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Ação alimentos gravídicos

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_____________________________________________
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA COMARCA DE .........................................
TSA, brasileira, solteira, recepcionista, CPF nº , RG, com residência na Rua ..............................., em A......................, representada por seu procurador – doc anexo, vem perante este juízo intentar a presente
Ação de Alimentos Gravídicos c/ antecipação de tutela
contra  ESF, brasileiro, solteiro, serviços gerais, CPF , RG , residente na Rua ....................... em A............................., pelos motivos que passa a expor:
1. ASSISTENCIA JUDICIÁRIA GRATUITA:
Ab initio, requer os benefícios da Justiça Gratuita, por ser pobre na forma da lei, não podendo arcar com às custas processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, tudo com fundamento na Lei 1.060/50 e na própria Carta Magna, art. 5º, LXXIV - declaração e contra cheque anexos. 
2. AUDIÊNCIA DE CONCILIÇÃO/MEDIAÇÃO:
Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando espírito conciliador, a par das inúmeras tentativas de resolver amigavelmente a questão, a Requerente desde já, nos termos do artigo 334, do NCPC, manifesta seu interesse pela auto composição, aguardando a designação de audiência de conciliação.
O artigo 334 do NCPC tem a seguinte redação:
Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
3. DOS FATOS:
No caso em comento a Requerente e o Requerido tiveram um relacionamento amoroso entre Agosto/2019 e final de Março/ 2020, culminando em união estável. Tal relação sempre foi pública e acompanhada pelas famílias e amigos do casal.
No dia 29 de Abril/2020 a Requerente confirmou sua gravidez com exame laboratorial – doc anexo, após terminado o relacionamento entre ambos.
A Requerente por sua vez foi morar com sua mãe, a qual ajuda em todos os aspectos atualmente, sejam financeiros ou emocionais, de que a Requerente vem vivendo.
A Requerente labora como cargo de confiança na Prefeitura Municipal de Arroio dos Ratos, percebendo o valor mensal de R$ 966,63, tendo encontrando dificuldades na sua vida para suprir as necessidades e compromissos advindos da gestação.
Além das despesas naturais do dia a dia (água, luz, alimentação, moradia, transporte, vestuário, medicamentos), a Requerente necessita com urgência preparar o enxoval da criança que está por chegar (berço, fraldas, banheira, lenços, roupas, remédios etc.), assim como pagar por exames e medicamentos. 
O Requerido foi procurado algumas vezes pela Requerente, contudo, não chegaram ao acerto de um valor financeiro que possa prestar antes de o nascimento da criança.
Diante dos fatos e da impossibilidade da resolução deste caso sem intervenção judicial, não resta a Requerente outra alternativa senão a propositura da presente ação.
4. DO DIREITO:
A Constituição Federal, em seus arts. 227 e 229, preceitua os deveres a serem observados pela família, sociedade e Estado para que a gama de direitos protecionistas, trazidos de forma explicativa, sejam efetivados:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (grifo nosso)
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. (grifo nosso).
Mister se faz o destaque acerca da proteção constitucional que ora se ostenta, particularmente no que tange à proteção da prole de toda forma de negligência. Neste segmento protecionista, o poder-dever familiar deve existir desde a concepção do nascituro, conforme preceituam os seguintes artigos da lei 11804 de 2008:
 Art. 2º  Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. 
Parágrafo único.  Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos. (grifos nossos).
Art. 6o  Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. 
Parágrafo único.  Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. (grifos nossos).
Não obstante as evidências legais exploradas até então falarem por si só, merece destaque a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS GRAVÍDICOS. POSSIBILIDADE. INDÍCIOS DE PATERNIDADE.
O requisito exigido para a concessão dos alimentos gravídicos é de que a parte requerente demonstre "indícios de paternidade", nos termos do art. 6º da Lei nº11.804/08. O exame de tal pedido, em sede de cognição sumária, sob pena de desvirtuamento do espírito da Lei, não deve ser realizado com extremo rigor, tendo em vista a dificuldade em produzir prova escorreita do alegado vínculo parental. Caso em que as fotografias, dando conta do relacionamento amoroso das partes, juntadas ao instrumento, conferem verossimilhança à alegação de paternidade do réu e autorizam o deferimento dos alimentos gravídicos, em sede liminar. DERAM PROVIMENTO (Agravo de Instrumento Nº 70065486870, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Pedro de Oliveira Eckert, Julgado em 20/08/2015).
Neste sentido, os indícios de paternidade, no caso em tela, restam caracterizados de forma translúcida, uma vez que provas conclusivas da mesma, neste momento, são de difícil aferição. Até lá, a adequada manutenção da saúde e bem-estar da requerente - porquanto se refletirão no nascituro - não poderão ser ameaçadas. Esse entendimento é exposto na jurisprudência pátria:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. POSSIBILIDADE, NO CASO. 1. O requisito exigido para a concessão dos alimentos gravídicos, qual seja, "indícios de paternidade", nos termos do art. 6º da Lei nº 11.804/08, deve ser examinado, em sede de cognição sumária, sem muito rigorismo, tendo em vista a dificuldade na comprovação do alegado vínculo de parentesco já no momento do ajuizamento da ação, sob pena de não se atender à finalidade da lei, que é proporcionar ao nascituro seu sadio desenvolvimento. 2. No caso, considerando que o atestado médico comprobatório da gestação, as mensagens eletrônicas trocadas pelas partes e em especial o fato de os litigantes haverem firmado acordo de "dissolução de união estável" em audiência de tentativa de conciliação indicam de forma suficientemente segura que mantiveram relação em período concomitante à concepção, há plausibilidade na indicação de paternidade realizada pela agravada, restando autorizado o deferimento dos alimentos gravídicos, no valor de 20% do salário mínimo. Manutenção da decisão recorrida. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70065100612, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 20/08/2015).
Ante o exposto, depreende-se oportuno o presente pleitode condenação do requerido ao pagamento de alimentos gravídicos para que a gestante e o nascituro possam subsistir com o mínimo de dignidade, assegurando-lhes os direitos oriundos do direito maior, qual seja, o direito à vida.
5. DOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS:
Nesta oportunidade, necessária se faz a fixação provisória da pensão alimentícia pleiteada, já que não é razoável admitir que as despesas vitais da gravidez sejam suportadas, exclusivamente pela genitora.
Considerando ser dos genitores a obrigação de acompanhar o nascituro em todos os aspectos, inclusive financeiros, e pela impossibilidade de a genitora arcar sozinha com as despesas da gestação, cabe ao genitor pagar alimentos gravídicos conforme determina a lei.
Os alimentos provisórios pleiteados na presente ação têm como objetivo promover o sustento da gestante na pendência da lide. Tal pedido encontra-se previsto no art. 4º da Lei n.º 5.478/68, que dispõe sobre a ação de alimentos, senão vejamos:
Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
No caso sub examine, resta translúcida a necessidade de fixação de tal provisão legal, face à dificuldade financeira enfrentada pela requerente, o que fatalmente resvala na manutenção do nascituro.
Registre-se a precisa lição da atual doutrina de Maria Berenice Dias, que, citando Silvio Rodrigues e Carlos Alberto Bittar, assim preconiza:
Talvez se possa dizer que o primeiro direito fundamental do ser humano é o de sobreviver. E este, com certeza, é o maior compromisso do Estado: garantir a vida dos cidadãos. Assim, é o Estado o primeiro a ter obrigação de prestar alimentos aos seus cidadãos e aos entes da família, na pessoa de cada um que integra. (…) Mas infelizmente o Estado não tem condições de socorrer a todos, por isso transforma a solidariedade familiar em dever alimentar. Este é um dos efeitos que decorrem da relação de parentesco. [footnoteRef:1] [1: DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias, 4ª edição, São Paulo: Revistas dos Tribunais, p. 450.
] 
No tocante ao arrimo probatório, além da prova testemunhal a ser posteriormente colhida, destaca-se que o relacionamento entre ambos era público e notório.
Isto posto, com o objetivo de propiciar à gestante requerente proteção jurisdicional aos meios à sua mantença digna durante o curso do processo, solicita-se alimentos provisórios, nos termos da pensão alimentícia requerida alhures, no valor de 30% SOBRE O SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL. 
6. DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS:
Por fim, mediante aos fatos aqui expostos, requer-se:
6.1. Requer a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015, art. 98 e seguintes.
6.2. A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito;
6.3. A fixação, in limine litis, dos alimentos provisórios no valor de 30% SOBRE O SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL, com ou sem audiência de justificação (oitiva das testemunhas arroladas), intimando-se o Requerido com urgência para que efetue o pagamento diretamente à Requerente.
6.4. A citação do Requerido, para que compareça em audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes do art. 344 do NCPC;
6.5. Seja, ao final, o Requerido condenado a pagar pensão alimentícia mensal à Requerente no valor de  25% de seus rendimentos líquidos, incluindo-se férias, 13º salário, horas extras e verbas rescisórias, excluindo-se apenas o FGTS e INSS, quando empregado e 30% SOBRE O SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL quando desempregado ou trabalhando sem vínculoApós o nascimento com vida, que esses alimentos sejam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor;
6.6. Seja o requerido condenado ao pagamento de custas processual e honorário advocatício sucumbenciais. 
Provará o alegado por todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas (rol anexo), estudo social, perícia técnica de DNA e depoimento pessoal do Requerido.
Atribui-se à causa o valor R$ 3.600,00, para fins de alçada, nos moldes do art. 292, III do NCPC.
 Pede e espera Deferimento.
Cidade, dia, mês e ano 
		Advogado OAB

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