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ANESTESIA-VETERINARIA-EM-PACIENTES-NEONATOS

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
JOSICLER KLUG WEIGERT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC): ANESTESIA 
VETERINÁRIA EM PACIENTES NEONATOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2013 
 
 
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
JOSICLER KLUG WEIGERT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC): ANESTESIA 
VETERINÁRIA EM PACIENTES NEONATOS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Medicina 
Veterinária da Faculdade de Ciências 
Biológicas e da Saúde da Universidade 
Tuiuti do Paraná como requisito parcial 
para a obtenção do título de Médica 
Veterinária. 
Orientador: Prof. Dr. Diogo Motta Ferreira 
 
 
 
 
CURITIBA 
2013 
 
 
Reitor 
Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos 
 
Pró-Reitor Administrativo 
Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos 
 
Pró Reitora Acadêmica 
Prof.ª Carmem Luiza da Silva 
 
Pró-Reitor de Planejamento 
Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos 
 
Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão 
Profa. Elizabeth Brunini Sbardelini 
 
Diretor da Faculdade de Ciência Biológica e da Saúde 
Prof. João Henrique Faryniuk 
 
Coordenador do Curso de Medicina Veterinária 
Prof.ª Ana Laura Angeli 
 
 
 
CAMPUS SYDNEI LIMA SANTOS 
Rua: Sidney A. Rangel dos Santos 238 - Santo Inácio 
CEP: 82010-330- Curitiba- Paraná 3331-7700 
Fone: (41) 3331-7700 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
JOSICLER KLUG WEIGERT 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC): ANESTESIA VETERINÁRIA EM 
PACIENTES NEONATOS 
 
 
Este trabalho foi julgado e aprovado para a obtenção do titulo de Medico veterinário 
no curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
Curitiba, data da defesa 
____________________________________________________ 
Curso de Medicina Veterinária 
Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Diogo Motta Ferreira 
 Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
Membro: Prof. Médica Veterinária Luciane Popp 
 Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
Membro: Médica Veterinária Residente Silvia Pereira Bueno 
 Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICO ESTE TRABALHO A TODAS AS PESSOAS QUE SE DEDICAM E 
ACREDITAM NA MEDICINA VETERINÁRIA... 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
A Deus, que me deu o dom da vida e sempre esteve presente nos 
momentos mais difíceis, e que direcionou meu caminho para a escolha da Medicina 
Veterinária, esta que hoje é mais do que uma profissão é um ideal de vida. 
 
Aos meus queridos e amados pais, Glacy e Raul e minha irmã, Silvelise, 
pela compreensão e amor e por me incentivarem e me apoiarem sempre na 
conquista de novos desafios, sem eles com certeza já havia desistido a tempo. 
 
A Clínica Veterinária Doctorvet, da qual participei da sua criação e 
crescimento até os dias de hoje, principalmente ao Médico veterinário Henri, que 
além de ser meu amor, não posso negar que foi o meu inspirador à Medicina 
Veterinária. 
 
Aos meus amigos e colegas de profissão, por todo apoio, pela ajuda, e 
pelas lições de conduta profissional e pessoal que cada um me proporcionou. 
 
Aos parentes e amigos, por somente saber das suas existências, para mim 
já era um grande incentivo. 
 
Aos meus mestres que durante toda a minha vida acadêmica me ensinaram 
e compartilharam comigo os seus conhecimentos me incentivando sempre. 
 
Ao meu professor orientador Dr. Diogo Motta pela atenção e colaboração 
durante a execução deste trabalho. 
 
Aos amados animais de estimação, pois sem eles nada disso seria possível. 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Nós seres humanos, estamos na 
 natureza para auxiliar o progresso 
 dos animais, na mesma proporção 
 que os anjos estão para nos auxiliar. 
 Portanto quem maltrata um 
 animal é alguém que não aprendeu a 
 amar" 
Chico Xavier. 
 
RESUMO 
 
 
WEIGERT J.K. Trabalho de Conclusão de Curso. 2013. 95f. [Curso de Graduação 
em Medicina Veterinária] – Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba. 
 
 
Orientador Acadêmico: Professor Médico Veterinário Diogo Ferreira 
Orientadores Profissionais: Residente Médica Veterinária Bruna Berardi e 
 Médico Veterinário Henri Kipgem Neto 
 
 
O presente trabalho é uma revisão bibliográfica de Anestesia Veterinária em 
Pacientes Neonatos, estudado durante o período do estágio curricular na Clinica 
Escola Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e na Clinica Veterinária 
Doctorvet. A Neonatologia tem despertado o interesse de diversos Médicos 
Veterinários, principalmente daqueles que trabalham em gatis ou canis. O 
acompanhamento da gestante e um cuidado pré-natal adequado estão intimamente 
relacionados ao nascimento de filhotes sadios e à redução da mortalidade neonatal, 
além disso, ter conhecimento das diferenças anatomofisiológicas dos neonatos é 
imprescindível para uma adequada anestesia e analgesia caso seja necessário o 
paciente neonatal passar por um procedimento cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-Chave: revisão de literatura; anestesia; neonatologia. 
 
 
ABSTRAT 
 
 
 
WEIGERT J.K. Course Conclusion Work, 2013. 95f. [Graduation course in Veterinary 
Medicine] - Tuiuti University of Paraná, Curitiba - Brazil. 
 
 
Academic Mentor: Teacher Diogo Ferreira 
Professional Mentor: Resident Veterinarian Doctor Bruna Berardi e 
 Veterinarian Doctor Henri Kipgem Neto 
 
 
This paper is a literature review of Veterinary Anesthesia in Patients Neonates, 
studied during the period of internship at Veterinary Clinic School University Tuiuti 
(UTP) and the Veterinary Clinic Doctorvet. Neonatology is claiming the interest of 
several veterinarian practitioners, specially those who work in kennels. Follow-up the 
pregnant female and adequate prenatal care are closely related to the production of 
healthy puppies and consequently with reduction of newborn mortality. Additionally, 
be aware of the anatomical and physiological differences of neonates is essential for 
adequate anesthesia and analgesia if the patient is required neonatal undergo a 
surgical procedure 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Key-Words: literature review; anesthesia; neonatology 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 CAMPUS TUIUTI BARIGUI – BLOCO A 
 
13 
 
FIGURA 2 CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA UTP 
 
14 
 
FIGURA 3 SALA DE RX DA CVE-UTP 
 
15 
 
FIGURA 4 SALA PARA ATENDIMENTOS EMERGENCIAIS DA CVE-
UTP 
 
16 
 
FIGURA 5 SALA DE ULTRASSOM DA CVE-UTP 16 
 
FIGURA 6 SALA DE TÉCNICA CIRÚRGICA DA CVE- UTP 
 
17 
FIGURA 7 CONSULTÓRIO 01 – ATENDIMENTO DE CÃES, DA CVE-
UTP 
 
18 
FIGURA 8 CONSULTÓRIO 02 – ATENDIMENTO DE CÃES, DA CVE-
UTP 
 
18 
FIGURA 9 CONSULTÓRIO03 – ATENDIMENTO DE CÃES, DA CVE-
UTP 
 
19 
FIGURA 10 CONSULTÓRIO PARA ATENDIMENTO DE FELINOS, DA 
CVE-UTP 
 19 
 
 
FIGURA 11 FARMÁCIA DA CVE-UTP 20 
 
FIGURA 12 SALA DE INTERNAMENTO PARA CÃES DA CVE-UTP 20 
 
FIGURA 13 LABORATÓRIO DA CVE-UTP 21 
 
FIGURA 14. LABORATÓRIO DA CVE-UTP 
 
21 
 
FIGURA 15 APARELHO DE ANESTESIA INALATÓRIA COM MONITOR 
MULTIPARAMÉTRICO DA CEV-UTP 
 
22 
FIGURA 16. BISTURI ELETRÔNICO DA CVE-UTP 23 
 
FIGURA 17 APARELHO PARA VIDEOCIRURGIA DA CVE-UTP 
 
23 
 
FIGURA 18 SALA DE CIRÚRGIA DA CEV-UTP 
 
24 
 
FIGURA 19 ENTRADA DA CV-DVET 
 
25 
FIGURA 20 RECEPÇÃO DA CV-DVET 
 
25 
 
FIGURA 21 PET SHOP DA CV-DVET 
 
26 
FIGURA 22 CONSULTÓRIO DA CV-DVET 26 
 
 
FIGURA 23 BALANÇA PARA PESAGEM DOS PACIENTES DA CV-
DVET 
 
27 
FIGURA 24 APARELHO DE ULTRASSOM VETERINÁRIODA SALA DE 
DIAGNÓSTICO DA CV-DVET 
 
27 
FIGURA 25 SALA DE EXAMES DA CV-DVET 
 
27 
FIGURA 26 SALA DE INTERNAMENTO DA CV-DVET 
 
29 
FIGURA 27 SALA DE INTERNAMENTO DE FELINOS DA CV-DVET 
 
29 
FIGURA 28 SALA DE INTERNAMENTO PARA PACIENTES INFECTO-
CONTAGIOSOS DA CV-DVET 
 
30 
FIGURA 29 SALA DE CIRURGIA DA CV-DVET 
 
30 
FIGURA 30 HOSPEDAGEM DA CV-DVET 
 
31 
FIGURA 31 BANHO E TOSA DA CV-DVET 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
QUADRO 1 
 
 
 
 
QUADRO 2 
 
PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA E FREQUÊNCIA 
CARDÍACA EM FILHOTES DE CÃES ACORDADOS 
 
 
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS APRESENTADAS POR 
FILHOTES CANINOS E FELINOS RELATIVAS AOS CINCO 
PRINCIPAIS SISTEMAS ORGÂNICOS, QUE DIFEREM EM 
RELAÇÃO AOS INDIVÍDUOS ADULTOS 
 
 
57 
 
 
 
 
 
 
63 
QUADRO 3 DIFERENÇAS NOS PADRÕES FARMACOCINÉTICOS DE 
DISTRIBUIÇÃO DE DROGAS QUE DETERMINAM 
ALTERAÇÕES NA RESPOSTA CLÍNICA DE CÃES E GATOS 
NEONATOS 
 
 
 
 
67 
QUADRO 4 VALORES FISIOLÓGICOS PEDIÁTRICOS 70 
 
 
QUADRO 5 DOSES DE ANALGÉSICOS OPIÓIDES E SEDATIVOS PARA 
PACIENTES PEDIÁTRICOS 
 
 
75 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
AINE Antiinflamatório não esterioidal 
AVAC 
bpm 
Anestesia Veterinária de Animais de Companhia 
Batimentos por minuto 
CAM 
 
CCAC 
Concentração Alveolar Mínima 
 
Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia 
CEV-UTP Clínica Escola Veterinária Universidade Tuiuti do Paraná 
COX 
 
COX 1 
 
COX 2 
 
CPD 
Cicloxigenase 
Cicloxigenase 1 
Cicloxigenase 2 
 
Concentração Plasmática da Droga 
CV-DVET Clinica Veterinária Doctorvet 
cm Centímetro 
˚C 
 
Fluído/lb/h 
Grau Celsius 
 
Fluído por libra por hora 
G Milímetros de Diâmetro Externo 
g/dL 
 
gotas/mL 
Gramas por Decilitros 
 
Gotas por mililitro 
IM Intramuscular 
ITC Infusão em Taxa Contínua 
IV 
 
Kg 
Intravenoso 
 
Quilograma 
Lb Libra 
mg/kg Miligrama por quilo 
 
min Minuto 
mL/minuto 
 
ml/Kg/min 
 
mm 
Mililitro por minuto 
 
Mililitro por quilo por minuto 
 
Milimetro 
mmHg Milímetro de mercúrio 
MPA Medicação Pré-Anestésica 
OSH 
 
pH 
Ovariosalpingoesterectomia 
 
Potencial Hidrogeniônico 
SC 
 
SID 
Subcutâneo 
 
Uma vez por dia 
TCC Trabalho de Conclusão de Curso 
TIC 
 
VO 
Taxa de Infusão Contínua 
 
Via Oral 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRAFICOS 
 
 
GRÁFICO 1 RELAÇÃO MACHO E FÊMEA, DE ACORDO COM A ESPÉCIE 
 
33 
GRÁFICO 2 CIRURGIAS REALIZADAS DIVIDIDAS POR SISTEMAS EM % 
 
38 
GRÁFICO 3 RELAÇÃO MACHO E FÊMEA, DE ACORDO COM A ESPÉCIE 39 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1 RELAÇÃO DE CÃES E GATOS ATENDIDOS E 
ACOMPANHADOS NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – 
UTP, NO ESTAGIO 
 
 
 
33 
TABELA 2 CIRURGIAS DO SISTEMA TEGUMENTAR 
ACOMPANHADAS NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – 
UTP, NO ESTAGIO 
 
 
 
34 
TABELA 3 CIRURGIAS DO SISTEMA OFTALMICO ACOMPANHADAS 
NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
 
34 
TABELA 4 CIRURGIAS DO SISTEMA REPRODUTIVO 
ACOMPANHADAS NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – 
UTP, NO ESTAGIO 
 
 
 
35 
TABELA 5 CIRURGIAS DO SISTEMA DIGESTIVO ACOMPANHADAS 
NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
 
35 
TABELA 6 CIRURGIA DO SISTEMA URINÁRIO ACOMPANHADA NA 
CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
 
36 
TABELA 7 CIRURGIAS DO SISTEMA NEUROLÓGICO 
ACOMPANHADAS NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – 
UTP, NO ESTAGIO 
 
 
 
36 
TABELA 8 CIRURGIAS DO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO 
ACOMPANHADAS NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – 
UTP, NO ESTAGIO 
 
 
 
37 
TABELA 9 CIRURGIA DO SISTEMA AUDITIVO ACOMPANHADA NA 
CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
 
 37 
TABELA 10 RELAÇÃO DE CÃES E GATOS ATENDIDOS E 
ACOMPANHADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET ENTRE AGOSTO A OUTUBRO 
 
 
 
38 
TABELA 11 CASUÍSTICA DE AFECÇÕES CLÍNICAS DIAGNOSTICADAS 
NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
39 
TABELA 12- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
40 
TABELA 13 CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES DIGESTÓRIAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
41 
 
TABELA 14. CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES MÚSCULO 
ESQUELÉTICAS DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA 
VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE 
ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
42 
TABELA 15 CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES INFECCIOSAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
43 
TABELA 16. CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES REPRODUTIVAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
43 
TABELA 17 CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES ONCOLÓGICA 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
44 
TABELA 18 CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES OFTÁLMICAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
45 
TABELA 19 CASOS CLÍNICOS DE INTOXICAÇÕES DIAGNOSTICADAS 
NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
45 
TABELA 20 CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
46 
TABELA 21 CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES CARDIACAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
47 
TABELA 22 CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES REPRODUTIVAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA 
DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
 
 
 
47 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 12 
 
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO 13 
 
2.1 CLÍNICA VETERINÁRIA ESCOLA DA UNIVERSIDADE 
TUIUTI DO PARANÁ 
 
13 
 
2.2 CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET 24 
 
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 32 
 
3.1 CASUÍSTICA 
 
32 
3.1.1 Casuística da CEV-UTP 
 
32 
3.1.2 Casuística da CV-DVET 
 
38 
3.1.2.1 Afecções Dermatológicas 
 
40 
3.1.2.2 Afecções Digestórias 40 
 
3.1.2.3 Afecções Músculo-esqueléticas 41 
 
3.1.2.4 Afecções Infecciosas 42 
 
3.1.2.5 Afecções Reprodutivas 
 
43 
 
3.1.2.6 Afecções Oncológicas 
 
44 
 
3.1.2.7 Afecções Oftálmicas 
 
44 
3.1.2.8 Intoxicações45 
3.1.2.9 Afecções Respiratórias 
 
46 
 
3.1.2.10 Afecções Cardíacas 46 
 
3.1.2.11 Afecções Neurológicas 
 
47 
4 ANESTESIA VETERINÁRIA EM PACIENTES 
NEONATOS 
 
48 
 
4.1 INTRODUÇÃO EM ANESTESIA EM NEONATOS 
 
48 
4.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
48 
4.2.1 Definição de Paciente Veterinário Neonato 
 
48 
 
4.2.2 Características gerais dos neonatos a serem avaliados 
 
 50 
4.2.2.1 Abertura dos olhos 
 
50 
4.2.2.2 Abertura de ouvidos 
 
51 
4.2.2.3 Outros sentidos 
 
51 
4.2.2.4 Avaliação Neurológica 
 
52 
4.2.2.5 Avaliação dos principais reflexos 
 
52 
4.2.3 Características fisiológicas e anatômicas de um paciente 
Neonato 
 
 
54 
4.2.3.1 Termorregulação 
 
54 
4.2.3.2 Sistema Cardiovascular 
 
56 
4.2.3.3 Sistema Respiratório 
 
58 
4.2.3.4 Sistema Hepático 
 
59 
4.2.3.5 Sistema Renal 
 
60 
4.2.3.6 Sistema nervoso central 
 
60 
4.2.4 Farmacocinética em Neonatos 
 
63 
4.2.5 Distribuição de Drogas 
 
64 
4.2.6 Metabolismo de Drogas nos Neonatos (Biotransformação) 
 
65 
4.2.7 Excreção de Medicamentos nos Neonatos 
 
66 
4.2.8 Considerações Pré-operatórias 
 
67 
4.2.9 Medicação Pré- Anestésica 
 
70 
4.2.10 Colocação do Cateter em pacientes neonatos 
 
76 
4.2.11 Fluidoterapia em pacientes neonatos 
 
77 
4.2.12 Indução anestésica 
 
77 
4.2.13 Entubação em neonatos 
 
80 
4.2.14 Manutenção da Anestesia dos Neonatos 
 
81 
4.2.15 Anestesia local 83 
 
 
4.2.16 Monitoração Anestésica 
 
84 
4.2.17 Ressuscitação Cardiopulmonar 
 
87 
4.2.17.1 Cloridrato de Doxapram 
 
87 
4.2.17.2 Sulfato de Atropina 
 
88 
4.2.17.3 Epinefrina 
 
88 
4.2.18 Analgesia em pacientes neonatos 
 
88 
4.2.19 Recuperação anestésica 
 
89 
5 CONCLUSÃO 
 
91 
 REFERENCIAS BIBLÍOGRAFICAS 92 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O estágio curricular supervisionado tem por objetivo aprimorar os 
conhecimentos adquiridos pelo acadêmico durante a graduação. O presente 
relatório refere-se ao período de estágio curricular supervisionado, realizado em 
duas clinicas distintas, a Clinica Veterinária Escola da Universidade Tuiuti do Paraná 
(CEMV-UTP) e na Clinica Veterinária Doctorvet (CV- DVET). O período 
compreendeu de 05 de agosto a 10 de outubro de 2013, totalizando 360 horas, na 
área de Anestesia Veterinária de Animais de Companhia (AVAC), sob orientação 
profissional da Médica Veterinária Residente Bruna Berardi na CEMV-UTP, e na 
área de Clinica Geral de animais de companhia, sob orientação profissional do 
Médico Veterinário Henri Kipgem Neto, na CV-DVET. A orientação acadêmica foi 
realizada pelo Médico Veterinário e Professor Diogo Ferreira. 
 Os atendimentos oferecidos tanto pela CV-UTP como pela CV-DVET, aos 
animais de companhia, são dividido em dois setores: Clínica Medica de Animais de 
Companhia (CMAC) e Clínica Cirúrgica de Animais de Companhia (CCAC), sendo a 
primeira com atendimento de rotina realizado de segunda à sexta-feira das 8:00 às 
12:00 e das 14:00 às 18:00 horas, e os atendimentos clínicos e cirúrgicos são feitos 
pelos professores e por residentes, sendo auxiliados pelos estagiários curriculares. 
Já a segunda o atendimento é vinte e quatro horas diariamente. 
Nesse relatório está citada a casuística anestésica acompanhada durante o 
período de estagio e o relato de um caso anestésico em um paciente canino 
neonato. A finalidade do relatório é descrever, revisar e discutir o caso 
acompanhado durante o período de estágio. O estágio curricular tem como objetivos 
aprimorar o conhecimento e estimular o aprendizado e o profissionalismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO 
 
2.1 CLÍNICA VETERINÁRIA ESCOLA DA UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
 
A CEMV-UTP faz atendimentos clínicos e cirúrgicos de pequenos animais, 
cães e gatos, localiza-se na Universidade Tuiuti do Paraná no Campus Barigui, na 
Rua Sydnei Antonio Rangel Santos, 238 no bairro Santo Inácio em Curitiba, Paraná, 
onde o atendimento é feito com horário previamente agendado, dando preferência 
aos atendimentos emergenciais que eventualmente podem ocorrer. (FIGURA 1, 2) 
 
FIGURA 01 – CAMPUS TUIUTI BARIGUI – BLOCO A 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
FIGURA 02 – CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
A entrada da CEMV-UTP é composta por uma recepção na qual é realizado 
o cadastro dos pacientes e clientes, e uma área de espera para os mesmos. 
Logo passando a porta de entrada do lado esquerdo estão localizados os 
vestiários, feminino e masculino, que tem acesso ao centro cirúrgico. Do lado direito 
esta localizada a Sala de Exame de Radiografia, composta de um aparelho de 
radiografia, e em anexo uma sala de revelação das radiografias. Ao lado da porta da 
Sala de Radiografia encontra-se uma balança, onde os animais são pesados antes 
de entrarem para a consulta nos consultórios. (FIGURA 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
 FIGURA 03 – SALA DE RX DA CVE-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
Adentrando o corredor de acesso aos consultórios, do lado esquerdo 
encontra-se a Sala de Emergência, equipada com aparatos e medicamentos para 
um pronto atendimento (FIGURA 4) e do lado direito encontra-se a sala destinada a 
exames de Ultrassonografia, a qual possui um aparelho de ultrassom, uma mesa de 
inox, calhas de espumas, um Negatoscópio, uma mesa, duas banquetas, um 
armário e duas cadeiras (FIGURA 5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
FIGURA 04 – SALA PARA ATENDIMENTOS EMERGENCIAIS DA CVE-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
FIGURA 05 – SALA DE ULTRASSOM DA CVE-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 17 
 Esta sala tem uma saída para a Sala de Técnica Operatória, onde são 
realizados aulas para os alunos de graduação em Medicina Veterinária e 
procedimentos odontológicos. Nesta sala existem mesas e banquetas, além de um 
aparelho de anestesia inalatória e um monitor multiparamétrico (FIGURA 6). 
 
FIGURA 6 – SALA DE TÉCNICA CIRÚRGICA DA CVE-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
A CEMV-UTP conta com quatro consultórios sendo um deles especial para 
atendimentos de felinos. Todos eles possuem mesa de atendimento, mesa para o 
veterinário, cadeiras, armário com luvas, termômetro, entre outros utensílios, e pia 
para lavagem das mãos (FIGURA 7,8 e 9). No consultório de felinos temos ainda 
balança para pesá-los e duas gaiolas (FIGURA 10). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
FIGURA 07 – CONSULTÓRIO 01 – ATENDIMENTO DE CÃES DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
FIGURA 08 – CONSULTÓRIO 02 – ATENDIMENTO DE CÃES DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 19 
FIGURA 9 – CONSULTÓRIO 03 – ATENDIMENTO DE CÃES DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
FIGURA 10 – CONSULTÓRIO PARA ATENDIMENTO DE FELINOS DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
A CEMV-UTP possui uma farmácia, que fornece todo o medicamento e 
produtos hospitalares para uso interno. (FIGURA 11) 
 
 20 
FIGURA 11 – FARMÁCIA DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
A sala de procedimentos, como curativos, e internamento, também possui 
mesa para atendimento, um armário, pia, gaiolas, aquecedor e suporte para fluídos 
(FIGURA 12). 
 
FIGURA 12 – SALA DE INTERNAMENTO PARA CÃES DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivopessoal 
 
 21 
A Clínica escola conta com uma sala de laboratório, onde encontram-se 
microscópios, estufa, centrífugas, geladeira, câmara de extração, armários, pia, e um 
computador (FIGURA 13 e 14). 
 
FIGURA 13 – LABORATÓRIO DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 FIGURA 14 – LABORATÓRIO DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 22 
O complexo cirúrgico é composto por três salas, uma sala pré-operatória, 
onde é feita a preparação dos pacientes para a cirurgia, lá existe uma mesa de inox 
para preparação dos pacientes, duas gaiolas, uma pia, e uma mesa, onde se 
encontram materiais para assepsia, esta sala só tem acesso por fora do hospital, 
ficando isolada da sala de cirurgia. 
Na sala de cirurgia temos duas mesas de cirurgia, dois focos cirúrgicos, dois 
aparelhos de anestesia inalatória com monitores multiparamétrico, (FIGURA 15) 
duas mesas para o instrumental cirúrgico, bisturi eletrônico (FIGURA 16), aspirador 
cirúrgico, aparelhagem para vídeocirurgia (FIGURA 17) e um negatoscópio (FIGURA 
18). 
FIGURA 15- APARELHO DE ANESTESIA INALATÓRIA COM MONITOR 
MULTIPARAMÉTRICO DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
FIGURA 16- BISTURI ELETRÔNICO DA CVE-UTP 
 
 Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 FIGURA17- APARELHO PARA VIDEOCIRURGIA DA CVE-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 24 
 FIGURA 18 – SALA DE CIRÚRGIA DA CEV-UTP 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
E por fim, a CEMV-UTP tem a sala dos residentes e a sala dos professores. 
 
 
2.2. CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET 
 
A CV-DVET é uma Clinica Veterinária com atendimento vinte e quatro horas 
por dia, prestando serviço em várias especialidades veterinárias, inclusive 
emergências, internamento, banho e tosa, pet shop e hospedagem canina e felina. 
Ela esta localizada no Bairro São Lourenço na cidade de Curitiba, no Paraná 
(FIGURA 19). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
FIGURA 19- ENTRADA DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
A estrutura conta com uma recepção aos clientes, um Petshop com 
produtos variados para cães e gatos, além de medicamentos (FIGURA 20 e 21). 
 
FIGURA 20- RECEPÇÃO DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 26 
FIGURA 21- PET SHOP DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
O início do atendimento ao paciente se dá no consultório, onde se encontra 
uma mesa de atendimento, uma mesa para o veterinário, cadeiras, uma pia, um 
armário com medicamentos, uma mesa de instrumentais e aparelhos médicos 
usados pelo veterinário no atendimento inicial (FIGURA 22). 
 
FIGURA 22- CONSULTÓRIO DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 27 
O paciente é pesado antes da entrada no consultório em uma balança que 
se encontra à porta do próprio (FIGURA 23). 
 
FIGURA 23- BALANÇA PARA PESAGEM DOS PACIENTES DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
Uma sala de exames fica bem ao lado do consultório, onde podemos 
observar um microscópio óptico, um negatoscópio,uma mesa uma cadeira e um 
aparelho de ultrassom veterinário. (FIGURA 24 e 25). 
 
FIGURA 24- APARELHO DE ULTRASSOM VETERINÁRIODA SALA DE 
DIAGNÓSTICO DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 28 
FIGURA 25- SALA DE EXAMES DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
O complexo de cuidados intensivos é dividido em três internamentos, um 
chamado comum, com algumas gaiolas, pedestal para fluído, uma mesa de inox, 
dois armários com medicações e produtos hospitalares, aquecedor de ambiente, 
bomba de infusão, e um cilindro de oxigênio (FIGURA 26). Outra destinada à 
pacientes felinos, (FIGURA 27) e a terceira destinada à pacientes com doenças 
infecto-contagiosas. (FIGURA 28) Todas elas contam com a mesma estrutura e os 
mesmos aparatos veterinários. 
 
 29 
FIGURA 26-SALA DE INTERNAMENTO DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
FIGURA 27- SALA DE INTERNAMENTO DE FELINOS DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 30 
FIGURA 28- SALA DE INTERNAMENTO PARA PACIENTES INFECTO-
CONTAGIOSOS DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
A sala de cirurgia esta equipada com uma mesa cirúrgica, uma mesa para 
instrumentos, uma pia, um aparelho de anestesia inalatória, um monitor 
multiparamétrico, pedestal para fluídos, uma bomba de infusão, cilindro de oxigênio, 
banquetas e ar condicionado (FIGURA 29). 
 
FIGURA 29- SALA DE CIRURGIA DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 31 
A CV-DVET conta ainda com uma estrutura de Hospedagem, com 
aproximadamente cinquenta canis, apropriados para cães de portes variados 
(FIGURA 30). 
 
FIGURA 30- HOSPEDAGEM DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
O local de banho e tosa dos animais possui duas banheiras, três mesas 
para secar os animais, dois secadores, dois sopradores, duas máquinas de tosa, 
além de tesouras, rasqueadeiras e lâminas. O horário de funcionamento do Banho e 
Tosa é de segunda a sábado das nove horas da manhã às dezoito horas da tarde. 
(FIGURA 31) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
FIGURA 31- BANHO E TOSA DA CV-DVET 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
Nas duas Clínicas onde foi realizado o estágio, foi acompanhada a rotina de 
todos os atendimentos, auxiliando nos atendimentos de clínica cirúrgica e clínica 
médica, assim como, nos atendimentos normais e de enfermaria. A rotina contava 
com os seguintes procedimentos: limpeza de curativos, administração de 
medicamentos, preparação de animais para cirurgia (efetivando depilação e 
medicação pré-anestésica (MPA)) e levando animais para passear. 
Na CV-UTP a ênfase no acompanhamento foi nos procedimentos 
anestésicos, desde a MPA até a analgesia prescrita para casa. 
 
3.1 CASUÍSTICA 
 
3.1.1 Casuística da CEV-UTP 
 
Durante o período de estágio, o foco foi realizado na área de Anestesiologia, 
onde foram acompanhados 92 casos de procedimentos anestésicos que no presente 
relatório estão descritos em tabelas divididas por sistemas (Tabela 2 a 9). 
 33 
Os casos relatados nas tabelas e gráficos de casuísticas foram somente os 
casos acompanhados durante o período de estágio. 
A ocorrência de pacientes que foram submetidos à cirurgia de Mastectomia 
por presença de Neoplasias Mamárias durante o estágio, foi bastante significativa. A 
casuística de cirurgias ortopédicas na CEV-UTP também foi grande. 
A maior casuística de atendimentos cirúrgicos correspondeu à espécie 
canina, compreendendo 81% dos casos. 
 
TABELA 1- RELAÇÃO DE CÃES E GATOS ATENDIDOS E ACOMPANHADOS NA 
CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
ESPÉCIE TOTAL 
 n % 
Caninos 74 81 
Felinos 18 19 
Total 92 100 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
 
Em relação ao sexo, na espécie canina a maior frequência de atendimento 
cirúrgicos foi em fêmeas (47), entretanto em felinos, a maioria foi em machos (10) 
(Gráfico-1). 
 
GRÁFICO 1- RELAÇÃO MACHO E FÊMEA, DE ACORDO COM A ESPÉCIE 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
CANINO FELINO
PA
CI
EN
TE
S
FEMEA
MACHO
 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
 
 34 
Dentro do total de atendimentos cirúrgicos da CEV-UTP, 6 corresponderam a 
afecções dermatológicas, conforme Tabela 2. Com maior ocorrência de Biopsia de 
pele (4). 
 
TABELA 2– CIRURGIAS DOSISTEMA TEGUMENTAR ACOMPANHADAS NA 
CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
CIRURGIA 
 
NÚMERO DE 
CASOS 
 
ESPÉCIE 
 
PORCENTAGEM 
Exérese de Nódulo Abdominal 
 
 1 Canina 
Otohematoma 1 Canina 
Biópsia de Pele 4 Canina 
TOTAL 6 CANINA 6,5%* 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
 *: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=92) 
 
 
Já para o Sistema Oftálmico houve apenas três casos, um deles de 
Prolapso da Glândula da Terceira Pálpebra, onde foi necessário o seu sepultamento 
cirúrgico e dois casos de Prolapso de Globo Ocular, sendo necessário a Enucleação. 
(Tabela 3) 
TABELA 3 – CIRURGIAS DO SISTEMA OFTALMICO ACOMPANHADAS NA 
CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
CIRURGIA 
 
NÚMERO DE 
CASOS 
 
ESPÉCIE 
 
PORCENTAGEM 
Sepultamento da Glândula da 
Terceira Pálpebra 
1 Canina 
Enucleação 2 Canina 
TOTAL 3 CANINA 3,2%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
 *: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=92) 
 
 
O Sistema Reprodutivo foi o que apresentou maior demanda cirúrgica, com 
metade das cirurgias realizadas. (Tabela 4) 
 35 
TABELA 4 – CIRURGIAS DO SISTEMA REPRODUTIVO ACOMPANHADAS NA 
CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
CIRURGIA 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
 
CANINA FELINA 
Ovariohisterectomia 11 5 
 
 
Orquiectomia 3 5 
Mastectomia Parcial 13 - 
Mastectomia Total - 2 
Cesariana 1 1 
Piometra 4 - 
Exérese de Nódulo Vulvar 1 - 
TOTAL 33 13 50%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=92) 
 
 
Para o sistema digestivo, os procedimentos anestésicos foram realizados a 
maioria para tratamento Periodontal. (Tabela 5) 
TABELA 5 – CIRURGIAS DO SISTEMA DIGESTIVO ACOMPANHADOS NA 
CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
CIRURGIA 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
 CANINO FELINO 
Tratamento Periodontal 14 5 
 
Gastrotomia 1 - 
Ressecção e Enteroanastomose 1 - 
TOTAL 16 5 22.8%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=92) 
 
 
 36 
No período de estágio, foi acompanhado apenas um caso de cirurgia do 
sistema urinário, com a realização de uma Cistotomia para retirada de uma massa 
hiperplásica da parede da Vesícula Urinária (Tabela 6). 
TABELA 6 – CIRURGIA DO SISTEMA URINÁRIO ACOMPANHADA NA CLÍNICA 
ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
CIRURGIA 
 
NÚMERO DE 
CASOS 
 
ESPÉCIE 
 
PORCENTAGEM 
Cistotomia 1 Canina 
TOTAL 1 CANINA 1,1%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=92) 
 
 
O Sistema Neurológico as cirurgias acompanhadas concentraram-se em 
cirurgias da coluna vertebral em seus diferentes segmentos. (Tabela 7) 
 
TABELA 7 – CIRURGIAS DO SISTEMA NEUROLÓGICO ACOMPANHADAS NA 
CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
CIRURGIA 
 
NÚMERO DE 
CASOS 
 
ESPÉCIE 
 
PORCENTAGEM 
Laminectomia com fixação de 
Pinos 
3 Canina 
Luxação de Fratura de 
Vértebra Fixação 
2 Canina 
TOTAL 5 CANINA 5.5%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=92) 
 
 
As cirurgias do Sistema Músculo esquelético acompanhadas compreendeu 
nove cirurgia como podemos observar na Tabela 8, já do Sistema Auditivo foi 
acompanhada apenas uma cirurgia (Tabela 9). 
 
 
 
 37 
TABELA 8– CIRURGIAS DO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO 
ACOMPANHADAS NA CLÍNICA ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
CIRURGIA 
 
NÚMERO DE 
CASOS 
 
ESPÉCIE 
 
PORCENTAGEM 
Osteossíntese de Fêmur 3 Canina 
Osteossíntese Mandibular 1 Canina 
Osteossíntese de radio e ulna 1 Canina 
Osteossíntese de tíbia e fibula 1 Canina 
Osteossíntese de Pélvis 1 Canina 
Ressecção da cabeça do fêmur 1 Canina 
Amputação de membro torácico 1 Canina 
TOTAL 9 CANINA 9,8%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=92) 
 
 
TABELA 9 – CIRURGIA DO SISTEMA AUDITIVO ACOMPANHADA NA CLÍNICA 
ESCOLA VETERINÁRIA – UTP, NO ESTAGIO 
 
CIRURGIA 
 
NÚMERO DE 
CASOS 
 
ESPÉCIE 
 
PORCENTAGEM 
Ressecção do conduto 
Auditivo 
 
1 Canina 
TOTAL 1 CANINA 1,1%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=92) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 GRÁFICO 2 – CIRURGIAS REALIZADAS DIVIDIDAS POR SISTEMAS EM % 
0
10
20
30
40
50
Si
st.
Re
pr
od
uti
vo
Si
st.
 M
us
c. 
Es
qu
elé
tic
o
Si
st.
 S
ist
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ije
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Si
st.
 T
eg
um
en
tar
Si
st.
 N
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ico
Si
st.
 U
rin
ár
io
Si
st.
 A
ud
itiv
o
Si
st.
 O
ftá
lm
ico
 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária UTP 
 
3.1.2 Casuística da CV-DVET 
 
 No período de estágio foram realizados procedimentos relacionados com a 
clínica médica e cirúrgica de pequenos animais, sendo acompanhado um total de 58 
animais, caninos e felinos, conforme está representado na Tabela 10. A maior 
casuística de atendimentos correspondeu à espécie canina, compreendendo 86,2% 
dos casos. Os casos relatados nas tabelas e gráficos de casuísticas, não são os 
números reais de ocorrência no hospital, somente os casos acompanhados durante 
o período de estágio. 
 
 
TABELA 10- RELAÇÃO DE CÃES E GATOS ATENDIDOS E ACOMPANHADOS NA 
CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET ENTRE AGOSTO A OUTUBRO 
ESPÉCIE 
TOTAL 
 n % 
Caninos 50 86,2 
Felinos 8 13,8 
TOTAL 58 100 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Escola Veterinária Doctorvet 
 
 39 
GRÁFICO 3- RELAÇÃO MACHO E FÊMEA, DE ACORDO COM A ESPÉCIE 
0
5
10
15
20
25
30
CANINO FELINO
PA
CI
EN
TE
S
MACHO
FEMEA
 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
TABELA 11- CASUÍSTICA DE AFECÇÕES CLÍNICAS DIAGNOSTICADAS NA 
CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE. 
 
AFECÇOES CLINICAS 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Dermatológica 
 10 3 
 
 22,3% 
Digestórias 
 
6 2 13,7% 
Afecções músculo esqueléticas 6 2 13,7% 
Infecciosas 
 
6 1 12.1% 
Reprodutivas 
 
5 - 8,7% 
Oncológicas 
 
5 - 8,7% 
Oftálmicas 
 
4 - 6,9% 
Intoxicações 
 
3 - 5.2% 
Respiratórias 2 - 3,5% 
Cardíacas 
 
2 -3,5% 
Neurológicas 
 
1 - 1,7% 
TOTAL 
50 8 100% 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
 40 
3.1.2.1 Afecções dermatológicas 
 
Dentro do total de atendimentos da CV-DVET, treze casos corresponderam 
a afecções dermatológicas, conforme Tabela 12. Com grande ocorrência de 
infecções no pavilhão auricular e dermatites alérgicas, o tratamento realizado foi 
clínico em todos os casos, com evolução clínica e prognóstico favorável. 
 
TABELA 12- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE. 
 
AFECÇÕES DERMATOLÓGICAS 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Otite externa 
 
 3 - 
Dermatite Alérgica 
 
 3 1 
Otocaríase 
 
- 1 
Piodermite Superficial 
 
2 - 
Demodiciose 
 
2 - 
Dermatite Úmida Aguda 
 
1 - 
TOTAL 11 2 22,3%* 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
 *: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio(n=58) 
 
 
3.1.2.2 Afecções digestórias 
 
Entre os oito atendimentos realizados com alterações do trato gastrintestinal 
em caninos e felinos, representado na Tabela 13, mais da metade estava 
relacionada com alterações alimentares. 
Nesses atendimentos foi realizado tratamento clínico. Entretanto, alguns 
casos necessitaram de internamento e fluidoterapia, na totalidade houve evolução 
boa e prognóstico favorável. 
 
 41 
 
TABELA 13- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES DIGESTÓRIAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE. 
 
AFECÇÕES DIGESTÓRIAS 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Gastroenterite alimentar 
 
 3 2 
Enterite parasitária 
 
1 - 
Gastrite 
 
1 - 
Corpo estranho na cavidade oral 
 
1 - 
TOTAL 6 2 13,7%* 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
 *: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
 
3.1.2.3 Afecções Músculo-Esqueléticas 
 
Dos oito pacientes atendidos com alterações Músculo-Esqueléticas, 
conforme está representado na Tabela 14, sete casos estão relacionados com 
traumas e um com Miíase. No caso de fratura, houve a necessidade de encaminhá-
los a outra clínica veterinária para a realização de correção cirúrgica específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
TABELA 14- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES MUSCULO ESQUELÉTICA 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Lesão por mordedura 
 
 3 - 
Miíase 
 
1 - 
Displasia coxo-femoral 
 
1 - 
Fratura de tíbia e fíbula 
 
1 - 
Hérnia de disco 
 
1 - 
Luxação de patela 
 
1 - 
TOTAL 8 0 13,7%* 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
3.1.2.4 Afecções Infecciosas 
 
Dos animais atendidos com doenças infecciosas, conforme descritos na 
Tabela 15, a maioria dos diagnósticos compreendeu casos de Cinomose e 
Parvovirose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
TABELA 15- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES INFECCIOSAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES INFECCIOSA 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Parvovirose 
 
 2 - 
Cinomose 
 
2 - 
Tosse dos canis 
 
1 - 
Rinotraqueite 
 
- 2 
TOTAL 5 2 12,1%* 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
3.1.2.5 Afecções Reprodutivas 
 
Foram atendidos, cinco casos de afecções reprodutivas, envolvendo 
caninos (Tabela 16). De todos estes pacientes, dois casos corresponderam a um 
quadro de Piometra. O tratamento foi cirúrgico na totalidade dos casos e o 
prognóstico favorável. 
 
TABELA 16- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES REPRODUTIVAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES REPRODUTIVAS 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Piometra 
 
 2 - 
Distocia 
 
1 - 
Criptorquidismo 
 
1 - 
Pseudociese 
 
1 - 
TOTAL 5 0 8,7%* 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 44 
3.1.2.6 Afecções Oncológicas 
 
Dentro dos cinco casos clínicos Oncológicos (Tabela 17) ocorreu maior 
casuística de neoplasia mamária. 
 
TABELA 17- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES ONCOLÓGICA 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES ONCOLÓGICA 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Neoplasia mamária 
 
 3 - 
Neoplasia esplênica 
 
1 - 
Lipoma 
 
1 - 
TOTAL 5 0 8,7%* 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
 
3.1.2.7 Afecções Oftálmicas 
 
Foram atendidos durante o período descrito, quatro casos clínicos de 
alterações oftálmicas nas duas espécies, um caso para cada enfermidade, descritas 
na Tabela 18. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
TABELA 18- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES OFTÁLMICAS DIAGNOSTICADAS 
NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES OFTALMICAS 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Úlcera de córnea 
 
 1 - 
Hipertrofia da glândula da 3ª pálpebra 
 
1 - 
Prolapso de globo ocular 
 
1 - 
Cerato conjuntivite seca 
 
1 - 
TOTAL 4 0 6,9%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
 
3.1.2.8 Intoxicações 
 
Durante o período de estudo foram acompanhados três casos clínicos de 
intoxicações em caninos, conforme a Tabela 19. A ocorrência mais comum foi de 
intoxicação por raticida, com maior frequência nos meses de estágio. 
 
TABELA 19- CASOS CLÍNICOS DE INTOXICAÇÕES DIAGNOSTICADAS NA 
CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES POR INTOXICAÇÕES 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Intoxicação por raticidas 
 
 2 - 
Intoxicação por fármaco 
 
1 - 
TOTAL 30 5,2%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
 
 46 
3.1.2.9 Afecções Respiratórias 
 
Dentro dos dois pacientes atendidos com distúrbios envolvendo o trato 
respiratório (Tabela 20), os dois correspondem a um quadro de Traqueobronquite, 
sendo a evolução clínica e o prognóstico favorável. 
 
TABELA 20- CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Traqueobronquite 
 
 2 - 
TOTAL 2 0 3,5%* 
 Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
3.1.2.10 Afecções Cardíacas 
 
No período estudado foram atendidos dois casos clínicos envolvendo 
afecções cardíacas, representando apenas 3,5% do total dos atendimentos, sendo 
todos os casos na espécie canina, conforme a Tabela 21. A Miocardiopatia Dilatada 
foi à enfermidade de maior frequência, todos os casos ocorreram em pacientes 
idosos, que compreendem os animais com mais de oito anos de idade e o 
tratamento realizado foi clínico em todos os casos, com evolução clínica boa e 
prognóstico reservado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
TABELA 21. CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES CARDIACAS DIAGNOSTICADAS 
NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O PERÍODO DE ESTÁGIO, 
CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES CARDIÁCAS 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Miocardiopatia dilatada 
 
 2 - 
TOTAL 2 0 3,5%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
 
 
3.1.2.11 Afecções Neurológicas 
 
No período foram atendidos nove casos de alterações neurológicas em 
caninos, como mostra a Tabela 22, representando apenas 1,7% das consultas 
realizadas, o tratamento foi na totalidade clínico, com retornos periódicos, visto a 
necessidade de acompanhamento do animal, pois em alguns casos houve o uso 
contínuo de medicamentos. O prognóstico foi reservado em todos os casos. 
 
TABELA 22. CASOS CLÍNICOS DE AFECÇÕES REPRODUTIVAS 
DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA VETERINÁRIA DOCTORVET, DURANTE O 
PERÍODO DE ESTÁGIO, CONFORME A ESPÉCIE 
 
AFECÇÕES NEUROLÓGICAS 
 
NÚMERO DE CASOS 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
 
 
CANINO FELINO 
Epilepsia 
 
 1 - 
TOTAL 1 0 1,7%* 
Fonte: Dados do Estágio Curricular acompanhado na Clínica Veterinária Doctorvet 
*: Porcentagem referente ao numero total de casos acompanhados durante o estágio (n=58) 
 
 
 
 
 
 48 
4. ANESTESIA VETERINÁRIA EM PACIENTES NEONATOS 
 
4.1 INTRODUÇÃO EM ANESTESIA EM NEONATOS 
 
 
O conhecimento do processo anestésico vem evoluindo rapidamente. A 
informação disponível para veterinários também acompanhou tal evolução. Novos 
fármacos, equipamentos e técnicas tornaram-se acessíveis. A atualização a respeito 
de todas as pesquisas anestésicas existentes, no entanto, é impossível para a 
maioria dos veterinários de pequenos animais, pelo voluma de informações já 
existentes. 
Procedimentos e técnicas anestésicas desenvolvidas para pequenos 
animais são destinadas a produzir resultados seguros, eficazes e economicamente 
viáveis. Técnicas prévias, que usam apenas um tipo de fármaco têm sido 
amplamente abandonadas. O sucesso da anestesia de um paciente depende da 
escolha correta das drogas, das técnicas anestésicas, da experiência do anestesista 
e do conhecimento sobre as condições patofisiológicas do paciente e a influência 
que essa condição trás para o procedimento anestésico. 
Fisiologicamente falando a idade do paciente é um dos fatores chaves para 
uma anestesia bem sucedida, visto que pacientes neonatos, pediátricos, adultos e 
geriátricos possuem diferenças metabólicas e fisiológicas marcantes. 
 
4.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
4.2.1 Definição de Paciente Veterinário Neonato 
 
O período neonatal não apresenta uma definição clara na literatura (JONES, 
1987), representando comumente a fase transicional entre a vida fetal e adulta, 
podendo variar entre as diferentes espécies animais (PLUMB, 2004). 
Em cães e gatos recém nascidos, o termo pediátrico geralmente refere-se às 
primeiras doze semanas de vida (BOOTLE & HOSKINS, 1997). No entanto, as 
importantes diferenças fisiológicas que ocorrem nesse período justificam outra sub-
divisão em períodos de crescimento neonatal, conforme revisão de Moore e 
Sturgess (2000), Sorribas (2004) e Prats (2005), apresentadas a seguir: 
 
 49 
 Fase neonatal 
Estende-se do nascimento até a segunda semana de vida no cão e até o 10° 
dia ou o momento da abertura dos olhos para os gatos (PRATS, 2005). É o período 
caracterizado por uma pobre função neurológica, desenvolvimento inicial dos 
reflexos espinhais e total dependência materna. Nessa fase, os animais comumente 
dedicam 30% do seu tempo diário à alimentação e os 70% restantes ao sono 
(SORRIBAS, 1995). Observa-se no início dessa fase a dominância flexora do 
posicionamento corporal, sendo paulatinamente substituída pelo domínio extensor. 
Nesse período encontram-se presentes alguns reflexos espinhais simples como o 
Extensor cruzado, Magnus e Flexor, além das respostas sensoriais como ao 
estímulo doloroso, anogenital e de sucção (SORRIBAS, 2004), este último já 
presente a partir do 50° dia de gestação em felinos (MINOVICH, 2004). 
 Fase de transição 
Corresponde à fase entre a 2
a 
e 4
a 
semana no cão e entre o 10° e 20° dia no 
gato (Prats, 2005). Observa-se a competência do sistema audiovisual (da abertura 
dos olhos à resposta ao estímulo luminoso e a objetos em movimento) e 
desenvolvimento neurológico mais amplo, embora os outros sentidos e as 
habilidades motoras ainda estejam pouco desenvolvidos. A abertura do canal 
auditivo também ocorre ao final desse período, observando-se o início da resposta 
sensorial aos estímulos sonoros e maior independência materna (SORRIBAS, 2004). 
 Fase de socialização 
Ocorre entre a 4
a 
e 12
a 
semana de vida no cão e entre a 3
a 
e 8
a 
semana no 
gato (Prats, 2005). Durante este período, o tempo dedicado à alimentação e ao sono 
reduz-se progressivamente, observando-se o início das atividades sociais dos 
filhotes, relacionadas ao contato com outros cães e humanos. Essas experiências 
permitem o aprendizado dos animais, definindo os padrões de comportamento futuro 
(SORRIBAS, 1995). 
A fase de socialização caracteriza-se também pelo completo desenvolvimento 
neurológico marcado pelo término da mielinização medular e a observação de um 
padrão normal ao Eletroencefalograma (SORRIBAS, 2004). Observa-se também 
nesse período a erupção dentária decídua, iniciada por volta da 6
a 
semana de vida 
para gatos (Minovich, 2004), e ao redor de 30 dias para cães (SORRIBAS, 1995). O 
desmame e o consequente início das dietas sólidas ocorre também nesse período. 
 50 
 Fase juvenil 
Compreende o intervalo que vai da 12
a 
semana de vida (8
a 
para os gatos) à 
puberdade. Observa-se o aperfeiçoamento das destrezas motoras e o crescimento 
corporal, representando a fase mais ativa de exploração do ambiente, segundo 
citações de Beaver (1997). De maneira geral, a fase juvenil é marcada por 
mudanças graduais nas quais se estabeleceo padrão de comportamento e 
conformação característicos do indivíduo adulto. 
Já Greene (2004) se refere ao animal neonato até 6 a 8 semanas de idade. 
Os pacientes veterinários até três meses de idade são considerados neonatos ou 
pacientes pediátricos. A anestesia de pacientes com menos de três meses de idade 
é geralmente considerada de maior risco e requer atenção especial para as suas 
necessidades. 
Segundo Mosley (2001) os pacientes de pequenos animais são considerados 
neonatos para propósitos de anestesia durante as primeiras seis semanas e 
pacientes pediátricos até doze semanas de vida. Durante as primeiras doze 
semanas, e além desse período, existe uma continuidade de alterações no 
desenvolvimento. É importante considerar o impacto dessas alterações fisiológicas e 
anatômicas no tratamento anestésico desses pacientes. Em adição, é importante 
observar que a taxa de maturidade orgânica varia entre as espécies (cães e gatos), 
raças e indivíduos; portanto, as estimativas de tempo para maturidade dos órgãos e 
do desenvolvimento devem ser encaradas somente como diretrizes e não como 
valores com significado absoluto. 
 
 4.2.2 Características gerais dos neonatos a serem avaliados 
 
Durante o exame físico dos cães e dos gatos neonatos, características gerais 
devem ser consideradas no intuito de avaliar a viabilidade dos filhotes. 
 
4.2.2.1 Abertura dos olhos 
 
Tanto os cães quanto os gatos nascem com os olhos fechados e, 
provavelmente, essa seja a maior expressão de sua fragilidade e de sua 
dependência estreita com os cuidados externos, seja da mãe ou dos seres humanos 
 51 
para sua sobrevivência. Pode-se, portanto, deduzir que o limite desse período esteja 
relacionado com a abertura dos olhos. Os filhotes do cão abrem os olhos entre o 12° 
e o 15° dias, enquanto que os filhotes do gato entre o 6° e o 14° dias (em média, no 
8° dia) (MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
Ao nascer, os filhotes não enxergam porque as pálpebras estão fechadas e a 
retina pouco desenvolvida – esta apenas estará totalmente formada após 28 dias de 
vida. Outras estruturas desenvolvem-se gradativamente, como os nervos ópticos. A 
íris, inicialmente cinza-azulada, muda para a cor normal por volta de quatro a seis 
semanas e a visão não é considerada normal até três a quatro semanas de vida 
(MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
 
4.2.2.2 Abertura de ouvidos 
 
Assim como para os olhos, cães e gatos também nascem com o conduto 
auditivo fechado. Nos cães, a abertura acontece entre o 14° e o 17° dias e, nos 
gatos, entre o 6° e 14° dias (em média no 9° dia), porém a orientação sonora 
aparece de forma mais tardia. Outros autores afirmam que a abertura ocorre por 
volta de 10 a 14 dias nos cães, e a reação sonora só é eficaz por volta da terceira a 
quarta semana de vida. Ao nascimento, embora os cães possam perceber o som, a 
audição em geral é deficiente. Uma certa audição funcional ocorre por volta de três 
semanas (MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
 
4.2.2.3 Outros sentidos 
 
O tato, o olfato e o paladar são sentidos funcionais desde o nascimento e são 
imprescindíveis para a sobrevivência dos filhotes nos primeiros dias, pois, sem os 
mesmos, a alimentação e a percepção do calor da mãe seria dificultada (MOSLEY; 
MOSLEY, 2011). 
 O olfato é um parâmetro pouco avaliado quando se examina um filhote. O 
olfato está presente ao nascimento, embora pouco desenvolvido, e a anosmia 
(ausência de olfato) relaciona-se a lesões da mucosa nasal (MOSLEY; MOSLEY, 
2011). 
. 
 
 52 
4.2.2.4 Avaliação Neurológica 
 
O sistema nervoso é, muitas vezes, de todos os sistemas do organismo, o 
menos entendido pela maioria dos clínicos. Diversas doenças podem afetar o 
sistema nervoso central de cães e gatos jovens. Muitas delas são hereditárias ou 
congênitas, enquanto outras se desenvolvem logo após o nascimento ou durante o 
crescimento do animal (SORRIBAS, 2004). 
O sistema nervoso não está completamente desenvolvido ao nascimento, de 
modo que alguns testes não podem ser realizados imediatamente em animais recém 
nascidos. Durante as duas primeiras semanas de vida, os recém nascidos passam a 
maioria de seu tempo dormindo (90%), e tendem ficar próximos a mãe e aos irmãos. 
Noventa e cinco por cento do sono nesta fase é paradoxal, ou seja, acompanhado 
de movimentos, tremores e, ocasionalmente, vocalização, sendo esta última 
característica da primeira semana de vida. A partir da segunda semana, o padrão do 
sono torna-se mais “tranqüilo” (SORRIBAS, 2004). 
O estado mental é determinado pela resposta a estímulos externos, resposta 
de acordar subitamente quando o animal é retirado da mãe e a qualidade do choro 
do neonato. Durante a primeira semana, os filhotes mamam a cada uma ou duas 
horas e, periodicamente, a mãe os lambe estimulando os reflexos de micção e 
defecação (reflexo anogenital). Esses reflexos ocorrem desde o primeiro dia e os 
gatinhos costumam apegar-se a uma mama em particular (SORRIBAS, 2004). 
Devem-se observar os filhotes em vários momentos do dia, para determinar 
com precisão seu estado mental, porque seu comportamento é muito influenciado 
por fatores como fome e frio. Se estiver saciado e quente, ele permanece quieto, 
mesmo em ambientes estranhos, caso contrário, mesmo estando com a mãe ou o 
resto da ninhada, acordará e começará a se movimentar e vocalizar (SORRIBAS, 
2004). 
 
4.2.2.5 Avaliação dos principais reflexos 
 
Os reflexos devem ser cuidadosamente avaliados nos recém-nascidos, não 
apenas porque alguns se desenvolvem mais lentamente do que outros, mas também 
porque o tamanho pequeno do animal pode tornar-se um impedimento para 
 53 
demonstrar o reflexo. Por isso, será dada ênfase em reflexos exclusivos dos recém 
nascidos: 
 Termotropismo positivo talvez seja o primeiro a se desenvolver. Esse reflexo 
significa dirigir-se em direção ao calor e dura os quatro primeiros dias de vida, 
sendo essencial para o estabelecimento do vínculo com a mãe e os outros 
filhotes da ninhada. Esse é responsável pela permanência dos filhotes em 
grupo e junto com a mãe, proporcionando menor risco de esfriamento ou 
desnutrição. 
 Reflexo de estimulação do focinho permite que o filhote empurre com o 
focinho quando este é estimulado por contato em seu redor. É fundamental 
para que o filhote empurre o focinho na direção dos mamilos da mãe até 
localizar um do qual possa se alimentar. Desaparece aos 15 dias quase 
coincidindo com a abertura dos olhos. 
 Reflexo de sucção está presente desde o nascimento, mas não é muito 
pronunciado nas primeiras 24-48 horas. O período em que se apresenta mais 
fortemente corresponde ao de maior produção de leite na cadela. Manifestado 
até a quarta semana de vida, observa-se a tentativa de sucção quando se 
introduz um dedo na boca do filhote. Este reflexo labial inicia-se diante do 
contato dos lábios com um objeto que possa lembrar o mamilo. Neonatos 
sugam qualquer objeto, desde que este seja pequeno ou quente, tal qual um 
dedo. Durante a avaliação desse reflexo, pode-se perceber a coloração da 
mucosa oral, além de alterações como má formação da língua, fenda palatina 
entre outras. O primeiro reflexo perdido quando o filhote apresenta aspiração 
de líquido devido à presença de fenda palatina é o de sucção. 
 Reflexo ano-genital e controle da defecação e micção os neonatos não 
defecam ou urinam espontaneamente. Esses reflexos são estimulados pelos 
atos de lambedura da mãe. No entanto, toda vez que o animal se alimentar ou 
no caso de estar muito debilitado, estes reflexos podem ser estimulados 
mediante suaves massagens com um pano úmido na região perianal ou 
abdominal, ou através da estimulação doânus e da genitália externa do 
neonato com um cotonete úmido. Após a terceira ou a quarta semana de vida, 
o filhote passa a apresentar um controle cortical sobre estas funções. Outros 
autores afirmam que isto pode ocorrer entre o 16° e o 20° dias. 
 54 
 Aprumo vestibular é utilizado para testar a capacidade do filhote em voltar ao 
decúbito esternal quando colocado em decúbito lateral, sendo feitas 
avaliações de ambos os lados – os membros do lado que está em decúbito 
devem ser flexionados e os do lado oposto estendidos. Muito utilizado logo 
após o nascimento e no período da amamentação. 
 Reflexo de dor confundindo com o reflexo de flexão, baseia-se na aplicação 
de um estímulo doloroso ou de uma pressão mediana no espaço interdigital 
dos membros anteriores e posteriores. A resposta fisiológica esperada é a 
flexão do membro, e ocorre até três semanas de vida. Esta abordagem 
representa uma avaliação empírica e pode ser realizada no ambulatório 
cirúrgico logo após a cesariana, no intuito de avaliar o estado neurológico do 
filhote (SORRIBAS, 2004). 
 
4.2.3 Características fisiológicas e anatômicas de um paciente Neonato 
 
É importante considerar o impacto das alterações fisiológicas e anatômicas no 
tratamento anestésico dos pacientes neonatos (Quadro 2). 
 
4.2.3.1 Termorregulação 
 
Até a terceira semana de vida, os filhotes de cão e de gato não possuem um 
sistema termorregulador maduro, portanto são dependentes do calor irradiado do 
corpo da mãe para manutenção de sua temperatura corporal normal. Eles não têm o 
controle hipotalâmico necessário para a manutenção da temperatura (MOSLEY; 
MOSLEY, 2011). 
A mensuração pode ser realizada com um termômetro digital, porém alguns 
ainda a fazem com o termômetro de vidro até a terceira semana por não confiarem 
na acurácia deste instrumento. A temperatura retal de um recém-nascido está entre 
34,5 e 36°C no primeiro dia de vida e se mantém entre 36 e 37°C durante as duas 
primeiras semanas e pode haver variação de acordo com o ambiente. Após uma ou 
duas semanas, há um aumento gradativo até atingir 37,5°C, na quarta semana 
(MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
Alguns autores afirmam que o cão nasce com a temperatura corporal da mãe, 
que decresce rapidamente até 35-36°C pela evaporação dos líquidos fetais e sua 
 55 
relação com o meio ambiente. A mesma oscila, na primeira semana, entre 35 e 
37,2°C e, na segunda, entre 36,1 e 37,8°C para ser semelhante a do adulto na 
quarta semana (MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
Segundo Rocha et al (2003), a temperatura retal normal de filhotes de cão e 
gato na primeira semana de vida varia de 35 a 37,2°C e de 36,1 a 37,7°C na 2ª e 3ª 
semana e ao desmame a temperatura retal se aproxima a do adulto. No cão e gato 
adulto, a hipotermia é divida em classes, segundo sua gravidade, em leve 
(temperatura >32°C), moderada (temperatura entre 28°C e 32°C) e severa 
(temperatura < 28°C). 
Pacientes pediátricos apresentam uma ausência de uma quantidade 
significativa de gordura corporal isolante, predispondo-os a hipotermia. No período 
perianestésico, os pacientes jovens são ainda mais suscetíveis à hipotermia devido 
aos efeitos dos agentes anestésicos sobre o centro termorregulatório e à perda de 
tônus vasomotor periférico. Durante a anestesia, a produção de calor é reduzida, e a 
perda de calor através da condução, convecção, evaporação e irradiação, é 
facilitada (MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
A hipotermia pode resultar em alterações cardiovasculares como bradicardia, 
hipotensão, diminuição do débito cardíaco e arritmias; além de maior tempo de 
metabolização dos fármacos; aumento da incidência de infecções e atraso na 
cicatrização das feridas cirúrgicas (GRANDY; DUNLOP, 1991; MEYER, 2012, 
MOSLEY; MOSLEY, 2011). Pode afetar ainda a resposta do sistema imune celular e 
humoral, além de causar desconforto e inquietude na recuperação anestésica 
(PETTIFER; GRUBB, 2007). 
Cortopassi & Carvalho (2009) concorda que a hipotermia pode resultar em 
bradicardia e hipotensão arterial, as quais podem prolongar a eliminação do fármaco 
e a recuperação completa da anestesia. Os fatores que contribuem para seu 
desenvolvimento no paciente pediátrico incluem superfície corporal extensa em 
relação ao peso do corpo, incapacidade de produzir tremores, isolamento térmico 
deficiente, capacidade limitada de produzir vasoconstrição e imaturidade do sistema 
de termorregulação. Além disso, a redução da atividade muscular e o uso de 
soluções antissépticas na pele, principalmente soluções alcoólicas, podem colaborar 
com redução da temperatura. 
Diversas técnicas e medidas para prevenir e minimizar as perdas de calor 
podem ser tomadas durante todo o período perianestésico, como o fornecimento de 
 56 
fonte de calor por meio do uso de colchões aquecidos, insuflação de ar quente, 
aquecimento dos fluidos de infusão, aquecimento das soluções de antissepsia, uso 
de soluções de antissepsia sem álcool, aquecimento dos panos de campo, restrição 
da área de depilação, redução da área e do tempo de exposição dos tecidos e 
cavidades no trans-cirúrgico ao ambiente, além de menor tempo cirúrgico (GRANDY; 
DUNLOP, 1991; HOSGOOD, 1992; ROCHA et al., 2003; MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
A prevenção da hipotermia é preferível ao seu tratamento já que a tentativa 
do organismo em recuperar a temperatura normal tem consequências negativas 
visto que os neonatos não conseguem fazer isso sozinhos. Os tremores podem 
causar importante aumento no consumo de oxigênio (200 a 300%) que pode não ser 
acompanhado de uma adequada oferta de oxigênio principalmente se ocorrer 
hipoventilação por depressão anestésica (PETTIFER; GRUBB, 2007). A energia 
utilizada para restaurar a temperatura corporal normal pode consumir uma reserva 
crítica de glicose e predispor à hipoglicemia (PASCOE; MOON, 2001). O 
reaquecimento externo ou periférico rápido de um paciente com hipotermia grave 
pode provocar vasodilatação periférica e síndrome de reperfusão levando até 
mesmo a fibrilação, por este motivo, o reaquecimento deve ser central e gradual 
(ROCHA et al., 2003). 
Segundo Ardelean et al. (2008), intervenções cirúrgicas para 
ovariosalpingohisterectomia (OSH) em gatas filhotes com amplas áreas depiladas 
tricotomia, sobre a superfície fria da mesa cirúrgica, com grande incisão e exposição 
da cavidade abdominal, apresentam maior queda da temperatura corporal e que 
pode evoluir para complicações pós-cirúrgicas. 
 
4.2.3.2 Sistema Cardiovascular 
 
A auscultação é a maneira eficiente de avaliar a qualidade da função 
cardíaca. Devido à freqüência cardíaca muito rápida, é difícil auscultar cães e gatos 
recém nascidos. Uma campânula (2cm) e um diafragma (3cm) de tamanho infantil 
adaptado a um estetoscópio padrão aumentam a possibilidade de ouvir um 
murmúrio cardíaco anormal. A palpação torácica também pode ser realizada como 
forma de avaliar os batimentos, levando em consideração a dificuldade de se 
localizar os sons cardíacos e avaliação dos pulsos. Segundo Moon et al. (2001) e 
Crissiuma et al. (2005), a freqüência cardíaca nas primeiras 24 horas de vida varia 
 57 
de 200 a 250 batimentos por minuto (bpm), sofrendo alteração com o tempo: 
220bpm na primeira semana; 212bpm na segunda semana e assim por diante, até 
alcançar o número de batimentos de um animal adulto. (Quadro 1) 
Para Hoskins (1997), a freqüência cardíaca é superior a 200bpm em cães e 
gatos neonatos até duas semanas de idade; Prats (2005) descreve que os 
batimentos cardíacos oscilam entre 210-220bpm, enquanto Leal et al. (2005) 
afirmaram que a freqüência normal é de aproximadamente 200bpm. Em relação aos 
adultos, os animais jovens possuem musculaturacardíaca menos contrátil, 
complacência ventricular menor e os barorreceptores não estão desenvolvidos 
adequadamente. Ao nascimento, a inervação simpática ainda é imatura, e continua 
a se desenvolver. Como resultado, o coração é incapaz de aumentar a força de 
contração, e o débito cardíaco depende principalmente da freqüência cardíaca. 
Dessa forma a bradicardia (menos de 150bpm) é um grave problema, uma vez que 
interfere indiretamente também na pressão arterial. (CORTOPASSI; CARVALHO, 
2009) 
Os pacientes pediátricos são menos capazes de compensar perdas agudas 
de sangue; volumes pequenos (5 a lO mililitro por quilo (mL/kg) de sangue perdido) 
podem resultar em taquicardia e hipotensão em porcos com uma semana de idade. 
É importante ressaltar que a administração de fluidos é imprescindível, mas como os 
ventrículos são menos complacentes, os animais jovens têm habilidade limitada em 
aumentar o débito cardíaco em resposta ao volume administrado. (CORTOPASSI; 
CARVALHO, 2009) 
 
QUADRO 1- PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA E FREQUÊNCIA CARDÍACA EM 
FILHOTES DE CÃES ACORDADOS 
Idade (semanas) 
Pressão arterial média 
(mmHg) 
Frequência cardíaca 
(bpm) 
Até 2 45 200-250 
4 49 173 
8 55 150 
12 62 130 
16 74 120 
20 75 110 
24 83 95 
28 92 85 
36 94 71 
Fonte: Magrini, 1978. 
 
 58 
4.2.3.3 Sistema Respiratório 
 
A taxa de consumo de oxigênio no neonato é de duas a três vezes maior que 
nos adultos. Como o volume corrente de cães e gatos com mais de um mês é 
aproximadamente o mesmo que o do adulto, a freqüência respiratória deve ser duas 
a três vezes maior para aumentar o volume/minuto necessário para essa maior 
demanda de oxigênio (CORTOPASSI; CARVALHO, 2009). 
Hoskins (1997) descreveu que valores de 15 a 35 respirações por minuto 
(freqüência respiratória) persistem até a terceira semana de vida, enquanto que para 
Poffenbarger et al. (1990) esses valores apresentam-se apenas na primeira semana 
de vida. 
Como a maioria dos agentes anestésicos deprime a ventilação, é necessária 
a manutenção de freqüência respiratória elevada para que não ocorram hipoxia e 
hipercapnia. Dessa forma, com a ventilação alveolar alta, há aumento das trocas 
gasosas e a indução e a recuperação da anestesia inalatória são rápidas. Os 
neonatos têm menos alvéolos que os adultos (um terço da área alveolar) com 
pressão pleural no final da expiração zero devido à complacência da parede 
torácica. Assim, as forças que mantém o alvéolo preenchido no final da expiração 
são menores que no adulto. Além disso, a parede torácica do neonato colapsa na 
inspiração, a qual limita o grau de desenvolvimento da pressão pleural negativa. 
Portanto os neonatos têm dificuldade em gerar pressão suficiente para superar a 
pressão crítica necessária para reexpandir os alvéolos colapsados (CORTOPASSI; 
CARVALHO, 2009). 
Os quimioreceptores são menos sensíveis que nos adultos, de modo que 
apresentam redução na resposta aos níveis elevados de pressão parcial de dióxido 
de carbono no sangue arterial e níveis reduzidos de pressão parcial de oxigênio no 
sangue arterial. A resposta do recém-nascido à hipóxia é caracterizada por 
hiperpnéia transitória seguida de uma menor frequência respiratória ou mesmo 
apnéia (GRUNDY, 2006). Pode ocorrer bradicardia no cão neonato com o 
decréscimo da pressão parcial de oxigênio ao invés de taquicardia, a qual seria a 
resposta esperada após hipoxemia nos adultos (POFFENBARGER, et al., 1990) 
Os riscos de ocorrer obstrução de via área são maiores nos animais jovens 
que nos adultos e a intubação traqueal é mais difícil, uma vez que a laringe e a 
traquéia são estreitas e a cartilagem é menos rígida. Essas obstruções, assim como 
 59 
qualquer outra causa de apneia, são bastante deletérias, uma vez que os neonatos 
têm maior suscetibilidade à hipóxia. (CORTOPASSI; CARVALHO, 2009) 
 Ainda, o uso criterioso de ventilação com pressão positiva previne a 
hipoventilação e a atelectasia, mas deve ser cuidadosa para evitar o barotrauma 
(GRANDY; DUNLOP, 1991). 
Grandy e Dunlop (1991) sugerem que filhotes de cães e gatos entre 4 a 12 
semanas de vida permaneçam com respiração espontânea durante a anestesia. 
 
4.2.3.4 Sistema Hepático 
 
As imaturidades hepática contribue para a diferença entre os jovens e os 
adultos na biotransformação e na eliminação de fármacos. Para a biotransformação 
de salicilatos em cães jovens, por exemplo, é necessário aguardar 30 dias após o 
nascimento para que haja o desenvolvimento máximo das enzimas microssomais 
hepáticas. Entretanto, há indicação de que os cães necessitam de cerca de 145 dias 
para maturação de sistemas enzimáticos. (MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
A gliconeogênese hepática, a glicogenólise hepática, a síntese protêica e o 
metabolismo de ácidos biliares estão reduzidos nos filhotes e alcançam valores de 
adulto após a 8ª semana de vida. (MATA; PAPICH, 2011). Estes decréscimos 
podem contribuir nas alterações do metabolismo e alterar a distribuição de fármacos 
que se ligam as proteínas plasmáticas (MATA; PAPICH, 2011). A hipoalbuminemia 
resulta no aumento da fração livre dos fármacos que se ligam a estas proteínas no 
plasma e consequentemente há uma maior intensidade dos efeitos, como ocorre 
com os barbitúricos, a cetamina, o etomidato e os AINEs (PETTIFER; GRUBB, 
2007). 
 Embora o animal em jejum possa manter níveis estáveis de glicemia por 24 
horas, o fígado do neonato tem estoques mínimos de glicogênio, que declinam 
rapidamente com o jejum. Em estudo em cães recém-nascidos, observou-se que as 
concentrações de glicogênio hepático reduziram-se cerca de 31% em relação ao 
nascimento após 24 horas de jejum. A neoglicogênese, entretanto, ocorre no fígado 
do neonato após 9 horas sem alimento. Desta forma, jejum pré-operatório longo ou 
atraso no retorno ao alimento no pós-operatório devem ser evitados (HOSGOOD, 
1992). 
 60 
Concentrações mais baixas de albumina plasmática também estão presentes 
nas primeiras 8 a 12 semanas de vida. Isso pode ser uma consideração importante 
para os fármacos com alta ligação proteÍca que podem exercer um efeito clínico 
maior como resultado da quantidade maior de fármacos livres ativos no plasma. 
Entretanto, isso é raramente observado com os anestésicos comumente utilizados, 
isso pode ser parcialmente devido ao fato de que a maioria das substâncias 
anestésicas são tituladas para fazer efeito, ao invés de serem administradas como 
uma única dose intravenosa em bolus. Em geral, é prática comum é evitar drogas 
que requeiram um grande metabolismo hepático em neonatos, ou aumentar 
significativamente os intervalos entre as doses (MOSLEY; MOSLEY, 2011). 
 
4.2.3.5 Sistema Renal 
 
A função renal também está imatura, o desenvolvimento da filtração 
glomerular continua por 2 a 3 semanas e a secreção tubular, 4 a 8 semanas após 
nascimento, resultando em excreção renal inadequada dos fármacos, principalmente 
anti-inflamatórios não esteroides (AINE) e as benzodiazepinas, baixo fluxo 
sanguíneo renal e baixa a capacidade de concentração da urina (MOSLEY; 
MOSLEY, 2011). 
Os valores de referência da urinálise incluem baixa densidade urinária, 
enquanto a glicose e a proteína urinaria podem estar mais elevadas. Geralmente, 
isto significa que, durante este periodo de vida, os animais podem não ser capazes 
de tolerar grandes cargas de fluidos e não ter a capacidade de poupar fluídos 
quando se encontrar diante de uma ingestão diminuída. Uma atenção cuidadosa ao 
estado de hidratação é muito importante no período perianestésico. Como às vezes 
é mais difícil avaliar a hidratação nos neonatos com base nos sinais clínicos como o 
teste cutâneo, avaliações de peso em série

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