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portfolio -analise do livro didático

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Polo PAP Capanema
Tema: A Pesquisa na Sala de Aula (Análise de um livro didático de História)
Referência: PROJETO ARARIBÁ. História 7: ensino fundamental. 2ª. ed. São Paulo: Moderna, 2007, destinado ao 7º ano do ensino fundamental.
INTRODUÇÃO:
O respectivo livro analisado faz parte da coleção “Projeto Araribá: História”, da Editora Moderna. Diferente de outras coleções publicadas, no qual um autor responde pelos originais ou onde ocorre parceria de autores, o Projeto Araribá é uma obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna, cujo editor responsável foi Maria Raquel Apolinário, que teve a missão de reunir uma equipe de profissionais que assinaram como elaboradores dos originais, cuja a 1ª edição foi lançada em 2003.
Este projeto foi concebido num contexto social e histórico em que o Brasil iniciava “O Governo Lula” em 1º de janeiro de 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do Brasil. A imagem positiva do governo Lula, cultivada a partir da política econômica de sucesso e de uma política externa que colocou o Brasil em posição de prestígio internacional, foi fortemente abalada por casos de corrupção envolvendo pessoas diretamente ligadas à base política do governo. Diferentes denúncias aconteceram ao longo dos anos do mandato de Lula e, de todos os escândalos, o que mais repercutiu foi o escândalo do Mensalão, que estourou em 2005. (brasilescola.uol.com)
ANÁLISE DO LIVRO ESCOLAR:
A) Amostragem 
Pode-se afirmar que o livro didático ainda é o material educativo mais utilizados nas escolas e o principal instrumento utilizado pelo professor no exercício de sua prática pedagógica, tornando-se a também para os alunos da rede pública, uma das principais fontes de informação científica. Isso para termos dimensão da importância da “Coleção História” – Projeto Araribá, a qual possui quatro edições publicada, contendo modificações significativas. A 1ª edição lançada em 2003; após quatro anos a editora lançou a 2ª em 2007; uma 3ª edição lançada em 2010 e a 4ª edição em 2014. 
Passado mais de dez anos desde a primeira edição, essa coleção foi uma das mais utilizadas nesse período nas escolas públicas do País, principalmente a 2ª edição que foi utilizada no ano de 2008, de acordo com a reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo no dia 30 de setembro de 2007:
Coleção mais escolhida pelos professores, "Projeto Araribá - História", da editora Moderna, terá 5,7 milhões de exemplares distribuídos às escolas de 5ª a 8ª série em 2008. Deixará para trás os 2,5 milhões vendidos no Brasil pelos seis primeiros volumes de "Harry Potter" e o 1,5 milhão do "Código da Vinci". (PINHO; SELIGMAN, 2007)
 b) As condições regulamentares, técnicas e econômicas das edições
Dentre todas as obras aprovadas pelo PNLD daquele ano, a única com referência a uma autoria coletiva é a coleção que estar sendo analisada, característica peculiar das obras organizadas pelo grupo Santillana proprietária da editora Moderna. Do ponto de vista econômico, há vários benefícios para a editora, já que um livro sem autoria é um livro que não paga direitos autorais e nem gastos com viagens de divulgação do autor. Sem contar, que as impressões destinadas as escolas particulares possui encadernação espiral e papel de boa qualidade. Enquanto a edição do PNLD é apresentada em brochura impressa num papel de menor qualidade, barateando o preço final do custo dos livros.
Sob o ponto de vista dos conteúdos, métodos e teorias utilizados na constituição, pode ser considerada uma obra eclética, mas, é notório que todos os profissionais envolvidos na sua produção tiveram que seguir as orientações da editora para que pudessem atender aos padrões aprovados pelo PNLD, uma vez que o programa aponta quais livros serão indicados para a compra e distribuição. Para elaborar um livro didático com esta configuração. Maria Raquel Apolinário tece o seguinte comentário a respeito, para que se tenha a dimensão da complexa constituição da coleção desde o início até o resultado final: 
“[...] se iniciou com avaliações de vários livros didáticos de história para esse segmento no Brasil e com a leitura de vários documentos que nos ajudariam a desenhar o projeto [...]. Depois disso, sob a orientação do espanhol Jaime Mascaró, começamos a elaborar a unidade modelo. Ela ficou pronta, a submetemos à avaliação de professores em vários focus group promovidos pela empresa e, com base nesse feedback, fizemos reajustes para chegar à estrutura definitiva. Começamos então a elaborar os originais, tarefa que ficou por conta da equipe de editores com a colaboração fundamental de professores da História da USP, da PUC (hoje, há colaboradores de universidades de Minas, Rio de Janeiro e Bahia) e de escolas públicas e privadas de São Paulo” (Maria Raquel Apolinário, 19/12/2011). A presença de Jaime Mascaró na constituição da coleção justifica-se pela intenção de ajustar o projeto ao modelo espanhol do grupo Santillana.
Diante do exposto, pode-se perceber que o ‘livro didático’ é produzido, visto como uma verdadeira mercadoria, “[...] um produto do mundo da edição que obedece à evolução das técnicas de fabricação e comercialização pertencentes à lógica do mercado” (BITTENCOURT, 1998, p. 71).
C) O manual como possível espelho/imagem de seu contexto social
Projeto Araribá: História surge num contexto, onde indicadores de avaliações internacionais, demonstram que nossos alunos não sabem ler criticamente. A equipe editorial menciona os resultados do PISA, afirmando que a proposta defendida no livro analisado, tem como objetivo reverter a atual situação da educação no Brasil, evidenciada nesta pesquisa. Segundo o conceito de leitura proposto no Projeto Araribá: História, o aluno não deve se restringir somente à leitura dos textos, mas desenvolver habilidades para ler o mundo, tornando-o sujeito autônomo e com perspectivas de um futuro melhor:
Leitura não é apenas um exercício escolar, mas uma forma de relação com o mundo pela construção de significados (...) aprender a ler um texto é aprender a ler o mundo, processo hermenêutico no decorrer do qual o educando se apropria de significados e cria um repertorio que lhe permitirá interagir crítica e autonomamente com o mundo que o cerca. (PROJETO ARARIBÁ, Guia e Recursos Didáticos, 2006, p. 8).
D) O manual como instrumento/ferramenta pedagógica
O livro analisado possui sua estrutura um pouco diferenciado dos demais que estão disponíveis no mercado de livro didático. Ao invés de se dividir em capítulos, o livro se divide em unidades, que se subdividem em temas. A organização das UNIDADES se dar da seguinte forma: o livro em questão possui oito unidades e as páginas das unidades trazem imagens e questões que procuram investigar qual o grau de conhecimento sobre o assunto; TEMAS – os temas selecionados para o estudo da unidade sempre começam como uma ideia central do conteúdo que será estudado. Tomemos como exemplo o tema: A África dos reinos ocidentais. Nas páginas de estudo dos temas há ainda mapas e outras representações visuais que complementam o conteúdo e auxiliam na compreensão do assunto abordado.
No GLOSSÁRIO encontra-se o significado das palavras destacadas no texto e que são e/ou podem ser desconhecidas pelos alunos. Na seção DE OLHO NO PRESENTE trazem pequenos textos que permite fazer uma comparação do passado e os dias atuais, possibilitando perceber o que mudou e o quer permaneceu. ATIVIDADES são divididas basicamente em dois tipos: as que visam a construção de um relato (organizar conhecimento – aplicar – produzir texto); e as de ampliação de conhecimento (personagens – edifícios daquele tempo – arte e história). No decorrer das unidades encontra-se ‘páginas especiais’, que geralmente estão organizadas em duplas espelhadas. Essas páginas trazem propostas de trabalhar com imagens variadas e infográficos, que vão estar relacionadas aos temas, com uma cidade, um monumento ou fato histórico. É um tipo de informação visual, que mistura texto e ilustração! “As imagens são elementosde grande importância na composição dos livros didáticos, pois são elas que em um primeiro momento chamam a atenção das leitoras e dos leitores”. (VIEIRA, 2016, p.30) 
Toda unidade inclui a seção EM FOCO, onde se desenvolve um pequeno texto rico em detalhes, de grande importância para se estudar a unidade. As atividades da seção ‘Em Foco’ visam desenvolver a capacidade do aluno de analisar as fontes históricas, escritas e não escritas, tendo como objetivo exercitar o método de investigação, essencial no ofício do historiador. A seção COMPRENDER UM TEXTO traz diferentes tipos de textos (lendas, artigos jornalísticos e de historiadores, documentos oficiais e poemas), que vão estimular o aluno a gostar de ler e a compreender as leituras que fazem. E as atividades dessa seção propicia exercitar a habilidade de extrair informação de um texto, estabelecer relações com o conhecimento, debater ideias e elaborar conclusões. A cada duas unidades existem proposta de TRABALHO EM EQUIPE com temas, como: escrever um diário de bordo, produzir um mosaico, entre outras atividades. Em cada trabalho proposto, existem os passos definidos que vão auxiliar o aluno a planejar e executar de forma organizada. Ao final, há reprodução de mapas e as referências bibliográficas. 
Considerações finais
Diante da brevíssima análise feita na respectiva obra, pôde se constatar que foco principal visa a leitura de textos, possibilitando ao educando desenvolver sua capacidade de compreensão e de análise das temáticas propostas. Além das variedades de recursos textuais empregados, existem também os não textuais, tais como: fotografias, imagens, mapas e infográficos. O projeto nasce também com o intuito formar alunos sujeitos críticos, participativos e atuantes na sociedade vigente.
Referências
BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos entre textos e imagens. In: BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998. p.71.
http://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/pcnparametros-curriculares-nacionais.htm . Acessado em 10/04/2019
PINHO, Angela; SELIGMAN, Felipe. Compras do MEC fazem anônimo virar best seller.FolhaOnline,Brasília,20et.2007.Disponívelem<http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u332592.shtml>. Acessado em 10/04/2019.
PROJETO ARARIBÁ. Guia e Recursos Didáticos: História. São Paulo: Moderna, 2006 p. 8.

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