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MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE Graziela Lonardoni Enfermagem em Saúde da Família Curso de Enfermagem – Centro Universitário Estácio de Sá (PAIM, s.a) Combinação de tecnologias estruturadas Resolução de problemas Atendimento de necessidade de saúde – individual e coletivo (TEIXEIRA; SOLLA, 2006) Não se trata, simplesmente, de uma forma de organização dos serviços de saúde nem tampouco um modo de administrar um sistema de saúde. Formas de organização das relações entre sujeitos (profissionais de saúde e usuários) mediadas por tecnologias (materiais e não materiais) utilizadas no processo de trabalho em saúde, cujo propósito é intervir sobre problemas (danos e riscos) e necessidades sociais de saúde historicamente definidas. (MERHY, 205) LEVES – são as tecnologias das relações. LEVEDURAS – são as tecnologias dos saberes estruturados. DURAS – são as tecnologias dos recursos materiais. MODELO MÉDICO ASSISTENCIAL PRIVATIVISTA Voltado para “demanda espontânea” – tende a atender os indivíduos que, na dependência do seu grau de conhecimento e/ou sofrimento, procuram por “livre iniciativa” os serviços de saúde. As instituições de saúde restringem-se a manter em funcionamento uma dada oferta de atendimento. Conhecido, também, como modelo biomédico. Não é exclusivo do setor privado – presente nos serviços públicos enquanto não se reorganizam para atender às necessidades de uma população definida. (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 2013, p. 543) Encontra fundamento na medicina flexneriana – reforma médica operada nos Estados Unidos a partir do Relatório de Flexner (1910). (PAIM, s.a, p. 557) Características da medicina flexneriana _____________________ Fonte:https://www.google.com.br/search?hl=pt- BR&biw=1366&bih=667&noj=1&site=imghp&tbm=isch&sa=1&q=relat%C3%B3rio+de+flexner&oq=relat%C3%B3rio+de+flexner&gs_l=img.3..0i24k1.5354414.5363044.0.5363565.42.18.0.7.7.0.318.1906.0j2j5j1.8.0....0...1c. 1.64.img..27.15.1929...0j0i67k1j0i30k1j0i5i30k1.qucZAHbsi7g#imgrc=jUQEe5GzC5wSEM%3A Características da medicina flexneriana • Ênfase na atenção médica individual – promoção da saúde e prevenção de doenças em segundo plano; • Organização da assistência médica em especialidades; • Valorização do ambiente hospitalar; • Educação pautada em disciplinas do ciclo básico e profissional – este realizado em hospitais de ensino. (PAIM, s.a, p. 557) Modelo de atenção gerenciada • Encontra seus fundamentos na economia (custo- benefício/custo-efetividade) e na medicina baseada em evidências (racionalização de custos e redução de erros); • Construção de um modo de produção do cuidado centrado em financiadores, provedores, consumidores, captadores de recursos e administradores; Modelo de atenção gerenciada • Ações preventivas como estratégia de baixar custos e aumentar os lucros; • Manutenção de características do modelo biomédico. (PAIM, s.a, p. 557) MODELO ASSISTENCIAL SANITARISTA Corresponde à saúde pública tradicional e está dirigido aos problemas de saúde da população por meio de campanhas e de programas especiais. Constitui um modelo que não enfatiza a integralidade da atenção e não estimula a descentralização na organização dos serviços. (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 2013, p. 543) MODELOS ASSISTENCIAIS ALTERNATIVOS Visam à integralidade da atenção à saúde, atentando fundamentalmente para as necessidades de saúde da população em um dado território e o impacto sobre as mesmas. Proporcionam uma “oferta organizada” em função dos principais agravos e grupos populacionais prioritários e, consequentemente, uma reorientação da demanda – modelo proposto pelo SUS (Modelo Plural). (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 2013, p. 543) REFERÊNCIAS COELHO, Márcia Oliveira; JORGE, Maria Salete Bessa. Tecnologia das relações como dispositivo do atendimento humanizado na atenção básica à saúde na perspectiva do acesso, do acolhimento e do vínculo. Ciência e Saúde Coletiva, 14(Supl. 1):1523-1531, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v14s1/a26v14s1.pdf. Acesso em: 20 ago. 2016. PAIM, Jairnilson Silva. Modelos de atenção à saúde no Brasil. p. 547-573, s.a. Disponível em: http://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/modelos_de_atenc ao_a_saude_no_brasil_-_paim_0.pdf. Acesso em: 20 ago. 2016. REFERÊNCIAS ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar de. Epidemiologia e saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2013, 600p. MERHY, E. E. Saúde: a cartografia do trabalho vivo. 2. ed. São Paulo: Hucitec; 2005. In: TEIXEIRA, Carmem Fontes; SOLLA, Jorge Pereira. Modelo de atenção à saúde: promoção vigilância e saúde da família. Salvador: Edufba. 2006. 237p. Disponível em: http://static.scielo.org/scielobooks/f7/pdf/teixeira- 9788523209209.pdf. Acesso em: 20 ago. 2016.
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