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Processos de Fabricação de Produtos Sólidos II UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Farmácia Escola de Tecnologia Industrial Farmacêutica Luiz Cláudio R. Pereira da Silva luizclaudio@pharma.ufrj.br Processos de Fabricação de Produtos Sólidos Módulo n° 2 : Sistemática Processos de fabricação: Produção de pós/ granulados/ péletes Produção de cápsulas Etapas do processo produtivo; Operações unitárias associadas e Controle em processo. FUNCIONALIDADE DE EXCIPIENTES FUNCIONALIDADE DE EXCIPIENTES Flávia Almada do Carmo P e s q u is a b ib li o g rá fi c a Comprar referência Desenvolvimento metodologia analítica 3 M E S E S P R É - F O R M U L A Ç Ã O Caracterização/ Compatibilidade 2 M E S E S L o te s e x p e ri m e n ta is Perfil de dissolução ESCALA 5 – 10 Kg 1 M Ê S E s ta b il id a d e a c e le ra d a ( v á ri a s e m b a la g e n s ) 6 + 1 M E S E S L o te s P il o to ESCALA 50 - 100 Kg 1 M Ê S E s ta b il id a d e a c e le ra d a E q u iv a lê n c ia F a rm a c ê u ti c a 6 + 1 M E S E S B io d is p o n ib il id a d e 6 M E S E S D e s e n v o lv im e n to e m b a la g e m D o c u m e n ta ç ã o Relatório de Desenvolvimento Dossiê Técnico para Registro Estabilidade Longa Duração 6 + X MESES 1 M Ê S E s tu d o d e c u s to 5 D IA S Sistemática CONTROLE EM PROCESSO PRODUÇÃO INSUMOS PRODUTO ACABADO GARANTIA DA QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE ENGENHARIA E MANUTENÇÃO CONSUMIDOR FLUXO DE PROCESSO EMBALAGEM REVESTIMENTO EMBALAGEM COMPRESSÃO EMBALAGEM ENCAPSULAMENTO MISTURA GRANULAÇÃO EMBALAGEM ENCAPSULAMENTO EMBALAGEM COMPRESSÃO MISTURA PESAGEM Processo Produtivo Formas farmacêuticas sólidas Pós Forma farmacêutica finamente dividida e seca, resultante da divisão mecânica de matérias-primas de origem natural (mineral, vegetal, animal) ou sintética. Pós Vantagens dispensação de doses elevadas; facilmente conservadas; ↑ área superficial – rápida dissolução; absorção mais rápida e regular (desintegração); facilidade de administração; ↓ custo. Desvantagens volume / transporte; ↑ área superficial – problemas (higroscopia, hidrólise, sublimação, oxidação, fotólise); dificuldade de mascaramento de sabor e/ou odor. Pós Classificação: • Tipos: • Tamanho: •Pós a granel para uso interno; •Pós para uso externo; •Insuflações (auricular, nasal ou garganta); •Xaropes antibióticos para reconstituição; •Pós para reconstituição de injetáveis. Pós Administração direta: (b) uso externo administração tópica - antisépticos - antimicrobianos (sulfas, p. ex.) - secantes (talco, p. ex.) - aftas (a) uso interno via gastrintestinal - antiácidos (sal de fruta, p. ex.) - laxantes (cáscara sagrada, p. ex.) - suplementos alimentares (aa, p. ex.) - pós para inalação Pós Intermediário de processos: • granulados • comprimidos • cápsulas Pós Pós simples – operações envolvidas: Pós Pós compostos – operações envolvidas: Pós Ensaios: Tamanho de partículas Morfologia Outros: umidade, cinzas, esterilidade... Produtos : Pós ou grânulos a granel para uso interno; Pós ou grânulos divisos; Pós para uso externo; Insuflações (auricular, nasal ou garganta); Xaropes antibióticos para reconstituição; Pós para reconstituição de injetáveis; e Pós secos utilizados em inaladores. Produção de pós/ granulados/ péletes Vantagens : Estabilidade/ prazo de validade Dispensação de doses elevadas Velocidade de dissolução Desvantagens : volume/ transporte Mascarar sabor desagradável Fármacos degradados no estômago Produção de pós/ granulados/ péletes Etapas do processo produtivo MANIPULAÇÃO ENCAPSULAMENTO EMBALAGEM 1a ENVASE COMPRESSÃO REVESTIMENTO EMBALAGEM 2a e 3a Produção de pós/ granulados/ péletes Qual é a finalidade? Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação – Redução do tamanho das partículas Otimizar a produção de medicamentos Eficácia farmacológica (dissolução, absorção) Uniformidade de conteúdo Propriedades físicas (fluxo e empacotamento) Definição do tamanho ideal das partículas do fármaco e seus adjuvantes Distribuição de tamanho das partículas Como ? Quais são os métodos ? Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação – Redução do tamanho das partículas Métodos por corte (facas)..\Vídeos Aulas\Knife Mill - BRL Education Labs VSOP.mp4 Métodos por compressão (gral e pistilo) Métodos por impacto (martelos) Métodos por atrito (rolos de porcelana ou metal – suspensões, pastas, unguentos) Redução de tamanho das partículas Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação – Redução do tamanho das partículas Moinho de facas Moinho de martelos Análise do tamanho das partículas..\Videos Aulas\How To Perform a Test Sieve Analysis - W.S. Tyler Test Sieves.mp4 Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação – Redução do tamanho das partículas Métodos por tamisação ( diâmetros entre 45 μm a 1000 μm)..\Videos Aulas\METTLER TOLEDO - One Click™ Sieve Analysis.mp4 Análise do tamanho das partículas Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação – Redução do tamanho das partículas Métodos por microscopia 0,001 1000 μm 1 10 100 0,1 0,01 MET MO MEV Análise do tamanho das partículas Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação – Redução do tamanho das partículas Método baseado no princípio da zona sensora da passagem elétrica..\Videos Aulas\Electrical Sensing Zone Webinar.mp4 0,001 1000 μm 1 10 100 0,1 0,01 Análise do tamanho das partículas Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação – Redução do tamanho das partículas Métodos por dispersão de luz laser 0,001 1000 μm 1 10 100 0,1 0,01 Espectroscopia de correlação fotoiônica Difração de Fraunhofer Análise do tamanho das partículas Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação – Redução do tamanho das partículas Método por sedimentação (gravitacional e centrífuga) 0,001 1000 μm 1 10 100 0,1 0,01 Aglomeração Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação - Aglomeração Aglutinantes úmidos: Gelatina PVP Deriv. Celulose (HPMC) PEG Sacarose Amido ..\Videos Aulas\Caleva -Granulation of a very small pharmaceutical sample in the Mini Mixer.mp4 Aglutinantes secos: Celulose Metilcelulose PVP PEG Razões Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação - Granulação Prevenir a segregação dos constituintes de uma mistura pulvérea; 0,2 a 4 nm (usual 0,2 a 0,5 nm) Melhorar as propriedades de fluxo da mistura; Melhorar as características de compactação da mistura; ↓ produção de poeira tóxica; ↓ adesão de substâncias levemente higroscópicas; e ↓ volume ocupado (estoque/ transporte). Métodos de granulação Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação - Granulação Granulação a seco Compactadores/ moinho (martelos)..\Videos Aulas\Granulator Technology - 3D Animation Inside a Granulator.mp4 Compactadores de rolo/ tamises..\Videos Aulas\Granulation & Drying.mp4 Vantagens/ desvantagens Partículas pulvéreas primárias Grânulos P Via seca: o produtos termossensíveis ou facilmente hidrolisáveis; o vitaminas; o certos hormônios; o efervescentes. Processos de granulação: • Grânulos efervescentes: fármaco + excipientes + bicarbonato de sódio + ácido cítrico Métodos de granulação Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação - Granulação Granulação úmida Granuladores de cisalhamento (misturadores planetários) Misturadores/ granuladores de alta velocidade Granuladores de leito fluidizado..\Videos Aulas\Granulation Fluid Bed Drier1.mp4 Secadores por aspersão Esferonizadores/ peletizadores Vantagens/ desvantagens Partículas pulvéreas primárias Grânulos Sol. granulante Granulação por via úmida Manipulação - Granulação Misturador/ granulador de alta velocidade Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação - Granulação Granulação por via úmida Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação - Granulação Granulação por via úmida Produção de pós/ granulados/ péletes Métodos de Secagem Manipulação - Secagem Convectiva de sólidos úmidos: Secagem convectiva em leito fixo (secadores de prateleiras) Secagem por convecção dinâmica (secadores de leito fluidizado) Condutiva de sólidos orais: Estufa a vácuo Secador de volteadura a vácuo Radiação de sólidos úmidos: Radiação infravermelha Microondas Liofilização (congelamento/ sublimação) Produção de pós/ granulados/ péletes Perda de água a partir de sólido em processo de secagem Manipulação - Secagem 1- sólido úmido; 2- perda por evaporação; 3- redução da UR ou atmosfera de armazenagem ( gel de sílica) ou com pentóxido de fósforo (4) 1 2 3 4 UR% C o n te ú d o d e u m id a d e CUL CUE Produção de pós/ granulados/ péletes Considerações na escolha do métodos de Secagem Manipulação - Secagem Sensibilidade ao calor do material; Características físicas do material; Necessidade de assepsia; Natureza do líquido a ser removido; Escala de operação; Fontes disponíveis de calor (vapor, eletricidade) Produção de pós/ granulados/ péletes Estufa de secagem de granulados Manipulação - Secagem Produção de pós/ granulados/ péletes Secador de Leito Fluidizado (Projeto) Manipulação - Secagem Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação - Secagem Produção de pós/ granulados/ péletes Calibração dos grânulos Manipulação - Calibração Produção de pós/ granulados/ péletes Determinação da umidade dos granulados : Controle em processo Produção de pós/ granulados/ péletes I2 + SO2 + 2 H2O � 2 HI + H2SO4 Misturadores de volteadura Manipulação - Mistura Misturador em “V” Produção de pós/ granulados/ péletes Manipulação - Mistura Misturadores de volteadura Misturador de bins Produção de pós/ granulados/ péletes Lubrificação da Mistura Manipulação - Lubrificação Produção de pós/ granulados/ péletes Produção de pós/ granulados/ péletes Envase Envase de pós e granulados: Cápsulas Vantagens administração de fármacos de odor e/ou sabor desagradáveis; veiculação de fármacos instáveis, administrados em altas concentrações e com baixa compactabilidade; menor comprometimento da biodisponibilidade; proteção contra O2, CO2, luz, umidade, calor; passível de revestimento gastro-resistente; combinação de vários fármacos; diferentes dosagens. Desvantagens não-fracionável; difícil deglutição; não permite o encapsulamento de líquidos aquosos. Cápsulas Classificação: • Cápsulas gelatinosas (a) Duras (gelatina) (b) Moles (gelatina + plastificante) Cápsulas Cápsulas gelatinosas duras Preparo do invólucro gelatina (hidrólise do colágeno) + água + corantes + opacificantes + anti-oxidantes + conservantes Propriedades - Umidade = 13 – 16% (p/p) - Solubilidade: em água, 37ºC - Conteúdo: sólido seco semi-sólido líquidos não-aquosos Cápsulas Cápsulas gelatinosas duras: • Conteúdo: – Pós; – Granulados; – Péletes (pellets); – Pequenos comprimidos ou esferas; – Outras cápsulas menores. Cápsulas Cápsulas gelatinosas duras Enchimento (densidade aparente e tapped density) • Parâmetro diretamente relacionado - volume ocupado por uma determinada massa de pó ou granulado; • Avaliação da densidade da mistura de pós deve ser avaliada antes do processo de enchimento ; • Determinar o tamanho de cápsula a ser utilizado e os tipos de excipientes; • Correlação direta entre a tapped density de uma mistura de pós e o volume que esta ocupará. MANIPULAÇÃO ENCAPSULAMENTO REVESTIMENTO EMBALAGEM 2a e 3a Etapas do processo produtivo Produção de cápsulas Produção de cápsulas Manipulação (grânulos) Produção de cápsulas Manipulação (péletes) Propriedades desejadas: Forma esférica uniforme Tamanho uniforme Boas propriedades de fluxo Acondicionamento reprodutível Elevada resistência Friabilidade baixa Baixa geração de pó Superfície limpa Fácil revestimento Produção de cápsulas Manipulação (péletes) Etapas: Mistura seca dos componentes Umidificação da massa (plasticidade da massa) Extrusão (diâmetro uniforme) Produção de cápsulas Manipulação (péletes) Etapas: Esferonização Secagem Tamisação Cápsulas Cápsulas gelatinosas duras Excipientes • Diluentes • Absorventes • Lubrificantes • Tensoativos/Molhantes/Desintegrantes • Antioxidantes • Conservantes Cápsulas Encapsulamento: Encapsuladora semi- automática Alimentação parafuso sem-fim Produção até 10.000 cap/hora Cápsulas Encapsulamento: Encapsuladora automática 6000 a 150000 cápsulas/hora Sistema ar comprimido Sistemade vácuo Cápsula gelatinosa dura com pós, grânulos e péletes Produção de cápsulas Encapsulamento Produção de cápsulas Encapsulamento Cápsulas Encapsulamento: 1- Alimentação/alinhamento 2- Abertura 3- Enchimento 4- Fechamento 5 e 6 – Travamento 7 - Expulsão Cápsulas Travamento: Cápsulas Codificação: Cápsulas Novos recursos e acessórios para melhoria de eficiência e produtividade: Alimentador automático; Sistema de remoção de cápsulas vazias ou quebradas; Abertura a vácuo das cápsulas; Sistema de pressão para alimentação dos pós ou granulados nas cápsulas; Sistema dosador para cápsulas. Cápsulas Parâmetros importantes no processo de enchimento: Fluxo da mistura de pós: fator determinante para o eficiente enchimento de cápsulas; Fatores que influenciam no fluxo: tamanho e a forma das partículas; Quanto mais esférica - melhor será o fluxo; Necessário uma estreita distribuição de tamanho da mistura de pós para um bom processo de enchimento. Cápsulas Cápsulas gelatinosas moles Características gerais: • Podem apresentar diversos formatos: Cápsulas Cápsulas gelatinosas moles Utilizadas para o acondicionamento de substâncias não aquosas; Usadas nos ramos: alimentício, farmacêutico, cosmético; Produtos alimentícios: óleo de fígado de bacalhau, vitamina E, óleo de germe de trigo; Produtos cosméticos: filtros solares, óleo corporal; Produtos farmacêuticos: ibuprofeno, nifedipina. Cápsulas Cápsulas gelatinosas moles Preparo do invólucro: • Por imersão • Por compressão (+ utilizado) Aprisionamento de quantidades estabelecidas de substâncias medicamentosas entre folhas de gelatina mole que depois se soldam por compressão e se recortam. Cápsulas Cápsulas gelatinosas moles Cápsulas Cápsulas gelatinosas moles Cápsulas Incompatibilidades de cápsulas de gelatina: Para ambos os tipos As que resultam da ação dos constituintes sobre o invólucro gelatinoso. As que devem à ação dos constituintes entre si. Temperaturas elevadas ( ligação cruzada da gelatina) Para cápsulas mole Dissolução da gelatina pelo solvente Difusão do princípio ativo na parede das cápsulas Reação cruzada da gelatina – Crosslinking Cápsulas Ensaios Peso médio: Desintegração: (< 45 minutos) Umidade: Dissolução: (aparato 1 = cesta) Peso médio ou valor nominal declarado Limites de variação < 300,0mg ± 10,0% > 300,0mg ± 7,5% • Teor de Umidade ideal dos invólucros = 12 – 15% • > 16% - perda de propriedades mecânicas deformação • < 10% invólucro quebradiço • Recomendado – armazenamento em umidade em torno de 30 a 45% • Evitar temperaturas superiores a 38ºC por períodos prolongados
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