iniciais à leitura da obra apresentada. Respeitadas as minhas limitações, pretendi lançar pequenas luzes sobre o
caminho. Aos que se aventurarem, porém, a certeza de que colherão bons frutos. Adotei como modelo e exemplo o belíssimo
prefácio de Newton De Lucca, da obra de Confiança no Comércio Eletrônico e a Proteção do Consumidor, da Prof.ª Dr. ª
11
Cláudia Lima Marques, de onde extraio a seguinte advertência, à qual me reporto, integralmente, pela felicidade com que
descreve o que ora sinto, a respeito da missão que nos foi confiada. Disse o Prof. Newton De Lucca:
“Bem sei que, muito provavelmente – sobretudo agora que, próximo à velhice, tornei-me um contumaz colecionador de
revezes quase inverossímeis –, não terei logrado êxito. Mas, parafraseando o grande Padre Antônio Vieira, se eu não os
convenci, espero, ao menos, que eu não os tenha aborrecido...”
Werson Rêgo
Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro,
1º Vice-Presidente do Brasilcon, Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais e Professor.
12
É com grande satisfação que a comunidade jurídica recebe mais uma edição do livro Direito Civil Sistematizado, de autoria
do Prof. Cristiano Vieira Sobral Pinto.
Trata-se de obra indispensável para aqueles que pretendem se preparar para os concursos na área jurídica. O Prof.
Cristiano Sobral conseguiu com extrema maestria sintetizar o Direito Civil sem deixar de aprofundar as questões mais
relevantes. Preocupado em enfrentar toda a matéria civilística, a nova edição analisa os contratos em espécie.
Destaca-se na obra do Prof. Cristiano Sobral a preocupação de, ao tratar cada instituto do Direito Civil, apresentar as
várias posições existentes sempre que presente divergência doutrinária.
Mas não se limita aos aspectos dogmáticos. O autor, com sua experiência de professor em cursos preparatórios para
concursos, a cada passo indica a jurisprudência dos Tribunais Superiores e dos Estados relacionada com o assunto abordado.
Todos aqueles que se preparam para um concurso sabem a imensidão dos programas, especialmente no Direito Civil.
Necessário, portanto, obras de qualidade, que consigam sintetizar a matéria a ser estudada sem perder o conteúdo.
Por fim, cabe alertar que o presente livro, além das características acima mencionadas, não tem utilidade somente para os
candidatos a concursos ou estudantes de direito, mas também aos advogados, que encontrarão, por meio de consulta rápida e
eficaz, informações precisas sobre os institutos do Direito Civil confrontada com a doutrina e a jurisprudência pátria.
Boa leitura!
J. M. Leoni Lopes de Oliveira
Membro do Ministério Público do Rio de Janeiro, Procurador de
Justiça Titular junto à 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça,
Ex-Membro eleito do Conselho Superior do Ministério Público
do Rio de Janeiro, Ex-Presidente da Fundação Escola do Ministério
Público, Ex-Diretor da Revista do Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Direito Civil.
13
Foi com enorme alegria que recebi a missão de prefaciar a obra Direito Civil Sistematizado, elaborada pelo advogado,
professor e amigo Cristiano Sobral.
Essa obra, fruto da experiência do autor como advogado e docente do CERS, em face da sua inegável qualidade científica,
supera todas as expectativas de ser um livro voltado para aqueles que estão estudando para certames públicos.
Não tenho dúvidas em afirmar que esta obra servirá de suporte e consulta também para advogados, juízes, servidores e
operadores do Direito em geral, em virtude do farto e aprofundado conteúdo.
Frise-se, ainda, que o livro se apresenta em linguagem simples, clara e moderna, facilitando a leitura e a assimilação do
conteúdo pelo leitor.
O professor Cristiano Sobral está de parabéns por oferecer ao mundo jurídico uma obra completa, moderna e atualizada.
Bons estudos e boa leitura!
Renato Saraiva
Procurador do Trabalho da PRT da 6.ª Região.
Professor de cursos preparatórios para carreiras jurídicas
e exame da OAB.
14
 
 
 
 
Nota da Editora: o Acordo Ortográfico foi aplicado integralmente nesta obra.
15
CÓDIGO CIVIL: PARTE GERAL
Capítulo 1 – Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro
1.1. Estrutura do Decreto-Lei n. 4.657/42
1.2. Conceito da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB)
1.3. Direito objetivo e direito subjetivo
1.4. Fontes do Direito
1.4.1. Existência ou inexistência de lacuna na lei
1.5. Vigência da lei
1.6. Eficácia das leis
1.7. Revogação e derrogação da lei
1.8. Repristinação
1.9. Integração ou colmatação da lei
1.10. Aplicação e interpretação das normas jurídicas
1.11. Conflito das leis no tempo
1.12. Direito internacional privado
1.13. Fluxograma 1 e fluxograma de súmulas
1.14. Exercícios de fixação
Capítulo 2 – Das Pessoas
2.1. Das pessoas naturais: da personalidade e da capacidade
2.1.1. Personalidade
2.1.1.1. Momento de aquisição da personalidade jurídica
2.1.1.2. Registro civil das pessoas naturais
2.1.2. Capacidade
2.1.2.1. Capacidade de direito, de gozo ou jurídica
2.1.2.2. Capacidade de fato, de exercício ou de ação
2.1.2.3. Capacidade plena
2.1.3. Da incapacidade
2.1.3.1. Os absolutamente incapazes
2.1.3.2.Os relativamente incapazes
2.1.3.3. Questões processuais
2.1.4. Emancipação
2.1.5. Extinção da pessoa física
2.1.6. Comoriência
2.2. Direitos da personalidade
2.2.1. Teoria do direito da personalidade
2.2.2. A tutela dos direitos da personalidade
2.2.3. O direito fundamental da identidade
2.2.3.1. Nome civil
2.2.4. A proteção do nome
2.2.5. Da proteção da imagem
2.2.6. Proteção da privacidade da pessoa natural
2.3. Da ausência
2.3.1. A morte presumida com a declaração de ausência (diferente da regra do art. 7º do Código Civil de 2002)
2.4. Fluxograma 2
2.5. Exercícios de fixação
Capítulo 3 – Pessoas Jurídicas
3.1. Personalidade
3.2. Espécies
3.2.1. Associações
3.2.2. Sociedades
3.2.3. Fundações
3.2.4. Organizações religiosas e partidos políticos
3.2.5. Sociedades de economia mista
3.2.6. Empresas públicas
3.2.7. Serviços sociais autônomos
3.3. Responsabilidade civil da pessoa jurídica
3.3.1. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público interno
3.3.2. Representação
16
3.4. Extinção da pessoa jurídica
3.5. Entes ou grupos despersonalizados
3.6. Fluxograma 3
3.7. Exercícios de fixação
Capítulo 4 – Domicílio
4.1. Fluxograma 4
4.2. Exercícios de fixação
Capítulo 5 – Bens
5.1. Classificação dos bens
5.1.1. Bens considerados em si mesmos
5.1.1.1. Dos bens imóveis
5.1.1.1.1. Bem de família
5.1.1.1.1.1. O bem de família de acordo com a jurisprudência
5.1.1.2. Dos bens móveis
5.1.1.3. Dos bens fungíveis e consumíveis
5.1.1.4. Dos bens divisíveis
5.1.1.5. Dos bens singulares e coletivos
5.1.2. Dos bens reciprocamente considerados
5.2. Dos bens públicos
5.3. Fluxograma 5
5.4. Exercícios de fixação
Capítulo 6 – Fatos Jurídicos, Ato Jurídico, Negócio Jurídico
6.1. Explicação sobre a classificação dos fatos jurídicos
6.1.1. Validade do negócio jurídico
6.1.2. Elementos essenciais do negócio jurídico
6.2. Da representação
6.3. Elementos acidentais: condição, termo e encargo
6.3.1. Condição
6.3.2. Termo
6.3.3. Encargo ou modo
6.4. Vícios do negócio jurídico
6.4.1. Dos vícios de consentimento
6.4.1.1. Erro
6.4.1.2. Dolo
6.4.1.3. Coação
6.4.1.4. Estado de perigo
6.4.1.5. Da lesão
6.4.2. Dos vícios sociais
6.4.2.1. Fraude contra credores
6.4.2.2. Simulação
6.5. Invalidade do negócio jurídico
6.6. Fluxograma 6
6.7. Exercícios de fixação
Capítulo 7 – Da Prescrição e da Decadência
7.1. Prescrição
7.2. Direito intertemporal. Prescrição e decadência. Aplicação às hipóteses de redução e aumento de prazos
7.3. Decadência
7.4. Fluxograma 7
7.5. Exercícios de fixação
CÓDIGO CIVIL: PARTE ESPECIAL
Capítulo 8 – Direito das Obrigações
8.1. Conceito
8.2. Elementos da relação obrigacional
8.3. Obrigação de pagamento de dívida prescrita
8.4. Obrigação de pagamento de dívida de jogo
8.5. Fontes das obrigações
8.6. Características das obrigações
8.7. Classificação das obrigações
8.7.1. Obrigação civil e natural
8.7.2. Obrigação propter rem (por causa do bem)
8.7.3. Obrigação de meio
8.7.4. Obrigação de resultado
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8.7.5. Obrigações de garantia
8.7.6. Obrigações puras, condicionais, a termo e modais
8.7.7. Obrigação de dar
8.7.7.1. Coisa certa
8.7.7.2. Coisa incerta
8.7.8. Obrigação de fazer
8.7.8.1. Diferenças entre obrigações de fazer fungíveis e infungíveis
8.7.9. Obrigações de não fazer
8.7.10. Obrigação cumulativa ou conjuntiva
8.7.11. Obrigações alternativa e facultativa
8.7.11.1. Inadimplemento da obrigação alternativa
8.7.12. Obrigações divisíveis e indivisíveis
8.7.12.1. A regra do cuncursu partes fiunt na obrigação divisível
8.7.12.1.1. Espécies de divisibilidade
8.7.12.1.2. Espécies de indivisibilidade
8.7.13. Obrigação solidária
8.7.13.1. Da solidariedade ativa
8.7.13.2. Da solidariedade passiva
8.7.13.3. Da obrigação solidária mista
8.8. Da transmissão das obrigações
8.8.1. Da cessão de crédito
8.8.2. Da assunção de dívida (cessão de débito)
8.8.3. Da cessão de contrato
8.9. Do adimplemento das obrigações
8.9.1. Efeito principal do pagamento ou adimplemento
8.9.2. Modalidades
8.9.3. Natureza jurídica do pagamento
8.9.4. Requisitos de validade do pagamento
8.9.5. Daqueles a quem se deve pagar
8.9.6. O objeto e a prova do pagamento
8.9.7. Elementos para a quitação
8.9.8. Lugar do pagamento
8.9.9. Tempo do pagamento
8.10. Formas especiais/indireto de pagamento
8.10.1. Pagamento em consignação
8.10.2. Pagamento com sub-rogação
8.10.3. Imputação do pagamento
8.10.4. Dação em pagamento
8.10.4.1. Requisitos para a dação
8.11. Da extinção das obrigações sem a ocorrência do pagamento
8.11.1. Novação
8.11.1.1. Requisitos
8.11.1.2. Espécies
8.11.2. Compensação
8.11.2.1. Pressupostos da compensação
8.11.2.2. Espécies
8.11.3. Confusão
8.11.4. Remissão das dívidas
8.12. Outros casos da extinção da obrigação sem o pagamento
8.13. Contratos típicos que geram a extinção das obrigações
8.13.1. Transação
8.13.2. Compromisso
8.14. Do inadimplemento das obrigações
8.14.1. Da mora
8.14.2. Dos juros legais
8.14.3. Da cláusula penal
8.14.3.1. Cláusula penal compensatória
8.14.3.2. Cláusula penal moratória
8.14.3.3. Limitação da cláusula penal
8.15. Das arras ou sinal
8.15.1. Espécies
8.15.1.1. Arras confirmatórias
8.15.1.2. Arras penitenciais
8.15.1.3. Arras assecuratórias
8.16. Fluxograma 8
8.17. Exercícios de fixação
18
Capítulo 9 – Teoria Geral dos Contratos
9.1. Conceito
9.2. Elementos do contrato
9.3. Requisitos de validade
9.4. Classificação
9.5. Princípios contratuais
9.5.1. Princípio da autonomia privada
9.5.2. Princípio da obrigatoriedade da convenção (pacta sunt servanda)
9.5.3. Princípio da relatividade dos efeitos dos contratos
9.5.4. Princípio da função social
9.5.4.1. Eficácias interna e externa
9.5.5. Princípio da boa-fé
9.5.5.1. Funções tríplice da boa-fé
9.5.5.2. Figuras parcelares
9.5.5.2.1. Venire contra factum proprium
9.5.5.2.2. Supressio
9.5.5.2.3. Surrectio
9.5.5.2.4. Tu quoque
9.5.5.2.5. Duty to mitigate the loss
9.5.5.2.6. Adimplemento substancial
9.5.6. Princípio da interpretação mais favorável ao aderente
9.5.7. Tópicos relevantes
9.5.7.1. A nulidade de cláusula que renuncie antecipadamente ao direito da parte
9.5.7.2. A licitude de realizações de contratos atípicos
9.5.7.3. A proibição da pacta corvina
9.6. Formação dos contratos no Código Civil
9.6.1. Negociações preliminares ou fase de puntuação ou tratativas
9.6.2. Fase de proposta
9.6.3. Contrato preliminar
9.6.4. Contrato definitivo
9.7. Formação dos contratos no Código de Defesa do Consumidor
9.8. A via eletrônica. Um contrato entre presentes ou ausentes?
9.9. Da estipulação em favor de terceiro
9.10. Da promessa de fato de terceiro
9.11. Do contrato com pessoa a declarar
9.12. Vícios redibitórios
9.13. Evicção
9.13.1. Partes na evicção
9.13.2. Evicção de coisa adquirida em hasta pública
9.14. Contratos aleatórios
9.15. Extinção do contrato
9.15.1. Distrato
9.15.2. Cláusula resolutiva
9.15.3. Exceção de contrato não cumprido
9.15.4. Onerosidade excessiva
9.16. Fluxograma 9
9.16.1. Fluxograma 9-A
9.17. Exercícios de fixação
Capítulo 10 – Contratos em Espécie
10.1. Compra e venda
10.1.1. Conceito
10.1.2. Natureza jurídica
10.1.3. Elementos constitutivos
10.1.4. As despesas e riscos do contrato
10.1.5. Restrições à compra e venda
10.1.6. Regras especiais da compra e venda
10.1.7. Cláusulas especiais ou pactos adjetos
10.1.8. Fluxograma 10
10.2. Troca ou permuta
10.2.1. Conceito
10.2.2. Natureza jurídica
10.2.3. Fluxograma 10-A
10.3. Contrato estimatório
10.3.1. Conceito
10.3.2. Natureza jurídica
10.3.3. Efeitos e regras
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10.3.4. Fluxograma 10-B
10.4. Doação
10.4.1. Conceito
10.4.2. Natureza jurídica
10.4.3. Espécies de doação
10.4.4. Revogação da doação
10.4.5. Hipóteses de irrevogabilidade por ingratidão
10.4.6. Fluxograma 10-C
10.5. Locação de coisas
10.5.1. Conceito
10.5.2. Natureza jurídica
10.5.3. Pressupostos
10.5.4. Dos deveres do locador
10.5.5. O direito potestativo da redução proporcional do aluguel ou a resolução do contrato
10.5.6. Dos deveres do locatário
10.5.7. Locação por prazo determinado
10.5.8. Aluguel pena
10.5.9. A aquisição do bem por terceiroe a cláusula de vigência
10.5.10. A sucessão na locação
10.5.11. Indenização pelas benfeitorias
10.5.12. A locação na Lei n. 8.245/91
10.5.12.1. Ações inquilinárias ou locatícias
10.5.12.1.1. Conceito
10.5.12.1.2. Lei do Inquilinato: aspectos gerais
10.5.12.1.3. Espécies
10.5.12.1.3.1. Ação de despejo
10.5.12.1.3.2. Ação consignatória de aluguéis e acessórios na locação
10.5.12.1.3.3. Ação revisional de aluguel
10.5.12.1.3.4. Ação renovatória de contrato
10.5.13. Fluxograma 10-D
10.5.13.1. Fluxograma 10-E
10.6. Empréstimo
10.6.1. Aspectos gerais
10.6.2. Do comodato (empréstimo de uso)
10.6.2.1. Conceito
10.6.2.2. Natureza jurídica
10.6.2.3. Legitimação para celebrar o contrato
10.6.2.4. Prazo determinado e indeterminado
10.6.2.5. Obrigações do comodatário e o chamado aluguel pena
10.6.2.6. Responsabilidade do comodatário
10.6.2.7. Despesas do contrato
10.6.2.8. A solidariedade no contrato
10.6.3. Do mútuo (empréstimo de consumo)
10.6.3.1. Conceito
10.6.3.2. Natureza jurídica
10.6.3.3. A transferência da coisa
10.6.3.4. Mútuo feito a pessoa menor
10.6.3.5. A garantia no mútuo e a exceptio non rite adimpleti contractus
10.6.3.6. O mútuo feneratício ou mercantil e a limitação de juros
10.6.3.7. Prazo para a realização do pagamento do mútuo
10.6.4. Fluxograma 10-F
10.7. Da prestação de serviço
10.7.1. Conceito
10.7.2. Natureza jurídica
10.7.3. Objeto do contrato
10.7.4. A remuneração (a não presunção de gratuidade)
10.7.5. Prazo máximo do contrato
10.7.6. Resilição do contrato
10.7.7. Inexecução do contrato
10.7.8. Amplitude do contrato
10.7.9. Responsabilidade pela ruptura culposa do contrato
10.7.10. Perdas e danos
10.7.11. A declaração formal da dissolução do contrato
10.7.12. Exigência de capacitação
10.7.13. Formas de extinção do contrato
10.7.14. Aliciamento do prestador de serviço
10.7.15. Alienação do prédio agrícola e suas consequências
20
10.7.16. Fluxograma 10-G
10.8. Empreitada
10.8.1. Conceito
10.8.2. Natureza jurídica
10.8.3. Espécies
10.8.4. Deveres e direitos do dono da obra
10.8.5. Responsabilidade do empreiteiro
10.8.6. Subempreitada. O que é?
10.8.7. Fluxograma 10-H
10.9. Depósito
10.9.1. Conceito
10.9.2. Natureza jurídica
10.9.3. Modalidades
10.9.4. Direitos e deveres do depositário
10.9.5. Direitos e deveres do depositante
10.9.6. Da prisão do depositário infiel
10.9.7. Extinção do depósito
10.9.8. Fluxograma 10-I
10.10. Do mandato
10.10.1. Conceito
10.10.2. Natureza jurídica
10.10.3. Espécies
10.10.4. Submandato
10.10.5. Obrigações do mandatário
10.10.6. Obrigações do mandante
10.10.7. Extinção do contrato
10.10.8. Fluxograma 10-J
10.11. Contrato de transporte
10.11.1. Conceito
10.11.2. Natureza jurídica
10.11.3. Regras do contrato de transporte
10.11.4. O transporte de pessoas
10.11.5. Do transporte de coisas
10.11.6. Fluxogramas 10-K e 10-L
10.12. Contrato de seguro
10.12.1. Conceito e a sua função de socializar riscos
10.12.2. Natureza jurídica
10.12.3. Regras do contrato
10.12.4. Do seguro de dano
10.12.5. Do seguro de pessoa
10.12.6. Fluxograma 10-M
10.13. Contrato de fiança
10.13.1. Conceito
10.13.2. Natureza jurídica
10.13.3. Seus efeitos e regras
10.13.4. Extinção da fiança
10.13.5. Fluxograma 10-N
10.14 Exercícios de fixação
Capítulo 11 – Da Responsabilidade Civil
11.1. Conceito
11.2. Pressupostos
11.2.1. Ato ilícito
11.2.1.1. Espécies
11.2.2. Culpa
11.2.2.1. Espécies de culpa stricto sensu
11.2.3. Dano
11.2.3.1. Espécies
11.2.3.1.1. Dano material
11.2.3.1.1.1. Dano emergente, lucro cessante
11.2.3.1.2. Perda de uma chance
11.2.3.1.3. Dano incerto
11.2.3.1.4. Dano material futuro
11.2.3.1.5. Dano moral
11.2.3.1.5.1. Formas de fixação
11.2.3.1.5.1.1. Compensatória
11.2.3.1.5.1.2. Punitiva
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11.2.3.1.5.1.2.1. Punitive damages
11.2.3.1.5.2. Dano moral direto e o indireto ou ricochete
11.2.3.1.5.3. Dano moral à pessoa jurídica
11.2.3.1.5.4. Dano moral e a Súmula n. 385 do STJ
11.2.3.1.5.5. A não possibilidade de incidência de Imposto de renda
11.2.3.1.5.6. Dano moral coletivo e social. Diferenças. Posicionamento da jurisprudência do STJ
11.2.3.1.5.7. Prova do dano moral
11.2.3.1.5.8. A quantificação dos danos morais
11.2.3.1.6. Dano estético e sua natureza extrapatrimonial
11.2.4. Nexo causal
11.2.4.1. Concorrências de causas
11.3. O risco
11.4. Responsabilidade por ato próprio
11.5. Responsabilidade por ato de outrem ou responsabilidade indireta
11.5.1. Independência das responsabilidades civil e criminal
11.6. Responsabilidade por fato da coisa ou do animal
11.7. Responsabilidade nas relações de família
11.8. Responsabilidade do transportador
11.8.1. Responsabilidade pelas pessoas e bagagens
11.8.2. Excludentes de responsabilidade
11.9. Responsabilidade civil no Código de Defesa do Consumidor
11.9.1. Elementos
11.9.1.1. Elementos subjetivos
11.9.1.1.1. Consumidor
11.9.1.1.2. Consumidor equiparado
11.9.1.1.3. Fornecedor
11.9.1.2. Elementos objetivos da relação de consumo
11.9.2. Modalidades de responsabilidade civil
11.9.2.1. A ocorrência do vício do produto e do serviço
11.9.2.2. A ocorrência de fato do produto e do serviço
11.9.3. Inversão do ônus da prova
11.9.4. Juízo competente para a propositura da ação indenizatória por fato e por vício
11.10. Responsabilidade civil do Estado
11.10.1. Denunciação da lide. Possibilidade ou não?
11.11. Responsabilidade civil por danos ambientais
11.12. Excludentes de ilicitude e excludentes de responsabilidade
11.12.1. Estado de necessidade
11.12.2. Legítima defesa
11.12.3. Exercício regular do direito
11.12.4. Caso fortuito e força maior
11.12.5. Culpa exclusiva da vítima
11.12.6. Fato de terceiro
11.12.7. Cláusula de não indenizar
11.13. Fluxograma 11
11.14. Exercícios de fixação
Capítulo 12 – Direito das Coisas
12.1. Direitos reais
12.1.1. Teorias
12.1.2. Princípios que regem os direitos reais
12.2. Posse
12.2.1. Teorias
12.2.2. Detenção
12.2.3. Diferença da transmudação para a interverção da posse
12.2.4. Composse ou compossessão
12.2.5. Espécies de posse
12.2.6. Aquisição e perda da posse
12.2.6.1. Modos de aquisição
12.2.6.2. Quem pode adquirir a posse
12.2.6.3. Sucessão hereditária
12.2.6.4. Perda da posse
12.2.7. Efeitos da posse
12.2.7.1. A proteção possessória
12.2.7.1.1. Legítima defesa ou desforço imediato
12.2.7.1.2. Ações possessórias: manutenção de posse; reintegração de posse; interdito proibitório
12.2.7.1.2.1. Da manutenção e da reintegração de posse
12.2.7.1.2.1.1. Requisitos
22
12.2.7.1.2.2. O interdito proibitório
12.2.7.1.2.2.1. Requisitos
12.2.7.1.2.3. A possibilidade de outros interditos possessórios
12.2.7.1.3. Aspectos relevantes das ações possessórias
12.2.7.2. A percepção dos frutos
12.2.7.3. A responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa
12.2.7.4. A indenização pelas benfeitorias e o direito de retenção
12.3. Da propriedade
12.3.1. Características do direito de propriedade
12.3.2. Função social do direito de propriedade
12.3.3. Fundamento jurídico do direito de propriedade
12.3.4. Extensão da propriedade
12.3.5. Limitações da propriedade
12.3.6. Da descoberta
12.3.7. Aquisição da propriedade imóvel
12.3.7.1. A Usucapião
12.3.7.2. Aquisição pelo registro imobiliário
12.3.7.3. Acessão
12.3.7.4. Direito hereditário
12.3.8. Aquisição da propriedade móvel
12.3.8.1. Usucapião
12.3.8.2. Ocupação
12.3.8.3. Achado de tesouro
12.3.8.4. Tradição
12.3.8.4.1. Espécies
12.3.8.5. A venda a non domino
12.3.8.6. Direito hereditário
12.3.8.7. Especificação
12.3.8.8. Confusão, comistão e adjunção
12.3.9. Perda da propriedade
12.4. Direitos de vizinhança
12.4.1. Natureza jurídica do direito
12.4.2. Os direitos em si
12.4.2.1. Do uso anormal da propriedade
12.4.2.2. Das árvores limítrofes
12.4.2.3. Da passagem forçada
12.4.2.4. Da passagem de cabos e tubulações
12.4.2.5. Das águas
12.4.2.6. Dos limites entre os prédios e do direito de tapagem
12.4.2.7. Do direito de construir
12.5. Do condomínio geral
12.5.1. Espécies disciplinadas no Código Civil
12.5.2. Quanto à origem
12.5.3. Quanto à forma
12.5.4. Quanto ao objeto
12.5.5. Direitos e deveres dos condôminos12.5.6. Extinção do condomínio
12.5.7. Administração do condomínio
12.5.8. Do condomínio necessário
12.6. Do condomínio edilício
12.6.1. Natureza jurídica
12.6.2. Característica
12.6.3. Instituição do condomínio
12.6.4. Constituição do condomínio
12.6.5. Condômino nocivo e a disposição legal
12.6.6. Estrutura interna do condomínio
12.6.7. Administração do condomínio
12.7. Da propriedade resolúvel (análise da propriedade ad tempus)
12.8. Da propriedade fiduciária
12.8.1. Direitos e obrigações do fiduciante
12.8.2. Obrigações do credor fiduciário
12.8.3. Procedimento
12.8.4. Aplicação do art. 53 do Código de Defesa do Consumidor. Cláusula de decaimento
12.8.5. Vedação do pacto comissório
12.9. Da propriedade aparente
12.10. Direitos reais limitados
12.10.1. Da superfície
23
12.10.1.1. Extinção do direito de superfície
12.10.2. Da servidão
12.10.2.1. Características
12.10.2.2. Espécies
12.10.2.3. Do exercício das servidões
12.10.2.4. Extinção das servidões
12.10.3. Do usufruto
12.10.3.1. Diferenças para outros institutos
12.10.3.2. Espécies
12.10.3.3. Dos direitos do usufrutuário
12.10.3.4. Dos deveres do usufrutuário
12.10.3.5. Extinção do usufruto
12.10.4. Do uso
12.10.5. Da habitação
12.10.5.1. Espécies de direito real de habitação
12.10.6. Direito do promitente comprador
12.10.6.1. Extinção do compromisso
12.10.7. Da enfiteuse
12.10.7.1. Extinção
12.11. Direitos reais de garantia sobre coisa alheia
12.11.1. Os direitos reais de garantia apresentados pelo Código Civil
12.11.1.1. Requisitos de validade para a constituição do direito real de garantia
12.11.1.2. Os bens que podem ser dados como garantia
12.11.1.3. Princípios dos direitos reais de garantia
12.11.2. O estudo do penhor
12.11.2.1. Espécies
12.11.2.2. Dos direitos do credor pignoratício
12.11.2.3. Das obrigações do credor pignoratício
12.11.2.4. Da extinção do penhor
12.11.3. Hipoteca
12.11.3.1. Características
12.11.3.2. Requisitos
12.11.3.3. Modalidades
12.11.3.4. A possibilidade da venda de um bem hipotecado
12.11.3.5. P luralidade de hipotecas
12.11.3.6. A hipoteca e a necessidade de outorga conjugal
12.11.3.7. Direito de remição
12.11.3.8. A extinção da hipoteca
12.11.4. Anticrese
12.11.4.1. Modalidades de se executar a garantia anticrética
12.11.4.2. Extinção da anticrese
12.12. Fluxograma 12
12.12.1. Fluxograma 12-A
12.12.2. Fluxograma 12-B
12.12.3. Fluxograma 12-C
12.13. Exercícios de fixação
Capítulo 13 – Direito de Família
13.1. Sua visão constitucional
13.2. Princípios
13.2.1. De proteção à dignidade da pessoa humana
13.2.2. Princípio da solidariedade
13.2.3. Da igualdade entre os cônjuges e companheiros
13.2.4. Princípio da igualdade entre o homem e a mulher na chefia familiar
13.2.5. Princípio da proibição de interferência
13.2.6. Princípio do melhor interesse da criança
13.2.7. Princípio da afetividade
13.2.8. Princípio da função social
13.3. O direito de família: direito público ou privado?
13.4. O conceito ampliado de família
13.5. O casamento
13.5.1. Natureza jurídica
13.5.2. Pressupostos
13.5.3. Da capacidade para o casamento
13.5.4. Causas impeditivas do matrimônio
13.5.5. Causas suspensivas do matrimônio
13.5.6. Esponsais
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13.5.7. Habilitação para o casamento
13.5.8. Da celebração do casamento
13.5.9. Casamento nos casos de moléstia grave
13.5.10. O casamento nuncupativo (in extremis vitae)
13.5.11. O casamento pode ocorrer por procuração?
13.5.12. Casamento religioso e seus efeitos civis
13.5.13. Casamento perante a autoridade consular
13.5.14. Invalidade do matrimônio
13.5.15. O casamento putativo
13.5.16. Das provas do casamento
13.5.17. Da eficácia do casamento
13.5.18. Regime de bens
13.5.18.1. Do pacto antenupcial
13.5.18.2. Da classificação dos regimes
13.5.18.2.1. Do regime da comunhão parcial de bens
13.5.18.2.2. Do regime de comunhão universal
13.5.18.2.3. Regime de participação final nos aquestos
13.5.18.2.4. Do regime da separação de bens
13.5.19. Da dissolução do casamento e da sociedade conjugal. Análise da Emenda Constitucional n. 66/10
13.5.19.1. Modalidades de separação (antes do advento da Emenda Constitucional n. 66/10)
13.5.19.2. O divórcio
13.6. Da proteção da pessoa dos filhos
13.7. Da união estável
13.7.1. Os efeitos da união estável
13.8. Relações de parentesco
13.8.1. O parentesco
13.8.2. Filiação
13.8.3. Do reconhecimento dos filhos
13.8.4. Da adoção
13.8.5. Poder familiar
13.8.5.1. Do exercício do poder familiar
13.8.5.2. Da suspensão do poder familiar
13.9. Dos alimentos
13.9.1. Alimentos gravídicos
13.9.2. Requisitos para a prestação de alimentos
13.10. Do bem de família
13.11. Do direito assistencial
13.11.1. Da tutela
13.11.2. Da curatela
13.11.2.1. Da curatela do nascituro e do enfermo ou portador de deficiência física
13.12. Fluxograma 13
13.13. Exercícios de fixação
Capítulo 14 – Do Direito das Sucessões
14.1. Introdução
14.2. Da herança e sua administração
14.3. Da vocação hereditária
14.4. Da aceitação e da renúncia da herança
14.5. Dos excluídos da sucessão
14.6. Da herança jacente
14.7. Da petição da herança
14.8. Da sucessão legítima
14.8.1. Da ordem da vocação hereditária
14.8.1.1. Dos herdeiros necessários
14.8.1.2. Direito de representação
14.9. Da sucessão testamentária
14.9.1. Da capacidade de testar
14.9.2. Do testamento
14.9.2.1. Características do testamento
14.9.2.2. Das formas ordinárias do testamento
14.9.2.2.1. Do testamento público
14.9.2.2.2. Do testamento cerrado
14.9.2.2.3. Do testamento particular ou hológrafo
14.9.3. Dos codicilos
14.9.4. Dos testamentos especiais
14.9.4.1. Do testamento marítimo e do aeronáutico
14.9.4.2. Do testamento militar
25
14.9.5. Das disposições testamentárias
14.9.6. Dos legados
14.9.6.1. Modalidades
14.9.6.2. Da responsabilidade pelo pagamento do legado
14.9.6.3. Da caducidade dos legados
14.9.7. Do direito de acrescer entre os herdeiros e legatários
14.9.8. Das substituições
14.9.8.1. Da substituição vulgar
14.9.8.2. Da substituição recíproca
14.9.8.3. Da substituição fideicomissária
14.9.8.3.1. Figurantes do fideicomisso
14.9.9. Da deserdação
14.9.10. Da redução das disposições testamentárias
14.9.11. Da revogação do testamento
14.9.12. Do rompimento do testamento
14.9.13. Do testamenteiro
14.10. Do inventário e da partilha
14.10.1. Conceito de inventário
14.10.1.1. O inventariante
14.10.1.2. Espécies de inventário
14.10.1.3. Legitimados
14.10.2. Dos sonegados
14.10.3. Do pagamento das dívidas
14.10.4. Da colação
14.10.5. Da partilha
14.10.5.1. Da anulação da partilha
14.11. Fluxograma 14
14.12. Exercícios de fixação
Bibliograf ia
26
 CÓDIGO CIVIL: PARTE GERAL 
27
 1 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
1.1. ESTRUTURA DO DECRETO-LEI N. 4.657/42
Estrutura da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro:
Arts. 1º e 2º – Vigência das Normas
Art. 3º – Obrigatoriedade das Normas
Art. 4º – Integração da Norma
Art. 5º – Interpretação da Norma
Art. 6º – Aplicação da Norma no Tempo
Arts. 7º a 19 – Aplicação da Lei no Espaço (Direito Internacional Privado)
1.2. CONCEITO DA LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)
A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro não se aplica apenas ao direito civil (esta lei tem um caráter
autônomo), possuindo um âmbito muito maior. Em matéria de aplicação de leis, por exemplo, suas normas se destinam não só
ao Direito Privado, mas também ao Direito Público e ao Direito Internacional, na ausência de qualquer outro preceito.1
1.3. DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
O direito objetivo é aquilo que se chama na expressão latina como norma agendi, isto é, uma norma de conduta. Trata-se
de um complexo de normas que regula as relações juridicamente relevantes com fixação em abstrato, como o art. 186 do
Código Civil2 (ato ilícito subjetivo).
Por outro lado, tem-se o direito subjetivo, chamado na expressão latina de facultas agendi. O mesmo surge da projeção do
que estava em abstrato para o concreto; é dizer, propalam-se no mundo concreto poderes de seu titular para exigir ou
pretender de alguémum comportamento específico. No art. 186 do Código Civil, por exemplo, existe uma norma que está em
abstrato; mas, caso alguém que seja imprudente cause danos a outrem, este terá direito de pleitear a indenização devida.
Direito subjetivo e direito objetivo são aspectos de um conceito único, compreendendo a facultas e a norma; ou seja, os
dois lados de um mesmo fenômeno, os dois ângulos de visão do jurídico. Um é o aspecto individual; outro, o aspecto social.3
1.4. FONTES DO DIREITO
a) Lei (fonte primária): o direito brasileiro se submete ao sistema romano-germânico, cuja diretriz fundamental é a
predisposição legislativa e posterior adequação do fato à norma. As leis podem ser cogentes, ou seja, leis de ordem pública, de
caráter obrigatório. Podem ser também dispositivas: aquelas que deixam ao alvedrio das partes as suas respectivas condutas.
Com o fenômeno da globalização, a comunicação entre as civilizações tornou mais fácil a interação entre os sistemas
jurídicos. Nossa matriz romano-germânica tem sido influenciada pelas práticas do direito consuetudinário que se baseia na
vasta utilização de precedentes judiciais para decidir novos casos. Tradicionalmente, o sistema romano-germânico utiliza-se de
vasto manancial de decisões jurisprudenciais que acabam sendo definidas pelos tribunais superiores. Esse “direito sumulado”
traz segurança jurídica ao nosso sistema, embora as partes tenham baseado seus direitos na estrita letra legal. O modelo de
precedente desse sistema diverge em parte, pois o Juiz do Common Law não se baseia necessária e exclusivamente em casos
que chegaram às cortes superiores de seus países. Os precedentes utilizados pelos juízes do Common Law podem se basear
em outras decisões semelhantes àquelas de juízes de mesmo grau (ou hierarquia).
Não apenas no caso da utilização dos precedentes que caracterizam essa interação de modelos, mas algumas práticas
características do Common Law (direito consuetudinário) passaram a ser adotadas pelo direito brasileiro. Entre algumas,
podemos citar a regra que permite aos juízes dos Juizados Especiais julgarem as causas fora do critério da estrita legalidade; a
existência de juízes leigos que podem conduzir a instrução e minutar sentenças; a própria fixação de alimentos, que há muito é
feita com base na equidade, instituto que se coaduna fortemente com a prática do Common Law; poderes crescentes
reconhecidos aos juízes de primeiro grau, com o aumento de exigências para a propositura de recursos protelatórios,
conferindo mais poderes ao Juiz que está mais próximo da comunidade que julga.4
Da mesma forma, a premissa contrária também é observada. Países anglo-saxões (Inglaterra, Estados Unidos, Austrália,
Nova Zelândia etc.) passaram a ter uma expressiva criação de direito positivo, ou seja, seus parlamentos passaram a
28
vislumbrar na criação da norma positiva uma parte representativa do ordenamento jurídico desses países.
b) Costumes (fontes secundárias): os costumes, por sua vez, são regras sociais que se incorporaram a uma comunidade.
Variam de um local para o outro. Aquele que o alega deve provar que o costume existe. Em síntese, eles constituem uma norma
criada, imposta pelo uso social.
c) Jurisprudência: constitui decisões reiteradas em um determinado sentido. A maioria da doutrina entende que tal espécie
não é fonte formal do direito, pois julga o caso concreto.
d) Doutrina: é majoritário o entendimento de que não é fonte formal de direito.
e) Princípios Gerais de Direito: a doutrina clássica entende que os mesmos devem ser aplicados somente quando
esgotadas as possibilidades de uso de analogia e dos costumes. Hoje, a doutrina moderna não enxerga dessa forma,
mencionando que os princípios servem de base para toda a aplicação do ordenamento jurídico, ou seja, todo o sistema legal
encontra fundamento nos princípios, os quais servem como vetores e acabam orientando a solução de casos concretos. Os
professores Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves Farias lembram que os princípios são sintetizados em três axiomas: não
lesar ninguém (neminem laedere), dar a cada um o que é seu (suum cuique tribuere) e viver honestamente (honeste vivere).5
1.4.1. Existência ou inexistência de lacuna na lei
Alguns entendem que existe lacuna na lei, a qual denominam formal, inexistindo, por outro lado, lacuna no direito, esta
chamada de lacuna material.6-7 A doutrina citada se vale do método de autointegração do ordenamento jurídico.
A autointegração consiste na integração da norma feita por meio do próprio ordenamento jurídico, dentro dos limites da
mesma fonte dominante, sem precisar recorrer a outros ordenamentos e com o mínimo recurso a fontes diversas da
dominante.8
Outros autores9 admitem a tese da existência de lacunas na lei no momento em que o operador do direito não supre essa
necessidade no texto legislativo, faltando assim solução ao caso concreto.
Indaga-se então: como se dá o suplemento dessas lacunas? a) critério cronológico (norma posterior prevalece sobre a
anterior); b) critério da especialidade (norma especial prevalece sobre a geral);10 c) critério hierárquico (norma superior
prevalece sobre norma inferior).
 Nota!
Observam-se a antinomia de 1º grau, ou seja, conflito que envolve um dos critérios acima, e, ainda, a antinomia de 2º grau, que envolve dois critérios daqueles acima expostos.
Importante! 
Como v isto, hav endo conf lito entre uma norma regra versus norma-regra, v amos nos v aler dos chamados métodos hermenêuticos
(critérios cronológico, da especialidade e hierárquico). Porém, é possív el f alarmos sobre Derrotabilidade (defeseability) ou
Superabilidade da norma regra.
Derrotabilidade se dá quando as regras em situações excepcionais, que não cumpram o objetiv o ou a f inalidade constitucional,
dev em ser derrotadas, e, como consequência, dev em ser af astadas do caso concreto e não f ormar jurisprudência. Um exemplo
que podemos retirar da nossa jurisprudência, apesar de não ser explícito, é o REsp 799.431/MG. Vejamos:
Administrativ o. Processual civ il. Violação ao art. 535, incisos I e II do Código de Processo Civ il não reconhecida. Dissídio
jurisprudencial não demonstrado. Estágio probatório. Reprov ação. Arredondamento de percentual. Aplicação dos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade. Possibilidade.
1. O acórdão hostilizado solucionou a quaestio juris de maneira clara e coerente, apresentando todas as razões que f irmaram o seu
conv encimento.
2. A demonstração do dissídio jurisprudencial não se contenta com meras transcrições de ementas, sendo absolutamente
indispensáv el o cotejo analítico de sorte a demonstrar a dev ida similitude f ática entre os julgados.
3. Esta Corte Superior de Justiça, bem como o Supremo Tribunal Federal, têm admitido a possibilidade de o Poder Judiciário
apreciar, excepcionalmente, a razoabilidade e a proporcionalidade do ato praticado pela Administração.
4. A exoneração está calcada na reprov ação no estágio probatório, porquanto não alcançado percentual mínimo de 80%, sendo o
resultado ef etiv amente obtido de 79,55823%. A dif erença é de apenas 0,44177%, dev eras ínf ima e, portanto, incapaz de justif icar a
exoneração de cargo público, o que justif ica o arredondamento.
5. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, prov ido (REsp 799.431/MG, rel. Min. Laurita Vaz, 5ª Turma, j. em
16.04.2009, DJe, 05.04.2010).
1.5. VIGÊNCIA DA LEI
Pode a lei em seu próprio texto trazer sua data de vigência. Se a mesma não a mencionar, aplica-se a regra do art. 1º da Lei
de Introdução às normas do Direito Brasileiro ou o seu § 1º (45 dias em território nacional ou três meses depois de
oficialmente publicada, caso aceita no estrangeiro, terá sua admissão).11
A lei passa por um processo antes de sua vigência (elaboração, promulgação12 e publicação). Após tal processo, a lei
passa a valer no término da vacatio legis (prazo razoável para se ter conhecimento da lei13).
29
Elaboração → Promulgação → Publicação → Vacatio Legis (aqui a lei existe, mas não pode ser aplicada)→ Vigência.
Durante o prazo da vacatio, a lei não tem obrigatoriedade e deve ser computada de acordo com o § 1º do art. 8º da Lei
Complementar n. 95/98.14
Ocorrendo nova publicação de seu texto, mesmo para a correção de erros materiais ou até falhas de ortografia, o prazo
para sua obrigatoriedade volta a fluir da nova publicação, salvo se a lei já estiver vigorando.15 Veja-se a questão do Ministério
Público do RJ:
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
Procuradoria-Geral de Justiça
XXV concurso para ingresso na classe inicial da carreira do Ministério Público
Prova escrita preliminar – 20.01.2002
O nov o Código Civ il f oi publicado em 11 de janeiro de 2002, entrando em v igor um ano após a sua publicação. Se, durante o
período da vacatio legis, f orem f eitas correções em normas do direito de f amília, publicadas em 1º de outubro de 2002, indaga-se:
quando entrarão em v igor:
a) As normas alteradas?
b) As normas relativ as ao direito das obrigações?
RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA, segundo a legislação vigente, desnecessária a consulta ao novo Código
Civil.
a) 1º de outubro de 2003, porque com a nova publicação ela se submete a uma nova vacatio. Se fosse correção de erros,
somente por lei nova.
b) Se não foram objeto de mudança, entrarão em vigor em 11 de janeiro de 2003.
Necessário observar que as leis que estabelecem período de vacância não podem ser contadas em meses ou anos; elas
sempre serão contadas em números de dias de sua publicação oficial. Importante colacionar o art. 8º, § 2º, da Lei
Complementar n. 95/98,16 imprescindível para concursos, principalmente na fase objetiva.
A lei nasce formalmente com sua promulgação, mas somente começa a vigorar depois de oficialmente publicada.
Vale mencionar que os atos normativos administrativos (decretos, resoluções e regulamentos) entram em vigor na data de
sua publicação no órgão oficial da imprensa, conforme determinam o Decreto n. 572 de 1890 e o caput do art. 8º da Lei
Complementar n. 95/98,17 pois se trata de lei de pequena repercussão, como podemos observar pelo julgado abaixo:
Lei municipal. Publicidade. A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro prescrev e que, salv o disposição contrária, a lei
começa a v igorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de of icialmente publicada. Em se tratando de instituição de
regime jurídico único de serv idor público, criado por lei, rev estindose de caráter de ato administrativ o, há disposição legal em
contrário. Ensina-nos Juarez de Oliv eira, em nota à LINDB, in Código Civil. 49. ed. São Paulo: Saraiv a, p. 01: ‘com relação aos
atos administrativ os, admite-se a obrigatoriedade a partir da publicação, de acordo com o art. 5º do Decreto n. 572, de 12.07.1890,
que, nesta parte, não se pode considerar rev ogado pelo Código Civ il’ (conf orme RÁO, Vicente. O direito e a vida dos direitos, p.
378, nota). A lição do mestre Hely Lopes Meirelles, in Direito administrativo brasileiro. 20. ed. São Paulo: Malheiros, p. 86 e 88,
de que: “publicidade a div ulgação of icial do ato para conhecimento público e início de seus ef eitos externos; v ale ainda como
publicação of icial a af ixação dos atos e Leis municipais na sede da pref eitura ou da câmara, onde não houv er órgão of icial, em
conf ormidade com o disposto na Lei orgânica do município” (TRT 3ª R., RO n. 2.664/99, rel.ª Juíza Maria Lúcia Cardoso de
Magalhães, 1ª Turma, DJMG, 21.01.2000, p. 10).
Salvo melhor juízo, entende-se que o art. 1º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro não foi revogado pelo art.
8º da Lei Complementar n. 95/98. A regra desse dispositivo tornou-se residual, sendo aplicada somente quando o legislador
não houver estabelecido outro prazo e quando a lei for de grande repercussão, porquanto apenas as leis de pequena
repercussão podem entrar em vigor na data de sua publicação.
 Nota!
Conforme descrito abaixo, o § 2º do art. 1º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro foi revogado.
Art. 1°, § 2º A vigência das leis, que os Governos Estaduais elaborem por autorização do Governo Federal, depende da aprovação deste e começa no prazo que a legislação estadual fixar. (Revogado pela Lei n.
12.036, de 2009).
1.6. EFICÁCIA DAS LEIS
Uma vez em vigor, a lei se torna obrigatória em todo território nacional. Tal norma é estipulada no art. 3º da Lei de
Introdução às normas do Direito Brasileiro,18 e merece algumas críticas. É notório que no Brasil há uma gama muito vasta de
leis; por isso, exigir das pessoas o conhecimento de todas as leis seria um verdadeiro absurdo; logo, tal norma merece um
temperamento, uma mitigação. A edição infindável de novas leis gera dificuldades até para o profissional do Direito, quanto
mais para um leigo. É por essa razão que tal matéria foi prevista no art. 139, III, do Código Civil.19 Uma questão que pode ser
colocada em concurso diz respeito ao sentido jurídico da norma do art. 3º da Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro, o qual consiste na segurança jurídica.
30
O que significa o princípio iura novit curia? Como se diz que ao juiz não é dado desconhecer a lei, significa que em tese
as partes podem apresentar ao magistrado para julgamento somente e exclusivamente fatos. As exceções a esse princípio são:
os direitos estrangeiro, estadual, municipal e consuetudinário.
Vejamos a jurisprudência:
Prescrição. CDC. CC/1916. Dano Moral. A recorrente ajuizou ação de indenização por danos morais com lastro tanto no CC/1916
quanto no CDC, ao f undamento de que o preposto do hospital recorrido aplicou-lhe injeção de f ármaco no braço em f ranca
contrariedade ao que adv ertia a bula do medicamento, o que ocasionou necrose nos tecidos da região e a necessidade de submeter-
se a v árias cirurgias na tentativ a de recuperar a f unção motora daquele membro. Nesse contexto, entende-se aplicáv el a prescrição
v intenária constante do art. 177 do CC/1916, então v igente, em detrimento da quinquenal prev ista no art. 27 do CDC, v isto que o
julgador não está adstrito aos argumentos trazidos pela parte, podendo adotar f undamentação jurídica div ersa. Há que aplicar o
princípio jura novit curia e o da ampla reparação dos danos resultantes de atos ilícitos. Então, a qualif icação jurídica dada aos
f atos pela recorrente (acidente de consumo) não é tão essencial ao deslinde da causa. Assim, a excepcionalidade da questão
debatida e a menção pela recorrente dos princípios que regem a responsabilidade civ il do empregador por ato culposo de seu
preposto possibilitam a aplicação das regras do CC/1916, quanto mais se sobreposto o sentimento de justiça (Rechtsgef ühl), pelo
qual se dev e buscar a conclusão mais justa ou mais f av oráv el à parte mais f raca, sem perder de v ista os preceitos de ordem
pública ou social. Com esse entendimento, a Turma, por maioria, deu prov imento ao especial para af astar a prescrição e determinar
o retorno dos autos à origem. Precedente citado: AgRg no Ag n. 5.540/MG, DJ, 11.03.1991. REsp n. 841.051/RS, rel.ª Ministra
Nancy Andrighi, j. em 03.08.2010 (v er Informativo n. 441).
A lei produz seus efeitos até que outra lei a revogue ou a modifique. Trata-se do princípio da continuidade das leis,
esculpido no art. 2º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e por essa razão diz-se que “só lei tem condão de
revogar lei”. Exceção a esse tema é a lei temporária (são exemplos: leis orçamentárias, leis para o congelamento de preços
etc.), ou seja, aquela que já traz em seu texto o prazo de sua vigência, que, quando findo, a revoga automaticamente, sem
necessidade de redação de uma nova lei.
1.7. REVOGAÇÃO E DERROGAÇÃO DA LEI
a) Ab-rogação – significa extinguir a lei, tirando-lhe a força obrigatória, o que ocorre pela substituição de suas normas
por outras disposições diferentes ou pela supressão pura e simples das existentes.20
b) Derrogação – revogação parcial de uma lei, ou seja, parte de determinada lei continua a viger, enquanto parte dela se
extingue com a entrada em vigor de uma nova lei.21
Em suma: A ab-rogaçãoabrange toda a lei, ao passo que a derrogação é parcial. Importante lembrar que, de qualquer
forma, apenas uma nova lei pode revogar ou derrogar outra existente.
A lei deixa de ser obrigatória no dia em que a lei revogadora ou derrogadora se torna vigente. A cessação da eficácia de uma
legislação não se dá com a publicação da lei nova.
Por fim, importa mencionar que a revogação pode ser expressa (ou por via direta) e tácita (ou por via oblíqua) (formas de
execução). O art. 2º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro trata do assunto de forma eficaz:
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue (princípio da continuidade)
(nossos comentários).
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare (revogação expressa), quando seja com ela incompatível ou
quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior (rev ogação tácita).
Em síntese, a revogação tácita ou por via oblíqua ocorre quando há incompatibilidade entre as leis, não necessitando de
conflito entre todas as disposições legais, bastando a mera incompatibilidade, ou quando a lei nova regular inteiramente a
matéria de que tratava a lei anterior (art. 2º, § 1º, da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro), expressando-a
quando a lei declarar. Observe-se a regra da Lei Complementar n. 95/98.22
1.8. REPRISTINAÇÃO
É a restauração da vigência de uma lei anteriormente revogada, em razão da revogação da lei anterior. Existe a possibilidade
de tal instituto no nosso ordenamento, mas essa não é a regra, uma vez que a mesma só é admitida expressamente. Se, por
exemplo, a lei A foi revogada pela lei B e posteriormente a lei B foi revogada pela lei C, em razão desse último fato a lei A só
voltará a viger se a Lei C dispuser neste sentido; se a restauração não for mencionada expressamente, a lei A não mais vigerá,
pois não se admite a repristinação tácita. A esse respeito, o § 3º do art. 2º da Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro.23
 Nota!
Repristinação x Efeito repristinatório
Conforme exemplificado acima, a repristinação apresenta três leis; já no efeito repristinatório há duas leis e uma decisão
31
judicial. Existe uma dada lei A que é revogada por uma lei B e esta última é declarada inconstitucional pelo STF. Nesse caso,
aplicaremos a regra do art. 11, § 2º, da Lei n. 9.868/99.24 Assim entende o STF:
Ação Direta de Inconstitucionalidade. Promoção de praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Regime jurídico
dos servidores públicos. Processo legislativo. Instauração dependente de iniciativa constitucionalmente reservada ao
chefe do Poder Executivo. Diploma legislativo estadual que resultou de iniciativa parlamentar. Usurpação do poder de
iniciativa. Sanção tácita do projeto de lei. Irrelevância. Insubsistência da Súmula n. 5/STF. Inconstitucionalidade formal.
Eficácia repristinatória da declaração de inconstitucionalidade proferida pelo Supremo Tribunal Federal em sede de
controle normativo abstrato. Ação direta julgada procedente. Os princípios que regem o processo legislativo impõem-se
à observância dos estados-membros. O modelo estruturador do processo legislativ o, tal como delineado em seus aspectos
f undamentais pela Constituição da República, impõe-se, enquanto padrão normativ o de compulsório atendimento, à observ ância
incondicional dos estados-membros. Precedentes. – A usurpação do poder de instauração do processo legislativ o em matéria
constitucionalmente reserv ada à iniciativ a de outros órgãos e agentes estatais conf igura transgressão ao texto da Constituição da
República e gera, em consequência, a inconstitucionalidade f ormal da lei assim editada. Precedentes. A sanção do projeto de lei não
convalida o vício de inconstitucionalidade resultante da usurpação do poder de iniciativa. – A ulterior aquiescência do Chef e do Poder
Executiv o, mediante sanção do projeto de lei, ainda quando dele seja a prerrogativ a usurpada, não tem o condão de sanar o v ício
radical da inconstitucionalidade. In-subsistência da Súmula n. 5/STF. Doutrina. Precedentes. Significação constitucional do regime
jurídico dos servidores públicos (civis e militares). A locução constitucional “regime jurídico dos serv idores públicos” corresponde ao
conjunto de normas que disciplinam os div ersos aspectos das relações, estatutárias ou contratuais, mantidas pelo Estado com os
seus agentes. Precedentes. A questão da eficácia repristinatória da declaração de inconstitucionalidade in abstracto. – A declaração
f inal de inconstitucionalidade, quando prof erida pelo Supremo Tribunal Federal em sede de f iscalização normativ a abstrata, importa
– considerado o ef eito repristinatório que lhe é inerente – em restauração das normas estatais anteriormente rev ogadas pelo diploma
normativ o objeto do juízo de inconstitucionalidade, eis que o ato inconstitucional, por ser juridicamente inv álido (RTJ 146/461-462),
sequer possui ef icácia derrogatória. Doutrina. Precedentes (STF). (ADIn n. 2.867/ES, rel. Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, j.
em 03.12.2003, DJ, 09.02.2007, p. 00016, ement. v. 02263-01, p. 00067; RTJ, v. 00202-01, p. 00078).
Segundo jurisprudência do STF, o efeito repristinatório pode ser afastado:
Constitucional. Ação Direta de Inconstitucionalidade: Efeito repristinatório: norma anterior com o mesmo vício de
inconstitucionalidade. I – No caso de ser declarada a inconstitucionalidade da norma objeto da causa, ter-se-ia a repristinação de
preceito anterior com o mesmo v ício de inconstitucionalidade. Neste caso, e não impugnada a norma anterior, não é de se conhecer
da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Precedentes do STF. II – ADIn não conhecida (ADIn n. 2.574/AP, rel. Ministro Carlos
Velloso, Tribunal Peno, j. em 02.10.2002, DJe, 29.08.2003, p. 00017, ement. v. 02121-04, p. 00782).
Os mestres Roberto Figueiredo e Luciano Figueiredo explicam que o efeito repristinatório se configura quando não há o
renascimento de uma lei já revogada, mas sim a reprodução do texto normativo. Exemplo: A lei A é revogada pela Lei B.
Posteriormente, vem a Lei C e revoga a Lei B, sem, porém, declarar o renascimento (repristinação) de A. Todavia, a Lei C
reproduz, em seu bojo, todas as disposições normativas que antes constavam na Lei A.25
1.9. INTEGRAÇÃO OU COLMATAÇÃO DA LEI
Não há condições de o legislador ser uma pessoa que preveja o futuro; diante de tal fato, o art. 4º da Lei de Introdução às
normas do Direito Brasileiro26 prevê rol taxativo e preferencial sobre a integração da lei.
Antes de se iniciar o estudo das regras mencionadas no art. 4º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro,
indaga-se: o que significa a Proibição do non liquet?
Aplica-se essa regra quando houver um vazio legislativo e o Judiciário atua para afastar tal lacuna. Proibição do non
liquet significa, portanto, proibição do juiz de deixar de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei.27
Não havendo uma norma prevista para o determinado caso concreto, utiliza-se a analogia,28 isto é, a aplicação de uma
norma próxima ou de um conjunto de norma próximas. No direito penal e no direito tributário sua aplicação só poderá ocorrer
in bona partem. Segundo Marcos Ehrhart Jr., para a utilização é necessária a observância de alguns requisitos: a) falta de
previsão legal; b) semelhança; c) identidade jurídica.29 A doutrina relaciona algumas espécies de analogia:
a) Analogia in legis (legal): é a aplicação de uma norma próxima, ou seja, uma norma preexistente, a caso semelhante que
não possua norma específica.
b) Analogia iuris (jurídica): é a aplicação de um conjunto de normas próximas, visando a extrair elementos que
possibilitem a analogia.30 Em síntese, socorre-se ao ordenamento jurídico como um todo.
Um bom exemplo era a incidência do Decreto-Lei n. 2.681/1912 (responsabilidade civil objetiva das empresas de estradas
de ferro), que por ausência de lei específica passou a ser aplicado a todos os tipos de contrato de transporteterrestre. Outro
exemplo, citado pela professora Maria Helena Diniz, ocorre com relação ao contrato de leasing (arrendamento mercantil),
pois não havendo norma expressa para regulá-lo o legislador poderá fazer uso das normas alusivas à locação e/ou compra e
venda.31
Dentre outros sistemas que superam as lacunas é importante destacar:
a) Costumes: são os usos reiterados, usos cotidianos, aquilo que se incorporou ao dia a dia de uma comunidade. Trata-se
de norma secundária, variável, devendo-se, por essa razão, observar a aplicação do art. 337 do Código de Processo Civil.32
O professor Flávio Monteiro de Barros, em seu Manual de Direito Civil, diz que “costume é a repetição, de maneira
constante e uniforme, em razão da convicção de sua obrigatoriedade”. Ou seja, ocorrem a repetição de um comportamento e a
32
convicção social.
Os costumes podem ser:
a.1) Praeter legem: aquele que é aplicado subsidiariamente em razão da omissão da lei. Sua aplicabilidade se dá em razão
da existência de lacuna na lei;33
a.2) Secundum legem: terá aplicabilidade quando o próprio legislador determinar.34
Nosso direito não admite os costumes quando esses venham a prejudicar a pessoa, ou seja, contra legem.35 O costume
contra legem incita a não aplicação da lei pelo seu desuso, considerando-a letra morta. A sua aplicação constitui abuso de
direito.36 O que seria o desuetudo? Trata-se do não uso de uma lei por um longo tempo ou quando o costume suprime a lei.
Destaca-se que o seu não uso (lei) não implica a perda da sua eficácia. Pode ser afirmado que é um exemplo de costume contra
legem. Outro exemplo de costume contra legem é o ab-rogatório (consuetudo ab-rogatória), que se dá depois de a norma
legal ter logrado eficácia por certo tempo; a evolução dos valores leva a negá-la, criando o costume que se opõe à lei.37
No que concerne ao direito brasileiro, atribui-se à norma escrita uma supremacia incontestável sobre o costume. O art. 2º
da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro38 é claro ao determinar que a lei se modifica ou se revoga por outra lei.
Assim, a norma exclui a revogação pelo costume.
b) Princípios gerais de direito: são normas de valor genérico que, por se encontrarem na consciência dos povos e, por
isso, serem universalmente aceitas, acabam orientando a compreensão do ordenamento jurídico, ainda que estejam positivadas.
Sua aplicabilidade poderá ocorrer de forma geral e fundamental. Assim, servem como regras de integração e, também, como
força normativa.39
c) Equidade: busca do justo, que manda dar a cada um o que é seu, sendo possível sua aplicabilidade quando houver
previsão para seu uso. É elemento auxiliar ao processo de colmatação de lacunas. Assim, será aplicável quando a Lei
dispuser, conforme determina o art. 127, CPC.
Art. 127. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Equidade. – Art. 127 do Código de Processo Civil. A proibição de que o juiz decida por equidade, salv o quando autorizado por lei,
signif ica que não haverá de substituir a aplicação do direito objetiv o por seus critérios pessoais de justiça. Não há de ser entendida,
entretanto, como v edando se busque alcançar a justiça no caso concreto, com atenção ao disposto no art. 5º da Lei de Introdução.
Cláusula penal. Art. 927 do Código Civ il.
Não se exigirá seja demonstrado que o v alor dos prejuízos guarde correspondência com o da multa, o que implicaria sua inutilidade.
É dado ao juiz reduzi-la, entretanto, ainda não se tenha iniciado a execução do contrato, quando se ev idencie enorme desproporção
entre um e outro, em manif esta af ronta às exigências da justiça (STJ, REsp n. 48.176/SP, rel. Ministro Eduardo Ribeiro, 3ª Turma, j.
em 12.12.1995, DJ, 08.04.1996, p. 10.469).
1.10. APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
A finalidade da lei é a composição dos conflitos, realizada pelos juízes, em conformidade, principalmente, com as leis.
Cabe ao Juiz aplicar a norma abstrata ao caso concreto. Às partes cabe alegar e provar as questões de fato.
O juiz decide, normalmente, a controvérsia, diante das alegações e provas a ele apresentadas pelas partes.
A primeira fase do processo é chamada fase de cognição, ou de conhecimento, na qual as partes debatem o problema. O
que foi alegado por uma delas e não contestado pela outra é tido como verdadeiro, se estiver de acordo com a prova dos autos.
Tem-se, após, uma sentença que decide qual é o direito de cada uma das partes. Em seguida, passa-se à fase de execução da
sentença. Casos há, porém, em que não ocorre a primeira fase, iniciando-se, desde logo, a fase de execução. É o que acontece
com as ações de caráter executivo.
A sentença só se aplica ao caso concreto, examinado pelo juiz.
Quanto à interpretação das leis, essas devem ser corretamente interpretadas a fim de que se saiba qual é o seu verdadeiro
sentido e qual a extensão daquilo que ela determina. A interpretação visa a esclarecer quais os casos aos quais a lei se aplica e
como deve ser ela entendida.
A interpretação pode ser:
• Quanto à sua origem:
Autêntica – quando seu sentido é explicado por outra lei;
Doutrinária – quando seu sentido prov ém dos doutrinadores;
Jurisprudencial – quando realizada pela jurisprudência.
• Quanto ao método:
Gramatical – quando baseada nas regras de linguística;
Lógica – v isando a reconstituir o pensamento do legislador;
Histórica – estudo da relação com o momento em que f oi editada;
Sistemática – harmonização do texto em exame com o sistema jurídico como um todo;
33
Teleológica ou social – são examinados os f ins para os quais f oi a lei editada.
• Quanto ao resultado:
Declaratória – quando se limita a dizer qual é o sentido da lei;
Restritiva – quando o legislador disse mais do que queria dizer, obrigando o intérprete a restringir o sentido da lei;
Ampliativa – quando o legislador disse menos do que queria dizer, cabendo ao intérprete ampliar o sentido da lei.
De acordo com o art. 5º da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e o STJ, o juiz, ao aplicar a lei, deve sempre
visar à busca do interesse social.
Art. 5° Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Nesse sentido, o STJ:40
REsp. Processual civil. Assistência judiciária. Parte impossibilitada de contratar advogado. Defensor designado pelo juiz
independente de requerimento da parte. A norma jurídica precisa ser interpretada teleologicamente, buscando sempre o porquê,
pois aí está sua f inalidade de realizar solução de interesse social. Se assim não f or, a ativ idade judiciária será ociosa, inútil, mera
homenagem à tradição.
Os modernos princípios de acesso ao judiciário abonam o aresto recorrido, relator o Juiz Herondes de Andrade do E. Tribunal de
Alçada do Estado de Minas Gerais. A constituição da república estatui ser a assistência jurídica obrigação do estado aos
necessitados (art. 5º, LXXIV). O instituto tem sua história. No primeiro momento, o postulante precisa comprov ar o estado de
pobreza e, em seguida, af irmar a sua necessidade. O juiz, de outro lado, agente do estado, exerce papel saliente e obrigatório, para
a prestação jurisdicional não ser mera f orma, singela sucessão de atos. Como ocorreu nestes autos, ev idenciou sensibilidade para
realizar justiça material. Esta, por seu turno, reclama que a parte tenha acesso ao debate, requeira, impugne, recorra. O magistrado
precisa f icar atento para isso não ser acessív el aos priv ilegiados de f ortuna, ou que, pelo menos, possam contratar adv ogado. Só
assim, garantir-se-á a igualdade de tratamento às partes (REsp n. 109.796/MG, rel. Ministro Luiz Vicente Cernicchiaro, 6ª Turma, j.
em 24.02.1997, DJ, 19.05.1997, p. 20.697).
 Nota!
Os métodos de interpretação devem ser observados em conjunto.
Vejamos posicionamento do STJ, neste sentido:
Tributário. IPI. Crédito-Prêmio. Decretos-Leis n. 491/69, 1.724/79, 1.722/79, 1.658/79 e 1.894/81. Prescrição quinquenal.
Extinção do benefício. Jurisprudência consolidada pela Primeira Seção. Vigência do estímulo

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