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MODELO DE PETIÇÃO

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Excelentíssimo Senhor, Doutor Juiz de Direito da _ Vara de Família da Comarca de Monte Carmelo
NATASHA ROBERTS, brasileira, solteira, estudante residente na Rua x, 30 - Centro na cidade de Monte Carmelo/ MG, inscrita no CPF XXX.XXX.XXX-XX, RG X, vem por meio de seu advogado infra-assinado, com escritório no endereço Av. Alameda Y, 210 na cidade de Monte Carmelo/ MG, propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS (pelo rito da Lei 11804/08)
Em face de HEKTOR CAMACH, brasileiro, solteiro, professor universitário, residente na Rua 15 de Novembro 2110 - Centro na cidade de Uberlândia/ MG, inscrito no CPF XXX.XXX.XXX-XX, RG X.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente, requer o benefício da assistência Jurídica gratuita, tendo em vista tratar-se de pessoa carente de recursos financeiros, impossibilitada de custear as despesas processuais, sem comprometer o próprio sustento, nos termos das Leis n. º 1.060/50 e n.º 7.115/83 e consoante art. 5º, LXXIV da Constituição Federal, razão pela qual é assistida pela Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais.
DOS FATOS
A requerente e o requerido cultivaram um relacionamento amoroso e público, por aproximadamente 8 meses, incide que, após a confirmação da gravidez, o demandado terminou o relacionamento e alegou não ter condições de arcar com despesas e demostrando seu total descaso com o acontecimento, apesar de conter condições financeiras, visto que o requerido é professor universitário e acabará de receber uma promoção. Exausta de tentar entrar em contato com o requerido, a requerente pede apoio ao judiciário.
Considerando ser dos genitores a obrigação de acompanhar o nascituro em todos os aspectos, inclusive financeiros, e pela impossibilidade de a genitora arcar com as despesas da gestação, cabe ao genitor pagar alimentos gravídicos, haja vista serem os mesmos de alto custo para a mesma, que está sendo provida do mínimo existencial por sua genitora.
DOS FUNDAMENTOS
III.I DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Conforme o art. 4º da Lei 5478/68:
 “Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita”.
Na hipótese vertente, a autora se encontra desempregada, passando por dificuldades financeiras, não podendo, deste modo, arcar com os custos com alimentação, exames e demais despesas advindas da gestação.
Já o requerido, é professor universitário e foi nomeado coordenador do curso de Administração e percebe um rendimento de RS10.000,00 (dez mil reais) mensais.
Posto isto, diante do evidente periculum in mora, haja vista que a demandante não tem condições de custear a gravidez, requer a fixação liminar dos alimentos provisórios, no importe de 30% do rendimento mensal, R$3.000,00 (três mil reais) mensais.
III.II DOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS
Os alimentos gravídicos tem previsão específica na Lei 11804/08 art. 2º, que preconiza:
 “Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive os referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes”.
Nos termos do art. 6º da Lei 11804, para a concessão dos alimentos gravídicos, basta a existência de indícios da paternidade. Na hipótese vertente não restam dúvidas de que o réu é o pai do nascituro, tendo em vista que este relacionamento durou 8 meses em que as partes mantinham um relacionamento público e relações sexuais habituais.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS GRAVÍDICOS. Decisão interlocutória que indeferiu a tutela provisória para fixação dos alimentos. O artigo 6º da Lei nº 11.804/2008 preconiza que, convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos, que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. O agravado reconhece a circunstância de ter mantido relação amorosa com a agravante, embora sustente que não coabitavam, o que em cotejo com as mensagens trocadas entre as partes, por WhatsApp, indiciam a paternidade indicada pela autora na exordial. Ponderadas as necessidades evidenciadas pela alimentada e a capacidade do alimentante, prudente é a fixação dos alimentos gravídicos no índice de 20% dos ganhos líquidos do réu, visando o bem-estar da gestante e a proteção do nascituro. RECURSO A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. Íntegra do Acórdão em Segredo de Justiça - Data de Julgamento: 01/08/2018
Doutra ponta, nos moldes do art. 1694, § 1º do CC, para que qualquer espécie de alimento seja concedida, é necessária a presença do binômio: necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante.
Do presente feito, a gestante está passando por grave dificuldade financeira, não tem plano de saúde, está desempregada. Já o réu, é professor universitário, percebe R$10.000,00 (dez mil reais) mensais e vive sozinho em local de luxo.
No eito destas considerações, clarividente a necessidade da gestante em receber alimentos gravídicos durante todo período de gestação, no importe de R$3.000,00 (três mil reais) mensais.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer:
1. Concessão dos benefícios da justiça gratuita, por ser a autora pobre em sentido legal, conforme os preceitos da Lei 1060/50 e declaração de pobreza em anexo;
2. Intimação do Ministério Público, por se tratar de interesse de menor, nos moldes do art. 82, I, CPC;
3. Concessão, de imediato, dos alimentos provisórios, no importe de R$1.000,00 (mil reais) mensais a serem descontados diretamente em folha de pagamento;
4. Citação do réu para contestar no prazo de 5 dias, sob pena de revelia;
5. Julgamento procedente para condenar o réu a pagar a autora o valor mensal de RS3.000,00 (três mil reais) durante toda a gravidez. Após o nascimento com vida, que sejam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor;
6. Condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios no montante de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa.
Protesto provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, notadamente, documental, testemunhal e, após o nascimento com vida, a pericial.
Dar-se-á à presente causa o valor de 36.000,00 (doze mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Monte Carmelo 13 de Março de 2019

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