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Juscelino Kubitschek
HISTÓRIA DO BRASIL
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JUSCELINO KUBITSCHEK
Geralmente, quando se fala de JK, mostra-se uma figura visionária, foca-se 
na ideia desenvolvimentista. 
Jk deseja o desenvolvimento e, para isso, ele não vai se amparar só no capi-
tal nacional, mas também no capital externo. Por isso, será conhecido também 
como “aquele que irá endividar o Brasil”.
O lema “50 anos em 5” resumia a intenção de JK em promover o desenvolvimento do país 
de forma nunca antes vista.
• Desenvolvimento e ordem por meio de uma política nacional-desenvolvi-
mentista;
• Procurando estabilizar as tensões, anistiou os opositores do governo ante-
rior;
• Militares foram convidados a ocupar cargos estratégicos;
• Aliança PSD (proprietários rurais, comerciantes e burguesia industrial) PTB 
(sindicalistas, burguesia industrial nacionalista e massa de trabalhadores 
urbanos).
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PLANO DE METAS, COM A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA COMO PONTO MÁXIMO!
O pulo do gato
Quando se falar do plano de metas, lembre-se do IATEE:
I NDUTRIALIZAÇÃO
A LIMENTAÇÃO
T RANSPORTE
E NERGIA
E DUCAÇÃO
O plano de metas de JK está pautado na industrialização, na alimentação, no 
transporte, na energia e na educação. 
Qual desses pontos receberá mais investimento? A industrialização, depois a 
energia, depois o transporte, alimentação e, por fim, a educação.
E qual será a meta do ponto máximo? A famosa construção de Brasília. Inte-
grar as regiões do Brasil, trazer o desenvolvimento, numa nova era etc.
• Atração de capitais estrangeiros, aproveitando o momento econômico inter-
nacional favorável;
• Os EUA pós-1945 direcionaram seus recursos para o combate ao comu-
nismo e a criação do Estado de Israel;
• Durante o governo JK, com a Europa já reconstruída, foi o momento ideal 
para a abertura para investimentos estrangeiros, principalmente de indús-
trias automobilísticas;
• Visava a modificação da produção industrial brasileira, que até o momento 
vinha sendo tutelada pelo Estado;
 – Rompeu com o nacionalismo varguista.
• Crescimento e expansão da indústria, sobretudo automobilística e de ele-
trodomésticos;
• Promoveu a criação de novos hábitos entre os brasileiros;
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• Surgimento da primeira emissora de TV da América Latina, a TV Tupi, 
sediada em São Paulo;
• Crescimento da cultura da bossa-nova, encabeçada por Tom Jobim e João 
Gilberto;
• Popularizou as rodovias e o uso dos subprodutos do petróleo;
 – Em 1955/56, começaram a circular os primeiros carros produzidos no 
Brasil, que se tornaram os maiores sonhos de consumo entre os brasi-
leiros;
 – JK será muito criticado, porque nem todos poderão comprar os carros 
produzidos no Brasil. Terão muitas charges criticando e satirizando JK.
• Brasília: uma tentativa de integração nacional:
 – Gerou muitos gastos aos cofres públicos;
 – Superexploração dos candangos;
 – Proporcionou o desenvolvimento do planalto central.
Um ponto máximo é a construção de Brasília. Existe muito glamour na cons-
trução de Brasília. A construção é, de fato, inovadora, mas o projeto não era: o 
projeto de criar uma nova sede vem desde o império.
Sabe-se que, no contexto da construção de Brasília, houve muitos superfa-
turamentos e as condições de trabalho eram precárias. A construção de Brasí-
lia simbolizava um eldorado de novas oportunidades, mas se sabe que não foi 
assim, sabe que não foi somente um contexto de novas oportunidades. 
A construção de Brasília também envolve o afastamento da capital do litoral, 
num contexto de maior integração.
NACIONALISMO X NACIONAL-DESENVOLVIMENTISMO
• Nacionalistas: Estado sobre controle da infraestrutura (energia, trans-
porte, etc.);
• Nacional-desenvolvimentistas: infraestrutura combinada entre Estado, 
setor privado nacional e capital internacional.
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• JK conseguiu, de certa forma, atender os interesses da elite agrária e 
ampliar o mercado de trabalho nas áreas urbanas;
• A crise econômica existente devido às dificuldades do setor agrícola no 
país (baixas exportações) fez o governo recorrer ao FMI (Fundo Monetá-
rio Internacional), pleiteando empréstimos que seriam direcionados para 
o controle da inflação, porém as dificuldades de entrosamento com o FMI 
acabaram levando ao rompimento de relações.
UMA ALTERNATIVA, APÓS AS TENTATIVAS COM O FMI, EM 1957, FOI A REAPRO-
XIMAÇÃO COM A URSS
• O café brasileiro sofria com a forte concorrência do produto proveniente da 
África. Sendo assim, se os EUA abriam seu mercado para o café africano, 
o Brasil venderia café aos socialistas;
• O ápice da governabilidade de JK está muito próximo do final de seu man-
dato, em 21 de abril de 1960.
O ESPLENDOR CULTURAL DOS ANOS JK
• Consolidação do Cinema Novo;
• No teatro: grupos Arena e Oficina;
• Literatura: Grande sertão: veredas e Corpo de baile, de Guimarães Rosa, 
Laços de família, de Clarice Lispector, O encontro marcado, de Fernando 
Sabino, Duas águas, de João Cabral de Melo Neto e Crônica da casa 
assassinada, de Lúcio Cardoso.
• A revolução da bossa nova: Vinicius de Moraes, João Gilberto, Tom 
Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, 
Edu Lobo e tantos outros.
JK está ligado também à geração de energia. Com a introdução de eletrodo-
mésticos, é preciso aumentar a capacidade de produção energética do país.
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USINA HIDRELÉTRICA DE FURNAS USINA HIDRELÉTRICA DE TRÊS MARIAS,
Algumas rodovias de JK foram construídas, outras não. Apesar de todo o 
desenvolvimento da época, no entanto, pouco foi investido em ferrovias – impres-
cindíveis para o escoamento de produtos.
OS RESULTADOS DA POLÍTICA DESENVOLVIMENTISTA
(PROBLEMAS DO GOVERNO JK)
• Não direcionou investimentos ao transporte das massas e o desenvolvi-
mento ferroviário foi sucateado;
• Forte desigualdade regional:
 – Quando se fala em forte desigualdade regional, entende-se que o Centro-
-Oeste, o Sudeste e um pouco do Sul recebem mais incentivo monetário. 
E o Norte e Nordeste? Ficaram aquém dos investimentos. Sendo assim, 
JK vai criar a Sudene, que é a Superintendência de Desenvolvimento do 
Nordeste. A Sudene, no entanto, não deu certo, por conta da corrupção, 
 – Assim, JK foi criticado por isso por ter o olhar voltado para algumas regi-
ões em detrimento das outras.
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• Criação de Superintendências regionais a diminuir disparidades econômi-
cas e sociais entre as regiões;
• Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – 1959): 
desenvolver o Nordeste, promovendo o crescimento industrial.
• Gastos com a manutenção do programa industrial à déficit do orçamento 
federal;
• Queda das exportações;
• Mais gastos do que lucros;
• Elevação do custo de vida da população;
• Esquerdistas e nacionalistas acusaram o governo de entregar a soberania 
do país;
 – Tido como entreguista, por conta da abertura ao capital externo.
• Aumento da dívida externa e da concentração de renda;
Atenção!
Cuidado! Concentração de renda não é distribuição de renda. Quando aumenta 
a concentração de renda, fala-seque se está aumentando a concentração de 
renda na mão de poucos e a pobreza está ficando na mão de muitos.
• O desenvolvimento industrial gerou crise na agricultura, a mecanização da 
produção gerou desemprego e redução de salários;
• A reforma agrária passou a ser um ponto de debate crucial;
• As Ligas Camponesas, fundadas em 1955, tinham como objetivo a defesa 
dos interesses do trabalhador rural, saindo de um caráter assistencialista 
inicial e partindo para uma atuação mais política;
 – As ligas camponesas têm grande influência na Revolução Russa. 
• A Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), autoridade monetá-
ria que atuou antes da criação do Banco Central, por meio da Instrução 113 
concedia isenção fiscal a grande parte das indústrias nacionais;
• Graças a esse fato, entre outros, o volume de gastos públicos não acom-
panhava a arrecadação de impostos;
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Nas eleições de 1960, Jânio Quadros, representante da coligação PDC-UDN, 
venceu, assumindo a presidência seis meses após a inauguração de Brasília, 
tendo João Goulart como vice.
EXERCÍCIOS
1. Quais os partidos políticos que dominaram a vida parlamentar brasileira du-
rante o período democrático de 1946 e 1964?
a. PTB, UDN e PCB
b. PL, UDN e PSD
c. PDS, MDB e PCB 
d. PSB, UDN e PTB 
e. PSD, UDN e PTB
Comentário
a. PCB é o Partido Comunista; caiu na ilegalidade várias vezes.
b. O PL é recente.
c. O MDB é da época dos militares.
2. “Bossa-nova mesmo é ser presidente/ desta terra descoberta por Cabral. / 
Para tanto basta ser tão simplesmente simpático... risonho... original” – Juca 
Chaves.
“Bota o retrato do velho outra vez/ Bota no mesmo lugar/ O sorriso do veli-
nho/ Faz a gente se animar, oi (...) O sorriso do velinho/ Faz a gente traba-
lhar” – Marino Pinto e Haroldo Lobo
Os estilos de governar de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek são abor-
dados nas letras de música apresentadas. Um elemento comum das políti-
cas econômicas destes dois governos está indicado na seguinte alternativa:
a. trabalhismo
b. monetarismo
c. industrialismo
d. corporativismo
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Comentário
c. Ambos promoveram industrializações no território.
3. O plano de Governo de Juscelino Kubitschek estava definido no seu Progra-
ma de Metas, voltado para o desenvolvimento de seis setores “estratégicos” 
na esfera do desenvolvimento econômico nacional: energia, alimentação, 
transportes, indústrias de base, educação e construção da nova capital fe-
deral — Brasília. ” No plano de suas realizações, qual o único elemento que 
expressa medidas para desenvolver as indústrias de base?
a. A criação do Instituto Superior de Estudos Brasileiros, que propagaria um 
pensamento marcadamente nacionalista.
b. Os incentivos aos investimentos estrangeiros verificados, por exemplo, 
com a criação, em 1958, da indústria Volkswagen.
c. A criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDE-
NE) que desenvolveu a indústria da região Nordeste.
d. A criação de uma política inflacionária que gerasse divisas para o desen-
volvimento industrial.
e. A criação de uma política de desenvolvimento apenas para a região Su-
deste.
GABARITO
1. e
2. c
3. a
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa.

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