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POLITRAUMA ABCDE ASSISTÊNCIA EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

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1 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
2 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
1- CONCEITOS: 
O trauma (do grego trauma,atos: "ferida") físico é uma lesão ou ferida mais ou 
menos extensa, produzida por ação violenta, de natureza física ou química, externa ao 
organismo. 
O termo "traumatismo" refere-se às consequências locais e gerais do trauma para 
a estrutura e o funcionamento do organismo. Em geral usa-se o termo, "traumatismo" como 
sinônimo de trauma físico. 
Politraumatizado é o paciente que tem inúmeros traumas. 
O ATLS (Advanced Trauma Life Support, ou Suporte Avançado de Vida no Trauma – SAVT) e 
o Committee on Trauma sugerem que o trauma deve ser pensado como uma PATOLOGIA, 
não como um acidente,pois a maioria das lesões por trauma poderiam ser evitadas. 
EMERGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa, de aparecimento súbito e imprevisto, 
necessitando de imediata solução. - NÃO PODE ESPERAR. 
 
 URGÊNCIA: ocorrência ou situação perigosa, de aparecimento rápido, mas não 
necessariamente imprevisto e súbito, necessitando de solução em curto prazo. 
2-CINÉTICA DO TRAUMA: 
A avaliação do traumatizado começa na cena do acontecimento, antes mesmo da 
visualização da vítima, observa-se as circunstâncias do acontecimento. 
Avalia-se: tipo de trauma, o que causou grau de deformidade do veículo, se caso for 
arma: calibre, tipo e outros, danos no veículo para ter uma idéia da lesão ocasionada. 
 
3-TRABALHO EM EQUIPE: 
A equipe que atende o Politraumatizado deve ter dois tipos de lesão em mente: 
 Facilmente identificáveis ao exame físico: 
 Lesões Potenciais : não obtidas em exame físico, podem passar 
desapercebidas, mas dependendo dos mecanismos do trauma sofrido pelo 
paciente, incluindo lesões graves, devemos fazer avaliações do todo. 
 A história do acidente , deve ser levada em conta , assim como a indicações 
e suspeitas de traumas graves. 
 
3 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
4-MECANISMO DO TRAUMA: 
1- TRAUMATISMO CONFUSO: Não deixa marcas visíveis, o tamanho da cavitação se dá 
pelo tamanho da energia aplicada durante o trauma. Pode passar desapercebida. 
2- CAVIDADE PERMANENTE: São causadas pelo impacto e compressão dos tecidos 
pode ser vista no trauma. Ex: Afundamento do crânio 
A diferença deste tipo de lesão vai depender do grau do tamanho da energia transferida. 
5- TIPOS DE TRAUMA; 
1- CONTUSÕES; 
2- LESÕES PERMANENTES; 
3- POR EXPLOSÃO. 
LEIS DA FÍSICA QUE SE DEVE CONSIDERAR: 
 A ENERGIA NUNCA É CRIADA OU DESTRUÍDA, PODE PORÉM MUDAR DE 
FFORMA; 
 A ENÉRGIA CINÉTICA É IGUAL A MASSA MULTIPLICADA PELO QUADRADO DA 
VELOCIDADE DIVIDIDA POR DOIS; 
 UMA FORÇA É IGUAL A MASSA MULTIPLICADA PELA DESACELERAÇÃO ( OU 
ACELERAÇÃO); 
 
6-O atendimento ao paciente com múltiplos ferimentos (politraumatizado) conserva a 
regra mnemônica do ABCDE: 
 A - Airway –Via aérea e controle da coluna cervical : Proteção da via aérea contra 
obstrução (vômito, corpo estranho, desabamento da língua etc.) e controle da coluna 
cervical (imobilização temporária, que pode ser realizado simplesmente segurando a 
cabeça do paciente). 
 B - Breathing –Respiração e Ventilação : Avaliação da expansibilidade pulmonar, que 
pode estar prejudicada por hemotórax ou pneumotórax fraturas múltiplas de costelas (tórax 
instável) etc.. 
 C - Circulation – Circulação Sangüínea e controle da Hemorragia: Avaliação e (se 
possível) controle de perda sangüínea por hemorragias, lesões cardíacas e outras causas 
de baixo débito cardíaco. 
 
4 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 D - Disability - Déficit Neurológico- Exame neurológico sumário: Avaliar lesões de 
tecido nervoso (intracraniano prioritariamente). Nessa fase usa-se a 
1
Escala de Coma de 
Glasgow. 
 E - Environment - Ambiente e exposição com controle de hipotermia: Avaliar outras 
lesões que ainda não foram avaliadas e proteger o paciente contra hipotermia (retirando 
roupas molhadas, aquecendo,...). 
A – VIA AÉREAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL 
A avaliação das vias aéreas e as condutas que irão garantir a sua 
permeabilização são prioritárias no trauma. 
Causas de obstrução de vias aéreas: 
Queda da língua em pacientes inconscientes; 
- Presença de corpos estranhos, sangue e restos alimentares; 
- Fraturas de face; 
- Traumas cervicais – ruptura da laringe e traquéia. 
A maneira mais fácil de diagnosticar problema com a perfusão das vias aéreas é por 
meio da resposta verbal da vítima, pois se a mesma respondendo evidencia-se a 
permeabilidade das vias. Sinais como agitação, cianose ou respiração ruidosa podem significar 
obstrução das vias aéreas. 
Outra questão importante neste item refere-se à colocação do colar cervical na vítima, 
pois o Politraumatizado até esclareça o contrário é portador de lesões de coluna cervical. 
B – RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO 
A primeira etapa do atendimento inicial, em geral vai garantir ao paciente a 
permeabilidade de suas vias aéreas, mas isto não significa que este esteja com ventilação 
adequada. Sendo assim torna-se fundamental a avaliação das condições ventilatórias do 
paciente. A ventilação pode estar prejudicada tanto por obstrução das vias aéreas, como por 
alterações da mecânica ventilatória ou por depressão do sistema nervoso central. 
 
1
 A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala neurológica com é método confiável e cujo objetivo 
de registrar o nível de consciência de uma pessoa, para avaliação inicial e contínua após um 
traumatismo craniano. Seu valor indica eventuais sequelas. 
 
5 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
Formas de diagnosticar problemas de ventilação: 
- Observe as incursões torácicas procurando movimentos simétricos de inspiração e expiração. 
A assimetria irá sugerir fraturas ou tórax flácido; 
- Ausculte ambos os hemitórax. Murmúrio vesicular diminuído ou ausente deve alertar para a 
possibilidade de existir lesão torácica; 
- Frequência respiratória elevada pode indicar dispneia; 
- Oxímetro de pulso pode ser um bom aliado apesar de não garantir que a ventilação seja 
adequada. 
Após o diagnóstico de problemas ventilatórios no paciente medidas corretivas devem ser 
imediatamente tomadas. 
C – CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA 
A hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a pagina causa de morte nas 
primeiras horas após o trauma. Hipotensão arterial em vítimas de trauma deve ser sempre 
considerada como consequência de hipovolemia. 
Determinados pontos chaves são de fundamental importância na avaliação inicial e na 
determinação da hipovolemia: 
 - Nível de consciência; 
 - Coloração da pele;, 
 - Frequência e amplitude de pulso; 
 - Perfusão periférica – enchimento capilar menor que 2 segundos é sinal de 
hipovolêmica; 
 - Pressão arterial; 
 - Pressão de pulso; 
 - Sudorese. 
 
Outro fator importante no diagnóstico do choque hipovolêmico é a determinação do 
ponto de sangramento. Após a localização da hemorragia medidas de contenção devem ser 
imediatamente tomadas, para evitar lesões irreversíveis no paciente é até causar seu óbito. 
 
 
6 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIASNOS 
DISTÚRBIOS 
D – EXAME NEUROLÓGICO 
Uma rápida avaliação do estado neurológico deve servir para verificar o nível de 
consciência e a reatividade pupilar do traumatizado. O rebaixamento do nível de consciência é 
indicativo de níveis baixos de oxigenação por parte da vítima,além da lesão direta do encéfalo 
ou uso de drogas e/ou álcool. 
Avaliação inicial usa-se o método AVDI: 
 
A – Alerta; 
 
V – Resposta ao estímulo verbal; 
 
D – Responde ao estímulo doloroso; 
 
I – Irresponsivo aos estímulos. 
 
Inconsciência, resposta motora lateralizada, alteração da função pupilar, estão, 
relacionadas ao aumento da pressão intracraniana e implicam na necessidade de canulação da 
via aérea e hiperventilação. 
O exame neurológico mais detalhado do paciente deve ser realizado posteriormente e 
o mesmo deve ser classificado de acordo com a Escala de Coma de Glasgow que irá melhor 
definir qual o estado neurológico do paciente. 
 
 
 
 
 
7 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
E – EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM CONTROLE DA HIPOTERMIA 
O paciente traumatizado deve ser completamente despido a fim de facilitar o exame 
completo e a determinar lesões que irão comprometer a sua vida. 
Com o intuito de se evitar movimentos e eventual mobilização de fraturas ou luxações, 
as vestes devem ser cortadas antes da remoção. 
A proteção do paciente contra hipotermia é de suma importância, pois cerca de 43% 
dos pacientes terão este tipo de alteração na fase de atendimento inicial. A hipotermia exerce 
efeitos prejudiciais sobre o organismo do traumatizado, portanto, este deve ser protegido 
contra o frio com cobertores aquecidos e infusão de líquidos também na mesma temperatura. 
 
 
 
 
8 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 Escala de Glasgow: A escala é composta de três testes: respostas de abertura ocular, fala e 
capacidade motora. Os três valores separadamente, assim como sua soma, são considerados. 
 1 2 3 4 5 6 
Ocular Não abre os 
olhos 
Abre os olhos em 
resposta a estímulo 
de dor 
Abre os olhos 
em resposta a 
um chamado 
Abre os olhos 
espontaneamente 
N/A N/A 
Verbal Emudecido Emite sons 
incompreensíveis 
Pronuncia 
palavras 
desconexas 
Confuso, 
desorientado 
Orientado, 
conversa 
normalmente 
N/A 
Motor Não se 
movimenta 
Extensão a 
estímulos dolorosos 
(descerebração) 
Flexão anormal 
a estímulos 
dolorosos 
(decorticação) 
Flexão inespecífica/ 
Reflexo de retirada 
a estímulos 
dolorosos 
Localiza 
estímulos 
dolorosos 
Obedece a 
comandos 
Interpretação 
Pontuação total: de 3 a 15 
3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo) 
4 = Coma profundo; 
7 = Coma intermediário; 
11 = Coma superficial; 
15 = Normalidade. 
Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS, 2005) 
3-8 = Grave; (necessidade de intubação imediata) 
9-12 = Moderado; 
13-15 = Leve. 
 
Escala pediátrica 
 
9 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
Melhor resposta motora: 
Nenhuma resposta. 
Extensão(descerebração). 
Flexão(decorticação). 
Se afasta da dor. 
Localiza a dor. 
Obedece aos comandos. 
Melhor resposta verbal: 
Nenhuma resposta. 
Inquieto, inconsolável. 
Gemente. 
Choro consolável, interação adequada. 
Sorri, orientado pelo som acompanhando objetos, ocorre interação. 
Ocular: 
Nenhuma. 
Com a dor. (ex. leve beliscão) 
Com a fala. 
Espontâneo. 
7- Sistema de Classificação de Risco direcionado ao Adulto 
Usa-se para classificar os usuários com 12 anos completos ou mais. 
A Classificação de Risco é categorizada em quatro níveis e identificada com uma 
respectiva cor. Cada nível / cor engloba um determinado grupo de sinais e/ou sintomas. 
 
10 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
Nível 1 – Vermelho 
A cor vermelha é representada pelos usuários que necessitam de atendimento de 
Emergência. 
Estes serão encaminhados rapidamente à sala de emergência ou observação para 
atendimento médico IMEDIATO. 
Sinais e Sintomas dos pacientes de risco categorizados com a cor vermelha: 
1. - Parada cardíaca e/ou parada respiratória; 
2. - Traumas graves (fratura exposta, Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) grave, 
atropelamentos, etc); 
3. - Queimaduras extensas e profundas; 
4. - Inconsciência; 
5. - Lesão por frio intenso (hipotermia); 
6. - Insuficiência respiratória (incapacidade de falar, cianose ou confusão); 
7. - Sinais vitais ausentes ou instáveis; 
8. - Hemorragia ativa e intensa; 
9. - Ferimento com hemorragia intensa e ativa (mordeduras, FCC, etc); 
10. - Crise convulsiva. 
Nível 2 – Amarelo 
Os usuários classificados na cor amarela deverão receber atendimento médico no 
máximo em 15 minutos, pois apresentam riscos de agravo à saúde , caso não recebam um 
atendimento rápido. 
Sinais e Sintomas categorizados com a cor amarela 
1. TCE moderado com dor intensa 
2. Ferimento corto contuso (FCC) que necessite de sutura; 
3. Mordedura profunda com hemorragia ativa; 
4. - Cólica renal (dor em região dos flancos, abdominal e/ou inguinal) associado com 
náusea, sudorese; 
5. - Alteração do estado mental há menos de 12 horas; 
6. - Abstinência de drogas grave: delirium, alucinações, agitações; 
7. - Trauma moderado (fraturas, luxações, entorses); 
 
11 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
8. - Dor ocular por exposição química ou corpos estranhos (soldas, ácidos, etc); 
9. - Dor torácica aguda associada com alteração de sinais vitais, irradiações, sudorese 
e/ou náusea; 
10. - Dor aguda não severa, com história de IAM (Infarto Agudo do Miocárdio),angina ou 
embolia pulmonar, não importando a característica da dor, e associada com náusea 
e/ou sudorese; 
11. - Enterorragias, melena ou hematêmese em grande quantidade; 
12. - Overdose; 
13. - Dor visceral, ou dor súbita associada com outros sintomas (náuseas, irradiação, 
sudorese, hipertensão, etc.); 
14. - Insuficiência respiratória / dispnéia com início recente, apresentando uso de 
musculatura acessória; 
15. - Hemoptise ativa; 
16. - Intoxicação exógena; 
17. - Gestantes com dor em baixo ventre; 
18. - Psicose aguda / agitação, suicidas; 
19. - Dor de cabeça repentina associada com alteração do estado mental, náusea e/ou 
vômito; 
20. - Diarréia/vômito com mais de 10 episódios por dia ou com sinais de desidratação; 
21. Temperatura axilar igual ou maior que 40º C sintomática; 
22. - Pressão Arterial (PA) maior 170 x 100 mmhg, independente da queixa do usuário 
23. Usuário sintomático com PA 150x100 mmhg ou maior; 
24. - Hipotensão com PA 80mmhg x 40mmhg ou menor; 
25. - Glicemia capilar maior que 280mg/dl ou menor que 60mg/dl; 
26. - Agressão física / violência doméstica 
27. - Distúrbio pós-convulsivo- Pacientes transplantados ou em diálise independente da 
queixa; 
28. - Pacientes em quimioterapia independente da queixa; 
 
Nível 3 – Verde 
O nível 3 ou classificação verde são usuários com queixas recentes / agudas – que não 
ultrapassam há um mês – não apresentam alterações significantes de sinais vitais e sem risco 
de agravo a saúde. Estes devem ser atendidos em até 2 horas. 
 
Sinais e Sintomas categorizadoscom a cor verde 
1. - Pequenas lesões; 
2. - Traumas leves (entorse e contusões leves); 
3. - Dor abdominal; 
 
12 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
4. - Dor de cabeça / vertigem sem alteração de sinais; 
5. - Dor de ouvido; 
6. - Hiperemia / irritação ocular; 
7. - Dor torácica sem história de problemas cardíacos e sem sintomas, dor que piora na 
inspiração profunda, na tosse e no movimento; 
8. - Dor em região dorsal; 
9. - Queixas relacionadas ao sistema urinário (dor, anúria, disúria, etc); 
10. - Sintomas das vias aéreas superiores: congestão de vias aéreas, tosse, febre, 
garganta inflamada, gripe, etc; 
11. - Cólica menstrual; 
12. - Vômito e/ou diarréia sem sinais de desidratação com menos de 10 episódios por dia; 
13. - Prurido e hiperemia cutânea; 
14. - Dores crônicas com piora recente; 
15. - Constipação; 
16. - Mordedura profunda, sem hemorragia; 
 
Nível 4 – Azul 
São os casos não urgentes, as queixas crônicas ou pertinentes à resolução em UBS ou ESF, 
que aguardariam a marcação de consulta médica ou consulta de enfermagem. Estes usuários 
devem receber maior atenção e orientação, considerando problemas sócio-culturais. Quando 
necessário, o enfermeiro deverá: realizar por escrito algumas orientações sobre como o 
usuário deve proceder e qual serviço procurar. Todos os usuários classificados no nível 4 / azul 
deverão receber orientações e esclarecimentos para fortalecer a este usuário não será 
excluído do atendimento médico na unidade, o mesmo poderá aguardar e será atendido em no 
máximo 3 horas, sendo que o tempo de espera pode variar de acordo com a demanda do dia. 
Casos categorizados na cor azul: - 
1. Problemas / queixas crônicas há mais de 30 dias; 
2. - Encaminhamentos / contra-referência para UBS / ESF; 
3. - Intervenções de enfermagem (limpeza, imunização, curativo, orientações, etc); 
4. - Suspeita de gravidez; 
5. - Solicitação de exames; 
6. - Troca de receitas; 
7. - Mordedura leve ou arranhadura. 
 
 
13 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
8-Avaliação de classificação de risco Pediátrico: 
Nível – Vermelho 
- Parada cardíaca e/ou parada respiratória; 
- Traumas graves (fratura exposta, TCE, atropelamentos, etc); 
- Queimaduras extensas e profundas; 
- Inconsciência /desmaios; 
- Lesão por frio intenso (hipotermia); 
- Sinais vitais ausentes ou instáveis; 
- Insuficiência respiratória (incapacidade de falar, cianose, confusão); 
- Hemorragia intensa e ativa; 
- Crise convulsiva; 
- Intoxicação exógena (ingestão de produtos químicos, drogas, etc); 
- Ferimentos com hemorragia ativa e intensa (FCC, mordeduras, etc). 
Nível 2 – Amarelo 
- Temperatura axilar igual ou maior que 37,8oC; 
- Diarréia e vômito associado com desidratação; 
- Ingestão de corpo estranho; 
- Corpo estranho nariz e/ou ouvido; 
- Varicela; 
- Traumas moderados (Queda, TCE, mordeduras, etc); 
- Queimaduras moderadas; 
- Dispnéia / taquipnéia, com uso de musculatura acessória; 
- Broncoaspiração; 
 
14 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
- Glicemia capilar maior que 200mg/dl ou menor que 60mg/dl; 
- Sinais Vitais instáveis; 
- FCC sem hemorragia intensa; 
- Episódio de desmaio nas últimas 6 horas; 
- Agressão física / violência doméstica 
- Crianças com até 6 meses de idade; 
Nível 3 – Verde 
- Irritação ou hiperemia ocular; 
- Prurido ou hiperemia cutânea; 
- Dor de ouvido; 
- Sintomas das vias aéreas superiores: congestão de vias aéreas, tosse, febre, 
garganta inflamada, gripe, etc; 
- Escabiose; 
- Constipação; 
- Torção; 
- Queixas relacionadas ao sistema urinário; 
- Dor de cabeça; 
- Hipoatividade sem alterações de sinais vitais; 
- Retornos de exames laboratoriais 
Nível 4 – Azul 
- Assadura; 
- Problemas / queixas crônicas há mais de 30 dias; 
- Encaminhamentos / referência para UBS; 
- Intervenções de enfermagem (limpeza, imunização, curativo, orientações, etc); 
- Solicitação de exames; 
- Troca de receitas; 
- Mordedura leve e arranhaduras; 
- Pediculose; 
- Inapetência; 
 
9- EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA: 
Baseado na freqüência e distribuição do Trauma em uma Comunidade. 
A palavra TRAUMA vem do grego TRAUMA-TRAUMATOS=FERIDA. 
A palavra Trauma em medicina possui muitas significações, todas elas ligadas 
a acontecimentos não previstos e indesejáveis, que de forma muito ou pouco violenta, 
atingem indivíduos neles envolvidos produzindo-lhes alguma forma de lesão, dano, 
ferida e/ou alteração. 
A palavra Traumatismo quer dizer lesão provocada por um contato violento, 
 
15 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
seja ele acidental ou infligido, com um objeto físico. 
Traumatologia é o ramo da medicina que trata dos traumatismos. 
Traumatopatia é qualquer condição patológica que resulta de violência ou de 
ferimento. 
Traumatofilia é a ânsia inconsciente ou tendência a sofrer (masoquismo). 
Traumatopira é a febre de origem traumática. 
 
 
10-RESGATE VEICULAR: 
 
10.1- Considerações Iniciais: 
O trinômio que influencia diretamente o desenvolver das operações de Salvamento: 
Vítima – Socorrista – Público 
Resgate Veicular – atividade usada com fins de localizar, acessar, estabilizar e 
para transportar vítimas com segurança, que encontram-se presa nas ferragens de um 
veículo onde sofreu acidente. 
Extração – é a retirada da vítima desencarcerada do interior do veículo. Depois de 
retirada a vítima das ferragens, procede-se as técnicas de Resgate (APH), utilizando-
se todas as imobilizações adequadas. Esse procedimento é realizado de acordo com a 
gravidade da vítima ou situação de risco do local, podendo ser usada uma Extração 
Rápida. 
Desencarceramento - é retirar as ferragens da vítima. 
Transportar – Encaminhar ao hospital ou atendimento de Urgência. 
 
 Transporte de Acidentados 
O transporte de acidentados é de fundamental importância para uma prestação de 
primeiros socorros de qualidade. Um transporte mal feito, sem técnica adequada, sem 
conhecimentos pode gerar danos muitas vezes irreversíveis à integridade física do 
acidentado. 
Existem várias formas de transporte um acidentado. Cada uma deverá ser feita 
dentro de técnicas que devem ser compatíveis com o tipo de situação em que o 
acidentado se encontra e as circunstâncias comuns do acidente. Cada técnica de 
transporte requer habilidade e maneira correta de sua execução. 
Em geral é necessário a assistência de outras pessoas, orientadas por quem 
estiver prestando os primeiros socorros. 
De uma maneira abrangente, o transporte bem efetivado deve adotar princípios de 
segurança visando: 
 a proteção da integridade do acidentado; 
 
16 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 conhecimento das técnicas para o transporte do acidentado consciente, 
 do que não pode deambular; 
 transporte do acidentado inconsciente; 
 cuidados com o tipo de lesão que o acidentado apresenta e técnicas e 
materiais para cada tipo de transporte. 
Em muitos tipos de transporte incluiremos o auxílio de um, dois ou mais 
voluntários. Para estes casos a técnica apropriada também modifica de acordo com o 
número de pessoas que realizam o transporte. O transporte de vítimas é contexto que 
suscita polêmicas. Devemos sempre obtertroca de informações entre pessoas que 
tenham experiências, com a finalidade de transformá-las em exemplos úteis. Pois é um 
assunto de proficiência que depende quase que exclusivamente de prática e habilidade 
física. 
Regras e observações genéricas e teóricas devem ser estudadas, para que todos 
tenham noção independentemente de suas habilidades físicas para realizar o 
transporte de um acidentado. 
Resgate: A existência da atividade de primeiros socorros coloca de maneira implícita o 
atendimento do acidentado no próprio local da ocorrência de uma emergência, 
acidente ou problema clínico. Muitas vezes, dadas às proporções e circunstâncias em 
que acontecem outros eventos, há perigo para quem está socorrendo e para as 
vítimas. Se um acidentado, por exemplo, está se afogando, ou exposto a descargas 
elétricas, gases e outras substâncias tóxicas, inflamáveis ou explosivas e corrosivas, o 
primeiro cuidado a ser tomado é o resgate da vítima. O socorrista ou quem socorre 
deverá ser capaz de identificar a quantidade e a qualidade dos riscos que se oferece 
em cada situação e saber como resolver o problema, impedindo de expor-se 
inutilmente. Nos casos de resgate de vítimas de acidentes, após efetuado o resgate é 
que podemos adotar a iniciativa de prestar os primeiros socorros. O uso de uma, duas, 
três ou mais pessoas para o transporte de um acidentado depende totalmente das 
circunstâncias de local, tipo de acidente, voluntários disponíveis e gravidade da lesão. 
 Na remoção de um acidentado, os seguintes procedimentos devem ter 
sido observados: 
·Restauração ou manutenção das funções respiratória e circulatória 
·Verificação de existência e gravidade de lesões 
·Controle de hemorragia 
·Prevenção e controle de estado de choque 
·Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou entorse 
 Transporte de Acidentados: As técnicas e orientações contidas aqui são as 
mesmas desenvolvidas, acatadas e recomendadas internacionalmente pela 
Liga de Sociedade da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, segundo 
 
17 
POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
estabelecido no Curso de Formação de Monitores de Primeiros Socorros, na 
Cruz Vermelha Brasileira, Caderno nº 2, capítulo 10, 1973. . Os métodos que 
empregam um a duas pessoas socorrendo são ideais para transportar um 
acidentado que esteja inconsciente devido a afogamento, asfixia e 
envenenamento. 
Este método, porém, não é recomendável para o transporte de um ferido com 
suspeita de fratura ou outras lesões mais graves. Para estes casos, sempre que 
possível, deve-se usar três ou mais pessoas. 
Com o objetivo de não lhes complicar o estado de saúde com o agravamento 
das lesões existentes. Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e 
transporte de acidentados, devemos: 
1. Assegurar-se da manutenção da respiração e dos batimentos cardíacos; 
hemorragias deverão ser controladas e todas as lesões 
traumatoortopédicas deverão ser imobilizadas. 
2. O estado de choque deve ser prevenido. O acidentado de fratura da coluna 
cervical só pode ser transportado, sem orientação médica ou de pessoal 
especializado, nos casos de extrema urgência ou iminência de perigo para 
o acidentado e para quem estiver socorrendo-o. 
3. Enquanto se prepara o transporte de um acidentado, acalmá-lo, 
principalmente demonstrando tranqüilidade, com o controle da situação. 
4. É necessário estar sereno para que o acidentado possa controlar suas 
próprias sensações de temor ou pânico. 
5. É recomendável o transporte de pessoas nos seguintes casos: 
 Vítima inconsciente. 
 Estado de choque instalado. 
 Grande queimado. 
 Hemorragia abundante. 
 Choque. 
 Envenenado, mesmo consciente. 
 Picado por animal peçonhento. 
 Acidentado com fratura de membros inferiores, bacia ou coluna vertebral. 
 Acidentados com luxação ou entorse nas articulações dos membros inferiores. 
 
 Transporte de acidentados em veículos: 
Para o transporte de acidentados em veículos, certos cuidados devem ser 
observados: 
 O corpo e a cabeça do acidentado deverão estar seguros, firmes, em 
lugar acolchoado ou forrado. 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 O condutor do veículo precisará ser orientado para impedir freadas 
bruscas e manobras que provoquem balanços exagerados. 
 
 Qualquer excesso de velocidade deverá ser evitado, especialmente por 
causa do nervosismo ou pressa em salvar o acidentado. O excesso de 
velocidade, ao contrário, poderá fazer novas vítimas. Se for possível, deve 
ser usual o cinto de segurança. 
Para o transporte, cuidar para que se use veículo grande e espaçoso, a ser 
dirigido por motorista habilitado. Além disto: 
 ·Acompanhar e assistir o acidentado durante o transporte, examinando e 
mantendo as funções respiratórias e circulatórias, monitorizando o estado de 
consciência e pulso, sempre que for necessário e solicitado , ou na ausência 
de pessoal de saúde especializado para desempenhar estas ações. 
 ·Orientar o motorista para evitar freadas súbitas e manobras que provoquem 
balanços. 
 Assegurar o conforto e segurança do acidentado dentro do veículo 
transportador. 
 Sempre que possível anotar e registrar, de preferência em papel, todos os 
sinais e sintomas ressaltados e a assistência que foi prestada. Estas 
informações devem acompanhar o acidentado, mesmo na ausência de quem 
o socorreu, e podem vir a ser de ampla utilidade no atendimento futuro. 
 
 
11- Atendimentos de urgência e emergência frente aos distúrbios 
cardiovasculares: 
 
o SISTEMA CARDIOVASCULAR: 
o PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 
o ESTRATÉGIA DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA DO PACIENTE COM: 
o ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO 
o ASSISTOLIA 
o BRADIARRITMIA 
o TAQUICARDIA VENTRICULAR 
o DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO 
o EDEMA AGUDO DE PULMÃO 
o CRISE HIPERTENSIVA 
 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTONAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
o DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO - IAM 
O Infarto do Miocárdio faz parte de um grupo de doenças denominado de Doenças 
Isquêmicas do Coração. O infarto é a destruição da musculatura miocárdica, devido á 
deficiência de fluxo sangüíneo para uma região do músculo cardíaco, com isso as células 
sofrem necrose por falta de nutrição sanguínea. Em geral a interrupção do fluxo coronário 
quase sempre é devido ao estreitamento repentino de uma artéria coronária pelo ateroma 
(aterosclerose), ou pela obstrução total de uma coronária por êmbolo ou trombo (coágulo 
sangüíneo). O sintoma mais comum é a dor torácica persistente, de início súbito, de 
intensidade variável, locada sobre a região inferior do esterno e abdome superior. A dor pode 
agravar continuamente, até se tornar quase intolerável, podendo aparecer mesmo quando a 
pessoa está acordando ou fazendo pouco esforço. Pode irradiar-se para o ombro e braços, de 
regra sempre para o lado esquerdo. Determinadas situações irradia-se para a mandíbula e 
pescoço. 
 
É uma dor violenta, constritiva, de duração prolongada (mais de 30 minutos a 
algumas horas de duração), não é aliviada pelo repouso, ou pela nitroglicerina. Pode 
ocorrer um aumento da freqüência respiratória, palidez, sudorese profusa, fria e 
pegajosa, tonteira e confusão mental. Pode haver, por um reflexo vagal, náuseas e 
vômitos. 
 
ATENDIMENTO NO IAM: Determinadas vezes, a dor que provém a um ataque 
cardíaco pode ser confundida, por exemplo, com a dor epigástrica (de uma indigestão). 
É necessário estar atento para este tipo de situação. 
A vítima não deve ser muito movimentada. O movimento ativa as emoções e 
faz com que o coração seja mais solicitado. 
· Observar com precisão os sinais vitais. 
· Manter a pessoa deitada, em repouso absoluto na posição mais confortável, 
em ambiente calmo e ventilado. 
· Obter um breve relato da vítima ou de testemunhas sobre detalhes dos 
acontecimentos. 
· Tranquilizar a vítima, procurando inspirar-lhe confiança e segurança. 
· Afrouxar as roupas. 
· Evitar a ingestão de líquidos ou alimentos. 
· No caso de parada cardíaca proceder às técnicas de ressuscitação 
cardiorrespiratória. 
· Observar se a vítima traz nos bolsos remédios de urgência. Aplicar os 
medicamentos segundo as bulas, desde que a vítima esteja consciente. 
Vasodilatadores coronarianos, comprimidos sublinguais. 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
A confirmação da suspeita de quadro clínico de um infarto agudo do miocárdio 
só ocorre com a utilização de exames complementares, tipo eletrocardiograma (ECG) e 
exames sangüíneos (transaminase, etc), que deverão ser realizados no local do 
atendimento especializado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
o EDEMA AGUDO DE PULMÃO: 
D e f i n i ç ã o 
É o acúmulo atípico de líquido nos tecidos dos pulmões. É uma das emergências 
clínicas de maior importância e seriedade. 
 
S i n t o m a s 
· Alteração nos movimentos respiratórios - os movimentos são bastante exagerados 
· Encurtamento da respiração (dispneia), que normalmente agrava com as atividades 
ou quando a pessoa deita-se com a cabeceira baixa. O doente assume a posição 
sentada. 
· Dificuldade em respirar - aumento na intensidade da respiração (taquipnéia) 
· Respiração estertorosa; pode-se escutar o borbulhar do ar no pulmão 
· Eventualmente - batimento das asas do nariz 
· A pele e mucosas se tornam frias, acinzentadas, às vezes, pálidas e cianóticas 
(azuladas), com sudorese fria 
· Ansiedade e agitação 
· Aumento dos batimentos cardíacos (taquicardia) 
· Aumento da temperatura corporal (hipertermia) nos casos de anafilaxia aguda 
· Mucosa nasal vermelho-brilhante 
· Tosse no começo, não é produtiva, ou seja, não ocorre expectoração, passa a ser 
acompanhada depois de expectoração espessa e espumosa, eventualmente 
sanguinolenta 
· Outros sintomas específicos da causa do edema pulmonar podem ocorrer. 
 
ASSISTÊNCIA: 
Transferência para um serviço de urgência ou emergência de um hospital. 
O movimento não deve ser demasiado e intenso, pois ativa as emoções e faz com que 
o coração seja mais solicitado. 
· Observar com precisão os sinais vitais. 
· Manter a pessoa na posição mais confortável, em ambiente calmo e ventilado. 
· Obter um breve relato da vítima ou de testemunhas sobre detalhes dos 
acontecimentos. 
· Aplicação de torniquetes alternados, a cada 15 minutos, de pernas e braços pode ser 
feita enquanto se aguarda o atendimento especializado. 
· Tranqüilizar a vítima, procurando inspirar-lhe confiança e segurança. 
· Afrouxar as roupas. 
· Evitar a ingestão de líquidos ou alimentos. 
· Se possível, dar oxigênio por máscara à vítima. 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
· No caso de parada cardíaca aplicar as técnicas de ressuscitação cardiorrespiratória. 
 
CRISE HIPERTENSIVA: Mesmo com os conhecimentos atuais sobre a 
fisiopatologia e o tratamento da doença hipertensiva, sua evolução é eventualmente 
assinalada por episódio de elevação súbita e acentuada da pressão arterial 
(hipertensão), concebendo uma séria e grave ameaça à vida. 
A elevação rápida e excessiva da pressão arterial pode evidenciar- se pela 
seguinte patologia: 
· 
2
Encefalopatia. 
· Cefaléia intensa, geralmente posterior e na nuca. 
· Falta de ar.(dispneia) 
· Sensação dos batimentos cardíacos (palpitação). 
· Ansiedade, nervosismo. 
· Perturbações neurológicas, tontura e instabilidade. Zumbido. 
· Escotomas cintilantes (visão de pequenos objetos brilhantes). 
· Náusea e vômito podem estar presentes. 
Pessoas previamente hipertensas apresentam, na crise, níveis de pressão diastólica 
(ou mínima) de 140 ou 150 mm Hg ou mais. Determinados casos, o aumento repentino 
tem mais importância do que a elevação da pressão diastólica, aparecendo alguns 
sintomas com cifras mais baixas, em torno de 100 ou 110 mm Hg. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2
 A encefalopatia é uma síndrome clínica de etiologia desconhecida. Ela é causada pela resposta anormal 
da auto-regulação circulatória cerebral, em decorrência de elevação súbita ou acentuada da pressão 
arterial. 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
12- Assistência de enfermagem em emergência e urgência a pacientes 
adultos e pediátricos com problemas respiratórios: 
 
 
o SISTEMA RESPIRATÓRIO 
o ANAFILAXIA 
o URTICÁRIA E ANGIOEDEMA 
o ASMA 
o ANGINA 
o OTALGIAS 
o SINUSITE 
o SURDEZ SÚBITA 
o TRAUMA EM OTORRINOLARINGOLOGIA 
o CORPO ESTRANHO 
o ROLHA CERUMINOSA 
o EPISTAXE 
o LABIRINTITE AGUDA 
o PNEUMONIAS 
o PNEUMONIAS I E II 
o PNEUMONIA COMUNITÁRIA EM CRIANÇAS MAIORES DE 2 
MESES PNEUMONIA HOSPITALAR 
o EMBOLIA PULMONAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTODO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
ANAFILAXIA 
 
Refere-se a uma reação sistêmica potencialmente fatal, relacionada a reações de 
hipersensibilidade imediata mediadas por imunoglobulinas da classe IgE que ocorrem após 
exposição a um antígeno ao qual o indivíduo foi previamente sensibilizado. 
A Anafilaxia deve ser encarada como uma emergência médica quer demanda detecção 
e tratamento imediatos. O atendimento ao paciente deve corresponder aos protocolos de 
ressuscitação cardiopulmonar (ABCDE), avaliando-se a permeabilidade das vias aéreas, os 
parâmetros cardiovasculares e o nível de consciência. 
ATENDIMENTO: 
o Pode-se aplicar um torniquete na extremidade-fonte do antígeno, adiando sua 
distribuição sistêmica. O torniquete deve ser aliviado a cada 5 minutos e não 
deve ser mantido por um período total superior a 30 minutos; 
o Os Anti-histamínicos são considerados uma terapia adjuvante à Epinefrina, 
estudos revelam que o atraso na Epinefrina pode ocasionar a morte do 
paciente; 
o Os corticóides não tem um efeito imediato, porém devem ser administrados 
precocemente para evitar reações anafiláticas tardias; 
o Broncodilatadores e oxigenação s/n. 
o Superada a crise anafilática, o paciente deve ser autorizado a alta com 
prescrição de antihistamínicos e corticóides por mais 2-3 dias, e fazer 
referência a uma avaliação imunológica especializada, com a finalidade de 
realizar um tratamento de dessensibilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
URTICÁRIA E ANGIOEDEMA: Vergões vermelhos e elevados, de tamanhos variados, na 
superfície da pele, acompanhados frequentemente por prurido e associados a uma reação 
alérgica e liberação de histamina ou outras anormalidades no sistema do imunológico. A 
urticária e o angioedema geralmente coexistem, não apresentando diferença quanto a 
etiologia, patogenia e tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
ASMA: Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que se manifesta 
clinicamente por episódios recorrentes de dispnéia, sibilância, constrição torácica e tosse. É 
distinguida por hiper-responsividade brônquica e obstrução variável do fluxo aéreo, reversível 
espontaneamente ou com o tratamento. 
ATENDIMENTO: 
o O diagnóstico da crise de asma aguda na sala de emergência 
se constitui em um processo clínico rápido e fácil. O paciente apresenta-se 
com algum grau de dispnéia, desconforto torácico e sibilância, às vezes 
acompanhados de tosse e expectoração. 
o A avaliação da gravidade da crise asmática visa coligar o 
paciente de maior risco que requer monitorização e terapêutica mais agressiva 
a fim de evitar a insuficiência respiratória e morte. 
A história pregressa que aproximam o paciente com uma doença com 
grau de maior risco incluem: 
• intubação e ventilação mecânica prévias, 
• acidose respiratória sem precisão de intubação, 
• duas ou mais hospitalizações por asma no último ano, 
• hospitalização no derradeiro mês, terapêutica com corticóide no último ano, • 
cessação da corticoterapia, 
• tratamento médico inadequado, 
• má aderência ao tratamento e problemas psicológicos ou psicossociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
Recomendações Importantes: 
Utilizar O2 a 3 l/min sob cateter nasal, quando Sat.= 95% 
Dar preferência ao uso do 2 agonista por via inalatória. O efeito por nebulização a 
jato é o mesmo que obtido por aerossol dosimetrado com espaçador, mesmo em casos de 
crise muito grave e pode resultar em reversãomais rápida da obstrução. 
Brometo de Ipratrópio associar na nebulização ao 2 agonista, quando crise grave 
Corticóide oral ou parenteral tem efeito equivalente, portanto dar preferência à via oral. 
Prescrever a via parenteral a pacientes incapazes de deglutir. Os corticóides sistêmicos 
devem ser utilizados precocemente na emergência. 
Não sedar. 
Aminofilina: Não tem indicação como tratamento inicial. Em pacientes muito graves, 
hospitalizados, poderá ser considerada como tratamento adjuvante. 
Uso de corticóide em casa, por 5 a 10 dias, em pacientes com história de: 
- Asma corticóide-dependente. 
- Duração da crise > 6 horas. 
- Crises severas anteriores. 
- Insuficiência respiratória durante crise anterior ou nesta crise. Internações anteriores. 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
- Ausência de resposta à Adrenalina ou a nebulizações. 
- 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
Erros mais comuns em emergências; 
Uso de mucolíticos ou fluidificantes VO ou inalados. 
Uso de dexametasona via inalatória. 
Nebulização com álcool ou vodka ou água destilada. 
Tapotagem. 
Percepção inadequada da gravidade da crise por parte do paciente e/ou médico. 
História e exames físicos inadequados 
Hiperhidratação. 
Falta de reposição de potássio. 
Uso de aminofilina como tratamento central. 
Demora ou não indicação de corticosteróides. 
Antibióticos de rotina. 
Uso de sedativos. 
Falta de suplementação de oxigênio. 
Alta precoce do pronto-socorro ou hospital. 
Falta de intensificação no tratamento após a alta. 
Não informar ao paciente ou responsável sobre o diagnóstico adequado da Crise de 
Asma usando termos como Bronquite ou Chiado no peito; 
Falta de medidas funcionais para avaliação da gravidade e da resposta ao tratamento; 
Uso incorreto de medicações 
Entregar a receita sem o total entendimento do uso da medicação; 
Não fazer a Classificação da Gravidade da Asma e encaminhamento inadequado aos 
Centros de Referência do Programa de Asma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
Anginas: Os sintomas das anginas dão início por ser dores de garganta fortes, 
dificuldade em engolir, febre, muitas vezes ultrapassando os 38,5°C. 
No caso da angina vermelha, as amígdalas estão vermelho-escuras e há um 
síndrome gripal. No caso da angina branca, aparecem pontos brancos sobre as 
amígdalas, sem tosse nem rinite, mas em geral com gânglios dolorosos. 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
OTALGIA; 
Otalgia: é uma dor no ouvido, sendo que a dor é originada na orelha (externa, média ou 
interna) ou secundária, quando a etiologia não está na orelha. 
 Para o controle da dor devem-se utilizar analgésicos por via oral 
(acetaminofeno, dipirona) e compressas aquecidas(pelo ferro de passar roupa 
ou água úmida aquecida) ou bolsa térmica envolta num pano. 
 Dores associadas com mudanças bruscas de altitude podem ser aliviadas 
deglutindo-se saliva, mascando-se chicletes e/ou outros alimentos. 
 Pacientes com suspeita de distúrbio da articulação temporomandibular devem 
evitar uso de chicletes ou alimentos de consistência endurecida nos momentos 
de dor. 
 O uso de medicações tópicas auriculares (sulfacetamina sódica, lidocaína, 
tetracaína, clorfenesina, tirotricina) deve ser restrito a casos de dor intensa, 
pois podem futuramente atrapalhar o exame otológico e provocar lesões 
auriculares. 
 Anti-histamínicos e descongestionantes podem ser utilizados nos casos de 
obstrução da tuba auditiva associada a quadros alérgicos ou infecciosos. 
 Instituir o tratamento da causa de base da otalgia. 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
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Sinusite é uma inflamação dos seios paranasais geralmente associadas a um processo 
infeccioso. 
 
 
 
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DISTÚRBIOS 
Epistaxe : ou epistaxis ou hemorragia nasal é o nome dado a qualquer perda de sangue pelo 
nariz, geralmente pelas narinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
Surdez súbita: é uma perda auditiva grave que geralmente afeta um dos ouvidos e ocorre em poucas horas 
embora a maioria dos pacientes recuperem totalmente ou parcialmente a audição dentro de 10 a 14 dias. 
 
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DISTÚRBIOS 
o é uma condição grave, que pode causar: 
o * Dano constante ao pulmão devido à carência de fluxo sangüíneo no tecido 
pulmonar. 
o * Baixos níveis de oxigênio no sangue. 
o * Danos a outros órgãos do corpo por anóxia;. 
o * Se o coágulo for muito grande, ou se houver múltiplos coágulos, embolia 
pulmonar pode causar o óbito. 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
o A terapia pode incluir medicamentos para afinar o sangue e reduzir sua 
propensão a coagular. Se os sintomas ameaçaram a vida, o médico pode dar 
ao paciente drogas a fim de o coágulo mais rapidamente. 
o Determinadas ocasiões, porém raras, o médico pode usar cirurgia ou algum 
outro procedimento para remover o coágulo. 
o Os objetivos principais da terapêutica de embolia pulmonar são: 
o * Impedir que o coágulo sanguíneo cresça. 
o * Impedir a formação de novos coágulos. 
 
 
 
13- Assistência de enfermagem em emergência e urgência a pacientes 
adultos e pediátricos com problemas Neurológicos: 
 
o DOENÇAS CEREBROVASCULARES NA EMERGÊNCIA 
o ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA 
o ESTADO DE MAL EPILÉPTICO (EME) 
o ATENDIMENTO AO PACIENTE COM CRISE EPILÉPTICA NA EMERGÊNCIA 
o ATENDIMENTO DE EMERGÊNICA AO PACIENTE COM ESTADO CONFUSIONAL AGUDO 
DROGAS 
o ATENDIMENTO AO PACIENTE COM HISTÓRIA DE SÍNCOPE 
o ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA 
o ATENDIMENTO A PACIENTES COM CEFALÉIA NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA 
o DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
o DOENÇAS CEREBROVASCULARES NA EMERGÊNCIA 
 
Doenças Cerebrovasculares (DCV) ou Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), são 
enfermidades frequentemente atendidas nas Unidades de Emergência. O atendimento inicial é 
essencial para o prognóstico. O ideal seria que fosse por neurologista experiente, logo nas 
primeiras horas. 
 
Existem dois tipos de AVC, 
1- Hemorrágico – geralmente causado por hipertensão arterial, ruptura de aneurismas, 
malformações arteriovenosas, vasculites, vasculopatias e discrasias sanguíneas; 
2- Isquêmico – causado por tromboembolismo arterial por embolias cardiogênicas ou de 
grandes vasos (ex.aorta, carótidas, vertebrais), oclusão de pequenos vasos intracranianos, 
distúrbios hemodinâmicos (hipotensão arterial grave) e coagulopatias. 
Diagnóstico de DCV- Doenças cerebrovasculares: 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
ESTADO DE MAL EPILÉPTICO 
Status Epilepticus ou Estado de Mal Epiléptico (E.M.E.): acontecimento clínico 
assinalado por crises epilépticas espaçadas (30 minutos ou mais) ou repetitivas sem 
recuperação do nível de consciência entre as crises, originando uma condição epiléptica fixa e 
duradoura. Sendo uma intercorrência clínica, adjunta à agressão ao SNC, aguda e grave, de 
alta mortalidade (10 a 15%).A recepção e atendimento deste paciente deve ser rápida e 
eficiente. 
Principais fatores precipitantes: 
- Álcool 
- Suspensão de drogas antiepilépticas (DAE) 
- Drogas ilegais (cocaína) 
- Trauma 
- Epilepsia refratária 
- Metabólicos/Parada cardiorrespiratória 
- Tumores, 
- Infecções do SNC, incluindo as bacterianas, virais e parasitárias. 
-Doenças cerebrovasculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
Opções terapêuticas 
Pentobarbital (Nembutal): Ataque 6 - 25mg/Kg (15mg/Kg), Manutenção 
1,5mg/Kg/hora a cada 10 - 15 minutos até controle das crises ou depressão acentuada no EEG 
Tiopental Sódico (Thionembutal): 
Ataque 3 - 4mg/Kg em 2 minutos e infusão contínua de 0,2mg/Kg/min em solução salina. 
Aumentar 0,1mg/Kg/min a cada 3 - 5 minutos até controle ou depressão do EEG 
Ácido Valpróico (VA): para EME Ausência até 1 - 2g 
Lidocaína: 1 - 2mg/Kg em bolo seguido de 1,5 - 3mg/Kg/h (adultos) ou 6mg/Kg/h (crianças) 
Halotano e Isoflurano Propofol: dose de ataque- 2mg/kg – Dose de manutenção até o 
controle 5 a 10mg/kg/h. Após o controle reduzir para 1 a 3mg/Kg/h 
Midazolam: ataque 0,15 - 0,2mg/Kg e manutenção de 0,08mg/Kg/h 
Obs: o desaparecimento das crises clínicas nem sempre significa o fim das crises 
eletrográficas com persistência de EME não convulsivo. 
 Pacientes que não respondem a estímulos externos 15 minutos depois de cessadas as 
crises devem ser submetidos à monitorização por EEG. 
Tratamento profilático para evitar recidiva do EME: 
Ausência: VA ou Etossuximida 
CTCG ou Focal: FNT, FB, Carbamazepina, Oxicarbazepina, VA. 
Mioclônica generalizada: Clonazepam ou VA. 
Complicações do EME: 
 - Rabdomiólise (hidratação vigorosa, diurético de alça, alcalinizar urina, bloqueio 
euromuscular) 
 - Hipertermia (resfriamento externo, acetaminofen) 
 - Acidose (Hiperventilação) 
 - Leucocitose 
 - L.C.R. com pleocitose 
 - Hipertensão arterial (não tratar até o controle das crises) 
 - Edema pulmonar 
 - Hipoxemia cerebral, edema e lesão cerebral irreversível 
Obs.: CTCG= Crise tônico-clônica generalizada. 
 
ATENDIMENTO AO PACIENTE COM HISTÓRIA DE SÍNCOPE NA UNIDADE 
DE EMERGÊNCIA: 
 
A síncope é um estado de breve perda da consciência, que ocorre por redução súbita e 
temporária do fluxo sangüíneo cerebral e do tônus muscular. 
É em geral comum em crianças e idosos. Sua etiológia é ambragente varia desde as 
psicogênicas até graves como hemorragia subaracnóidea, choque cardiogênico (ex. no IAM) e 
insuficiência do sistema vertebrobasilar. Seu diagnóstico diferencial com crises epilépticas, AIT, 
disautonomia primária ou adquirida e síncope neurocardiogênica requer em uma avaliação 
neurológica detalhada na unidade de emergência. 
Anamnese 
História clínica – questionar: tonturas, antecedentes de síncope, diplopia, 
hemianopsia, cefaléia, jejum prolongado, palpitações, periodicidade das crises, pródromos, 
fatores desencadeantes (ambiente fechado, impacto com a visão de sangue, stress, mudança 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
de 
decúbito, hemorragia, ansiedade, dor,micção, tosse, vômitos), fenômenos motores e 
neurovegetativos (sudorese, palidez, taquicardia) 
Tempo de recuperação e estado geral após a sincope; doenças prévias: cardiopatia, 
diabetes, hipertensão arterial e sua terapêutica, uso de drogas (neurofármacos). 
Exame físico 
Avaliação de dados vitais (medir a pressão arterial em ambos os membros superiores em 
decúbito e ortostase); sinais de trauma; disfunções neurovegetativas; exame neurológico. 
Exames de rotina: Hemograma; glicemia; eletrólitos; CK; CKMB; LDH; ECG; EEG, RX do 
Tórax. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
CONSIDERANDO que ainda não há consenso sobre a aplicabilidade desses critérios em 
crianças menores de 7 dias e prematuros, resolve: Lei n.º 3.268, de 30 de setembro de 1957:Art. 1º. 
A morte encefálica será caracterizada através da realização de exames clínicos e complementares 
durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias.Art. 2º Os dados 
clínicos e complementares observados quando da caracterização da morte encefálica deverão ser 
registrados no termo de declaração de morte encefálica. 
Em pacientes com dois anos ou mais – 1 exame complementar entre os abaixo mencionados: 
 Atividade circulatória cerebral: angiografia, cintilografia radioisotópica, Doppler transcraniano, 
monitorização da pressão intracraniana, tomografia computadorizada com xenônio, SPECT. 
 Atividade elétrica: eletroencefalograma. 
 Atividade metabólica: PET, extração cerebral de oxigênio. 
Para pacientes abaixo de 2 anos: 
De 1 ano a 2 anos incompletos: dois eletroencefalogramas com intervalo de 12 horas. 
De 2 meses de idade a 1 ano incompleto: dois eletroencefalogramas com intervalo de 24 
horas. 
De 7 dias a 2 meses de idade (incompletos): dois eletroencefalogramas com intervalo de 48h. 
Uma vez constatada a morte encefálica, cópia deste termo de declaração deve 
obrigatoriamenteser enviada ao órgão controlador estadual (Lei 9.434/97, art. 13). 
ATENDIMENTO DO PACIENTE EM COMA: 
Condição extremamente grave que determina uma abordagem clínica inicial com 
medidas gerais. 
Abordagem clínica inicial: 
A- Avaliação da ventilação, se necessário, intubar imediatamente. 
B- Correção de distúrbios hemodinâmicos. 
C- Venóclise e coleta de sangue para exames laboratoriais rotineiros e especiais. 
D- Administrar tiamina e glicose, conforme algoritmo. 
E- História clínica detalhada – com ênfase em questões sobre: trauma, intoxicações, 
alcoolismo, uso de drogas; doenças prévias como: diabetes, epilepsia, hipertensão, 
cardiopatias, cirrose, insuficiência renal. 
F- Exame clínico – sinais de trauma, infecções, lesões cutâneas por administração de 
drogas intravenosas, coloração da pele e das mucosas, sinais clínicos de doenças 
sistêmicas. 
G- Proteja os olhos, controle a agitação, instale sonda vesical e nasoenteral, evite 
complicações relacionadas com a imobilidade (profilaxia de trombose venosa profunda), 
inicie a profilaxia da úlcera de stress. 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
Importantes informações para o diagnóstico e conduta do paciente em coma 
1- A avaliação neurológica do paciente em coma, proceder a uma sistemática que permita 
um diagnóstico rápido e um terapêutica adequada. 
2- Para que ocorra alteração do nível de consciência, é necessário que exista uma das 
seguintes alternativas: 
a) Lesão anatômica ou funcional da formação reticular mesencefálica. 
b) Disfunção bilateral dos hemisférios cerebrais. 
c) Lesões associadas dessas duas estruturas. 
As condições que produzem as alternativas acima são as seguintes: 
a) Lesões supratentorias que confrangem ou deslocam o diencéfalo ou o tronco encefálico 
(tumor cerebral, AVC, hematoma subdural e outras). 
b) Encefalopatias metabólicas, tóxicas ou infecciosas, as quais comprometem difusamente 
ambos os hemisférios cerebrais (hipo/hiperglicemia, uremia e outras). 
c) Lesões expansivas ou destrutivas infratentoriais, que promovam dano ou compressão à 
formação reticular mesencefálica (hemorragia e infarto cerebelar, neoplasias e outras). 
É de fundamental importância o diagnóstico diferencial com os distúrbios 
psiquiátricos que cursam com ausência de resposta. 
A peça fundamental para o diagnóstico incide em: 
a) Interpretação adequada dos sinais que refletem o comprometimento dos diversos 
níveis do encéfalo. 
b) Determinar qual das condições citadas no item acima que pode ser a responsável pelo 
quadro clínico atual do paciente. A tabela 1 indica os correspondentes sinais e sintomas 
característicos. 
 
Tabela 1- Características clínicas das condições que determinam o estado de coma 
 
O Exame neurológico do paciente em coma 
a) Avaliação do nível de consciência (com e sem estímulo) – descrever com detalhes: 
- Resposta verbal 
- Abertura ocular 
- Resposta motora 
b) Ritmo respiratório 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
c) Fundoscopia 
d) Nervos cranianos 
- Exame das pupilas 
- Motricidade ocular extrínseca: oftalmoplegias supranucleares, nucleares e 
internucleares; observação de movimentos espontâneos como nistagmo, opsoclonus, 
bobbing ocular. 
- Reflexo óculo-cefálico (olho de boneca) e óculo-vestibular (prova calórica). 
- Reflexo córneo-palpebral. 
- Reflexo de tosse- Resposta motora 
e) Motricidade- Movimentos involuntários 
- Força muscular 
- Tônus e posturas anormais (decorticação, descerebração) 
- Reflexos profundos e superficiais 
f) Sinais de irritação meningo-radicular 
g) Avaliação autonômica (midríase, taquicardia e hipertensão à estimulação álgica) 
Obs.: referir o escore da escala de Glasgow. 
 
 
 
 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
14- Assistência de enfermagem em emergência e urgência a pacientes 
adultos e pediátricos com problemas gastroentelógicos: 
 
o DOR ABDOMINAL AGUDA 
o OBSTRUÇÃO INTESTINAL 
o ABDOME AGUDO 
o DIARRÉIA AGUDA 
o PANCREATITE AGUDA 
o HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA 
o MELENA 
o INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO 
o INGESTÃO DE CÁUSTICOS 
o ASCITE NO PRONTO-SOCORRO 
o HEMORRÓIDAS 
o FECALOMA 
o ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
DOR ABDOMINAL AGUDA: 
 
 
 
 
 
 
o (*) Rotina de Exames: Homem: Hemograma; sumário de urina; amilase; RX. de tórax 
PA de pé; RX. de abdome PA de pé e deitado; Ultrasonografia, (US) de abdome total 
(após ver RX.) 
o Mulher em idade fértil (Até 45 anos ou com ciclos presentes mesmo com 
laqueadura tubária.) Hemograma; sumário de urina; amilase; US de abdome total e 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
pelve (antes ou depois da radiografia a depender do quadro clínico); Beta HCG, se 
Beta HCG neg.; RX. de tórax PA de pé; RX. de abdome AP de pé.e deitado. 
o Mulher fora da idade fértil: Rotina de exames p/ homem com US total e pelve 
 
 
 
 
 
 
 
 
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o HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISTÚRBIOS 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA: 
(HDA), avaliada como uma emergência clínica frequente, com gravidade que varia de 
episódios discretos até sangramentos que ameaçam a vida do paciente. Na maioria das vezes 
exterioriza-se como hematêmese e/ou melena. 
 
 
 
 
 
 
 
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA: 
Variando desde episódios crônicos e pouco expressivos de 
3
hematoquezia, podendo 
evolui para hemorragias maciças e choque hemodinâmico. 
Na maioria das vezes, o sangramento é autolimitado. 
A abordagem inicial dos casos graves é direcionada para garantir a estabilidade 
hemodinâmica, dentro dos mesmos princípios da terapêutica da HDA. 
Podem também ser causas de HDB as neoplasias, as colites isquêmicas e infecciosas, 
além das doenças inflamatórias intestinais. AINE podem produzir lesões de delgado e cólon, 
com consequente HDB, Fístulas aorto-entéricas, vasculites, enteropatias associadas à 
hipertensão porta podem também ocasionar a HDB. 
A etiologia da HDB é modificável de acordo com a faixa etária. Na criança, o 
4
divertículo de Meckel é a causa mais corriqueira de sangramento, ao passo que, no adulto, a 
doença diverticular dos cólons, as 
5
angiodisplasias e as doenças proctológicas, sobretudo 
hemorroidárias, são mais relevantes. 
 
 
 
 
 
3
 O sangramento vivo intestinal baixo recebe o nome de hematoquezia. 
4
 Anormalidade congênita comum que é formada por uma pequena bolsa, chamada de divertículo 
Meckel, esta bolsa fica localizada para fora da parede do intestino delgado. 
5
 São lesões vasculares ectasiadas, de etiologia degenerativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15- Assistência de enfermagem em emergência e urgência a pacientes 
adultos e pediátricos com problemas metabólicos: 
 HIPERCALCEMIA .. 
CRISE TIREOTÓXICA 
COMA MIXEDEMATOSO – ABORDAGEM E TRATAMENTO 
HIPOGLICEMIA 
CETOACIDOSE DIABÉTICA 
 
 
 
 
 
 
HIPERCALEMIA: é um nível elevado de cálcio na corrente sanguínea (Concentrações 
normais: 9 - 10.5 mg/dL ou 2.2 - 2.6 mmol/L). A hipercalemia é um problema clínico 
relativamente comum. Ocorre quando a entrada de cálcio no sangue excede a excreção de 
cálcio na urina ou deposição nos ossos. 
 
 
 
 
 
 
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CRISE TIREOTÓXICA : 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Coma mixedematoso: Coma mixedematoso (CM) é uma espécie clínica, rara, que se 
revela em pacientes com hipotireoidismo primário ou secundário, de extensa duração, e não 
terapeuticamente tratados. 
Prioridade Iniciais 
1. Ventilação mecânica, caso haja hipercapnia/hipóxia significantes. 
2. Reposição hormonal imediata, aguardando resultados confirmatórios. 
3. Aquecimento com cobertores comuns e uma sala quente (aquecimentorápido, ativo, 
é contra-indicado, pois pode gerar vasodilatação periférica e induzir o choque circulatório). 
4. Administração de corticóides, após a coleta de sangue para cortisol plasmático. 
5. Tratar de infecção associada. 
6. Correção de hiponatremia grave (Na < 120 mEq/L). 
 
Outras intervenções incluem: 
- correção de hipoglicemia com glicose, endovenosa (EV); 
- tratamento de hipotensão grave, com administração acautelada de solução glicosada a 5- 
10%, e solução fisiológica a 0,9% ou salina hipertônica, se existir hiponatremia <120 mEq/L); 
- reajuste de dose de qualquer medicação para contrabalançar a diminuição da perfusão renal, 
ou o acréscimo da meia vida da droga, e outros; 
- diuréticos deverão ser administrados com cautela para os pacientes com ICC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16- Assistência de enfermagem em emergência e urgência a pacientes 
adultos e pediátricos com problemas ginecológicos: 
 
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO BAIXO 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ALTO CÓLICA URETERAL 
HEMATÚRIA MACIÇA 
ANÚRIA OBSTRUTIVA 
RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA 
PRIAPISMO 
PARAFIMOSE 
ESCROTO AGUDO 
TRAUMA RENAL 
TRAUMA URETRAL 
TRAUMA VESICAL 
FRATURA PENIANA 
TRAUMA GENITAL 
FERIMENTOS PENETRANTES DE PÊNIS 
TRAUMA DE TESTÍCULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
 
 
 
CÓLICA URETRAL: 
Sintoma urológico muito frequente e expresso uma obstrução ureteral aguda de 
etiologia diferente . Tem sintomatologia típica e dificilmente é confundida com sintomatologia 
de outros órgãos. 
O tratamento inicial é o controle da dor que pode ser iniciado da seguinte forma: 
- Dipirona 03 mL 
EV - Hioscina 02 mL 
- Água destilada 10 mL 
IM - Diclofenaco sódico 75 mg 
A metoclopramida pode ser adicionada a este esquema. 
Quando não for conseguida resposta adequada deve ser associado opióide. Nos episódios de 
cálculos < 6 mm sem infecção ou dilatação, tentar o tratamento conservador, pode ser prescrito 
hioscina associada à dipirona e um anti-inflamatório não esteróide por via oral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
HEMATÚRIA 
A hematúria pode representar a única revelação de diversas doenças do TGU. Logo é 
um sinal clínico de grande significado. 
Sendo o objetivo da investigação é fazer a distinção do diagnóstico de afecções 
graves e potencialmente curáveis mediante intervenção precoce. 
 Perto de 5 a 20% das hematúrias microscópicas e assintomáticas advêm de doenças 
urológicas significantes e 13% são representados por neoplasias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
 
 
 
ANÚRIA OBSTRUTIVA: é o estado de Insuficiência Renal Aguda com estada total ou quase 
total da diurese gerada por obstrução da via excretora. Podendo estar ligada à litíase 
renoureteral e vesical ou a obstrução infra-vesical, sendo a sua complicação mais grave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
RETENÇÃO URINÁRIA AGUDA 
É definida como a incapacidade miccional associada à sintomatologia dolorosa 
suprapúbica irradiada, ou não, para a região periuretral. Os pacientes se apresentam ansiosos 
com o quadro de dor intensa podendo ser notado o abaulamento suprapúbico (“bexigoma”). O 
tratamento consiste em drenagem da urina retida, por cateterismo uretral ou por cistostomia. 
Conceitos importantes não podem ser esquecidos: 
O cateterismo vesical necessitará ser feito após a iniciação cuidadosa com 15 a 20ml 
de xilocaina 2% geléia na uretra do paciente. 
O acesso do cateter deverá ser feito sem resistência. 
A insuflação do balão só deverá ser feita após a saída de urina por meio do cateter, 
confirmando a sua posição intravesical, a fim de evitar lesões uretrais iatrogênicas. 
A drenagem da urina deverá ser lenta, a fim de evitar o sangramento agudo da mucosa 
cervical (hemorragia ex vácuo). 
Solicitar hemograma, uréia, creatinina, EAS, urocultura, US de vias urinárias. (Caso 
seja homem maior de 45 anos, solicitar US prostática e PSA). 
Os pacientes com sonda, devem ser trocadas a cada 15-20 dias em postos de saúde 
até definição de procedimento ambulatorial por especialista em urologista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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POLITRUMATISMO-ATENDIMENTO DO POLITRAUMATIZADO 
A, B, C, D,E- ATENDIMENTO NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NOS 
DISTÚRBIOS 
PRIAPISMO 
É determinado por uma ereção peniana demorada e persistente, frequentemente 
dolorosa, desencadeada ou não por estímulo sexual. 
Podendo ser classificada como de: 
 Baixo (venoclusivo) ou 
 Alto fluxo (arterial). 
o Priapismo de baixo fluxo: 
É o tipo mais corriqueiro 
 Múltiplas causas. 
Assinalado pela redução do retorno venoso, estase vascular, determinando a hipóxia 
tecidual e acidose. Comumente é doloroso em motivo da isquemia tecidual. 
As causas mais comuns são: 
 vasodilatadores intracavernosos, 
 alterações hematológicas como anemia 
 falciforme e leucemia, psicofármacos e idiopáticos. 
o Priapismo de alto fluxo: 
Caracteriza-se pela elevação de fluxo arterial com retorno venoso normal. 
De regra é indolor. Na maioria dos casos sua trauma perineal ou peniano. 
O estudo metabólico é conseguido por meio de gasometria cavernosa pertinente a pressão 
parcial de O2, que abaixo de 40mmHg é indicativo de priapismo de baixo fluxo, enquanto 
valores acima de 80mmHg sugerem priapismo de alto fluxo. 
A finalidade da terapêutica do priapismo é conseguir a detumescência com o máximo de 
agilidade para prevenir lesões teciduais permanentes , assim sendo o alívio eficaz da dor. 
Observação: Todo paciente tratado por priapismo deve ser conduzido a orientação sobre os 
riscos de evoluir para disfunção erétil. 
Tratamento: 
 Primeiro procedimento : 
 aspiração dos corpos cavernosos, avaliando a gasometria sanguínea. 
Caso não se tenha gasometria, não deve injetar agonistas á-adrenérgicos. 
 No caso de priapismo de alto fluxo, o vistoria clínica deverá ser 
confirmado por doppler peniano ou arteriografia seletiva, pois de regra ocorre 
resolução espontânea, caso contrário, o paciente precisará ser submetido a 
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embolização arterial. 
 
PARAFIMOSE: É diferenciada por dor, edema e congestão

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