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The Boy in the Striped Pyjamas. O menino do pijama listrado. Direção e Produção de Mark Herman. Estados Unidos, Inglaterra e Irlanda do Norte. Heyday Films. 2008. 94 minutos.
Leonilda Carneiro Monteiro¹
O filme “o menino do pijama listrado” foi lançado no Brasil em 26 de Setembro de 2008 sob a direção e produção de Mark Herman, com adaptação do livro do escritor John Boyne. O enredo aborda a história de dois garotos, Bruno (Asa Butterfield) e Shmuel (Jack Scanlon) que construíram uma bela amizade apesar de barreiras políticas, sociais, e preconceituosas literalmente falando.
O “menino Bruno” assim chamado por Maria (babá) é uma criança de oito anos que mora na capital Berlim em meados de 1940, no ápice do domínio nazista e da Segunda Guerra Mundial. Seu pai é um oficial nazista que acaba de ser condecorado Comandante recebendo assim, uma missão muito importante em um campo de concentração isolado, no entanto, Bruno não gostou da ideia de mudar de cidade muito menos de deixar seus amigos, porém sua vontade não foi atendida e mudou-se de Berlim.
A trama segue quando Bruno e sua família chegam à sua nova casa e ele olha pela sua janela e ver várias pessoas e crianças em uma fazenda, o que chama a sua atenção, pois todos estavam usando pijamas listrados. Ele então ansioso em fazer novas amizades pergunta para sua mãe se pode ir até a “fazenda” brincar com as crianças que lá estavam. Elsa (Mãe de Bruno) logo diz que não, diz que aquelas pessoas são diferentes deles, são subumanas. Bruno não entende o que sua mãe disse, e neste exato momento entra em cena Pavel, um homem velho vestido com pijama listrado, morador do campo de refugiado que era criado da casa. Pavel em um momento à frente faz um simples curativo no joelho de Bruno que se machucou depois de cair do balanço que ele mesmo fez. Ao conversar com Pavel a ingenuidade de Bruno novamente é posto a prova, pois fica sem entender quando Pavel revela que já foi médico e que agora estava a descascar batatas.
As coisas começam a complicar quando Bruno decide explorar escondido aos arredores da sua casa em direção a “fazenda” que avistara da janela do seu quarto. Para a sua surpresa ele descobre que a tal fazenda era cercada por uma cerca de arames e que esta cerca é elétrica. Neste momento ele encontra Shmuel do outro lado da cerca, se apresentam, produzem um breve diálogo e se despedem com a promessa de no dia seguinte se encontrar naquele mesmo horário. Shmuel tinha a esperança de comer algo que Bruno lhe trouxesse, mas para Bruno era só a oportunidade de uma nova amizade. E assim aconteceu por vários dias, Bruno e Shmuel se encontrava um de cada lado da cerca. Bruno não entendia o porquê do fato de Shmuel ser judeu o impedia de brincar fora da cerca. 
O filme acaba quando Bruno diz para Shmuel que ele é um explorador que poderia ajuda-lo a procurar o pai de Shmuel que tinha sumido. Quando o menino Bruno atravessa a cerca e se veste como um judeu para ajudar Shmuel a encontrar seu pai, as diferenças são postas de lado, os dois agora são iguais e infelizmente ambos terão o mesmo fim. Em meio à procura de pistas, Bruno e Shmuel são surpreendidos por apitos e são arrastados pela multidão. Bruno pressente o que está por vir, segura a mão de Shmuel e diz que ele é o seu melhor amigo, o melhor amigo para toda a vida. Ambos são conduzidos para um lugar escuro e acaba a trama e ninguém mais possui notícias de Bruno. 
Este filme retrata bem o domínio nazista imposto por Hitler, domínio este que mais representa um holocausto categorizado por extermínios em massa de judeus. Este fato histórico está presente tanto no filme, quanto no livro de John Boyne. A história retratada na obra é narrada na terceira pessoa expondo os pensamentos e ações do personagem Bruno. O que torna mais interessante, pois o texto passa a ter um olhar inocente dos acontecimentos, até porque a história é narrada pelos olhos de uma criança que não entende muito bem o porquê da situação. Voltando ao filme, este possui uma característica mais sentimental. Melhor explicando, Bruno não entende porque Pavel descasca batatas já que é médico. Isto prova que Bruno não tem dimensão dos fatos no momento, devido a sua pouca idade e experiência de vida.
Tanto a obra “O Menino do Pijama Listrado” quanto a sua produção cinematográfica são essenciais para um entendimento mais sistêmico da banalidade e discriminação humana ocorrida no período nazista. Estes elementos podem servir de importantes instrumentos para o aprendizado de alunos ou de quem se interessa por história, uma vez que a representação possui verossimilhança com o real.
¹Graduanda em Pedagogia – Universidade do Estado do Pará (UEPA).

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