Buscar

Literatura e Línguas - Interview Professor, M. A. Érika de Paula Matos (bilíngue) por Desyrée Terovydes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Interview – Professor, M. A. Érika de Paula Matos 
Holding M.A. and being in a doctorate program in Linguistics and Literary 
Studies at Universidade de São Paulo (USP), she is Professor of English and 
American Literature at Universidade São Judas Tadeu (USJT). Professor 
Érika Matos always tries to bring a little bit of her background from living 
abroad and to pass her knowledge of the British culture to her students, 
leaving them with more than just theory. Following you can check what she 
has to say about literature, career and studying abroad. 
1. How long have you been teaching English and American 
Literature? 
- This is my third year teaching English and American Literature at 
Universidade São Judas Tadeu, but I have already taught courses about 
Charles Dickens and Shakespeare in other places. 
2. When and how such subject called your attention? 
- Actually, I’ve been interested in Literature since High School. When I went 
to college, I studied Political Science and as time went by I realized that 
much of what I read had something to do with Literature or could be a 
complement. So, I decided to deepen my studies. 
3. Is there any book or writer you consider more interesting or 
would recommend the reading? 
- Well, all writers, or at least the well-known ones, are interesting. To 
mention some, I could say, and I’m biased to say since one of his works 
was exploited in my master’s thesis, Charles Dickens, he is very important 
to the English Literature. There is also James Joyce, an English 
correspondent to Clarice Lispector. And, of course, Shakespeare, especially 
because of the period he wrote, which was a turning point in the political 
thought. 
4. Have you had any experience in reading books both in English 
and in Portuguese, in other words, an original work and its 
translation? If so, how was such experience? 
- Yes, I’ve had. I’ve read translated poems by Chaucer, all Shakespeare 
tragedies. And also “O Corvo” by Fernando Pessoa, which is an outstanding 
translation of Edgar Allan Poe’s work “The Raven”. In general, all 
translations were very good, but sometimes the translation doesn’t come up 
to the expectative. I believe it might happen mainly because the translator 
didn’t search enough about the author and his work. 
 
5. Going abroad to study the local Literature is essential? 
- I wouldn’t say essential since I had excellent professors of Foreign 
Literature with no experiences abroad. Yet living abroad is very good, 
mainly because of the libraries, which have countless bibliographies for 
research that we don’t have in Brazil and other countries, not to mention 
the enriching contact with other students of the same subject as you. 
Everything, since the books to the college environment of Cambridge with 
its formal dining, for example, helps you deepen the subject. 
6. Up to what point such experience abroad influences hiring 
decisions, for example? 
- I don’t think it’s a straightforward influence. I suppose it influences mainly 
because of the deepening you’ve had in a way or another of the subject in 
the origin of that Literature. And I also think that this experience abroad 
may influence because of the knowledge you have of the foreign language. 
7. In your opinion, is there any influence of the foreign literature in 
the Brazilian literature? 
- A lot. Literatures are always linked to each other. One example is Brazil, 
which now is not only a receiver of good literature but also a great 
producer. 
8. Your master’s thesis was “Tempos difíceis na Inglaterra – Forma 
literária e representação social em Hard Times de Charles Dickens”. 
How was the selection of such theme? 
- I can say that one of the main factors that influenced my choice was Karl 
Marx’s quotation I read that time, in which he says basically that Dickens 
brings more of the political subject to the world than any other writer. With 
that, I found a good opportunity to join both subjects Politics and Literature 
in only one work. 
 
 
 
 
Entrevista – Professora, Ms. Érika de Paula Matos 
Docente de Literaturas Inglesa e Norte-Americana da Universidade São 
Judas Tadeu e mestre e doutoranda em Estudos Linguísticos e Literários em 
Inglês pela Universidade de São Paulo, a professora Érika Matos procura 
sempre trazer um pouquinho da sua experiência fora do país e passar seu 
conhecimento da cultura inglesa para seus alunos, não fazendo de suas 
aulas uma fonte puramente teórica da literatura. A equipe do Learning 
Center preparou algumas perguntas sobre literatura, profissão e experiência 
fora do país, as quais foram respondidas pela professora. Confira: 
1. Há quanto tempo leciona Literaturas Inglesa e Norte-Americana? 
– Este é o meu terceiro ano lecionando Literaturas Inglesa e Norte-
Americana na Universidade São Judas Tadeu, mas já dei cursos sobre 
Shakespeare e Charles Dickens em outras instituições. 
2. Quando e como surgiu o interesse nestas matérias? 
– Na verdade sempre gostei de Literatura, desde o Ensino Médio. Quando 
entrei na faculdade, estudei Ciências Políticas e, com o tempo, percebi que 
muito do que eu lia e via nessa matéria tinha algo em comum com o que 
estudei em Literatura ou a complementava, então resolvi me aprofundar. 
3. Há alguma obra ou algum autor que considera mais interessante 
ou cuja leitura recomendaria? 
 – Bem, todos os autores, ou pelo menos os mais conhecidos, são 
interessantes de se ler. Sou suspeita para falar, já que sua obra foi objeto 
da minha dissertação de mestrado. Charles Dickens é de suma importância 
para a Literatura Inglesa. Há, também, James Joyce, um correspondente 
em língua inglesa de Clarice Lispector. E, é claro, o próprio Shakespeare, 
principalmente pela época de sua literatura, a qual foi um marco para o 
desenvolvimento do pensamento. 
4. Já teve experiências com leitura de livros tanto em língua inglesa 
quanto em língua portuguesa, ou seja, a leitura de um original e de 
uma tradução? Se sim, como foi esta experiência? 
- Sim. Li poemas traduzidos de Chaucer, todas as tragédias de Shakespeare 
traduzidas e, também, O Corvo, tradução magnífica de Fernando Pessoa 
para o conto The Raven de Edgar Allan Poe. Em geral, as traduções são 
muito boas, mas algumas vezes a tradução não corresponde às 
expectativas, e acredito que isto ocorra principalmente pela falta de 
conhecimento suficiente por parte do tradutor do autor ou, até mesmo, da 
própria obra. 
 
 
5. Ir para o exterior para estudar a literatura do local é essencial? 
- Não diria essencial, já que tive ótimos professores de Literatura 
Estrangeira sem experiência no exterior. Contudo, a vivência em outro país 
é ótima, principalmente pelas bibliotecas, que possuem inúmeras 
bibliografias para pesquisas que não existem no Brasil e em outros países, e 
sem falar no enriquecedor contato com outras pessoas que também 
estudam a mesma matéria. Tudo, desde os livros ao ambiente universitário 
de Cambridge com seus jantares formais, por exemplo, auxilia no 
aprofundamento da matéria. 
6. Até que ponto esta experiência fora do país influencia numa 
contratação, por exemplo? 
Acredito que não seja uma influência direta. Acho que influencia 
principalmente pelo aprofundamento que você teve, de uma forma ou de 
outra, da matéria no país origem da literatura. E penso que esta experiência 
possa influenciar, também, pelo conhecimento da língua estrangeira 
adquirido. 
7. Em sua opinião, existe alguma influência da literatura estrangeira 
na literatura brasileira? 
- Muita. As literaturas estão sempre dialogando entre si. Um exemplo é o 
Brasil que deixou de ser apenas um receptor para ser um também um 
produtor de boa literatura. 
8. Sua dissertação de mestrado foi “Tempos difíceis na Inglaterra – 
Forma literária e representação social em Hard Times de CharlesDickens”. Como foi a escolha de tal assunto? 
- Posso dizer que minha escolha se deu principalmente por uma citação que 
li na época de Karl Marx em que ele diz basicamente que Dickens traz mais 
do assunto política ao mundo que qualquer outro. Com isto, encontrei uma 
boa oportunidade de juntar ambas as matérias, política e literatura, em um 
único trabalho. 
Desyrée Holtz Terovydes 
3 ALENTI - 2012

Continue navegando