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A IMPORTÂNCIA DO USO DE FONTES HISTÓRICAS NA AULA DE HISTÓRIA
 SANTOS, Vítor Mateus Bitencourt1
 TREVISAN, Marina Bonat2
RESUMO
A escola tradicional, com o tempo ficou para trás, e já se tem outro modelo educacional vigente nas instituições de ensino da educação básica do Brasil, tendo em vista que vivemos em uma sociedade que se transforma, e com a Educação não é diferente. Por isso, nesse trabalho procuramos pesquisar sobre o que importa para a aula de História, uma vez que o conteúdo nem sempre é interessante quando não levado em conta a sua importância no currículo escolar, e no conhecimento dos indivíduos de uma sociedade. A intenção é tratar sobre o que fascina o nosso aluno, e como chamar a atenção do educando - futuro profissional e cidadão crítico na sociedade contemporânea. O presente estudo procura exemplificar o conceito de documento histórico e outras fontes, e suas aplicações na sala de aula, trabalhando com a pesquisa quantitativa de autores que referenciam em suas obras o trabalho de pesquisa em sala de aula dando espaço ao aluno na aquisição do conhecimento histórico científico e de pesquisa. A formação continuada de professores da rede pública, tal como os cursos de continuação de docentes serão também abordados neste trabalho, assim como alguns pontos da educação no Brasil. 
Palavras-chave: Documentos históricos. Formação de professores. Trabalho com documentos. Pesquisa. 
1Aluno do Centro Universitário Internacional Uninter. Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso. LICENCIATURA EM HISTÓRIA – 2016/08. 
2Professora orientadora do curso de LICENCIATURA EM HISTÓRIA do Centro Universitário UNINTER. 
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho discorre acerca do tema: A importância do uso de fontes históricas na aula de História, identificando algumas das dificuldades de educandos na compreensão/aprendizagem e também as dificuldades de professores que carecem muitas das vezes de cursos de continuação, preparo e incentivo por parte da mantenedora ou qualificação profissional. A pesquisa analisada tem como fundamento a pesquisa quantitativa fundamentada em obras de pesquisadores, professores da área tanto da História como ciência, quanto da área da Educação. Como pesquisa bibliográfica quantitativa, com pretensão de investigar algo mais objetivo, usei como ferramentas dados e referências de artigos em: Google Acadêmico, Scielo e CPDOC, revistas (National Geographic), assim como os livros/obras: (Sistemas de ensino e políticas educacionais no Brasil, do autor Marcos Cordialli; A função do currículo no contexto escolar, das autoras Michelle Lima, Claudia M. Zanlorenzi e Luciana R. Pinheiro; o livro Fundamentos da pesquisa histórica de Rodrigo O. dos Santos; Os desafios do ensino de História do autor Alexandre de Sá Avelar: Problemas, teorias e métodos; e Metodologia do ensino de história, do autor prof. José. A. Vasconcelos). 
 O estudo busca associar o trabalho do professor como função de pesquisador em sala de aula associando os documentos e a investigação, assim tornando mais interessante o conteúdo e mais atrativo. Para tanto vamos apresentar no primeiro momento o início da educação no Brasil, os primórdios, no seguinte as fontes históricas e a aplicação delas e como o professor deve fazer o uso em sala de aula. 
Neste sentindo Luiz Fernando Cerri e Angela Ribeiro Ferreira Salien afirmam que:
 (...) os questionamentos sobre o uso restrito e exclusivo de fontes escritas conduziu a investigação histórica a levar em consideração o uso de outras fontes documentais, aperfeiçoamento as várias formas de registros produzidos. A comunicação entre os homens, além de escrita, é oral, gestual, figurada, música e rítmica (CERRI; FERREIRA, 2007, p. 72).
Sendo assim, o trabalho pretende discorrer também sobre o papel do professor que é o de mediador na sala de aula, uma vez que ensinar história não reproduz a História como pronta e única, mas transmite conhecimento de determinado momento da História e civilização da humanidade. Vamos ver também quais documentos usar no contexto das aulas e por último o uso das imagens e a sua pesquisa.
	
A EDUCAÇÃO NO BRASIL
 Com o advento da Escola Nova (movimento de reforma do ensino, do século XIX), e início do século XX sentimos na sala de aula uma preocupação diferente de se trabalhar com o aluno que antes era mero receptor do professor, - personagem esse que por muito tempo foi considerado o dono do saber, do conhecimento pronto e “acabado”. (Freire 1996). Novos rumos vieram transformando a educação, e no Brasil não foi diferente. A educação no Brasil chega pelos Jesuítas em 1549, pelas expedições Jesuíticas financiada pela Igreja católica na primeira metade do século XVI, em que o ensino era mestrado pelos padres jesuítas que mais tarde foi extinguido por Marques do Pombal em 1759. Segundo Lima, Zanlorenzi e Pinheiro (2012, p. 82), “o ensino jesuítico corresponde ao nosso primeiro modelo de educação, durante 210 anos, ou seja, de 1549 a 1759 quando os jesuítas foram expulsos por Sebastião José de carvalho Melo, o Marquês de Pombal”. Grifo original.
Em 1822, o Brasil se torna independente, e registra o primeiro processo de ensino no país independente, mas só no ano de 1823 o governo imperial se depara com a primeira crise educacional: a precária falta de professores. Conforme Cordiolli em seu livro Sistemas de ensino e políticas educacionais no Brasil, o governo tentou resolver o problema com um método que foi chamado de Lancaster. Nas palavras de Cordiolli,
a solução, foi o método Lancaster de ensino mútuo, pela qual os estudantes ensinavam um grupo de dez estudantes em estágio menor de aprendizagem sob orientação de inspetores. O estudante “professor” era denominado de decurião, que ensinava os decúrias. (CORDIOLLI, p. 74).
O princípio da educação como vimos, é travado por tentativas de ensino no, de formação no país. Desde o princípio da educação no Brasil, são elaboras políticas públicas e “tentativas de sistema” de ensino de qualidade, e mesmo após quase meio milênio o nosso país ainda enfrenta crises no sistema de ensino, ou seja, não tem uma qualidade como mostra o índice registrado Maio de 2018 pela Associação Brasileira de Educação (ABE), em que entre os 40 países o Brasil fica em trigésimo nono na lista (ABE. 2018). Quais seriam os motivos da nossa educação estar em penúltimo lugar no ranking de educação mundial?
Saviane 2009, aponta que as precárias condições de trabalho em que os professores se encontram, é um dos motivos em que dificulta o processo de ensino no país, assim como outros fatores, o investimento errado, ou mal administrado pelas supostas gestões de governos. (Saviane, p 08). 
Sentimos ausência de muitas das escolas públicas em dar o apoio ao professor. Campanhas, cursos e continuação de professores, para preparar e assim trabalhar melhor com os recursos disponibilizados pela mantenedora, incentivaria mais o trabalho do docente. Falta incentivo por parte do governo a educação, isso que não mencionamos os espaços físicos das escolas públicas.
 Para tanto, a aula de história o professor, pode usar várias fontes, como por exemplo escritos antigos, documentos como cartas e até mesmo artefatos ou réplicas. É nesse caminho que a escola, ou o próprio professor poderia procurar elaborar para dinamizar mais as aulas, tornar atraentes. Às vezes só falta um incentivo, para que a sala de aula se torne mais interessante, e por isso vamos falar sobre algumas das fontes históricas e o uso na sala de aula, mas atentando que é só uma introdução do imenso rol de fontes que podem ser trabalhadas no âmbito escolar.
O TRABALHO COM FONTES HISTÓRICAS 
 O uso do antigo quadro negro, ou lousa já é ultrapassado para o professor que só faz uso desses meios. Essa experiência não precisamos referenciar aqui, até porque qualquer cidadão letrado pela escola, teve um, ou mais professores que só usavamessas ferramentas na sala de aula. Mas, e no conteúdo de História, em que muitas vezes não é muito interessante aos os olhos do nosso aluno submerso ao mundo das tecnologias de determinado conteúdo? Vem a pergunta de como chamar a atenção para o nosso aluno, e mais, com que ferramentas? Segundo Marc Bloch (2001), “A diversidade dos documentos é quase infinita, tudo que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica, tudo que toca pode e deve informar sobre ele” (BLOCH, 2001, 79-80). Grifo do original. O autor aqui, relata que tudo que o homem produz, escreve e faz, fala sobre ele.
 O quadro negro, lousa e as folhinhas com textos não precisam, (nem devem) ser extinguidas da sala de aula. O professor José Antônio Vasconcelos, em seu livro Metodologia do ensino de história faz uma crítica sobre o professor da escola dita “tradicional”, a respeito dos conteúdos em que o docente não faz uma boa aula, pois no seu olhar sobre a escola tradicional já é ultrapassada, ainda segundo o autor:
Outro problema em relação à abordagem tradicional diz respeito aos conteúdos. Geralmente, trabalha-se no ensino fundamental com uma série de eventos, para depois repetir esses mesmos conteúdos no ensino médio. Não há continuidade, nem verdadeiro aprofundamento, nem mesmo mudança de enfoque; há apenas a repetição dos conteúdos. (VASCONCELOS, 2012, p.73-74).
Percebemos que o autor se preocupa com a narrativa em que o professor muitas vezes usa em sala de aula. Uma metodologia em que é apostado na memorização do educando, e não em uma empírica ou sistemática reflexão por parte do professor para incentivar o processo de raciocínio crítico por parte do aluno, o autor ainda diz que:
A mudança desse enfoque só pode acontecer se entendermos o papel do professor como mediador, no processo de aprendizagem. (VASCONCELOS, 2012p.74).
Vasconcelos, nesta mesma obra referência o professor pesquisador Paulo Freire (1996), em seu estudo sobre o professor e aluno, um proveniente do conhecimento pronto e acabado (o professor) e o outro que recebe o conhecimento (o aluno), chamando de modelo de educação bancário, que segundo Freire, essa educação é ideológica, uma vez que ela não “propunha uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, e condenando assim o tradicionalismo da escola brasileira, que chamou de 'educação bancária', em que o professor deposita o conhecimento em um aluno desprovido de seus próximos pensamentos. (Freire, 1996, P. 56-75).
 Não pretendemos aqui adentrar no que Paulo Freire considerava como ideologia, mas seus pensamentos nos levam a repensar o currículo, e em especial o de história em que muitas vezes o conteúdo não é interessante para o nosso aluno que está submerso ao mundo digital, e aí temos um problema: como tornar a aula de história interessante? 
 Alexandre de Sá Alvelar, em sua obra intitulada: Os desafios do ensino de História: Problemas, teorias e métodos; remete a ideia de usar o documento histórico em sala de aula, tornando assim aluno e professor sujeitos da história e possibilitando a escola se tornar um local de pesquisa, onde o aluno “se encontra”. Ainda o autor afirma que, 
(...) essa postura investigativa demanda a percepção da escola como um local de construção e reconstrução do conhecimento capazes de permitir aos alunos a compreensão da sua realidade e as possibilidades de nela intervir. Possibilita compreender o processo de ensino-aprendizagem como uma interação professor-aluno e como propiciador da construção e reconstrução do objeto que se deseja conhecer. (AVELAR, 2012, p.94). 
Ainda na obra de Alvares, “(...) o rompimento com posturas tradicionais que consagram o professor como a instância máxima do saber e os livros didáticos como instrumentos privilegiados no processo de ensino-aprendizagem é um desabafo a ser vencido.” (AVELAR, 2012). O autor destaca que o incentivo a pesquisa e a investigação histórica devem ser por tanto uma prática permanente desde o início dos anos do ensino fundamental para que já no ensino médio o aluno possa fazer uma própria investigação, histórica de tal objeto, seja ele documento ou até mesmo analises de sua própria comunidade, o que confirma com o que o autor menciona antes, Vasconcelos, em que possibilite sua compreensão no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem, e ligando com Freire, respeitando as especificidades do educando para que professor possa ser um mediador do conhecimento, e assim o aluno possa aprender a fazer uma pesquisa e investigação de determinado documento histórico.
O trabalho com o documento na sala de aula, torna a aula mais atrativa. Um dos tipos de documento em que pode ser usado em aula é a carta de suicídio de Getúlio Vargas. Claro que o professor não vai levar a carta original, mas a cópia do documento em si. Através dela podemos trabalhar tanto a década de 1950, quanto o momento de transição de governo. Outro aspecto que o professor pode indagar, por exemplo, é o de fazer com que o aluno se pergunte porque Vargas escreveria uma carta e em seguida comete o suicídio? O que estava acontecendo no cenário político?. A indagação é o momento crucial e que faz com que o aluno tenha que pensar, historicizar e até mesmo criticar. Outro ponto em que o professor deve trabalhar é o de que o historiador nunca deve fazer uma ideologia ou crítica de tal fato, até porque não cabe à o historiador fazer críticas, mas sim estudar os motivos de tal fato ou sociedade e etc. Claro que para trabalhar com a carta de suicídio de Getúlio Vargas devemos respeitar a idade do aluno e a grade curricular da escola que deve estar consolidado com as Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), para o ensino de história e Geografia. O documento escrito é só uma das várias fontes históricas, Rodrigo Octávio dos Santos na sua obra intitulada: Fundamentos da pesquisa histórica, relata as diversas fontes que se pode trabalhar na sala de aula de história, entre ela o cinema, a música, a imagem, os quadros e fotografias, os objetos e até mesmo a história oral (aquela em que é narrada sob uma memória individual ou mesmo coletiva, parte das lembranças de uma ou mais pessoas e contadas ao um ouvinte ou público ouvinte). Segundo o autor (Santos 2016) Grifo nosso. Sobre o uso das fontes históricas em sala de aula, o autor ainda,
(...) a expectativa em relação ao professor atual é a de que ele utilize diversas técnicas e materiais para fazer com que as aulas sejam mais atraentes, melhores e mais relevantes para os alunos. Um dos principais meios de fazer isso na disciplina de História é pela utilização de fontes históricas em sala de aula. (SANTOS, 2016, p. 2020).
 Como afirma Santos, o professor fazendo o uso de fontes históricas nas suas aulas, torna o conteúdo que muitas vezes para o aluno, é chato, bem mais interessante, criando assim interesse e vontade de descobrir mais sobre determinado acontecimento. Ainda o autor diz que: “Não é de hoje que os PCNs do ensino de História indicam e até incitam a utilização de documentos históricos na sala de aula”. (SANTOS, 2016, P.221). Grifo do original.
 Se não for esse o objetivo do professor, o de criar interesse, educar, ensinar e formar cidadãos críticos e plenos, qual seria? Quando o professor aceita a missão de ensinar, cabe a ele como um profissional, insistir pelo progresso. 
Santos ainda ressalta que cabe ao professor guiar os alunos para que eles desenvolvam habilidades de oposição, associação e identidade entro os documentos e os dados de informações levantadas em sala de aula, e explica que as relações e os contexto de produção de determinado tempo, também devem ser compreendidos pelos alunos bem como as diversas manifestações do passado em seus contextos, pois para o autor tudo isso, ajudará o aluno a se situar, reconstruir e entender o passado em determinada conjuntura proposta. SANTOS, 2016, p. 221). 
QUAIS DOCUMENTOS USAR EM SALA DE AULA?
 Quando se trata em documentos que pode se usar em sala de aula, antes de mais nada o professor deve fazer um estudo analisandose o documento é apropriado, tanto com a série, quanto com o aluno e o conteúdo. Isso porque dependendo da idade do aluno ou série, na turma provavelmente terá crianças, e assim cuidando para respeitar, dada as idades no que diz o estatuto da criança e adolescente (ECA). Como já mencionado, o uso do documento na maioria das vezes é a cópia do original. Segundo Santos, 2016) são documentos históricos e que podem ser usado em sala de aula:
Cartas de políticos, pessoas importantes e sociedade comum 
Escrituras, assinados de compra e venda (de casas, escravos e objetos)
Certidões de nascimento e de óbito 
Imagens (fotos, retratos e quadros), as pinturas rupestres e pinturas deixadas por todas as civilizações como forma de expressão ou registros.
 Esses documentos servem como fontes históricas, mas não devem serem usadas como prova de tal acontecimento ou fato, porque uma prova segundo Alvares (2012) é uma explicação isolada, diferente do que deve ser proposto, com o intuito de historicizar o objeto ou documento do fato, criando para o aluno espaço de estudar tal objeto. Grifo nosso.
O autor Vasconcelos atenta que o uso das imagens é extremamente interessante para o professor que quer ultrapassar o ensino tradicional, o simples uso de duas fotografias, tal de quando criança e depois quando adulto podem ser proposta de uma aula, a exemplo de estudar a própria família. Ainda o autor, 
Se quisermos ultrapassar a concepção tradicional, que se baseava na memorização de informações isoladas do estudo de história, temos de ajudar os nossos alunos não somente a decorar, mas também a historicizar. (VASCONCELOS, 2012, p.122). 
 O mesmo autor indica outras fontes como os documentos oficiais que são expedidos por órgãos públicos ou entidades particulares com o aval do Estado a exemplo citados acima (certidões, escrituras, cartas de alforrias); os jornalísticos que trazem informações do que estava acontecendo em determinada época, pois serve como registro; as cartas, como exemplo a Carta de Pero Vaz de Caminha sobre sua impressão das índias, a carta de abolição da escravidão no Brasil pela Princesa Isabel ou a carta de Suicídio, como já mencionado de Getúlio Vargas são exemplos de cartas a serem trabalhadas; e por fim às imagens, como por exemplo, o quadro de Victor Meireles intitulado “Primeira Missa no Brasil”. (VASCONCELOS, 2012, p.83-85). 
Esses são apenas alguns das diversidades de obras, fontes e documentos históricos que podem ser abarcados, historicizados e analisados em sala de aula por alunos junto ao professor, que deve fazer a mediação. As fontes históricas são ferramentas, e assumem um papel fundamental na prática do ensino de história, ainda porque são capazes de ajudar o aluno a fazer diferenciações e abstrações que entre outros aspectos é uma dificuldade quando tratamos de crianças e jovens em seu desenvolvimento, no entanto, diversificar as fontes utilizadas em sala de aula tem sido o maior desafio dos professores na atualidade (FONSECA, 2005, p.56). 
O USO DAS IMAGENS
 Um ponto a ser observado é o uso da imagem na vida cotidiana atual, pois “anulam a percepção do observador, situação que complica a leitura das imagens” (BITTENCOURT, 2008, p.366). Devemos atentar que, o fotógrafo em sua profissão, muitas vezes faz lusão aos seus interesses, ele quem decide o que é importante para uma imagem, se é a beleza ou não, e o professor para fazer uso em sala de aula deve atentar para isso, e entender que imagem não é só a fotografia, mas todo tipo de tentativa ou expressão grafitada seja em papel ou parede, madeira, em cerâmicas ou até mesmo no chão, rochas e etc.
 De outra forma, é muito importante o trabalho com a imagem, tiramos exemplo os estudos dos historiadores que usam e usaram por muito tempo o trabalho com a imagem para tentar entender civilizações que não deixaram a fotografia como fonte, por exemplo, e segundo Santos, 
(...) grande parte dos historiadores de outrora aceitavam apenas o texto-monumento como fonte confiável. Entretanto como Burke (2008) informa, a própria história não existia, ou seria muito mais pobre sem a ilustre presença de historiadores dispostos a estudar o fenômeno imagético. Como estudar a Pré-história europeia sem as pinturas de Lascaux? (SANTOS, 2016, p.109).
A utilização da imagem além de chamar a atenção, segundo o mesmo autor, ajuda o professor a adentrar em traços marcados pelos antepassados, fazendo professor e aluno analise do que foi registrado em determinado objeto ou imagem. Tomemos como exemplo a ser usado em aula, o quadro de Meireles, “primeira Missa no Brasil”, a gravura mesmo tendo sido pintada em quase três séculos depois, mostra de certa forma o que muitos estudos indicam de como aconteceu tal momento na história do nosso país. A referenciação para o aluno, a ajuda em historicizar a pintura, pode ajudar o educando a fazer distinções melhores do que uma simples explicação no quadro ou folhinha com textos enormes, o que não é muito atraente aos olhos da nova geração que tem como referência computadores e smartphones de última geração.
 Verificando o que outro autor, Knauss (2006, p. 100) assinala:
Desse modo, desprezar as imagens como fontes da História pode conduzir a deixar de lado não apenas um registro abundante, e mais antigo do que a escrita, como pode significar também não reconhecer as várias dimensões da experiência social e a multiplicidade dos grupos sociais e seus modos de vida. 
Knauss, atenta que descartar o uso dessas fontes, como a imagem, é ignorar a apreensão do passado de povos inteiros que não conheceram a escrita, ou não se expressavam primordialmente por ela. Ainda o autor diz que, 
O estudo das imagens serve, assim, para estabelecer um contraponto a teoria social que reduz o processo histórico a ação de um sujeito social exclusivo e define a dinâmica social por uma única direção. (KNAUSS, 2006, p. 100).
Como podemos analisar Santos e knauss, discutem sobre essa importância de se trabalha com a imagem como fonte histórica em sala de aula, se por um lado Santos 2016, afirma que o uso de análise da imagem é importante para descobrir o que determinada sociedade organizava, vivia, se expressava; Knauss 2006 afirma que ignorar essa ferramenta, é ignorar também a compreensão de civilizações passadas, que expressavam seus modos de vida a partir de desenhos, pois muitas delas não conheceram a escrita, que são as civilizações pré-históricas. Sendo assim, o uso da imagem na sala de aula, pode ser muito interessante, uma vez que chama a atenção do aluno e sai um pouco do tradicional, que é uma das barreiras que devemos superar na educação brasileira. A imagem como fonte histórica tanto uma fotografia, quanto uma pintura, pode ir além do esperado, pois se trata de alguém que retratou determinado momento que se passou em um espaço temporal na cronologia da História, sendo assim, houve um interesse por parte de quem o fez em retratar o momento, e o professor deve incentivar essas indagações.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Apresentamos uma breve história da educação do Brasil, entendendo que a situação precária da educação vem desde Pombal em 1759, quando expulsou os padres jesuítas, extinguindo assim a educação que vinha sendo aplicada desde a chegada da expedição jesuítica, que previa a educação básica e o catolicismos dos índios. A educação no Brasil hoje, está em penúltimo lugar no Ranking, por falta não só de investimento mas como vimos, o incentivo para com o professorado. É preciso qualificação para os profissionais da educação, e isso só se faz com investimento em cursos de qualificação/ continuação de professores. O tema nos levou a se fazer a pergunta: Como tornar a aula de História interessante, visto o mundo digital que o nosso presente aluno se encontra? E como historicizar o documento, de forma a respeitar as especificidades do nosso aluno?
Em seguida apresentamos algumas ferramentas, fontes históricas que podem ser trabalhadas em sala de aula, para assim tornar o conteúdo mais interessante, pois o aluno que encontramoshoje está submerso ao mundo digital, onde as máquinas como vídeo game e smartphones são mais interessantes que conhecer a história de civilizações passadas, pessoas mortas e coisas velhas. Finalizando, o conhecimento histórico, deve ser estimulado em sala de aula, como já enfatizamos, deve pressupor a atividade incessante de investigação Como ressalta Alvares,2012 e vasconcelos 2012, e a pesquisa no uso de fontes, como afirma Santos, 2016. O conhecimento adquirido deve proporcionar não somente o contato com o passado através de objetos ou documentos históricos, mas metodologicamente ensinar e conhecer suas especificidades. Não se propõe formar pequenos historiadores, mas grandes cidadãos para uma sociedade que se reconheça melhor e assim saiba valorizar suas culturas e histórias. O conteúdo de História ensinado na escola, é a base da ciências Humanas, uma vez que tudo é, ou será um dia, História.
A compreensão da nossa existência é um dos objetivos mais importantes do conteúdo de História, enquanto ensinado na escola. O aluno, sujeito que deve se suprir de conhecimentos, sem dúvidas precisa reconhecer essa etapa da vida escolar, uma vez que para reconhecer sua identidade social, depende da distinção e percepção de mundo, e por isso que o uso de fontes históricas na aula de História é muito importante, pois faz com que o educando se aproxime da História através daquele fragmento deixado em algum momento por alguma civilização, no tempo e no espaço da História. A compreensão da História é sem dúvidas uma das mais importantes, tão quão a matemática ou a Ciências, pois como afirma Emília Viotti da Costa “Um povo sem memória, é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer no presente e no futuro os mesmos erros do passado” (COSTA 2005).
REFERÊNCIAS
VASCONCELOS, A, J. Metodologia do ensino de história. Paraná, 2012.
ABE. Brasil Fica em penúltimo lugar no Ranking, Rio de Janeiro; 2018. Disponível em: http://www.abe1924.org.br/56-home/257-brasil-fica-em-penultimo-lugar-em-ranking-global-de-qualidade-de-educacao). Acessado em 22/03/2019
BITENCOURT, C. M. F (org). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: 1998
BARROS, R. O projeto de pesquisa em história. Ed. Petrópolis: Vozes, 2015.
NAPOLITANO, M. Fontes históricas. Ed São Paulo: contexto 2009.
KARNAL, L. História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo, 2005.
SANTOS, R. O. Fundamentos da pesquisa histórica. Paraná, 2016.
Freire, Paulo – Pedagogia do Oprimido, São Paulo: Paz e terra. P 56-75. 1996. 
ALVARES, A, S. Os desafios do ensino de História: Problemas, teorias e métodos. Paraná, 2012.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de História. Campinas - SP: Papirus, 2005.
KNAUS, P. Sobre a norma e o óbvio: A sala de aula como um lugar de pesquisa.
 In: NIKITIUK, S. M. L. (Org). REPENSANDO O ENSINO DE HISTÓRIA. São Paulo: Cortez, 1996. 
BLOCH, M. Apologia da História: ou ofício do historiador. Rio de janeiro: J Zahar, 2001.
CERRI, Luis Fernando; FERREIRA, Angela Ribeiro. Notas sobre a demanda sociais de representação e os livros Didáticos de História. IN: O livro Didático de História: políticas educacionais, pesquisa e ensino. (ORG) Margarida Maria Dias de Oliveira e Maria Inês Sucupira Stamatto. EDUFRN, Natal: 2007.

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