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Farmacodinâmica Prof. Dr. Gabriel Rodrigues Farmacodinâmica Conceito Estudo das interações fundamentais ou moleculares entre fármacos e constituintes do corpo, as quais por uma série de eventos, resultam em uma resposta farmacológica. Farmacodinâmica Conceito Farmacocinética Farmacodinâmica Vias de Administração Absorção Distribuição Metabolismo Eliminação Local de ação Relação dose-resposta Mecanismo de ação Efeito droga movimento droga interação corpo fármaco fármaco corpo Farmacodinâmica Receptor Receptor Componente do organismo que interage com um fármaco e dá início à cadeia de eventos bioquímicos que levam aos efeitos observados do fármaco. Farmacodinâmica Especificidade Especificidade • Capacidade do fármaco reconhecer determinado(s) receptor(es). Membrana celular Receptor Moléculas que não podem se ligar Molécula que podem se ligar Célula Receptor Farmacodinâmica Especificidade Especificidade • Fármaco precisa ter especificidade pelo sítio de ligação agir de modo seletivo; • especificidade chance de efeitos colaterais indesejados; • Tamanho, forma e carga. Farmacodinâmica Afinidade Afinidade • Tendência de um fármaco se ligar (interagir) a um receptor. Farmacodinâmica Afinidade Afinidade Constante de dissociação (Kd) mede a afinidade do fármaco por um dado receptor; • Definida como a concentração do fármaco necessária em solução para atingir 50% de ocupação dos seus receptores; • Kd interação fármaco-receptor ( afinidade) Farmacodinâmica Afinidade Afinidade Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Classificação dos Receptores Farmacológicos • Canais iônicos; • Receptores acoplados à proteína G; • Receptores ligados a enzimas; • Receptores intracelulares. Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Canais Iônicos – controlados por ligantes (Ionotrópicos) • Acoplamento de um ligante (agonista) abertura do canal; • A ativação desses canais é responsável pela maior parte da transmissão sináptica pelos neurônios do SNC e do sistema nervoso periférico. Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Canais Iônicos – controlados por ligantes (Ionotrópicos) • Ex. Receptores GABAA alvo das benzodiazepínicos; • Lorazepam (Lorax®) tratamento da ansiedade e insônia; • Diazepam (Valium®) tratamento da ansiedade, insônia e crise convulsiva. Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos) • Cadeia única de polipeptídeos com sete segmentos (α hélices) transmembranares acoplado à proteína G; • Proteínas G: transdutores de sinais transmitem a informação de que o agonista está ligado ao receptor; • Ativando o efetor que pode ser uma enzima ou canais iônicos. Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos) • Glucagon tratamento da hipoglicemia. Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Receptores Ligados a Enzimas • Receptores transmembrana formados por uma proteína ligada a uma enzima (domínio intracelular catalítico); • Ligação ao receptor promove a ativação da enzima efeito. • Enzimas: tirosinaquinase, serinoquinase ou guanililciclase. Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Receptores Ligados a Enzimas • Insulina tratamento da hiperglicemia (diabetes mellitus I). Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Receptores Intracelulares • O ligante precisa entrar na célula para interagir com o receptor (fármaco lipossolúvel); • O complexo ligante-receptor se desloca para o núcleo controle da transcrição de genes específicos produção de proteínas específicas; • Resposta em geral é da ordem de horas ou dias. Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Receptores Intracelulares • Eritromicina se liga a subunidade 50 S dos ribossomos bacterianos, impedindo a síntese proteica. Farmacodinâmica Classificação dos Receptores Farmacológicos Farmacodinâmica Interações Fármaco-Receptor Interações Fármaco-Receptor Agonista Sozinho Agonista + Antagonista Antagonista Sozinho Ativação total Menor Ativação Sem Ativação Farmacodinâmica Interações Fármaco-Receptor Agonista • Liga-se ao receptor e o ativa, provocando uma resposta específica. Farmacodinâmica Interações Fármaco-Receptor Agonista Total • Produz a resposta biológica máxima; • Atividade intrínseca = 100% Agonista Parcial • Não consegue produzir a resposta biológica máxima, mesmo ocupando todos os receptores; • Atividade intrínseca = 1-99%. Farmacodinâmica Interações Fármaco-Receptor Agonista Inverso • Estabiliza a forma inativa do receptor; • Atividade intrínseca < 0%; • Modifica a resposta dos receptores e exerce efeito farmacológico oposto ou diferente dos agonistas totais ou parciais. Farmacodinâmica Interações Fármaco-Receptor Antagonista • Liga-se a um receptor sem causar sua ativação e, em consequência, impede que um agonista se ligue. Farmacodinâmica Interações Fármaco-Receptor Farmacodinâmica Interações Fármaco-Receptor Antagonista Competitivo Reversível • Antagonista e agonista, se ligam ao mesmo local do receptor de modo reversível, competindo entre si; • A inibição do antagonista pode ser superada aumentando-se a concentração do agonista em relação ao antagonista. Antagonista Competitivo Irreversível (ou de não equilíbrio) • Fixa-se de modo covalente ao receptor, reduzindo o número de receptores disponíveis para o agonista; • O efeito dos antagonistas irreversíveis não consegue ser superado pela adição de mais agonista. Farmacodinâmica Concentração x Efeito Relações Dose-Resposta (concentração-efeito) Relação entre a concentração de um fármaco no seu local de ação e a intensidade do efeito farmacológico produzido; • EC50 ou ED50 (dose efetiva mediana) dose na qual 50% dos indivíduos exibem o efeito desejado; • TD50 (dose tóxica mediana) dose necessária a produção de efeito tóxico em 50% dos indivíduos; • LD50 (dose letal mediana) dose capaz de levar 50% dos indivíduos à óbito, geralmente definida experimentalmente. Farmacodinâmica Concentração x Efeito Relações Dose-Resposta (concentração-efeito) • Potência é uma medida da quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito de determinada intensidade. - Candesartana: 4-32 mg mais potente; - Irbesartana: 75-300 mg. Dose Terapêutica Farmacodinâmica Concentração x Efeito Relações Dose-Resposta (concentração-efeito) • Eficácia é o tamanho da resposta que o fármaco causa quando interage com um receptor. Depende de dois fatores: 1) Número de complexos fármaco-receptor formados; 2) Atividade intrínseca do fármaco: sua capacidade de ativar o receptor e causar a resposta celular; Farmacodinâmica Dessensibilização e Hipersensibilização Dessensibilização (Taquifilaxia ou Down Regulation) Diminuição gradativa do efeito de um fármaco (agonista ou antagonista) quando administrado de maneira contínua ou repetida; Alterações na responsividade do receptor receptor não responsivo; Mecanismo evita possíveisefeitos nocivos (p. ex., altas concentrações de cálcio iniciando morte celular); Farmacodinâmica Dessensibilização e Hipersensibilização Hipersensibilização • Aumento do número de receptores em resposta à alguma condição; • Levar a uma resposta exacerbada ou acentuada; • Ex. níveis elevados de glicose aumento do número de receptores para insulina.
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