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UNIVERSIDADE PAULISTA ANDERSON APARECIDO FUSCO RA 1653311 NOME DA EMPRESA ANALISADA: AGROPECUARIA AMAGGI LTDA. PIM X São Félix do Araguaia - MT/ 2018 ANDERSON APARCIDO FUSCO RA 1653311 NOME DA EMPRESA ANALISADA: AGROPECUARIA AMAGGI LTDA. PIM X Projeto Integrado Multidisciplinar X para obtenção do título de Agronegócio apresentado à Universidade Paulista . Orientadora:Profª Celia Melo São Félix do Araguaia - MT/ 2018 RESUMO Neste projeto, analisamos a empresa Agropecuária Amaggi Ltda. Sendo seu forte a produção de soja, milho e algodão. O mesmo surgiu a partir do curso de Agronegócio da Universidade paulista, e tem como objetivo geral demonstrar conhecimento nas disciplinas de Cadeias Produtivas III, Mercado Futuro I e Administração de Propriedades Rurais. Este trabalho procurou explicar de forma objetiva as disciplinas estudadas, seus fatores determinantes, suas devidas utilizações no dia a dia da empresa, demonstrar sua capacidade de análise de processos e como solucionar os grandes desafios empresariais. Palavras- chave: Administração, Mercado Futuro, Cadeias Produtivas. RESUMEN In this project, we analyzed the company Agropecuária Amaggi Ltda. Being its strong the production of soybean, corn and cotton. The same came from the course of Agribusiness of the University of São Paulo, and has as general objective to demonstrate knowledge in the disciplines of Production Chains III, Future Market I and Rural Property Administration. This work aimed to explain in an objective way the disciplines studied, their determinants, their due uses in the day to day of the company, to demonstrate its capacity of analysis of processes and how to solve the great business challenges. Key words: Administration, Future Market, Productive Chains. 6 1. INTRODUÇÃO O projeto integrado multidisciplinar (PIM X) levando em consideração os objetivos propostos pela UNIP- Universidade Paulista Interativa, do curso de Agronegócio - SEI, turma de 2016, Polo de São Félix do Araguaia, estado de Mato Grosso. O mesmo foi conduzido a observar à conexão do conteúdo a partir da aplicação pratica na Empresa contemplando as disciplinas estudadas: Cadeias Produtivas III, Mercado Futuro I e Administração de Propriedades Rurais. Vem apresentar a empresa Amaggi. Sendo Referencia no Agronegócio, Respeito ao meio ambiente, e valorização das pessoas são características presentes em todo o processo produtivo da Amaggi, que inicia no campo, com a produção de soja, milho e algodão, tornando-se referência na produção de grãos. Atualmente a Amaggi é uma das maiores companhias da América Latina no ramo do agronegócio e é formada por quatro grandes áreas de negocio: commodities , Agro, Navegação e Energia. Uma história de conquistas e superações marcada por contribuições e significativas á sociedade ,como a construção da cidade de Sapezal (MT) e a criação do corredor Noroeste de Exportação, que viabiliza escoamento da produção de grãos do noroeste de Mato Grosso e do sul de Rondônia pela hidrovia Madeira-Amazonas há mais de 15 anos. A mais recente edição do anuário Valor 1000, elaborou pelo Jornal Econômico, reconheceu a Amaggi como a 42º maior empresa do Brasil. Sendo a segunda maior empresa de todas as representantes das regiões Norte e Centro-Oeste. Esta entre as 20 maiores exportadoras do Mato Grosso. Cadeias ProdutivaS III: Busca abordar diversas etapas da produção de relevantes insumos da agricultura e da pecuária nacional, assim como suas transformações até a constituição de um produto final (ou serviço). Em um mundo globalizado dos mercados produtivos, é muito importante buscar entender o processo operacional das cadeias produtivas. Mercado Futuro I: O mercado futuro propicia a possibilidade de ganhar com a alta ou até mesmo com a baixa de um ativo, podendo ser uma commodity, por exemplo, milho, café ou boi gordo. Também pode ser uma moeda, como o euro, o dólar; um conjunto de ativos, com 07 o são os índices Bovespa e S&P 500; e, até mesmo, as taxas de juros. Os contratos futuros negociados são acordos de compra e venda, por um determinado preço em um período. Administraçao de propriedades Rurais: Este trabalho propõese a caracterizar o ambiente e o papel da administração da propriedade rural, bem como as principais teorias de administração na gestão do empreendimento rural, visando à aplicação de métodos de observação na propriedade rural, como instrumento e metodologia de análise de unidades de produção agrícola, contribuindo ao processo de tomada de decisão, apoiado em organização sistêmica e planejamento estratégico na propriedade rural. Mais especificamente, o objetivo traçado para esta disciplina é o de proporcionar meios de conhecer a administração rural e as técnicas de planejamento, objetivando a gestão sustentável de unidades de produção. 08 2. Cadeias Produtivas III Desde o seu descobrimento, o Brasil tem como meio de produção o agronegócio, o que também se reflete na economia atual. O setor primário, que explora os recursos da natureza, deu ao Brasil o superávit na balança comercial, proporcionando reservas ao País com a exportação de nossos alimentos. Desde o nosso descobrimento por Portugal, sempre fomos uma colônia agrícola. Notamos isso facilmente verificando os dados na área do agronegócio segundo o IBGE e/ou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (área agrícola) na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), situada na cidade de Piracicaba. De acordo com eles, nas últimas décadas temos o destaque para soja, grãos, farelo e óleo, responsável pelo crescimento de US$ 18,15 bilhões, o que corresponde a 38,7% do crescimento total. Existe uma nova área no norte do Brasil, chamada Mapitoba, nome composto das iniciais dos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Existe uma grande necessidade de logística na região, pois o escoamento da produção de agronegócio se dá através de estradas ainda não asfaltadas. Segundo relatórios internacionais, 40% da produção no cenário agropecuário de todo o mundo vem da pecuária. Com o aumento da importação de carne suína pela China, esse país apresenta a metade da produção e consumo da carne suína no cenário mundial, mesmo que em algumas religiões exista a proibição de sua ingestão. A balança comercial brasileira fechou com saldo positivo de 14,88% em 2011 e as projeções realizadas pelo Banco Mundial para 2012 indicam um crescimento médio de 2,5%, pertencendo 5,4% aos países emergentes e 1,4%, aos de alta renda. O comércio mundial crescerá próximo a 5% e, assim, os mercados de alimentos crescerão compensando possíveis preços menores recebidos em 2011. A produção mundial de carne para as diferentes espécies, de 1965 a 2010, apresentou o crescimento da seguinte forma: Aves: 798%, Suínos: 247%, Bovinos: 104% O aumento da produção de aves foi devido à mudança da produção do campo para grandes produções avícolas. 09 Podese constatar que a carne bovina,historicamente a mais produzida, perde a posição para a carne suína na segunda metade da década de 1970 e para a carne de aves no final da década de 1990. Os relatórios do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (área agrícola) na Esalq/USP indicam que a carne suína cresceu nos últimos anos, mas, percentualmente, o maior crescimento foi o de frango. Alguns fatos contribuíram para a instabilidade do custo de produção e preço de venda nos últimos anos, favorecendo o início da recessão. A quebra de safra, não apenas nos Estados Unidos como em vários países do mundo, ocasionou o aumento nos preços de milho e soja e, consequentemente, elevou os preços da alimentação dos animais. Esse fato promoveu um aumento da oferta de carne no mercado, devido ao abate precoce dos animais e à consequente redução do rebanho em função da interrupção da cobertura das fêmeas pelo setor produtivo. Diante desses fatos, o preço das carnes aumentou e a indústria procurou repassar esse valor ao mercado consumidor, cuja primeira reação foi de reduzir o consumo. Com a retomada do crescimento econômico em curso, todos os mercados de carne estão definidos para se recuperarem rapidamente nos próximos anos. Ainda segundo os relatórios do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (área agrícola) da Esalq/USP, existe um grande percentual de crescimento previsto até 2019. A crise econômica desencadeada pela crise financeira em meados de 2008 impactou severamente o setor de carnes em 2009. A redução na demanda pelo consumidor e o difícil acesso ao crédito afetou o mercado das carnes. Constatouse que a bovina foi a mais afetada, pois, no âmbito da economia doméstica, os consumidores preferem cortes de carne mais acessíveis como fontes alternativas de proteínas animais. A expansão renovada do setor de carnes é esperada, em grande parte, para os países não membros da OCDE, e estes serão responsáveis por grande parte do crescimento no setor. Estão previstos melhores retornos financeiros aos produtores de animais de ciclo curto, aves e suínos, pois essas cadeias estão previstas para aumentar a produção mundial de carne, desde que possam responder rapidamente à demanda renovada. 10 O crescimento mundial da produção de carne está projetado para 1,8% ao ano durante os próximos 10 anos, um pouco mais lento do que na última década, já que o setor está cada vez mais limitado pela disponibilidade de recursos naturais. A produção de carne nos países membros da OCDE está prevista para expandir um pouco abaixo de 1% ao ano. Esse crescimento é fundamentado nos benefícios proporcionados pelos avanços tecnológicos ao alcance da maioria dos produtores, bem como pelos desafios que eles estão enfrentando em função dos rigorosos regulamentos para atender o bemestar animal e a segurança alimentar. O consumo mundial de carne continua a experimentar uma das maiores taxas de crescimento entre as principais commodities agrícolas. Grande parte do aumento na demanda é explicada pelos países não membros da OCDE, com a sua crescente riqueza e fartura. O consumo de carne de aves, suína, bovina e ovina nesses países deverá crescer nos próximos anos, sendo que a projeção per capita está estimada em quatro vezes mais do que os países membros da OCDE até 2019. A maior parte do crescimento na carne comercializada deve ter origem dos países não pertencentes à OCDE, em particular do Brasil, que, sozinho, responderá por quase 60% de toda a carne exportada dos países não membros da OCDE em 2019. 3 Mercado Futuro I O mercado futuro é uma forma de transação econômica, portanto, estudaremos suas bases econômicas. Por definição, um contrato futuro é um contrato legal com a obrigação de compra ou venda de uma quantidade pré-definida de uma mercadoria ou de um produto financeiro em uma data futura. O mercado futuro é onde os operadores compram e vendem seus contratos em grande escala. Contratos futuros podem ajudar o produtor de mercadoria a “travar” seu preço e ajudar o consumidor de mercadorias a proteger-se contra eventuais mudanças de preços. Especuladores podem, também, operar em contratos futuros na tentativa de lucros nas oscilações de preços. Para tanto, suas previsões são baseadas nas mudanças climáticas, políticas e econômicas. O estudo econômico é fundamental, pois as mudanças são baseadas nos princípios econômicos, ou seja, nos recursos limitados e nos desejos ilimitados. O 11 mercado futuro oferece um grande potencial de retorno, mas também uma grande chance de perda. Para entender os benefícios e riscos, e para equilibrar ambos os lados, o operador deve ter a capacidade de tomar decisões a partir das informações que tiver e sempre possuir um plano de negociação. 3.1 Tipos de renda Renda fixa é um tipo de investimento em que há uma remuneração fixa com retorno do capital investido dimensionado, normalmente, no momento da aplicação. A renda fixa pode ser classificada: • Quanto ao tipo de emissor: — Títulos públicos (governo). — Títulos privados (empresas). • Quanto à rentabilidade do título: — Prefixados – aqueles cuja rentabilidade nominal o investidor conhece previamente, ou seja, a taxa de retorno da aplicação é acertada no momento da aplicação. — Pós-fixados – aqueles que só se saberá a rentabilidade (retorno da aplicação) na data do vencimento, sendo que a rentabilidade varia de acordo com as oscilações dos índices utilizados para determiná-la. São exemplos de investimentos de renda fixa: • Caderneta de poupança. • Títulos públicos. • CDB – certificado de depósito bancário. • Debêntures. Renda variável é um tipo de investimento em que a remuneração ou retorno do capital investido é variável, ou seja, não garantido, inclusive podendo ocasionar perdas financeiras no montante investido. São exemplos de investimentos de renda variável: • Ações. • Fundo de renda variável (fundo de ações, multimercado etc.). • Mercado futuro (commodities, moedas, derivativos etc.). As commodities podem ser classificadas em: 12 • Minerais: petróleo, ouro, minério de ferro etc. • Financeiras: moedas como Real, Euro, Dólar Norte-Americano etc. • Ambientais: água, madeira, energia etc. • Agrícolas: soja, trigo, milho, café, algodão, borracha etc As commodities podem ser estocadas e transacionadas nos mercados internacionais 3.2 Mercado monetário Segundo Mankiw (2001): • Meio de troca é aquilo que os compradores dão aos vendedores quando desejam adquirir bens e serviços. • Unidade de conta é o instrumento que as pessoas usam para anunciar preços e registrar débitos. • Reserva de valor é aquilo que as pessoas usam para transferir poder aquisitivo do presente para o futuro. • Liquidez é a facilidade com que um ativo pode ser convertido no meio de troca da economia. • Moeda é o conjunto de ativos de uma economia que as pessoas usam regularmente para comprar bens e serviços de outras pessoas. Em todos os lugares do mundo onde dinheiro faz o papel monetário, existem problemas com as taxas de câmbio, fazendo com que a moeda sofra valorização e desvalorização. 3.3 Crise Quando se fala em mercado monetário, muito se escuta sobre as crises. Quando escrita em chinês, a palavra crise compõese de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade. Essa frase serve para refletir sobre a história das crises monetárias mundiais, que muitos acreditam serem cíclicas, ou seja, voltam de tempos em tempos. Atualmente, vivemosem uma economia globalizada e as economias do mundo todo passaram a ser interligadas através dos meios de comunicação, principalmente 13 da internet, Os meios de comunicação diminuíram consideravelmente as barreiras alfandegárias, formando blocos econômicos com grande exposição aos agentes internacionais. Com o advento da globalização, aumentase o risco em três fatores: • Taxas de juros. • Taxas de câmbio. • Alíquotas tributárias. • Inflação. • Preços de ativos. • Salários. • Transferências intergerações (por meio da dívida pública). Atualmente, os investidores têm poderosas e sofisticadas ferramentas para proteger o valor de seus ativos e os bancos centrais buscam a estabilidade de suas moedas. Esses investidores mudam constantemente seus portfólios e geram volatilidade nos mercados e grande fluxo de capital. 3.4 Inflação A causa primária da inflação é simplesmente o aumento da quantidade de moeda. Quando o banco central cria moeda em grades quantidades, o valor da moeda se deteriora rapidamente. Para manter preços estáveis, o banco central dever exercer um controle firme sobre a oferta de moeda. Os custos da inflação são mais sutis. Incluem o custo de até uma sola de sapato, os custos dos alimentos etc.; o aumento da variabilidade dos preços relativos; mudanças não intencionais da responsabilidade tributária; confusão, incômodo e redistribuições arbitrárias de renda. Esses custos em conjunto são grandes ou pequenos? Todos os economistas concordam que se tornam pesados na hiperinflação. Mas quando a inflação é moderada – quando os preços aumentam menos de 10% ao ano –, o debate está aberto. Quando o Banco Central reduz a taxa de aumento da moeda, os preços crescem menos rapidamente, como sugere a teoria quantitativa da moeda. Contudo, enquanto se processa a transição para essa taxa de inflação mais reduzida, a 14 mudança na política monetária tem efeitos perturbadores sobre a produção e o emprego. Mesmo que a política monetária seja neutra em longo prazo, ela tem profundos impactos sobre as variáveis reais em curto prazo. O nível geral de preços de uma economia se ajusta para permitir o equilíbrio da oferta e da demanda de moeda. Quando o Banco Central aumenta a oferta de moeda, provoca um aumento do nível de preços. O crescimento persistente da quantidade de moeda oferecida gera uma inflação continuada. 3.5 Mercado de crédito São as transações de empréstimos e financiamentos realizadas pelas instituições financeiras bancárias destinadas às pessoas físicas ou jurídicas, por um determinado período. Essas operações são realizadas dentro de uma política do sistema financeiro nacional e internacional. Atuam no mercado de crédito diversas instituições financeiras e não financeiras, prestando serviços de intermediação de recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que necessitam de recursos para consumo ou capital de giro. O Banco Central do Brasil é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização desse mercado no país. A base do crédito são os juros compostos, “mais fortes que lei da gravidade”. Os juros compostos são aqueles que incorporam, no período seguinte, o capital mais os juros, que passam a gerar novos juros. Para tanto, é necessário utilizar a matemática financeira, que possui várias aplicações no sistema econômico. As movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros. Por exemplo, se tivermos crédito e realizarmos um empréstimo, a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior (bem superior) ao valor inicial do empréstimo. 3.6 Mercado cambial O mercado cambial é uma parte do mercado financeiro e é o maior de todos. Nesse mercado há os governos, empresas e pessoas com a necessidade da troca 15 de moeda, pois ao fazer negócio com outro país o valor deve ser convertido à moeda do país de destino. No mercado Forex são realizadas operações cambiais, ou seja, compras e vendas de moedas estrangeiras, e normalmente a moeda internacional dominante é o dólar dos Estados Unidos da América. A transferência de recursos de um país para outro pode ser considerada a principal função desse mercado. Atualmente, essa operação é feita de modo eletrônico, assim sendo, é um mercado globalizado cuja operação pode ser feita em alguns segundos, 24 horas por dia e 6 dias da semana. Algumas das necessidades da troca de moedas são relacionadas à importação e à exportação, ao turismo, aos investimentos, à captação de empréstimos e às aplicações. Nas taxas de câmbio, existem vários fatores que interdependem; outros fatores determinam as taxas em curto, médio e longo prazo. Em curto prazo, a especulação entre moedas e taxas de juros é a principal (KERR, 2011). Por exemplo, durante a década de 1990, o Japão possuía uma taxa de juros baixíssima, o que ocasionou operações de arbitragem, ou seja, o investidor fazia empréstimo no Japão (na moeda ien), trocava por dólares americanos e aplicava nos Estados Unidos da América, local onde a taxa de remuneração é muito mais alta. Sua base é que as taxas de câmbio não seriam alteradas em curto prazo. Em médio prazo, os investimentos internacionais diretos e indiretos e o risco político são os direcionadores de taxas de câmbio mais relevantes. A entrada e a saída de capital estrangeiro em um país podem ter alterações nas regulamentações dos governos e isso reflete no risco político. Podemos exemplificar que o Brasil, em outubro de 2009, mudou a regulamentação sobre as operações financeiras (IOF) quando entrava a moeda estrangeira. Após um ano, em outubro de 2010, na intenção de segurar a cotação do dólar, aumentouse a alíquota do IOF duas vezes seguidas em poucos dias de diferença. Em longo prazo, a paridade do poder de compra e a paridade de juros são os direcionadores de taxas de câmbio mais relevantes. A paridade de juros determina qual a taxa de juros de equilíbrio que torna indiferente para um investidor aplicar seu dinheiro em um ou em outro país (KERR, 2011). 16 3.7 Mercado de capitais Um dos maiores investidores de todos os tempos, um dos homens mais ricos do mundo e um dos mais respeitáveis empresários chamase Warren Buffett. Ele nasceu em uma pequena cidade nos Estados Unidos e fez fortuna, iniciando sua carreira aos 11 anos. Segundo Buffett, não é necessário o investidor ter informações privilegiadas, mas conhecimento sólido de como investir e de como tomar decisões e, sobretudo, ter disciplina emocional, ou seja, não investir sob emoção. O conceito de mercado de capitais, segundo Pinheiro (2012), é um conjunto de instituições e de instrumentos que negociam com títulos e valores mobiliários. Existe uma canalização de todos os agentes do mercado: compradores, vendedores, distribuidores que têm o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos títulos emitidos por elas. 4 Administração de Propriedades Rurais Quando nos referimos à agricultura e pecuária, nossa visão já não é a mesma de alguns anos atrás. O agronegócio vem entrando na era digital, a passos largos, e com isso, aumentando a demanda por profissionais de extrema competência na área. Administrar uma propriedade rural, não significa apenas executar tarefasou operações, mas fazer com que elas sejam desempenhadas por outras pessoas de maneira satisfatória e que promovam resultados positivos. Os desafios que cercam o administrador em suas atividades são inúmeros, pois o setor agrícola apresenta algumas características peculiares, como clima, tempo de produção e risco econômico, que dificultam o processo de tomada de decisão. Apesar de todas estas variáveis, o maior desafio para o administrador, ainda é a resistência dos proprietários em delegar as funções que lhe cabem. Não precisamos ir longe. Antes do ano 2000, apenas o conhecimento empírico era suficiente para obtenção de resultados no campo, onde o produtor também desempenhava o papel de gestor. Consequência disso, ainda há dificuldade para que um administrador de 17 fora da família, tenha autonomia necessária para melhorar a qualidade das atividades e negociações. Há uma necessidade pulsante de se criar uma relação harmoniosa entre as atividades dentro das propriedades rurais e nas atividades fora da porteira. O produtor precisa de mais planejamento e organização. Com a abertura do mercado externo, e as mudanças nos hábitos de consumo da sociedade, este setor tornou-se dinâmico, fazendo com que seus concorrentes não sejam mais apenas vizinhos de cerca, mas produtores de outros países, que possuem economia e sistema de governo, geralmente, diferentes do Brasil. Então, se os desafios aumentaram e os concorrentes mudaram, é urgente a necessidade de reestruturação dentro da propriedade. O produtor precisa lançar os dados em um software de controle, acompanhar o mercado diariamente, tabular estes dados e analisar, para que cada decisão possa ser acertada, pois não há mais espaço para erros primários dentro deste setor, e não há profissional mais especializado para tal, quanto o administrador. 4.1 Identificação da unidade de produção: solo Solo é a soma de componentes naturais, na superfície da terra, eventualmente modificado ou mesmo construído pelo homem, contendo matéria orgânica e servindo ou sendo capaz de servir à sustentação de plantas ao ar livre. A classe do solo é definida por características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas. No Brasil, temos o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), que é um sistema de classificação de solos editado em formato de livro, coordenado pela Embrapa Solos. Segundo a classificação, há 25 principais classes de solos. No manejo do solo, a primeira e talvez a mais importante operação a ser realizada é o seu preparo. Longe de ser simples, o preparo do solo compreende um conjunto de práticas que, quando usado racionalmente, pode permitir uma alta produtividade das culturas com custos mais baixos, mas pode também, quando usado de maneira incorreta, levar rapidamente um solo à degradação física, química e biológica, diminuindo seu potencial produtivo. O preparo do solo visa à melhoria das condições físicas e químicas para garantir a brotação, o crescimento radicular e o estabelecimento da cultura. O preparo do 18 solo é, então, uma questão de máxima relevância, pois a próxima oportunidade dessa prática agrícola levará alguns anos, ou seja, se for adotada alguma prática inadequada, os problemas resultantes permanecerão por um bom tempo. A alta produtividade e longevidade estão relacionadas com o sucesso no preparo do solo, e o preparo do solo visa atenuar ou eliminar os seguintes fatores: • físicos: compactação, adensamento e encharcamento; • químicos: baixo teor de nutrientes, elevados teores de alumínio (Al), manganês (Mn) e sais de sódio (Na); • biológicos: nematoides (fitoparasita, organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência), cupins, entre outros. Durante o preparo do solo, devese atentar para a conservação do solo, prevendo medidas que evitem as perdas de solo por erosão. O preparo visa, também, contribuir com o controle de plantas daninhas e de algumas pragas de solo. Para o preparo do solo, é necessário que haja clima favorável para evitar a compactação pelas rodas dos tratores, por exemplo. O manejo da fertilidade do solo começa com uma boa amostragem para análise química e física de fertilidade. O diagnóstico da análise permite fazer um planejamento da adubação, considerando as culturas que vão compor os sistemas de produção. Há a necessidade de se observarem as exigências nutricionais das culturas e compor o solo com os nutrientes necessários para a cultura mais exigente. Isso dá, como retorno, maiores sustentabilidade do sistema e ganhos econômicos. 4.2 Recursos financeiros Um recurso é um meio, podendo ser de todo o tipo, que permite obter algo que se pretende. O dinheiro, por exemplo, é um recurso indispensável para se comprar uma casa. As finanças, por outro lado, dizem respeito aos bens, às posses e ao dinheiro que circula. Por isso, os recursos financeiros são os ativos, que têm algum grau de liquidez. O dinheiro em numerário, os créditos, os depósitos em entidades financeiras (bancos, por exemplo), as divisas internacionais e as posses em ações fazem parte dos chamados recursos financeiros. 19 4.3 Funções da armazenagem São funções da armazenagem: • Reduzir custos de transporte e produção: a estocagem de produtos em diversas localidades tende a reduzir custos de transporte pela compensação nos custos de produção e estocagem. Por conseguinte, os custos totais de fornecimento e distribuição dos produtos podem ser diminuídos. • Coordenação de suprimento e demanda: empresas que têm produção fortemente sazonal com demanda por produtos razoavelmente constante enfrentam o problema de coordenar suprimento com a necessidade de produtos. • Auxiliar o processo de produção: determinados processos de produção certamente influenciam necessidade de espaço físico para armazenagem. A manufatura de certos produtos como queijo e bebidas alcoólicas requer um período de tempo para maturação ou envelhecimento. 5 Cadeias Produtivas III, Mercado Futuro I e Administração de Propriedades Rurais na Amaggi 5.1 Amaggi Inovação no Mercado A inovação agrega valor aos produtos de uma empresa e a diferencia no ambiente competitivo. Há ainda quem diga que ela tem se tornado mais importante, atualmente, no mercado mais commoditizado, em que a competição e produtos são muito semelhantes entre seus concorrente. Dessa forma, a empresa que inova, seja no produto, processo ou modelo de negócio, pode se destacar em relação aos demais, acessando novos mercados, criando parcerias, aumentando seu faturamento e o valor de sua marca. A AMAGGI investe constantemente na inovação de seu processo produtivo, em especial na produção agrícola, que hoje é uma referência em termos de processo e tecnologia; além das inovações em logística, que se destacam por sua estratégia de escoamento pelo norte, por via fluvial, e pela adoção de tecnologia de navegação de ponta. Outra inovação não está no produto, mas na forma com que fornece os grãos. O trabalho na cadeia de fornecimento, os projetos e as certificações 20 socioambientais e de qualidade e a forma com que a companhia inclui as expectativas e demandas dos stakeholders em suas estratégias são questões que permitem à companhia a entrega de grãos dentro de um processo transparente e sustentável. 5.2 Amaggi CommoditiesA AMAGGI Commodities atua na compra e venda de grãos (soja e milho), industrialização, logística, operações portuárias e importação e comercialização de insumos agrícolas. A trading encerrou o exercício de 2013 na 18ª posição entre as maiores exportadoras brasileiras, pelo ranking do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com receita de US$ 1,7 bilhão em exportações. A AMAGGI Commodities possui armazéns espalhados por todo o país, com capacidade para armazenar 2,5 milhões de toneladas de grãos. Além disso, conta com três unidades de esmagamento de soja: Lucas do Rio Verde (MT), Itacoatiara (AM) e Fredrikstad, na Noruega. No exterior, a trading conta com escritórios e representações na Argentina, Holanda, Suíça e Paraguai. Certificações Para a AMAGGI, as certificações são uma ferramenta que atesta seu compromisso com a produção responsável, garantindo o atendimento a critérios socioambientais e de qualidade, tanto nos processos internos como em sua cadeia produtiva. As certificações socioambientais já são bastante adotadas no mercado da soja, constituindo um importante instrumento de gestão das boas práticas agrícolas, da conservação dos recursos naturais e da qualidade de vida dos colaboradores e das comunidades envolvidas. 5.3 Viabilidade econômica e valor compartilhado A AMAGGI mantém importantes relações com instituições financeiras que lhe aportam recursos na forma de empréstimos, e cujos contratos de financiamento incluem o cumprimento, por parte da companhia, de uma série de compromissos legais, fiscais, trabalhistas, sociais e ambientais, entre outros, com o objetivo de garantir que os recursos sejam empregados de forma correta e responsável. Ao fim 21 de 2016, a AMAGGI relacionava-se com 54 instituições financeiras, entre públicas e privadas, brasileiras e estrangeiras. Ao longo dos últimos anos, as exigências colocadas por essas instituições foram sendo incorporadas pela AMAGGI, e hoje já estão integradas à prática regular da empresa. Embora 2016 tenha sido um ano especialmente desafiador no que concerne ao acesso a crédito para as empresas brasileiras, devido à crise que atingiu o país, a AMAGGI foi bem-sucedida nessa área, um resultado de suas boas práticas e da reputação construída pelo grupo desde sua criação. A companhia tomou, globalmente, mais de US$ 1 bilhão em empréstimos de capital de giro, em uma carteira de financiamento que chegou ao final do ano com saldo de US$ 1,82 bilhão (incluindo nesse montante capital de giro e financiamento para ativo imobilizado) 5.4 Gestão de Riscos Amaggi G4-14 A gestão de riscos da AMAGGI fundamenta-se na Política de Gestão de Riscos Corporativos, lançada em 2015, e atua de forma a mitigar riscos financeiros, estratégicos, operacionais e regulamentares. Além de apresentar as diretrizes de gestão de riscos da empresa, o documento também define as ferramentas permitidas para realizar a mitigação de riscos de exposição comercial e financeira. A AMAGGI organiza sua gestão de risco a partir de alguns princípios, sendo o primeiro deles o de que essa gestão constitui um processo, e não um evento isolado, portanto deve envolver todas as áreas da companhia. Os outros são os de que sua implantação deve ser liderada pelo Conselho de Administra- ção, pelo presidente e pela Diretoria de cada área de negócio, além de requerer a difusão da cultura de conhecimento e de mitigação dos riscos, com a participação rotineira do conjunto dos colaboradores. O processo de gestão de riscos passa por algumas etapas, como avaliação e mensuração dos fatores de risco; análise preliminar dos fatores de riscos e avaliação de alternativas de mitigação; execução das alternativas de mitigação; comunicação das estratégias executadas; e, por fim, controle e monitoramento das ações. Esse processo é conduzido pelo Comitê de Gestão de Risco, que avalia o cumprimento integral da Política de Gestão de Risco Corporativo e propõe alternativas aplicáveis. 22 O comitê também tem o poder de vetar propostas de operações que, sob sua ótica, não sejam adequadas à companhia. A AMAGGI conta ainda com outros comitês corporativos encarregados da gestão preventiva: Comitê Central de Saúde e Segurança Ocupacional; Comitê de Ética e Conduta; Comitê de Riscos Financeiros; Comitê Tributário, Comitê de Governança Tributária e Comitê Tributário Fiscal; Comitê de Auditoria Interna; e Comitê de Gente.. Um das atribuições desses comitês são identificar e mensurar, regularmente, os principais riscos financeiros, ambientais e sociais aos quais a companhia está exposta, além de definir medidas e procedimentos de prevenção e mitigação. 23 6. CONCLUSÃO Ao final do presente projeto integrado multidisciplinar, viu-se que a empresa Agropecuária Amaggi Ltda, objeto de pesquisa deste estudo apresenta , tendo seus colaboradores muito bem treinados e preparados, fazendo com que diminua cada vez mais os índices de acidente de trabalho. Concluímos ao desenvolver este trabalho que a empresa citada nasceu para crescer e satisfazer os seus clientes, além de deixar os clientes mais seguros no uso dos produtos. Ela tem como papel fundamental sua equipe bem preparada. Atende seus clientes com competência, descrição, cortesia, responsabilidade para a satisfação dos mesmos, assim fazendo a diferença em seu mercado. A mesma é composta por pessoas com habilidades técnicas, todas interessadas em um único objetivo e motivadas para alcançar todos os clientes. Assim com certeza a possibilidade da empresa conseguir alçar voos mais altos, mais firmes, mais demorados, ou seja, que a empresa efetivamente engrene como uma moderna empresa dos dias atuais, e que valorize assim então seus funcionários, vendo-os finalmente como colaboradores, convencendo-os de que o que é bom para a empresa, é bom para eles, e se torna bom para todos, tornado mais valorizado tanto a empresa em si, como seus funcionários. A empresa busca confiança no desenvolvimento econômico do país e nas oportunidades de crescimento de segmentos de vendas e mantendo foco na expansão de seus produtos. 24 7. REFERENCIAS ___. Relatório das atividades desenvolvidas durante o estágio curricular supervisionado do curso de Zootecnia. Pirassununga: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo – Usp, 1997. PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012. KERR, R. B. Mercado financeiro e de capitais. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. MANKIW, G. Introdução à Economia: princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2001. <http://www.mda.gov.br/plano_safra/>