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Os Sons do mundo Somestesia: Capacidade dos animais de reagir a estímulos que tocam o corpo Primeira modalidade sensorial a surgir no curso da evolução Visão e audição Ofereceram enorme vantagem adaptativa Visão: detectar a radiação eletromagnética emitida ou refletida pelo meio ambiente, e assim perceber a presença de objetos de interesse e grande distância Audição: tornou possível detectar as vibrações do ar e da água provocadas pelos movimentos dos animais e das plantas, desenvolver todo um sistema de comunicação através da vocalização emissão ‘’intencional’’ de vibração do meio. Som identificar a presença de certos objetos mesmo quando estes se situam fora do campo de visão Sistema auditivo dos animais Aperfeiçoou-se de modo extraordinário Extremamente sensível, capaz de detectar vibrações tão pequenas quando o diâmetro de um átomo Miniaturizou-se mais que os outros sistemas sensoriais, concentrando milhares de receptores em um volume não maior que um grão de arroz O que é som? da física à psicologia Audição: capacidade de percebem os sons Som: é a perturbação vibratória do ambiente que permite a audição. Refere-se apenas às vibrações de ar que somos capazes de perceber A percepção das vibrações depende da espécie do animal Conceito de som é veiculado à percepção: forma de energia que deve ser referida ao animal que a percebe O som como forma de energia Modo de vibração do ar capaz de ser percebido pelo nosso sistema auditivo alto-falante Auto- falante Cones feitos de um material muito leve, postos a vibrar por uma bobina eletromagnética colada no vértice Quando o cone vibra, desloca-se para frente e para trás repetidamente O deslocamento do cone provoca também o deslocamento das partículas e moléculas que constituem o ar Ao mover-se para frente, o cone comprime as partículas de ar umas contra as outras, e ao mover-se para trás ele descomprime Movimento de compressão/ descompressão das partículas vizinhas ao cone provoca movimento idêntico ao daquelas situadas um pouco mais longe, e assim sucessivamente A vibração propaga-se em todo o espaço, a uma velocidade em torno de 340 m/s O som se propaga em linha reta, nas três dimensões do espaço Som produzido pelo alto-falante propaga-se como uma superfície esférica que cresce até encontrar objetos no caminho se reflete gerando novas e novas esferas, ou até ser absorvido, extinguindo-se Instrumentos musicais As partículas de ar são postas a vibrar pela vibração das cordas puxadas, percutidas ou atritadas por um arco, ou pelo movimento do ar impulsionado dentro de tubos de diferentes formatos e tamanhos Voz humana Produzida pela vibração das cordas vocais, obtidas pela ejeção de ar pelas vias respiratórias Ruídos diversos são produzidos por impactos entre objetos ou pelo simples deslocamento de ar deles O que há de comum entre essas fontes é a produção de um movimento vibratório uma sequencia alternada de compressões e descompressões do ar que se propaga em todas as direções Ondas sonoras vibrações periódicas do ar que produzem sons Ondas movimentos oscilatórios das partículas de matéria ou pacotes de energia que compõe o universo Classificadas em transversais e longitudinais Ondas transversais Movimento das partículas é perpendicular a direção de propagação da onda Exemplo: quando uma pessoa sacode a ponta de uma corda amarrada a um poste Ondas longitudinais As partículas se movem na mesma direção de propagação Acontece nas ondas sonoras: as partículas de ar se movem para frente e para trás, no mesmo eixo de propagação do som Sons São as vibrações percebidas aquelas capazes de estimular o seu sistema auditivo provocando uma percepção A percepção auditiva é múltipla Capaz de perceber tons, ritmos, timbres Se compõe de diferentes submodalidades Representação das ondas sonoras Curvas senoidais – simplificação, já que os sons ouvidos não são ondas regulares, mas sim oscilações muito complexas Só tons puros são senoides perfeitas- só podem ser produzidos por instrumentos mecânicos especiais diapasões ou sintetizadores eletrônicos Sintetizador gerando som puro e passando- o para um alto-falante As vibrações longitudinais do ar produzidas pelo alto-falante propagam-se por todas as direções Se colocássemos uma distancia fixa do alto-falante e medisse a densidade das partículas de ar em diferentes momentos da passagem do som curva senoidal Ordenada representaria a densidade medida Abscissa o tempo Se pudesse medir a densidade de partículas em diferentes distâncias a partir do auto- falante, obteria também uma família de curvas senoidais, uma para cada local de medida – poderia observar o modo de vibração das partículas do ar ao longo do tempo e sua propagação no espaço Amplitude Altura da curva senoidal Representa a densidade de partículas em cada momento Máxima nos momentos de maior compressão Som contínuo – ocorrem inúmeros ciclos de variação de amplitude Os ciclos de compressão e descompressão das partículas de ar dependem da vibração do cone do alto-falante ao longo do tempo – representam as oscilações da energia sonora Intensidade Se aumentarmos a quantidade de energia levada ao alto-falante no pico do ciclo, aumentaremos igualmente a quantidade de energia da onda sonora produzida, isso será sentido por nosso sistema auditivo como aumento na intensidade Amplitude Grandeza proporcional à energia sonora, e, portanto, proporcional também a nossa percepção de intensidade do som Medida em decibel (db)- vantagem de poder representar uma grande faixa de variação de energia por ser logarítmica e adimensional Frequência Número de ciclos por unidade de tempo Unidade de medida é hertz (HZ) que equivale a um ciclo por segundo Vibração do alto-falante se torna mais rápida, embora a quantidade de energia sonora a cada ciclo se mantenha constante Senoide apresenta mais ciclos em cada unidade de tempo Quando a frequência de som aumenta, temos a sensação de que houve uma mudança de tom, como de dó para um ré Grandeza que representa o tom de um som Tons das escalas musicais São sons cujas frequências diferem por intervalos determinados Podemos variar a frequência gradativa e continuamente frequência modulada Dois sintetizadores acionados ao mesmo alto-falante Ligamos os sintetizadores acionando o mesmo alto-falante Aplicando ao alto-falante duas vibrações com a mesma frequência A onda sonora produzida pelo cone do alto-falante representará a soma das duas vibrações: sua frequência será a mesma, mas sua amplitude será duas vezes maior Ligados ao mesmo tempo: duas ondas emitidas em coincidência de fase Fase Relação de tempo entre duas ou mais ondas Ligar o segundo sintetizador meio ciclo depois do primeiro Som produzido terá amplitude menor, ainda com a mesma frequência Se as duas vibrações tiverem a mesma amplitude, não haverá som, porque as vibrações e anularão a cada momento e impedirão o cone do alto- falante de se mover Duas ondas foram medidas em oposição de fase Dois sintetizadores ligados com uma diferença de fase que não seja de meio ciclo O som resultante terá uma forma de onda complexa, resultante da composição das duas senoides originais Acontece na maioria dos sons da natureza dos instrumentos criados pelo homem, musicais ou não não são quase sempre compostos de diversas vibrações simultâneas, cada uma com sua amplitude, sua frequência e sua fase, somando-se algebricamente para resultar em ondas complexas Timbre Diversas composições de ondas de um som A composição de ondas de um instrumento é diferente da do outro, embora haja uma frequência (a chamada frequência fundamental) que é comum a ambos e caracteriza a nota dó As Submodalidades auditivas Sistema auditivo humano Capaz de perceber sons entre 20 e 20.000 Hz espectro auditivo Essa faixa extensa só existe para os recém-nascidos Adultos geralmente não alcançam mais de 15kHz Idosos perdem a percepção de altasfrequências Somos mais sensíveis às frequências em torno de 2.000 Hz faixa de frequência que cobre a maior parte dos sons da fala Animais Alguns percebem os ultrassons – ondas de alta frequência Cães percebem sons até 40 kHz, morcegos Alguns animais percebem infrassons – elefantes e baleias- espectro se estende a 15 Hz no lado das frequências baixas Audiograma Deve-se trabalhar com o limiar de audibilidade ou limiar de sensibilidade auditiva intensidade mínima de som de uma certa frequência que o indivíduo é capaz de perceber Usa-se um sintetizador eletrônico que gera tons puros e permite variar o volume Para cada frequência, o indivíduo testado poderá indicar quanto deixa de ouvir um som cujo volume vai sendo diminuído cada vez mais, ou quando passa a ouvi-lo quando o volume vai sendo aumentado Ponto médio é o limiar de audibilidade Curva obtida relaciona-se o limiar com a frequência Maioria das pessoas o limiar é mais alto (ou seja, a sensibilidade é mais baixa) nos estremos do espectro, e mais baixo (maior sendibilidade) na faixa dos 2kHz Idosos apresentam uma perda auditiva nas altas frequências - espectro audível fica mais estreito, e as frequências superiores a 810 kHz não são mais percebidas Determinação de intensidade O sistema auditivo é capaz de medir a quantidade de energia contida num som Se expressa na capacidade de determinar o volume ou a intensidade sonora È efetuada pelo sistema auditivo como uma espécie de medida dinâmica, isto é , realizada continuamente, da amplitude das vibrações sonoras incidentes- com base na medida dizemos que um som é mais forte ou mais fraco (mais ou menos intenso) Discriminação tonal Somos capazes de identificar os diferentes tons de um som, dentro do espectro audível Diferenciar um dó de um ré ou dó de uma oitava e dó de outra Essa avaliação é realizada identificando a frequência das vibrações dos sons incidentes Identificação do timbre Submodalidade mais complexa Consiste na determinação da composição harmônica das ondas sonoras O sistema realiza uma operação matemática chamada analise espectral de Fourier decomposição das ondas sonoras em seus componentes senoidais (chamados harmônicos) Como cada componente senoidal tem uma frequência própria, a operação seguinte consiste em identificar a frequência e a amplitude de cada uma dessas ondas componentes O sistema auditivo tem a capacidade de juntar todas essas informações diferenciando assim o timbre de cada som e desse modo identificando sua fonte com grande precisão Localização especial Identificação da posição do espaço onde se encontram as fontes sonoras Utilizada pelos animais para acionar reflexos de orientação da orelha, da cabeça e do corpo e facilitar as reações comportamentais rápidas que muitas vezes precisam ser executadas Pode ser dividida em dois componentes: horizontal e vertica, se se diferenciam apenas pelas estratégias que o sistema auditivo emprega para realizar cada uma delas Percepção musical e percepção da fala Considerada submodalidades já se conseguiu identificar regiões cerebrais específicas para cada uma dels Alguns animais tem neurônios isolados capazes de produzir impulso bervosos quando estimulados com gravações de trechos de suas vocalizações específicas A estrutura do sistema auditivo Constituído por um conjunto de receptores que realizam a transdução dos estímulos sonoros em potenciais receptores Receptores transmitem a informação sonora traduzida para neurônios de segunda ordem encarregados de realizar codificação. Axônios destes neurônios constituem o nervo auditivo (um dos componentes do NCVIII) A informação auditiva entrará no SNC, passando através de sucessivas sinapses, por uma série de núcleos até chegar ao córtex cerebral Nervo auditivo Fibras que irão compor o nervo auditivo Emergem de toda a extensão da cóclea, formando um amplo leque espiral convergente Fibras são essencialmente os dendritos dos neurônios bipolares, cujos somas estão situados em aglomerados de células embutidas na estrutura espiralada da cóclea e por isso mesmo são chamadas em conjunto de gânglio espiral A partir do gânglio, os axônios dos neurônios bipolares saem da cóclea e convergem para formar o nervo auditivo, que se reúne ao nervo vestibular para formar o NCIII Composição do nervo auditivo Não é constituído exclusivamente de fibras aferentes Há um contingente de fibras eferentes alojado dentro do nervo – fibras que se originam do SNC e inervam a cóclea, transmitindo informações no sentindo inverso do fluxo de informação sensorial As intrincadas vias da audição Vias aferentes da audição Reúnem diferentes componentes paralelos, cujos trajetos anatômicos são distintos Durante o trajeto fazem sinapses com neurônios de ordem superior situados em núcleos de vários níveis do encéfalo, até alcançar o córtex cerebral Características que distinguem o sistema auditivo dos demais sistemas sensoriais Possui estágios sinápticos em cada uma das grandes divisões do SNC: Bulbo, ponte, mesencéfalo, diencéfalo e córtex cerebral Quase todos os núcleos auditivos são conectados reciprocamente, e é grande o número de cruzamentos que as fibras efetuam, através de decussações e comissuras Só não é valido para as fibras aferentes do nervo auditivo, que se projetam todas para os núcleos coleares do mesmo lado a lesão do nervo coclear é a única lesão do SNX que provoca surdez unilateral Penetração das fibras do nervo auditivo no SNC Bilateralmente, no nível do bulbo, onde inervam os núcleos cocleares 1° estágio sináptico central do sistema Os núcleos cocleares de cada lado possuem 3 divisões anatômicas que recebem fibras auditivas – cada uma delas participa de um aspecto funcional diferentes Dorsal Anteroventral Posteroventral Conjunto de axônios que emerge dos neurônios cocleares Neurônios do núcleo coclear anteroventral e do posteroventral projetam para o complexo olivar superior constitui o estágio sináptico pontino do sistema auditivo Alguns axônios cocleares cruzam para o lado oposto do corpo trapezoide e pelas estrias auditivas (comissuras existentes na ponte) Outras atingem o complexo olivar superior do mesmo lado Núcleo colear dorsal: fibras ultrapassam o complexo olivar superior sem com ele estabelecer sinapses, seguindo direto até o próximo estágio sináptico, que fica no mesencéfalo e se chama Colículo inferior Projeção completamente cruzada Complexo olivar superior (oliva superior) Formado por 3 divisões anatômicas com funções distintas Núcleo olivar superior lateral Núcleo olivar superior medial Núcleo do corpo trapezoide As 3 recebem fibras provenientes dos núcleos cocleares ventrais, tanto cruzadas como ipsilaterais e emitem axônio que forma um feixe achatado chamado Lemnisco Lateral ascende através do tronco encefálico até o mesencéfalo, terminando no Colículo inferior Núcleo do Lemnisco lateral: na ponte, vizinho ao lemnisco, função pouco conhecida. Recebe fibras dos núcleos cocleares e projeta seus axônios para os colículos inferiores de ambos os lados Partem também do complexo olivar superior fibras eferentes que formam o feixe olivococlear: penetram na contramão no nervo auditivo e terminam na membrana basilar da cóclea Funções do complexo olivar superior: regulação fina das curvas de sintonia dos receptores, localização espacial dos sons originários de fontes à direita ou a esquerda Colículo inferior Região de convergência de todas as fibras auditivas ascendentes originadas em níveis mais baixos Divide-se em 3 regiões: Núcleo central: mais volumoso, cujos neurônios projetam para o tálamo Núcleo externo Córtex dorsal 2 últimos setores do Colículo inferior emitem fibras para diferentes regiões do próprio mesencéfalo Núcleo central envolvido em aspectos da percepção auditiva, Núcleo externo e o córtex dorsal participam dos reflexos audiomotores que permitem que o indivíduo oriente seu corpo em função da localização dos sonsque ouve a cada momento Existem fibras de cada lado que se estendem até a o Colículo inferior do lado oposto Cruzamento permite que o estágio seguinte (tálamo) receba informações dos colículos inferiores Tálamo Estendem-se do mesencéfalo, terminando no núcleo geniculado medial montículo esferoide na parte mais posterior do encéfalo Esse núcleo talâmico também se organiza em 3 partes Divisão ventral Dorsal Medial Neurônios das divisões emitem fibras que formam a radiação auditiva projetando através da cápsula interna ate o lobo temporal do córtex cerebral onde estão as áreas auditivas O córtex auditivo Ocupa parte do lobo temporal em ambos os hemisférios Diversificado conjunto de áreas pode ser identificado em primatas no assoalho do sulco lateral, estendendo-se para fora dele por quase todo o giro temporal superior Algumas dessas áreas são reunidas na chamada região auditiva central, ocupando o chamado giro de Heschl, dentro do sulco lateral em torno está o cinturão auditivo e em torno deste o paracinturão auditivo Todo o conjunto é alvo das fibras talâmicas provenientes do núcleo geniculado medial, mas apenas uma delas é classicamente considerada a área auditiva primária ou A1, pelo fato de ser encontrada em todos os mamíferos Se destaca, mais posteriormente, a área de Wernicke região do córtex cerebral especializada em interpretar os sons linguísticos que correspondem a fala humana Surdez e a localização das lesões auditivas Causas de surdez Traumatismos Infecções Substancias tóxicas Enrijecimento das estruturas do ouvido médio devido à idade Surdez unilateral A causa geralmente está situada nas estruturas do ouvido ou do nervo auditivo, porque depois das primeiras sinapses nos núcleos cocleares, as fibras auditivas são distribuídas aos dois lados do cérebro, produzindo sintomas bilaterais Unilateral pode ser ‘’de condução’’: quando a lesão atinge o tímpano ou cadeia ossicular, ou ‘’neural’’ quando estão acometidos os receptores auditivos ou as fibras do NCV III Rupturas no tímpano Podem ser provocadas por sons muito fortes e súbitos, ou por objetos penetrantes e contundentes Quando não é possível restaurar, ainda sim é possível restabelecer a audição através de pequenos microfones e amplificadores posicionados estrategicamente atrás da orelha da orelha e no meato auditivo externo, capazes de fazer vibrar de forma direta os ossículos remanescentes Surdez causada por lesões dos receptores, mas as fibras do nervo auditivo que emergem da cóclea permanecem normais Implantes coleares finíssimo cabo com eletródios inserido ao longo da escala vestibular da cóclea através da janela oval, capaz de estimular tonotopicamente as fibras auditivas, levando-as a conduzir a informação de frequência para os núcleos cocleares Surdez central Difícil tratamento Atinge as regiões auditivas do tronco encefálico, mesencéfalo, tálamo e córtex cerebral Sons fracos, sons fortes e a medida do volume Sistema auditivo nos permite discriminar com tanta precisão a intensidade de sons Vibração da membrana basilar e a intensidade dos Sons Quando um som penetra no ouvido externo Faz vibrar a membrana timpânica de modo proporcional Quanto mais intenso for o som, mais ‘’forte’’ vibrará o tímpano A medida da amplitude de vibração do tímpano será proporcional a amplitude da onda incidente Vibração do tímpano passa à cadeia ossicular Essa cadeia amplifica, mas mantém a proporcionalidade com a amplitude da onda sonora incidente Extremidade do estribo Quem vibrará será a membrana da janela oval, gerando uma onda também na perilinfa da escala vestibular As vibrações na perilinfa irão mover proporcionalmente a membrana basilar e a deflexão dos estereocíclios, gerará um potencial receptor também oscilatório, com amplitude proporcional a amplitude da onda sonora incidente Quanto mais intenso for o som, mais fortemente serão defletidos os estrereocíclios dos receptores O sistema auditivo utiliza como um dos mecanismos para a discriminação das intensidades sonoras a relação de proporcionalidade existente entre as características mecânicas do órgão receptor e o sinal bioelétrico produzido pelas células ciliadas A proporcionalidade mantém-se ao longo de todo o sistema até o córtex cerebral Segundo mecanismo Recrutamento de mais receptores, proporcional à intensidade de sons Vibrações muito fracas da membrana basilar ativarão um número pequeno de células ciliadas Codificação de volume pelas fibras auditivas Fibras do nervo auditivo Pertencem aos neurônios de segunda ordem Conduzem ao SNC a informação codificada contida no som incidente Intensidade Uma das informações contidas nos sons Como as fibras auditivas a codificam, de modo que os núcleos cocleares e estágios subsequentes compreendem a informação? Experimentos a frequência de PAs do nervo aumentava proporcionalmente à intensidade do som incidente – a mesma relação de proporcionalidade existe também entre a frequência dos PAs e a amplitude dos PRs das células esterociliadas Do nervo em diante, todos os estádios sinápticos até o córtex, a proporcionalidade entre intensidade sonora em frequência de potenciais de ação se mantém, ainda que esta última possa ser modificada ao longo do caminho por fatores como foco de atenção do indivíduo O recrutamento de mais receptores se transfere para o nervo e estágios subsequentes: mais fibras podem ser ativadas quando se aumenta o volume de um som. Uma população mais numerosa de neurônios fica envolvida com o processamento de sons mais intensos O reflexo de atenuação Botão de volume natural Mecanismo cuja função é regular automaticamente a rigidez da membrana timpânica e da cadeia ossicular, atenuando a amplitude de suas vibrações quando os sons incidentes são muito fortes A proporcionalidade entre a intensidade sonora e amplitude de vibração dessas estruturas fic mantida, mas o coeficiente de proporcionalidade é reduzido Elementos efetores Dois pequenos músculos estrategicamente posicionados M. Tensor do tímpano: possui uma de suas extremidades aderida ao martelo, ossículo que se liga ao tímpano, e a outra parede óssea do ouvido médio Estapédio: possui uma extremidade inserida ao estribo, o ossículo que se liga a janela oval, e a outra à parede do ouvido médio Quando esses músculos se contraem, aumenta muito a rigidez do conjunto, e isso diminui a amplitude de vibração da perilinfa das escalas vestibular e timpânica O reflexo é acionado especialmente na vigência de sons muito fortes, e é mais sensível aos graves que aos agudos Vias neurais Não são precisamente conhecidas Utilidade mecanismo protetor contra sons fortes, contudo a latência é grande e o efeito lesivo desses sons não poderia ser evitado a tempo pelo reflexo Sugestão – sendo mais eficaz para sons graves, ficaria mais fácil ouvir os agudos num ambiente ruidoso se os sons graves dos ruídos fossem diminuídos A identificação dos tons Sistema auditivo é eficiente na avaliação da frequência das ondas sonoras Sincronia de fase e o princípio das salvas Propriedade dos receptores auditivos Cada célula estereociliada responde com um potencial receptor bifásico (alternadamente despolarizante e hiperpolarizante) ás vibrações da membrana basilar, que resultam do som incidente Codificação além da Transdução A frequências dos potenciais de ação produzido pelas fibras auditivas codifica a amplitude dos potenciais receptores das células estereociliadas, e, portanto, a intensidade do som incidente Que parâmetro codifica o tom? Som incidente de 300 HZ e com nível de intensidade de 30 dB O potencial receptor resultante desses parâmetros de vibração sonora provocará o disparo de salvas de PAs nas fibras auditivas, que se iniciarão sempre que começar a fase despolarizante dos PRs, mas silenciarão na fase hiperpolarizante Haverá uma salva de PAs em cada ciclo da onda sonora, ou então a cada dois, três ou mais ciclos A relação entre a periodicidadedas salvas de PAs e a frequência da onda sonora será linear código para os diferentes sons Intensidade Ficou codificada nas frequências de PAs dentro de cada salva Por que a frequência dentro de cada salva vai caindo com o tempo? Fenômeno de adaptação dos receptores Mecanismo de sincronia de fases Expressão que representa a relação amarrada entre as salvas de PA das fibras auditivas e a fase das ondas sonoras Teoria ou princípio das salvas Teoria destinada a explicar a discriminação tonal Só se aplica para os sons graves e médios Tonotopia Faixa de variação tonal Especialização dos elementos do sistema auditivo para cada uma das diferentes frequências contidas no espectro audível Algumas células poderiam ser especializadas em tons mais agudos, outras em tons não tão agudos Estrutura da membrana basilar Mais estreita e mais rígida na base do que no ápice da cóclea As frequências mais baixas fazem vibrar melhor as regiões da membrana basilar mais próximas do ápice da cóclea, mas não conseguem mover facilmente as regiões próximas da base Considerando a largura da membrana basilar Funcionaria de modo similar a uma harpa As cordas mais curtas (equivalentes a região da base da cóclea) vibram em alta frequência, produzindo tons agudos enquanto as cordas mais longas (equivalente ao ápice) vibram em baixa frequência, produzindo tons graves Considerando a rigidez da membrana basilar Funcionaria como qualquer instrumento de corda Ao apertar a cravelha e estica uma corda, fazemos com que ela vibre em frequências mais altas - base da cóclea Tonotopia Representação ordenada de tons ao longo da membrana basilar Conceito verdadeiro não somente para a membrana basilar e os receptores auditivos, mas também para as fibras do nervo e os neurônios da maioria das regiões do SNC que fazem parte do sistema auditivo Cada neurônio do nervo auditivo do nervo auditivo até o córtex, é sintonizado para uma determinada frequência característica, capaz de produzir nele uma salva de PAs Tons próximos da frequência característica são menos eficazes em ativar o neurônio, e tons mais distantes são completamente inócuos Curvas de sintonia descrição da especialidade tonal de cada neurônio Teoria tonotópica A identificação dos tons seria feita do início na membrana basilar, posta a vibrar regionalmente- e não como um todo- de acordo com a frequência do som incidente Essa vibração regionalizada, evidentemente, ativaria apenas os receptores situados na região estimulada, e por consequência apenas os receptores situados na região estimulada, e por consequência apenas as fibras auditivas correspondentes Cada uma dessas regiões apresenta um mapa tonotópico próprio representando quase todas as frequências do espectro audível da espécie e atribuindo maios espaço às frequências mais importantes Frequências inferiores a 200 Hz geralmente não estão representadas de forma específica, o que leva a supor que nessa faixa tonal a membrana basilar vibra como um todo – não chega a ser um problema, porque nessa faixa ocorre sincronia de fase e a teoria das salvas responde pela codificação dos tons Teoria das salvas e a teoria tonotópica ainda não são suficientes para explicar todas as possibilidades de discriminação tonal de que somos capazes Existência de mecanismos ativos de interferência na resposta dos receptores, formas de oscilação e ampliação que melhorariam ainda mais a reposta discriminativa do sistema além doo previsto pelas duas teorias O amplificador coclear Tipos de receptores Auditivos Células esteriociliadas internas - em fileira única Células externas – em fileira tripla 95% das fibras aferentes eram elementos pós-sinápticos das células internas, juntamente as menos numerosas Para que server as estereociliadas externas? Elas são inervadas pelos axônios eferentes originários do complexo olivar superior e pertencentes ao feixe olivococlear Seriam capazes de se contrair não há sinais de vesículas ou grânulos que favorecessem a hipótese secretora encontrou-se uma sofisticada organização de filamentos de actina nos estereocílios e nas proteínas contráteis tanto elas mesmas como os estereocílios são capazes de se contrair em certas condições era possível registrar, usando microfones miniaturizados muito sensíveis, sons produzidos pela própria membrana basilar emissões otoacústicas foram atribuídos às contrações das células estereociliadas externas Quando um som penetra no ouvido Transmite as vibrações para a membrana basilar produzindo potenciais receptores nas células estereociIiadas de ambos os tipos Internas: realizam a transdução e transferem a informação traduzida para as fibras aferentes Externas: o potencial receptor provoca uma contração da célula Como os estereocílios estão ancorados na membrana tectorial, que é relativamente rígida, quando as células estereociliadas externas se contraem, a membrana basilar é "puxada" na direção da membrana tectorial Todo o conjunto se torna então mais rígido, aumentando a sensibilidade inclusive das ciliadas internas As curvas de sintonia dos receptores e das fibras auditivas refinadas pelo feixe olivococlear explica porque a tonotopia da membrana basilar apresenta uma precisão maior Tripla fileira de células estereociliadas externas atua como um verdadeiro amplificador coclear, aumentando a sensibilidade e a precisão dos receptores e, consequentemente, a capacidade de discriminação tonal do sistema auditivo Análise espectral Som complexo penetra no ouvido externo do mesmo modo que os tons puros, e igualmente faz vibrar a membrana timpânica, a cadeia ossicular, a membrana da janela oval e a perilinfa das escalas vestibular e timpânica Diferença na membrana basilar tonotópica: os componentes senoidais do som incidente serão "separados", cada um deles fazendo vibrar um segmento diferente da membrana basilar (com exceção, é claro, dos componentes mais graves) cada pequeno grupo de células estereociliadas internas será ativado para um componente senoidal A separação dos componentes será então simultaneamente transmitida às fibras auditivas, e daí em diante seguirá em paralelo até o córtex Essa operação é chamada análise espectral e é análoga à operação matemática de decomposição das ondas em seus componentes senoidais (análise de Fourier) Córtex cerebral recebe a informação detalhada do som que entrou no sistema Composição de ondas Características de cada componente (amplitude, frequência e fase) Não se conhece muito bem o que fazem os neurónios corticais com essa informação. Supõe-se que será outra vez associada, em áreas de ordem superior, pela convergência das vias que veiculam cada um desses parâmetros, sobre neurónios singulares ou pequenos grupos de células nervosas que realizam a síntese da informação decomposta, permitindo a identificação do timbre Análise temporal Mudança dinâmica da frequência produz sons complexos relativamente comuns sons de frequência modulada Fazemos sons desse com a nossa própria voz passando dos graves aos agudos, seja no sentido inverso Na membrana basilar o padrão de vibração desloca-se do ápice para a base ou vice-versa, como uma onda se desloca sobre a superfície de um líquido Padrão temporal reproduz-se invisivelmente na atividade de fibras e neurônios do sistema auditivo, representando a sequência temporal do som incidente e obedecendo ao mapa tonotópico correspondente. Em vários níveis do sistema auditivo Núcleo coclear dorsal, no colículo inferior e nas áreas corticais Há neurônios que são mais ativados por sons de frequência modulada O padrão temporal que envolve inicialmente uma sequência de receptores e fibras auditivas converge para neurônios individuais ao longo do sistema, encarregados de "identificar" esse tipo de som complexo Existência desses neurônios especializados: vantagem adaptativa de facilitar a identificação de sons complexos habituais Localização dos sons no espaço Capacidade de localizara posição das fontes sonoras no espaço Submodalidade de grande importância permite nos direcionar melhor as reações comportamentais e os reflexos de orientação corporal necessários para responder aos sons que ouvimos Envolve dois mecanismos diferentes Localização horizontal: esquerda ou direita Localização vertical: cima ou baixo Localização no eixo horizontal: mínimas diferenças entre as orelhas Fundamento Detecção de diferenças entre o som que chega ao SNC pela orelha esquerda e o que chega pela orelha direita, sendo ambos originários da mesma fonte sonora Som proveniente da esquerda Ondas sonoras chegarão diretamente ao ouvido esquerdo, mas para atingir o ouvido direito deverão se refletir várias vezes no ambiente As ondas sonoras chegarão um pouco depois no ouvido direito do que no esquerdo (diferença de tempo interaural) Os sucessivos choques com obstáculos do ambiente provocarão também um certo grau de absorção perda de energia diferença de intensidade interaural Diferenças de tempo entre os diversos trajetos do som provocarão diferenças de fase entre os sons incidentes em cada orelha, que serão mais bem identificadas nas frequências baixas (até cerca de 3kHz) As diferenças de intensidade serão mais bem detectadas nos sons agudos Complementaridade entre essas duas estratégias de detecção Dupla estratégia de detecção de diferenças interaurais Acompanhada por uma dualidade dos mecanismos neurais correspondentes Complexo olivar superior: estrutura neural que realiza essa função, utilizando mecanismos ligeiramente diferentes e subdivisões distintas Neurônios do núcleo olivar superior medial Encarregados dos sons graves Grandes células bipolares que apresentam longos dendritos posicionados transversalmente, de modo que um aponta para a direita e outro para a esquerda São inervados pelos axônios dos neurônios cocleares anteroventrais de ambos os lados do encéfalo Oliva superior medial direita: recebe fibras dos núcleos cocleares do mesmo lado, que realizam uma trajetória curta até alcançá-los, mais curta que os que vêm do lado oposto Fibras do núcleo coclear direito fazem sinapses com os dendritos direitos da oliva, enquanto as fibras da esquerda (contralaterais) terminam nos dendritos esquerdos Diferença de fase pós-sináptica em cada neurônio olivar Muito pequena, porém detectável Causado por: diferença de tempo interaural diferença de comprimento das fibras ipsilaterais em relação às contralaterais posição das sinapses nos longos dendritos do neurônio Cada neurônio olivar funciona como um detector de diferença de O núcleo como um todo está continuamente monitorando essas diferenças Cada diferença de fase corresponde a uma certa distância da origem do som no espaço em relação à linha média fontes sonoras poderão ser localizadas em função da diferença de fase que produzem no núcleo olivar superior medial Segundo mecanismo Entra em ação acima da frequência de 3kHz Capaz de detectar diferenças de intensidade. Realizado pelos neurônios do núcleo olivar superior lateral Há a intervenção de neurônios inibitórios do núcleo do corpo trapezoide, que projetam para a oliva superior lateral do mesmo lado Fibras provenientes do núcleo coclear anteroventral direito terminam nos dendritos dos neurônios do núcleo olivar superior lateral do mesmo lado recebem sinapses de neurônios inibitórios do núcleo do corpo trapezoide, que recebem fibras do núcleo coclear anteroventral esquerdo Organização especular semelhante existe a partir do ouvido esquerdo as ondas sonoras que chegam ao ouvido mais próximo produzem excitação dos neurônios ipsilaterais do núcleo olivar superior lateral e inibição dos neurônios correspondentes no lado esquerdo Ondas sonoras que chegam ao ouvido mais distante produzem uma excitação menor dos neurônios da oliva superior lateral esquerda e uma inibição menor dos neurônios do outro lado Um lado ficou mais ativado e menos inibido, e o outro ficou menos ativado e mais inibido Uma coisa reforçou a outra diferenças detectáveis nas frequências de PAs que emergem da oliva superior Lateral de cada lado, em direção ao colículo inferior A oliva superior lateral projeta para ambos os colículos inferiores possível que estejam nestes núcleos mesencefálicos as Células detectoras das diferenças de intensidade codificadas no nível pontino Pode ser também que isso seja feito no córtex, pacientes humanos com lesões corticais, embora mantenham uma capacidade residual de localização espacial dos sons, perdem precisão nessa função Localização do eixe vertical: o Papel da orelha Depende da morfologia da orelha, mas os mecanismos neurais participantes não são ainda conhecidos Pavilhão auricular possui dobraduras e concavidades-em geral orientadas na vertical que refletem o som incidente, facilitando o seu direcionamento para o meato auditivo externo Parte do som que se origina do alto pode penetrar diretamente no meato e fazer o tímpano vibrar, mas outra parte vai refletir-se nas dobras da orelha e chegar "atrasada" à membrana timpânica A diferença no tempo de chegada ao tímpano das ondas diretas e refletidas na orelha, embora seja mínima, será percebida por alguma região do sistema auditivo (ainda não identificada) essa informação será transformada na identificação do local de origem do som Audição complexa e o córtex cerebral Percepção auditiva consistem em: Uma fase analítica inicial: os primeiros estágios do processamento neural "extraem" cada uma das diferentes características do som (tom, intensidade, timbre, localização) Uma fase sintética: estágios subsequentes reúnem toda essa informação fragmentada para realizar a identificação completa do estímulo original Cóclea Mostrou-se capaz de realizar uma grande parte da fase analítica (exceto a localização espacial dos sons) Córtex cerebral Região encefálica com funções mais sofisticadas Núcleos auditivos intermediários Não são simples transmissores de informação Realizam diferentes tipos de processamento auditivo complexo Núcleos cocleares ventrais Participam dos mecanismos de localização espacial horizontal Núcleo coclear dorsal Foram encontrados neurônios cuja atividade elétrica era aumentada quando o estímulo aplicado ao animal era um som de frequência modulada, e não um simples tom Seus neurônios projetam direto ao colículo inferior, e neste também foram encontradas células com essas características funcionais Oliva superior Além dos neurônios especializados em diferenças interaurais, existem neurônios cuja função é modular a sensibilidade tonal da cóclea através das fibras eferentes que inervam diretamente os receptores Núcleo externo e o córtex dorsal do colículo inferior Estabelecem conexões com núcleos motores dos nervos cranianos e participam de inúmeros reflexos audiomotores de orientação dos olhos e da cabeça em direção aos sons Núcleo central Fortemente tonotópico e projeta ao núcleo geniculado medial do tálamo onde se encontram neurônios que respondem a padrões temporais complexos: sons de frequência modulada, pares de tons curtos com intervalos específicos, vocalizações da espécie do animal estudado As áreas auditivas Aquelas cujos neurônios respondem aos sons, modificando a sua atividade elétrica de algum modo, e que além disso são alvos preferenciais do corpo geniculado medial do tálamo Situadas no lobo temporal, em torno do sulco lateral Divisões regionais das áreas auditivas Região central Cinturão auditivo Paracinturão auditivo Cada uma dessas divisões apresenta diversas áreas, quase todas conectadas de forma recíproca Muitas delas são organizadas tonotopicamente Organização da área auditiva primária Área auditiva primária Única encontrada em todos os mamíferos Apresenta um mapa tonotópico preciso Superfície receptora está representada por completo no córtex auditivo primário O mapa é unidimensional ocupa apenas um eixo do tecido cerebral Na audição o mapa é temporal, já que a frequênciade um som é um aspecto temporal dele. O tempo é a quarta dimensão e é única, podendo ser representada ao longo de uma linha, ou um só eixo de um gráfico Bandas isotonais Faixas de córtex dispostas ortogonalmente ao eixo anteroposterior, cujos neurônios respondem a frequências características semelhantes, sendo, portanto, finamente sintonizados Em cada ponto das bandas isotonais, colunas de neurônios auditivos que atravessam as camadas corticais mantêm a sensibilidade a um único tom. Mapa tonotópico colunar se cruza com uma distribuição alternada dos neurônios binaurais. Alguns neurônios sofrem excitação de ambos os ouvidos (neurônios EE), enquanto outros são excitados pelo esquerdo e inibidos pelo direito, ou vice-versa (neurônios EI) Nos núcleos subcorticais esses dois tipos encontram-se misturados, mas em AI se separam em colunas binaurais de dois tipos: colunas de somação, nas quais predominam os neurônios EE colunas de supressão, nas quais predominam os neurônios El Área auditiva primária Contém também neurônios pouco sintonizados sensíveis a uma ampla gama de tons, bem como neurônios mais complexos, que respondem a sons de frequência modulada, vocalizações e ruídos aparentemente inespecíficos como cliques e sopros A compreesão da fala e o córtex Área de Wenicke Área cortical ligada aos sons da fala, situada posteriormente a A1 e que penetra no assoalho do sulco lateral, mas se estende também pela face lateral do encéfalo, ocupando parte do giro temporal superior. Lesões nessa região sintoma maior era sempre uma grande dificuldade de compreender os significados da fala Apenas lesões do hemisfério esquerdo produziam esses sintomas, o que o levou a concluir que a área de compreensão da fala é uma região especializada do hemisfério esquerdo Na confluência entre as áreas auditivas, visuais e somestésicas, a área de Wernicke apresenta situação estratégica favorável para processar vários aspectos da percepção linguística, e não apenas aqueles ligados à audição A porção auditiva da área de Wemicke apresenta subdivisões funcionais, com regiões mais Iigadas aos sons verbais, e outras relacionadas aos sons musicais
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