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História Moderna da Transição do Feudalismo às Reformas Religiosas Le Goff – longa idade média até os séculos XVII e XVIII; propriedade de terra como um bem, independe da moeda; Autoridade e poder por conta da terra; A religião – o cristianismo não foi vencido pelo iluminismo. Jacques Le Goff é medievalista – da 3ª geração doa Annales). Ele questiona no texto “As raízes medievais da Europa”, capítulo VI – se ocorreu um outono da Idade Média ou uma Primavera de tempos novos? O texto é dividido em 2 partes na 1ª, Goff fala das calamidades do século XIV, mas ele não aponta uma ruptura. O autor também mensura a crise da estabilidade – guerras entre as cidades – além da fome, guerra e peste. Le Goff questiona se a Idade Média acabou mesmo ou não, porém os outros historiadores começam a criticar a crise da IM. Quais são os parâmetros que definem o fim da IM e a Idade Moderna - A queda de Constantinopla (em 1453), - Invenção da imprensa (em 1454, por Gutemberg), - Reconquista / grande expulsão dos mouros / grandes navegações, - Renascimento (crise do século XIV, crise do sistema feudal – passagem para o capitalismo). Segundo Le Goff, a peste, a guerra e a fome não eram novidades e muito menos o fim da Idade Média e, por isso, não marcou uma ruptura. A guerra sempre foi um fenômeno endêmico da Idade Média / 1/3 da população foi dizimada também pela peste. Ele aponta ainda que há mudanças e transformações, como a guerra nacionalizada, o renascimento também é bem relevante, além das revoltas urbanas. Ele informa ainda que diversas coisas positivas também aconteceram neste período, o que confirma que não houve ruptura, como a invenção da imprensa, livros iluminados, criação das bíblias, avanço na arquitetura e em todos os campos das artes, a criação das universidades etc... Existe uma ruptura ou continuação da Idade Média? O Renascimento é ou não é uma ruptura da Idade Média. O Renascimento se aproxima das culturas gregas e romanas e do humanismo. Baschet – estuda a América e a influência da Idade Média – Ele é um continuador de Le Goof – Baschet produziu o texto “A civilização feudal – por que se interessar pela Europa Feudal”? Estudo sobre o texto “A civilização feudal do ano mil à colonização da América”, de Jérôme Baschet – Ele também tem avaliar se aconteceu ou não o fim da Idade Média. Baschet faz um contraponto e apoia a longa Idade Média, achando que não existe ruptura. Os outros autores da época, mostram que vários fatores comprovam a ruptura, como a reconquista, a invenção da imprensa, a guerra, a peste e a fome, além da passagem do Feudalismo para o Capitalismo e o Renascimento e o Humanismo. A formação dos Estados nacionais surge na Idade Moderna. O Iluminismo tenta se libertar dos dogmas da fé e vai ao encontro da razão, mesmo sabendo que a Idade Média é marcada pela interferência da Igreja Católica e para ele, a Idade Média põe os pés na América. A expansão marítima é vista por alguns estudiosos como uma coisa separada, já Baschet acha que a reconquista e a conquista são pontos que se juntam. O autor acredita que a posse da terra é sinônimo de poder e riqueza. A noção da terra é um fator marcante na religião cristã durante a Idade Média. Em concordância com Le Goff, Baschet acredita que a Idade Média vai até o século XVIII, mudando a política (revolução francesa), revolução industrial (economia) e o iluminismo (cultural). Pery Anderson – “A Dinâmica feudal, a crise geral” O manuseio errado das terras, a exaustão do solo, o “emperramento” dos mecanismos de reprodução do sistema, a falta de metal para produção de moedas, a falta de dinheiro, a monetarização no campo, a superpopulação e a explosão demográfica. - A cunhagem das moedas sofreu uma crise e a falta de metais levou a adulteração de moedas e, daí, a inflação surgiu em espiral. - As lutas de classes e modo de produção reforçam os sistemas feudalismo e capitalista. Lutas sem precedentes, saques na Alemanha e na Itália / fenômeno banditismo desorganizado / A peste negra também aumentou esta crise estrutural que foi determinada por mais uma catástrofe conjuntural. - Com a falta de mão de obra, a classe nobre ficou ameaçada pelas dívidas e pela inflação, por conta disso, surge uma nova relação de trabalho com novas reivindicação. / Descentralização de poder / Menos conflitos da Burguesia / monopolista / capitalismo comercial. - Crise do século XIV, a crise no sistema feudal “Emperramento” – a partir do sistema feudal acontece e soma-se vários fenômenos contrários ao próprio feudalismo, como a fome, a peste, empobrecimento do solo, falta de metal para cunhagem das moedas, a inflação e a escassez de alimentos, superpopulação, problemas climáticos e cobrança de impostos. - A terra deixa de ser sinônimo de riqueza e poder. A partir de agora, os bens capitais passam a ter mais valor. Strayer – “As Origens Medievais do Estado Moderno” - Feudalismo – terras fragmentadas por diversos senhores. O autor ilustra como a formação dos estados nacionais deu certo. - Lealdade, poder do Rei, pagamento do Estado. As instituições começam a se formar junto com as questões da justiça e dos tribunais e a parte administrativa. - Critérios para formação do Estado: 1) Unidade política; 2) Persistentes no tempo e geograficamente; 3) Desenvolvimento das instituições permanentes e impessoais; 4) Aceitação da ideia de uma autoridade e 5) Aceitação desta autoridade. - O Surgimento de várias faculdades no século XII. Autoridade e respeito a essa autoridade por meio das leis e da jurisprudência. Os reis circulavam pelas cidades para criar vínculos com a população. O poder era itinerante. - O autor mostra a lealdade do rei por conta da justiça. Diferença entre o Império e as cidades-Estados - Os impérios são formados por uma pequena participação das pessoas da sociedade. Nas cidades-Estados a participação do povo é maior. Os povos bárbaros também têm uma relação amistosa com os soberanos. - O que também favoreceu a criação dos estados foi o fim de um longo período de migrações, invasões e conquistas. Com isso, ocorreu uma certa estabilidade, ou seja, o homem se fixou mais em determinados lugares. - A igreja insistiu que os soberanos seculares eram os representantes da justiça. Surgiram instituições financeiras e judiciárias. Os funcionários experientes propagavam a ideia de uma continuidade das ações do estado. - No século XIII, os reis, os juízes e o Papa criaram uma chancelaria. - Elementos essenciais do estado moderno: tesouro; chancelaria; reis, leis; entidades políticas – o governo não acaba com a saída do rei. Centralização do poder nas mãos do monarca. Renascimento - O termo Idade Média foi criado, mas o que marca a ruptura da Idade Média é o começo da Idade Moderna é o Renascimento. Ele é o marco da modernidade. Estudaremos a continuação e não a ruptura. - O movimento dos renascimentos das cidades, renascimento do comércio no século XII – e chegando ao XII, XIV e XV. Mercantilismo (Economia) – o rei controla a economia. Absolutismo é poder político. O monarca tem a centralização do poder. - Na Itália não acontece a formação do estado nacional. Neste momento, a Itália ainda está dividida em várias cidades-estados. Por volta do século XIII, na Itália, surgiu o movimento de como se governa uma cidade-estado. - Eles organizavam as “comunas” e tentam instalar a república. Veneza, Genova, Florença e Milão eram as cidades mais importantes da Itália. A importância da autonomia destas idades dificultam a criação dos estados nacionais. - O papado está rivalizandocom o imperador desde o fim da Idade Média, pois o imperador quer controlar as principais regiões da Itália, mas a igreja resiste e faz com que a figura do Papa seja vista como ele fosse um grande líder. Exemplo: Bonifácio, século XIII, briga com o poder secular, com o rei da França. - Com o poder papal começam a surgir lutas com relação à questões políticas – papa x imperador / papa x monarca. - As comunas italianas também estão disputando e testando a república e passam a pesquisar a melhor maneira de se governa. - Skinner aponta os problemas com as facções e também é a favor da continuidade. - As pessoas pensam nas questões da liberdade e as cidades estados não querem ficar subjugadas às outras. - Surgem nas cidades europeias homens que pensam e refletem a sociedade, surge assim as universidades. - Tomás de Aquino pensa a escolástica. A escolástica, no fim da Idade Média, é uma síntese de Aristóteles como uma visão de mundo voltada para as questões religiosas. Graças as contato com os povos árabes surgem novas interpretações. Aristóteles tem uma valorização do homem no mundo. - O cristianismo utiliza o mundo das ideias como se fosse o paraíso. São Tomas de Aquino traduz Aristóteles, no fim do século XIII, e faz com que a busca da verdade seja feita por meio da razão e pelas as ações dos homens na terra. Ele se utiliza da Fé e da Razão para pensar as questões desta sociedade. Ele também enriquece seu discurso por meio da retórica X poder da oratória = poder de convencer. - Florença é a cidade que representa o renascimento, que cresceu muito economicamente com o apoio da produção de tecido, os médicos e os banqueiros. - As cidades-estados tentam se manter livres e as facções políticas entram em uma grande disputa. - Valorização do homem – humanismo (razão, ação do homem no mundo, prudência – ação pensada – calculada). - O Renascimento se volta à Grécia e à Roma. Os homens precisavam de um modelo e vão à antiguidade clássica: as comunas pensam na ideia de república. - Os homens da época vão estudar as línguas originárias do grego e do latim. Os renascentistas tentam, leem e interpretam os textos antigos, mas o pensamento tinha que ser adaptado. As obras de Bizâncio – árabes - eram as mais importantes para os renascentistas, os modernos. Texto – “As Fundações dos Movimentos Políticos Modernos”, Quentim Skinner - França, Espanha, Inglaterra etc... buscam consolidar a formação de seus estados nacionais. - As instituições são baseadas por meio da lei, justiça, etc... * Itália – Comunas – cidades-estados. O comércio fortalece as cidades italianas. O papa fica na Itália. - Renascimento X Idade Média – crescimento das cidades italianas. O movimento se espalha pela Europa. Surgem também as universidades / escolástica (fim da Idade Média). - São Tomas de Aquino – filosofia, fé e a razão (retomada de Aristóteles) e os ensinamento dos clássicos da Idade Antiga. Leitura cristã (interpretações das obras de Aristóteles). - Surgimento das ciências como astronomia, matemática etc / crescimento do comércio. Humanismo – valorização do homem. - Sociedade extremamente católica; a razão humana passa a ser valorizada, mas a fé não é desprezada. - As cidades estão pensando como vão se organizar. República e liberdade. - Servidão / escravidão no campo – séculos XIV e XV. - Como fazer com que a cidade não fique na mão de um ditador – tirano / preso ao poderio. Justiça – a importância da retórica – estudar gramática, vão resgatar o pensamento clássico. - Petrarca – um dos principais humanistas da época. Valorização das culturas gregas e romanas. - São Tomas de Aquino faz uma releitura de Aristóteles. Os humanistas criticam essas obras porque acreditavam que o latim dos estudantes era muito tosco/rudimentar. - Eles desconsideravam os ideais medievais e reinterpretavam as obras clássicas da Idade Antiga. - O Renascimento foi um movimento de renovação em vários campos nas artes, na política, na literatura, na arquitetura etc... Nas artes, o Renascimento se preocupa com a perspectiva, os contornos das mãos e do rosto. A busca pela perfeição nas artes tenta remontar os clássicos gregos. - Florença – berço do Renascimento – estudo da arquitetura é altamente valorizada. A Igreja de Santa Maria Di Fiori se torna um grande esplendor. Por meio da arquitetura, as cidades-estados começam uma verdadeira disputa pela evolução, pelo crescimento e pela importância de seus prédios e igrejas. - Dante- poeta da Idade Média para Idade Moderna. As portas de ouro de Florença, que narram algumas passagens do paraíso. - Roma é palco de diversas obras renascentistas. - Cidades-repúblicas, na Itália, viveram uma luta política bem relevante durante o renascimento. (Déspotas) – governo de forma autoritária / continuação da hereditariedade – a família Médici e a mais emblemática. - Mecenas – artistas apoiadas pela família Médici / Mecenatos – valorização das artes durante a Idade Média. No renascimento surgem as oficinas. Maquiavel Texto – “O Príncipe” - Maquiavel é um renascentista e Florença – está pensado em como formar um governo/república. Importância da retórica. - Inglaterra e França – absolutismo // - Alemanha – imperador do Sacro-império Germânico. - Espanha, França e Itália – poder centralizado na figura de um rei absolutista. * Na Itália surgem as “comunas” e o sistema era baseado na república. - Maquiavel estava no exílio quando escreveu a obra o “príncipe”. - Roma, Veneza, Milão e Florença estão em conflito. O Papa estava completamente envolvido com a política e tinha muito poder. A forma do governo era autogerida. - Cesar Borja X família Médici e os Mecenas estão em ebulição. Maquiavel é banido da cidade e faz um livro para o príncipe Lourenço de Médici. - Segundo Maquiavel – virtude e fortuna (sorte)– são as qualidades de um príncipe. Para ele sorte é igual a fortuna e história é coordenada com a ordem da fortuna. Ele separa a liderança religiosa, do sagrado para se aproximar do fator humano. - Maquiavel tem várias metas e alguns êxitos. Ele tenta se aproximar dos Médicis e consegue alguns cargos com o novo governo e também se afasta novamente. * Cesar Borja era filho do Papa. - A ideia de virtude para Maquiavel – pensando na política e na forma de governar. ++ o governante tem que ser virtuoso, alcançar fama e poder. Também tem que ser bondoso, generoso, fomentar a paz e um bom administrador da justiça. Qualidades – sábio, piedoso e justo. A obra O Príncipe pode ser chamada de “Espelho de príncipe”. O autor traz algo novo para quem pretende ser um líder, como a virtude, o saber agir de forma coerente e prudente. O exército para ele é a representação da força. O exército formal. - Maquiavel – “O povo não quer ser oprimido”. Para ele, a bondade é uma ação que perdura no subconsciente coletivo, mas para se ter virtude é preciso agir de forma necessária. 1ª fase do Renascimento – prega a liberdade (busca pela liberdade do homem – do pensamento a vida propriamente dita) 2ª fase do Renascimento- Maquiavel – prega a paz (período de muitas guerras, e consolidação dos estados nacionais). *** Maquiavel faz uma oposição ao rei da França, pois o rei queria ampliar seus horizontes. A ideia de república é uma oposição ao absolutismo do rei da França. - Malvadez – Maquiavel ensina no livro quando e como o príncipe tem que aplicar a maldade. Tempo de paz e tempo de guerra – “É necessário utilizar a crueldade de forma bem usada, pois ela ajuda rapidamente a controlar a segurança”. As más usadas são aquelas que mesmo usadas, o povo irá lembrar. - História mestra da vida – nós devemos aprendercom a história. Realizar toda ofensa necessária e não repeti-las. As injúrias são feitas de uma vez para que durem menos. - O povo é mais honesto – o povo não quer ser oprimido, mas os nobres não são confiáveis. - Tipos de milícias – próprias ou mercenárias. Segundo Maquiavel, o soldo não é suficiente para morrer pelo administrador. - No fim do livro – ele dá dicas para que o rei unifique toda a Itália e que ele acabe com as disputas internas. Maquiavel é republicano, defende as repúblicas, valoriza o rei, mas não prego o absolutismo. - Para ele, os príncipes precisam de secretários/auxiliares confiáveis. Maquiavel assumiu pequenos cargos no governo.
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