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SEMIOLOGIA NUTRICIONAL SEMIOLOGIA A palavra SEMIOLOGIA deriva do grego semeion + logiae significa tratado ou estudo dos sintomas e sinais das doenças. •No curso de semiologia o objetivo principal é ensinar aos alunos as técnicas (semiotécnicas) gerais que compõem o exame clínico ou avaliação clínica. •O exame clínico, por sua vez, compõe-se de partes que incluem a anamnese ou entrevista clínica, o exame físico geral e o exame físico especializado. 70 a 80 % do diagnóstico se baseia no exame clínico bem realizado Anamnese •Origem da palavra: Do grego anámnesis, lembrança aná= trazer de volta recordar. mnese= memória •Conceito: Entrevista com o paciente que tem como objetivo colher informações acerca do mesmo, estabelecer com ele uma relação de confiança e fornecer informações e orientações. Anamnese Parâmetros aferidos durante a anamnese para avaliação nutricional SEMIOLOGIA NUTRICIONAL Trata-se da introdução de exame físico criterioso na busca de sinais clínicos de deficiências nutricionais específicas ou atrofia de tecido celular subcutâneo. SEMIOLOGIA NUTRICIONAL É um instrumento obrigatório do processo de avaliação nutricional. É um momento de identificação de sinais sintomas não informados pelo paciente Semiologia Nutricional • Exame físico direcionado (quadro clínico) • Emagrecimento • Alteração do apetite • Aspectos fisionômicos • Estado de humor • Alteração dos diversos grupos musculares • Formas do abdômen • Evidências de perda de gordura Avaliação nutricional protéico-calórico do paciente. Avaliação antropométrica Exame físico Avaliação dietética Avaliação Bioquímica Diagnóstico nutricional Conduta nutricional SEMIOLOGIA NUTRICIONAL Semiologia Nutricional • Exame físico da cabeça aos pés; • Cabelo, pele, face, olhos, lábios, boca, língua,unhas, tórax, dorso, membros, abdômen, tecido subcutâneo, sistema músculo-esquelético. HISTÓRIA CLÍNICA PERÍODO NEONATAL - FATORES MATERNOS: • História gestacional • Doenças maternas • Intercorrências no pré-natal • Peso pré-gestacional • Uso de álcool/ tabagismo HISTÓRIA CLÍNICA PERÍODO NEONATAL - FATORES FETAIS: • Infecções congênitas (malformações congênitas, redução do peso fetal) • Idade gestacional HISTÓRIA CLÍNICA • Ingestão alimentar recente • Capacidade de deglutição e retenção de nutrientes • Doença de base • Sintomas de dor, dispnéia, depressão • Ganho ou perda de peso recente • Uso crônico de medicamentos HISTÓRIA ALIMENTAR Aleitamento e introdução de novos alimentos Hábito alimentar atual: Antes da doença Depois da doença Recordatório 24h Registro alimentar de 3 dias Controle de resto-ingestão Intolerâncias, alergias, particularidades em relação a alimentação EXAME FÍSICO Alterações ósseas: Protuberâncias em costelas, clavículas, escápulas e articulações, fraturas Edema: Anasarca, localizado em membros, local específico Reserva de massa magra e tecido adiposo subcutâneo: Tonicidade muscular, movimentos, visivelmente emagrecido Exame Físico Nutricional • Limitações: Depende do conhecimento técnico específico e de um observador e/ou equipe bem treinados; Algumas deficiências nutricionais podem não ser identificadas por outros métodos isoladamente; Exame Físico com Enfoque Nutricional • Pode ser conduzido de modo organizado, numa progressão lógica, da cabeça aos pés, com o objetivo de determinar as condições nutricionais dos pacientes; Técnicas de exame físico • Inspeção: observação inicial geral até mais detalhada; • Palpação; • Percussão Inspeção A inspeção geral inicial proporciona muitas informações sobre o estado geral nutricional do paciente; EXAME FÍSICO • Nível de atividade: – hipoativo, prostrado, hipotonia • Brilho nos olhos e expressão: – abertura ocular espontânea, dor • Aparência da pele, cabelos e unhas – Coloração, brilho, pele fina e macerada • Lesões de mucosas – Mucosites, hidratação e coloração Exame Físico com Enfoque Nutricional Aparência física geral (obeso, emagrecido, edemaciado); Todos os achados devem ocorrer bilateralmente, pois qualquer atrofia unilateral deve ser descartada como causa nutricional; Espaços intercostais Fascie triste, envelhecida Face Fácies: informa sobre a repercussão de uma determinada doença na expressão facial do paciente; O paciente parece exausto, pouco consegue manter os olhos abertos; Observar diferença quando baixo nível consciência ou sedação; Paciente parece mais triste ou deprimido; Lesões de pele, edema Edema, fascie Avaliação da gordura subcutânea bíceps; tríceps; clavícula; escápula; ombros; costelas; TECIDO ADIPOSO ESCASSO PREGAS LONGITUDINAIS Avaliação da Massa Muscular Clavícula (indica perda crônica); Tórax e musculatura paravertebral (perdas implicam em menor força respiratória, hipoventilação e maior risco de pneumonia); Avaliação da Massa Muscular • Lembrar: sempre que se perde musculatura estrutural significa que diminui também a capacidade de formação adequada de anticorpos; Quanto mais atrófico for o paciente, menor sua capacidade imunológica; Perda de Massa Muscular A massa muscular varia com o nível de atividade da pessoa e o repouso prolongado leva à atrofia muscular... Pacientes com perdas importantes de massa muscular perdem força e permanecem mais deitados; Hipoatividade Presença de Edema Pode ser influenciado pela doença de base. Ex. hepatopatia, nefropatia; A presença deve considerar o decúbito preferencial do paciente; Presença de Edema Edema de membros inferiores: em pessoas que ficam mais sentadas ou em pé; Após suave e contínua pressão sobre a face anterior da perna contra a estrutura óssea, procura-se a presença de depressão tecidual que demora algum tempo até voltar ao normal (sinal de cacifo); Edema com cacifo Lesões de pele Semiologia Nutricional Edema: Pesquisa de edema desnutrição protéica Hipoproteinemia Hipoalbulminemia Semiologia Nutricional • Edema: Sinal de cacifo O que também devemos lembrar durante o exame físico... Os sinais de deficiências nutricionais podem não ser tão específicos e precisam ser diferenciados daqueles de etiologia não nutricional; Muitos sinais resultam da falta de vários nutrientes, tanto quanto por causas não nutricionais; Sintomas de deficiências nutricionais podem ou não ser aparentes no exame físico; Ascite Edema MsIs Fascie triste Edema Protuberancias ósseas Protuberancias ósseas Fascie triste, hipoatividade Queda de cabelo Edema com cacifo Lesões de pele Cicatrização deficiente Fascie em “Lua cheia” Semiologia Nutricional Anemia Coloração da pele (corado ou descorado) Região palmoplantares, conjuntival e labial. Palidez anemia (Duarte, 2002). Semiologia Nutricional Desidratação Inúmeras causas: Ingestão menor que necessidade, perda excessiva, vômitos, diarréia, fistuladigestiva, sudorese e poliúria. Como investigar??: Solicitar que o paciente produza salivação; Brilho dos olhos; Umidade das mucosas (gengival e conjuntival); Examinar o turgor da prega (pinçando). Quando solta a prega se desfaz rapidamente, pele hidratada. Pele desidratada, a prega se desfaz lentamente Semiologia Nutricional Icterícia Coloração amarelada da pele e esclerótica, causada por maior concentração de bilirrubina (pigmento biliar) Icterícia e estado nutricional: Geralmente implica alterações na absorção de vitaminas lipossolúveis Atenção Consumo exagerado de betacaroteno Pessoas da raça negra Uso de algumas drogas (antimalárico) Icterícia Semiologia Nutricional Musculatura temporal e bola gordurosa de Bichart Atrofia temporal, como tudo em propedêutica nutricional tem que ocorrer bilateralmente. Atrofia unilateral, descartar causa neurológica. Atrofia bitemporal, nos mostra que o paciente parou de mastigar ou deixou de usar a mastigação como fonte principal de ingestão alimentar (dieta hipocalórica). 3 a 4 semanas já existe atrofia da musculatura. Semiologia Nutricional
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