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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA LAIS DOS SANTOS RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO JAGUARIÚNA OUTUBRO / 2019 LAIS DOS SANTOS RA: 20218059 (UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI) RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relatório apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Orientador: PROF DR HENRIQUE SCOMPARIM GUARDIA JAGUARIÚNA OUTUBRO / 2019 LAIS DOS SANTOS RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Exemplar correspondente a redação final de relatório de atividades, desenvolvidas em Estágio Supervisionado, do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Data da defesa: ____/____/____ 1. Orientador: ............................................................................... NOTA: .......... 2. Examinador 1: .......................................................................... NOTA: .......... 3. Examinador 2: .......................................................................... NOTA: .......... 4. Examinador 3: .......................................................................... NOTA: .......... Média Final: _________ Dados do Discente Nome: LAIS DOS SANTOS Registro Acadêmico: 20218059 Instituição: UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Curso: Medicina Veterinária Semestre: 10° Semestre Dados do Local de Estágio FACULDADE DE JAGUARIÚNA Setor ou Área: Clínica e Cirurgia de Grandes Animais Supervisor: M.V. Henrique Scomparim Guardia Período de Estágio: Início: 01/10/2019 Término: 31/10/2019 Total de horas: 120 horas mensal SUMÁRIO Resumo........................................................................................................................1 Lista de Tabelas...........................................................................................................2 Lista de Imagens..........................................................................................................3 1. Informações sobre o Hospital Escola Veterinário UniFAJ........................................4 1.1 Descrição das atividades desenvolvidas................................................................4 1.2 Casuística do setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ do mês de Outubro de 2019.........................................................................................4 2. Revisão Bibliográfica sobre Rabdomiólise em Equinos.........................................10 2.1 Introdução.............................................................................................................10 2.2 Etiologia da Rabdomiólise Equina........................................................................10 2.3 Epidemiologia.......................................................................................................11 2.4 Sinais Clínicos......................................................................................................12 2.5 Diagnóstico...........................................................................................................13 2.6 Profilaxia...............................................................................................................14 2.7 Tratamento...........................................................................................................14 3. Relato de Caso UniFAJ..........................................................................................17 Conclusão...................................................................................................................28 Referências Bibliográficas..........................................................................................29 RESUMO Esse relatório tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante a realização do estágio supervisionado obrigatório, compreendido entre 01/10/2019 e 31/10/2019, do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna, e apresentar sobre os principais atendimentos, além de relatar um caso de interesse. O estágio foi realizado no setor de Clínica Médica e Cirurgia de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, na qual se acompanhou a rotina clínica e cirúrgica de equídeos, pequenos e grandes ruminantes. Durante o estágio, foram acompanhados muitos casos interessantes, destacando-se o caso sobre Rabdomiólise em Equinos, que será relatado nesse trabalho. Por fim, concluiu-se que o período de estágio supervisionado foi fundamental para permitir maior contato com a rotina clínica e cirúrgica de grandes animais, podendo colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos durante a graduação e alertar para a necessidade constante de atualização do médico veterinário a fim de prestar um serviço de excelência na promoção da saúde. Palavras-chaves: clínica; cirurgia; grandes animais; equinos; rabdomiólise; miosite. -1- LISTA DE TABELAS Tabela 1: Distribuição dos casos de acordo com o sistema acometido......................5 Tabela 2: Distribuição dos casos de acordo com o sistema locomotor.......................5 Tabela 3: Distribuição dos casos de acordo com o sistema digestório.......................6 Tabela 4: Distribuição dos casos sobre neonatologia.................................................7 Tabela 5: Distribuição dos casos de acordo com o sistema respiratório.....................8 Tabela 6: Distribuição dos casos de acordo com o sistema reprodutor......................8 Tabela 7: Distribuição dos casos sobre oftalmologia...................................................9 Tabela 8: Distribuição dos casos de acordo com o sistema urinário...........................9 Tabela 9: Parâmetros físicos utilizados na avaliação do grau de desidratação........15 Tabela 10: Evolução dos principais dados laboratoriais............................................27 -2- LISTA DE IMAGENS Figura 1: Urina em garra pet: coletada na propriedade antes do animal embarcar no caminhão a caminho do hospital. Urina em coletor universal: coletada após 10 horas de fluidoterapia...........................................................................................................18 Figura 2: Animal sob crioterapia preventiva a laminite..............................................19 Figura 3: Fezes normais até o presente momento internado....................................20 Figura 4: Animal recebendo plasma convencional (caseiro).....................................21 Figura 5: Animal recebendo massagem com Antiphlokin® na região tóraco-lombar, na região intercostal e na garupa...............................................................................23 Figura 6: Animal recebendo massagem com Antiphlokin® em membros pélvicos e torácicos.....................................................................................................................23 Figura 7: Animal sob ação do Antiphlokin® e crioterapia concomitantes..................24 Figura 8: Suporte utilizado na fluidoterapia de manutenção até o presente momento que o animal se encontra internado...........................................................................24 Figura 9: Escolha terapêutica utilizada no caso........................................................25 Figura 10: Fármaco escolhido paraa realização de massoterapia...........................26 Figura 11: Suplemento vitamínico utilizado no paciente...........................................26 Figura 12: Animal solto em redondel mostrando a evolução do caso.......................27 -3- 1. Informações sobre o Hospital Escola Veterinário UniFAJ O Hospital fica localizado na Rodovia Adhemar de Barros, km 127, pista sul, Bairro Tanquinho Velho, na cidade de Jaguariúna, no estado de São Paulo, Brasil. Conta com 1 veterinário responsável, 3 residentes, 4 bolsistas e 8 estagiários no período da manhã, e outro grupo de estagiários no período da tarde e noite. Presta serviço de clínica médica e de clínica cirúrgica tanto de pequenos, quanto de grandes animais, com disponibilidade de 11 baias de internação para equinos e 2 baias para pequenos ruminantes. 1.1 Descrição das atividades desenvolvidas O estágio foi supervisionado pelo Dr. Henrique Scomparim Guardia, no período de 01 de Outubro de 2019 a 31 de Outubro de 2019, totalizando 120 horas mensais. As atividades realizadas foram: anamnese aos animais recém-chegados ao hospital; abertura de fichas de prontuários; realização de primeiros socorros aos animais de emergência; acompanhamento clínico dos animais que já estavam internados; exames físicos periódicos; auxilio em procedimentos cirúrgicos; preparo e administração e medicações; limpeza da área em comum, como farmácia, pátio, enfermaria, centro cirúrgico; alimentação dos animais internado; e discussões de casos clínicos com os residentes. 1.1 Casuística do setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ do mês de Outubro de 2019 Durante o período de estágio supervisionado foram atendidos 37 equinos. Para melhor demonstração e análise de casuística, os diferentes casos foram discriminados em tabelas, sendo cada uma organizada de acordo com o sistema acometido. Estas análises foram baseadas nos sinais clínicos de cada paciente, suspeita clínica e diagnóstico. -4- Tabela 1: Distribuição dos casos de acordo com o sistema acometido, atendidos no setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, no mês de Outubro de 2019, Jaguariúna, São Paulo. SISTEMA NÚMERO DE CASOS LOCOMOTOR 7 DIGESTÓRIO 17 NEONATOLOGIA 6 RESPIRATÓRIO 2 REPRODUTOR 2 OFTALMOLOGIA 2 UNINÁRIO 1 Conclui-se através da tabela 1 que as principais afecções atendidas no período do estágio supervisionado obrigatório foram do sistema digestório, porém, houve uma grande diversidade entre os sistemas nos outros casos acompanhados. Tabela 2: Relação de casos do sistema locomotor atendidos no setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, no mês de Outubro de 2019, Jaguariúna, São Paulo. DATA DE ENTRADA ESPÉCIE RAÇA IDADE SEXO DIAGNÓSTICO / SUSPEITA CLÍNICA 20/09/19 Equina Mangalarga Marchador 8 meses Macho Fratura distal de metatarso 23/09/19 Equina Mangalarga Marchador 8 anos Macho Incoordenação Motora 11/10/19 Equina Puro Sangue Árabe 2 anos Fêmea Laceração de MTE -5- 15/10/19 Equina Quarto de Milha 10 anos Macho Laceração do TFDS em MPD 16/10/19 Equina Mangalarga Marchador 3 anos Macho Artroscopia do MTE 20/10/19 Equina Quarto de Milha 3 anos Macho Rabdomiólise 22/10/19 Equina Mangalarga Marchador 6 anos Macho Linfangite em MPE Tabela 3: Relação de casos do sistema digestório atendidos no setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, no mês de Outubro de 2019, Jaguariúna, São Paulo. DATA DE ENTRADA ESPÉCIE RAÇA IDADE SEXO DIAGNÓSTICO / SUSPEITA CLÍNICA 18/09/19 Equina Mini Horse 10 anos Macho Compactação Gástrica 26/09/19 Equina Quarto de Milha 15 anos Macho Desconforto Abdominal 29/09/19 Equina Quarto de Milha 4 anos Fêmea Encarceramento Nefroesplênico 30/09/19 Equina Mangalarga Paulista 4 anos Fêmea Desconforto Abdominal 01/10/19 Equina SRD ? Fêmea Compactação Gástrica e Deslocamento de Cólon 03/10/19 Equina Quarto de Milha 4 anos Macho Hérnia Inguino-escrotal 04/10/19 Equina Mangalarga Marchador 1 ano Fêmea Desconforto Abdominal -6- 08/10/19 Equina Quarto de Milha 3 anos Macho Desconforto Abdominal 09/10/19 Equina Mangalarga Marchador 12 anos Macho Desconforto Abdominal 10/10/19 Equina Mangalarga Marchador 8 anos Macho Desconforto Abdominal 15/10/19 Equina Quarto de Milha 11 anos Macho Desconforto Abdominal 20/10/19 Equina Mangalarga Paulista 4 anos Macho Peritonite pós orquiectomia 22/10/19 Equina Mangalarga Marchador 8 anos Macho Compactação 22/10/19 Equina SRD 10 anos Fêmea Torção de Raiz Mesentérica e Ruptura de Intestino Delgado 23/10/19 Equina Brasileiro de Hipismo 12 anos Macho Deslocamento de Ceco e de Cólon 24/10/19 Equina Mangalarga Paulista 17 anos Fêmea Enterólito em Cólon Transverso 26/10/19 Equina Brasileiro de Hipismo 9 anos Macho Deslocamento de Ceco e de Cólon Tabela 4: Relação de casos de neonatologia atendidos no setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, no mês de Outubro de 2019, Jaguariúna, São Paulo. DATA DE ENTRADA ESPÉCIE RAÇA IDADE SEXO DIAGNÓSTICO / SUSPEITA CLÍNICA 06/09/19 Equina Mangalarga Marchador 8 dias Macho Sepse -7- 11/09/19 Equina Mangalarga Marchador 15 dias Macho Rhodococcus equi 06/10/19 Equina Quarto de Milha 3 dias Fêmea Sepse 07/10/19 Equina Mangalarga Paulista 5 dias Fêmea Poliartrite 11/10/19 Equina Mangalarga Marchador 6 dias Macho Hematúria 20/10/19 Equina Quarto de Milha 2 meses Fêmea Trauma Neurológico Tabela 5: Relação de casos do sistema respiratório atendidos no setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, no mês de Outubro de 2019, Jaguariúna, São Paulo. DATA DE ENTRADA ESPÉCIE RAÇA IDADE SEXO DIAGNÓSTICO / SUSPEITA CLÍNICA 18/10/19 Equina Puro Sangue Árabe 18 anos Macho Asfixia 24/10/19 Equina Brasileiro de Hipismo 12 anos Macho DPOC Tabela 6: Relação de casos do sistema reprodutor atendidos no setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, no mês de Outubro de 2019, Jaguariúna, São Paulo. DATA DE ENTRADA ESPÉCIE RAÇA IDADE SEXO DIAGNÓSTICO / SUSPEITA CLÍNICA 21/10/19 Equina Brasileiro de Hipismo 6 anos Macho Orquiectomia -8- 21/10/19 Equina Brasileiro de Hipismo 9 anos Macho Orquiectomia Tabela 7: Relação de casos de oftalmologia atendidos no setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, no mês de Outubro de 2019, Jaguariúna, São Paulo. DATA DE ENTRADA ESPÉCIE RAÇA IDADE SEXO DIAGNÓSTICO / SUSPEITA CLÍNICA 02/10/19 Equina Quarto de Milha 6 anos Macho Avaliação Oftalmológica 13/10/19 Equina Puro Sangue Lusitano 12 anos Macho Enucleação Tabela 8: Relação de casos do sistema urinário atendidos no setor de Grandes Animais do Hospital Escola Veterinário UniFAJ, no mês de Outubro de 2019, Jaguariúna, São Paulo. DATA DE ENTRADA ESPÉCIE RAÇA IDADE SEXO DIAGNÓSTICO / SUSPEITA CLÍNICA 05/10/19 Equina Mangalarga Marchador 14 anos Fêmea Uretrite Secundária à Inseminação Artificial -9- 2. Revisão Bibliográfica sobre Rabdomiólise em Equinos 2.1 Introdução A rabdomiólise é caracterizada por um processo de degeneração muscular, e, por ser uma síndrome, possui etiologia multifatorial e variadas manifestações clínicas. É uma afecção decorrente da lise das células musculares esqueléticas e consequente liberação para a circulação sanguínea de constituintes intracelurares, principalmente a mioglobina (ROCHA et al., 2015).Geralmente são sequelas de processos cirúrgicos ou qualquer situação de estresse, como cólica, doenças infecciosas, condições adversas de tempo, transporte prolongado e condições inapropriadas (GARCIA, 2018). Além disso, a sobrecarga de carboidratos, a hipóxia tecidual, a deficiência de tiamina, vitamina E e Selênio, o desbalanceamento eletrolítico e baixo condicionamento físico, normalmente após algum episódio de excesso de exercício, são outros fatores predisponentes à radbomiólise (ROCHA et al., 2015). Segundo Rocha et al. (2015), essa enfermidade acomete animais de qualquer raça, idade, sexo e não possui caráter sazonal. No entanto, equinos utilizados em rodeios, desfiles, competições, ou até mesmo aqueles que são submetidos a trabalho intenso sem preparo físico, assim como nas cavalgadas em dias quentes nos fins de semana, podem estarem mais predispostos a desenvolverem a rabdomiólise. Porém, Reed e Bayly (2016) relatam condições ambientais e sexo como fatores desencadeadores da síndrome. Quanto as condições ambientais, o tempo intenso e a época do ano são relatadas como causadores de aumento de incidência. Em relação ao sexo, Radostist et al. (2010) sugerem que ocorra maior frequência em fêmeas equinas jovens. 2.2 Etiologia da Rabdomiólise Equina De acordo com Smith (2006), as principais causas podem ser divididas em dois grupos: -10- a) Miopatias não associadas ao exercício: miosites inflamatórias degeneração muscular nutricional miopatias tóxicas miopatias traumáticas b) Rabdomiólise de esforço: dieta infecção exercício excessivo miopatia por acúmulo de polissacarídeos rabdomiólise de esforço recidivante rabdomiólise de esforço crônica Radostist et al. (2010) destacam ainda as anomalias hereditárias do metabolismo muscular, tais como miopatia da estocagem de polissacarídeos dos equinos quartos de milha e das raças de tração, miopatia mitocondrial e os defeitos na função do sarcolema. 2.3 Epidemiologia A rabdomiólise equina é a alteração muscular mais comum em equinos, causando frequente queda de desempenho em várias raças, como o cavalo de sela americano, Puro-Sangue Inglês, Árabe, Morgan, Quarto de Milha, Appaloosa e Paint Horse (SMITH, 2006). De acordo com RADOSTITS et al., 2010, entre os animais sob risco, a incidência é de 20% e a taxa de mortalidade é 66%. -11- 2.4 Sinais Clínicos A sintomatologia clínica da rabdomiólise equina é variável, evoluindo desde uma leve rigidez, encurtamento do passo, desempenho abaixo da expectativa, até incapacidade de se locomover, as vezes decúbito e óbito. Os animais acometidos normalmente apresentam exaustão, intensa mialgia, espasmos e tremores musculares, falta de coordenação, e relutam em movimentar- se, adotando a posição de cão sentado até progredir para decúbito (THOMASSIAN, 2005). Nos episódios mais graves ocorrem a necrose muscular maciça e insuficiência renal por mioglobinúria, com a urina apresentando coloração vermelha, achocolatada ou preta, cor de “coca-cola” (ROCHA et al., 2015; RADOSTITS et al., 2010). A forma aguda é caracterizada pela presença de um episódio de exercício com intensidade maior que o animal está condicionado, não sendo necessário ser extenuante (GARCIA, 2018 apud ANDREWS, 1994), o animal apresenta dor dos grupamentos musculares epaxial e glúteo à palpação, mobilidade prejudicada, sudorese excessiva, taquicardia, taquipnéia, hipertermia, e desidratação, podendo apresentar ainda diferentes graus de mioglobinúria (RADOSTITS et al., 2010; REED e BAYLY, 2016). Em casos hiperagudos o animal pode ter incapacidade de locomoção, apresentar sinais de choque, coagulação intravascular disseminada e falência renal aguda (GARCIA, 2018 apud VALBERG, 2010). De maneira geral, esta forma é classificada como emergência médica e requer atendimento imediato a fim de evitar danos renais irreversíveis e lesões permanentes às fibras musculares (GARCIA, 2018 apud ANDREWS, 1994). Já na forma crônica a principal queixa é a queda no desempenho atlético do animal ao longo do tempo, ou vários episódios intermitentes de rabdomiólise. Na forma crônica as manifestações do paciente são decorrentes de lesão muscular pré- existente ou predisposição genética. Sendo assim, os casos de rabdomiólise crônica geralmente necessitam apenas de exercícios leves para desencadear as -12- manifestações, que são semelhantes à forma aguda, ou ainda o paciente pode não apresentar nenhum sinal clínico (GARCIA, 2018 apud VALBERG, 2010). 2.5 Diagnóstico Detectado por meio de sinais clínicos identificados através da realização da anamnese, da avaliação do histórico e de um exame físico minucioso, aliados aos exames laboratoriais. A confirmação diagnóstica da lesão muscular é obtida através do exame bioquímico, constatando elevação dos níveis séricos de creatinafosfoquinase (CPK), aspartato aminotranferase (AST) e lactato desidrogenase (LDH). O pico de concentração sérica de CPK se dá entre 4 a 6 horas após a ocorrência do exercício, podendo voltar à normalidade após 24 a 96 horas. Já a AST possui tempo de meia- vida plasmática longo, de aproximadamente 8 dias, com pico entre 24 a 48 horas após a injúria, retornando aos níveis de referência em 5 a 14 dias, dependendo da extensão da necrose. Quanto ao LDH, o pico é de 12 horas após os danos musculares e retorna aos níveis de referência em 7 a 10 dias (MOTTOSINHO et al., 2017; SMITH, 2006). A análise conjunta das atividades enzimáticas de AST e CPK serve como um auxílio no prognóstico, pois podem indicar o estágio da afecção, (NOLETO, 2012; THOMASSIAN et al., 2007), uma vez que, nas lesões musculares, elevados níveis séricos de CPK ocorrem primariamente antes da elevação da AST, no entanto, são bastante transitórios e se normalizam rapidamente. A atividade sérica de CPK aumentada com baixa AST é indicativo de lesão muscular recente, níveis persistentemente altos das duas apontam lesão continuada, à medida que níveis baixos de CPK e altos de AST determinam processos que podem ter ocorrido já há cerca de 24 horas ou mais, e estão em fase de recuperação (MOTTOSINHO et al., 2017). -13- 2.6 Profilaxia Adquirir um programa de exercícios específicos e uma dieta nutricionalmente equilibrada em vitaminas e energia são alguns dos métodos para prevenir a rabdomiólise (GARCIA, 2018). Ou seja, trabalhar o animal em dias alternados, ou trabalho ao cabresto para animais estabulados, e, no mínimo, 20 minutos diários de liberdade (SMITH, 2006). Já a alimentação deve ser predominantemente composta por capim ou feno de gramínea de boa qualidade, evitando excesso de concentrado para o animal em repouso. Além disso, a dieta deve ser equilibrada em conformidade com a carga de trabalho e os períodos de inatividade física devem ser acompanhados por redução do consumo alimentar (REED e BAYLY, 2016). Além disso, recomenda-se o uso de agentes profiláticos, tais como: tiroxina quando há diagnóstico de hipotireoidismo associado, e suplementação com vitamina E e Selênio que possuem efeito preventivo em lesão muscular induzida por radicais livres (REED e BAYLY, 2016; SMITH, 2006). Segundo Smith (2006), a fenitoína (fármaco do grupo dos antiepilépticos) apresenta bons resultados na redução da incidência de rabdomiólise em cavalos suscetíveis, além do bicarbonato de sódio misturado à ração, e, para os animais ansiosos indica-se tranqüilizantes fenotiazínicos 30 minutos antes do exercício. 2.7 Tratamento Fluidoterapia agressiva para restaurar os desequilíbrios hidroeletrolítico e ácido-básico. Para Alves et al. (2013) o volume de fluido a ser administrado é determinado pela multiplicação do peso vivo do animal pela taxa de desidratação, determinada pela somatória das alterações dos parâmetrosfísicos mencionados na Tabela 9, acrescido do volume requerido de manutenção diária, que está em torno de 40 a 60 mL/kg/dia. Ou seja: Volume da fluidoterapia = (% de desidratação X peso vivo) + (40 a 60 mL/kg) -14- Tabela 9: Parâmetros físicos utilizados na avaliação do grau de desidratação Agentes farmacológicos, como sedativos e tranquilizantes, por exemplo a xilazina (0,4 a 0,5 mg/kg, IV) ou a acepromazina (0,04 a 0,07 mg/kg, IV ou IM) promovem sedação e analgesia, sendo que em relação a acepromazina é importante destacar o risco de hipovolemia e choque. Anti-inflamatórios não esteroidais, como fenilbutazona (2,2 a 4,4 mg/kg, IV ou VO) ou flunixina meglumina (1,1 mg/kg, IM ou IV) são frequentemente utilizados para aliviar a dor, mas devem ser administrados com cautela em animais desidratados pelo risco de agravar danos renais devido ao potencial nefrotóxico. Relaxantes musculares como metocarbamol (5 a 22 mg/kg, IV) reduzem espasmos musculares, diminuindo a dor, porém os animais podem ficar atáxicos e deprimidos (REED e BAYLY, 2016; ROBINSON e SPRAYBERRY, 2008). Somado a tudo, a fisioterapia entra como uma ferramenta muito útil no tratamento de desordens musculoesqueléticas, portanto para a rabdomiólise, os efeitos da fisioterapia ocorrem porque os métodos e técnicas abordados alcançam o sistema nervoso, o sistema linfático e a corrente sanguínea, aumentando a irrigação periférica, consequentemente, a concentração de eritrócitos, oxigênio e nutrientes, promovendo um auxílio na correção do desequilíbrio hidroeletrolítico, e a recuperação muscular se torna mais rápida, além de aliviar a dor (GARCIA, 2018). Indica-se duchas na musculatura por 20 minutos durante 7 dias, que preconiza recuperar o condicionamento físico, capacidade aeróbica e as estruturas musculares. O repouso é muito importante na fase inicial, e o animal deve -15- permanecer em uma área silenciosa por alguns dias, todavia, a caminhada dirigida e gradativa logo ao se perceber andar rígido é essencial para uma evolução mais favorável (REED e BAYLY, 2016). Outras práticas fisioterápicas recomendadas seriam a crioterapia, com compressa ou bolsa gelada, promovendo retirada de calor corporal e, portanto, diminuição da temperatura tecidual, aliviando os efeitos inflamatórios, a termoterapia por adição de calor, como compressas e banhos quentes e, a massoterapia, normalmente associadas a fármacos revulsivantes, como iodados, mentolados, salicilatos e canforados. As compressas quentes e massagens nos músculos são realizadas para aumentar a circulação e conter a dor. Essas terapias promovem uma restauração miopática mais precoce e previnem sequelas (GARCIA, 2018 apud PEDRO e MIKAIL, 2009). Os exercícios de amplitude de movimento e o alongamento são técnicas que devem sempre ser realizadas antes e após atividades físicas, já que auxiliam na preparação das estruturas musculares, tendões e ligamentos para a realização da atividade, e contribuem na reestruturação das fibras trabalhadas após um treino ou competição. Há também a aplicação das bandagens terapêuticas, que vem sido muito utilizada como método de suporte para reabilitações ortopédicas, musculares, neurológicas e vasculares. A técnica desenvolvida nos equinos recebe o nome de Método Kinesio Taping Equine (MKTE) (GARCIA, 2018 apud MOLLE, 2016) e utiliza fitas hipoalérgicas, leves, respiráveis, com característica elásticas e espessura semelhantes à da pele, desenvolvida para se adaptar aos movimentos dos equinos, permitindo uma extensa variedade de movimentos, podendo ser deixada 24 horas por dia por até 5 dias. Para Mattos (2016), seus efeitos estão associados às ondulações da epiderme fornecida pela fita, aumentando o espaço entre os tecidos e diminuindo a pressão exercida sobre os mecanorreceptores, o que alivia os estímulos nociceptivos, promovendo mecanismos como controle da dor por supressão neurológica, ativação e melhora da circulação sanguínea e drenagem linfática, regulação de homeostase e otimização da função muscular, através da Teoria das Comportas, realinhamento -16- das articulações por alívio da tensão em tecidos adjacentes e efeito em fáscia muscular os quais fundamentam o estímulo proprioceptivo articular, e quando aliados a interação dos músculos agonistas e antagonistas, auxiliam ainda a propriocepção do paciente. 3. Relato de Caso Foi acompanhado durante o período de estágio o caso do paciente Spook, equino, macho, 3 anos, da raça Quarto de Milha, que desembarcou no Hospital Escola Veterinário UniFAJ no dia 20/10/2019 às 17h50, pesando 510 kg. A queixa principal do proprietário foi que o potro estava com o andar “travado”, ou seja, com rigidez muscular, apesar de não praticar nenhum tipo de exercício leve ou pesado. Além disso, se apresentava um pouco apático, portanto, encaminhou o animal ao perceber que a situação não era o ideal, o mais rápido possível, possibilitando assim, maior chance de recuperação deste potro. Antes de ser encaminhado, o animal foi atendido na propriedade (Haras Classic, em Mogi Mirim) pelo veterinário Fábio Silva, que realizou 25 L de Ringer Lactato e Flunixin Meglumine na dose 1,1 mg/kg, por via intravenosa, e recomendou que o paciente ficasse sob crioterapia preventiva à laminite. Ao chegar no hospital o paciente caminhava com um pouco de dificuldade, e ao realizar o exame clínico no primeiro atendimento, os parâmetros encontrados foram: frequência cardíaca em 56 batimentos por minutos, frequência respiratória em 36 movimentos por minuto, mucosas levemente ictéricas, tempo de preenchimento capilar de 3 segundos, temperatura retal em 38,2°C, hipomotilidade nos quatro quadrantes de ausculta do sistema digestório, apesar de apetite presente, pulso digital negativo nos quatro membros. Não defecou por 5 horas e produziu uma urina espumosa com coloração acastanhada. Hematócrito em 29% e proteína plasmática total em 5,0 g/dl. -17- Figura 1: Urina em garra pet: coletada na propriedade antes do animal embarcar no caminhão a caminho do hospital. Urina em coletor universal: coletada após 10 horas de fluidoterapia. Conforme o passar de algumas horas, os exames clínicos mostraram que a frequência cardíaca se manteve por volta dos 50 batimentos por minutos, a frequência respiratória se manteve em torno dos 40 movimentos por minuto, as mucosas ficaram normocoradas rapidamente, o tempo de preenchimento capilar passou para 2 segundos e o animal não apresentou febre. A motilidade foi melhorando progressivamente, portanto, optou-se por liberar quantidades controladas de feno molhado. O pulso digital continuou negativo nos quatro membros. A urina se tornou clara e produtiva após as primeiras 24 horas de fluidoterapia, porém ainda com muita espuma. Logo quando chegou no hospital, o animal foi prontamente colocado no tronco de crioterapia, ficando até a coroa do casco imersa no gelo, conforme recomendação do médico veterinário responsável, permanecendo por 48 horas -18- ininterruptas, e iniciou-se a fluidoterapia em infusão contínua de 2 L por hora intercalando Solução Fisiológica com Ringer Lactato, permanecendo por 39 horas seguidas, totalizando 78 litros. Figura 2: Animal sob crioterapia preventiva a laminite. Após 8 horas de pausa da infusão contínua, a fluidoterapia foi retomada com 18 L de Ringer Lactato e 18 L de Solução Fisiológica intercalados, totalizando mais 36 litros. Depois disso, o animal recebe 10 L de Ringer Lactato diários com suporte (1 frasco de Hervativa + 50 ml de Vitamina C). Dando continuidade aos exames clínicos que foram realizados 4 vezes por dia, nos primeiros dias de atendimento, observou-se que o animal se tornou mais taquipneico,chegando a 86 movimentos por minuto no dia 29/10/2019, além disso, o pulso digital se tornou positivo no membro torácico direito no dia 23/10/2019, -19- evoluindo para todos os membros (principalmente medial) no dia 25/10/2019. Já do dia 27/10/2019 em diante, o pulso permaneceu positivo apenas em ambos os membros torácicos. A partir do dia 25/10, o paciente apresentou sudorese intensa, sendo realizada duchas completas por 15 minutos durante as tardes. A partir da mesma data, se iniciaram 40 minutos diários de caminhadas leves ao cabresto na parte mais fresca da manhã. Em todos os momentos que foi avaliado, o paciente demonstrava apetite presente e ingeria água frequentemente, defecava cíbalas de coloração e umidade normal, além de não apresentar sinal de dor ou desconforto abdominal até o presente período internado. Figura 3: Fezes normais até o presente momento internado. No dia 22/10/2019 foi colocado um cateter central na jugular direita e administrado 8 bolsas de plasma convencional (caseiro). -20- Figura 4: Animal recebendo plasma convencional (caseiro). Os agentes farmacológicos escolhidos para o tratamento foram Coltrax® injetável, um miorrelaxante a base de tiocolchicosídeo, cuja dos em literatura é de 0,05 mg/kg, administrado por via intramuscular, duas vezes ao dia, durante 5 dias; Omeprazol (manipulado) como protetor gástrico, utilizado para diminuir secreções ácidas do estômago, cuja dose em literatura é de 1 a 5 mg/kg, administrado por via oral, uma vez ao dia, até novas recomendações; Acepran® 1%, um neuroléptico e tranquilizante a base de acepromazina, para também promover relaxamento muscular, cuja dos em literatura é de 0,1 mg/kg, administrado por via intramuscular, duas vezes ao dia, durante 2 dias; Pentoxifilina, na intenção de melhora da circulação e da distribuição de oxigênio, além da ação em doenças oclusivas arteriais periféricas e distúrbios arteriovenoso por ser um vasodilatador periférico, ajudando na melhor perfusão e fluidez sanguínea, cuja dose em literatura é de 7,5 mg/kg, administrado por via oral, duas vezes ao dia, durante 10 dias; Meloxicam® -21- Equinos Gel é um anti-inflamatório não esteroidal, na concentração de 6%, com atividade preferencial na inibição da cicloxigenase 2, bloqueando a síntese das prostaglandinas. A ação preferencial sobre a COX-2 minimiza os efeitos colaterais sobre a mucosa gástrica dos equinos, o que confere segurança de uso, associada à eficácia da sua ação anti-inflamatória, sendo indicado tanto para dor aguda quanto para dor crônica. A dose indicada é de 0,6 mk/kg, administrado por via oral, uma vez ao dia, durante 7 dias; Flunixin Meglumine, outro anti-inflamatório não esteroidal, não narcótico que apresenta potente ação analgésica, antitérmica e anti- endotóxica, indicado para o tratamento de processos inflamatórios nas afecções do aparelho locomotor (distensões e claudicações) e na dor pós-traumática, cuja dose em literatura é de 1,1 mg/kg, administrado por via intravenosa, uma vez ao dia, durante 6 dias; DMSO®, cujo o princípio ativo é o dimetilsulfóxido, um anti- inflamatório não esteroidal capaz de remover radicais livres e inibir ação das prostaglandinas, apresenta também a capacidade de diminuir a agregação plaquetária, atravessar a barreira hematoencefálica e a carrear outras substâncias. Administrado 50 ml diluído em 1 L de solução fisiológica, duas vezes ao dia, durante 3 dias; Methocarbamol, um relaxante muscular de ação central, usado como um adjuvante no tratamento sintomático de condições musculoesqueléticas associados com espasmo muscular doloroso, cuja dose em literatura é de 5 a 22 mg/kg, administrado por via oral, duas vezes ao dia, durante 7 dias; Trimetox® Solução, antibiótico de amplo espectro de ação, à base de sulfametoxazol e trimetoprima, administrado 40 ml por via oral, duas vezes ao dia, até novas recomendações. Também se fez escolha da suplementação de vitamina E e selênio E-S-E Liquid Vetnil®, cuja dose recomendada pelo fabricante é de 20 ml por dia via oral, até novas recomendações. Além disso, foram realizadas massagem com Antiphlokin®, que é um antiflogístico de fácil aplicação, que associa em sua fórmula uma completa gama de elementos capazes de promover uma rápida regressão dos estados dolorosos e inflamatórios de áreas localizadas. É composto de agentes revulsivos, adstringentes, antiinflamatórios, analgésicos, anti-sépticos, queratolíticos e emolientes que garantem o bem-estar e a funcionalidade do animal. -22- Figura 5: Animal recebendo massagem com Antiphlokin® na região tóraco-lombar, na região intercostal e na garupa. Figura 6: Animal recebendo massagem com Antiphlokin® em membros pélvicos e torácicos. -23- Figura 7: Animal sob ação do Antiphlokin® e crioterapia concomitantes. Figura 8: Suporte utilizado na fluidoterapia de manutenção até o presente momento que o animal se encontra internado. -24- Figura 9: Escolha terapêutica utilizada no caso. -25- Figura 10: Fármaco escolhido para a realização de massoterapia. Figura 11: Suplemento vitamínico utilizado no paciente. -26- Foram realizados diversos exames laboratoriais durante o período de internação, dentre eles, hemogramas, bioquímicos e hemogasometrias, que estão resumidos conforme a tabela 10 a seguir. Tabela 10: Evolução dos principais dados laboratoriais. Ao longo dos 10 dias de acompanhamento do caso, o animal evolui bem e responde ao tratamento conforme o esperado. Permanece até então no hospital para término da administração de medicações e para total cura do caso, para enfim, receber alta. Figura 12: Animal solto em redondel mostrando a evolução do caso. -27- CONCLUSÃO Com relação ao relato de caso, o acompanhamento do paciente foi de total importância para compreender a inter-relação entre a fisiopatologia da rabdomiólise equina e os sinais clínicos observados, assim como, traçar um plano terapêutico com intervenções bem estabelecidas, que contribuam de forma eficaz para o tratamento do paciente, melhorando a resposta clínica do animal. Além disso, foi possível concluir que diante de doenças multifatoriais, é essencial a orientação dos proprietários para adoção de medidas preventivas, sem se esquecer de estabelecer um manejo adequado ao animal, visando prevenir esta e outras várias afecções. Diante disso, o médico veterinário tem papel importante na avaliação e nas escolhas das condutas mais adequadas para cada caso e, portanto, devem buscar as melhores evidências científicas para sustentar suas decisões. O tratamento de suporte destes animais reveste-se assim de tanta importância como o tratamento específico, portanto, o essencial é sempre orientar os clientes para com os seus animais, pois a atuação rápida é o que salva uma vida em determinadas situações. Com relação ao período de estágio obrigatório supervisionado, considera-se que é uma oportunidade para o aluno da graduação em medicina veterinária vivenciar sua rotina do mercado de trabalho. É o momento ideal para ter contato integral com a prática, com a rotina clínica e cirúrgica de grandes animais, utilizando os conhecimentos teóricos adquiridos durante toda graduação. Se faz necessário para o desenvolvimento de raciocínio clínico, para o desenvolvimento de técnicas e habilidades científicas, para criar condutas terapêuticasefetivas, para lidar com opiniões de diferentes pessoas da mesma área, para construir métodos de se relacionar com proprietários como clientes, para promover networking e o principal, para aprimorar as relações interpessoais tanto profissionais quando pessoais. É nítido que o profissional Médico Veterinário deve sempre se atualizar e se preparar para enfrentar novas situações, sempre focando na qualidade de vida dos seus pacientes e buscando aprimoramento constante a fim de promover com excelência sua atuação na promoção de saúde. -28- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, G. E. S. et al. Fluidoterapia em equinos. Revista Brasileira de Medicina Equina, 2013. GARCIA, J. A. C. Rabdomiólise em equino: relato de caso. 2018. 47 f. Trabalho de conclusão de curso (Monografia), Bacharel em Medicina Veterinária, Universidade Federal da Paraíba, 2018. MATTOS, L. H. L. Aplicação da bandagem elástica em equinos - Método Kinesio Taping. 2016. 105 f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu, 2016. MATTOSINHO, R.O. Alterações hematológicas e bioquímica sérica de equinos atletas. Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública, v.4, n.1, p. 82-91, 2017. NOLETO, P. G. Perfil bioquímico sérico de equinos submetidos à prova de esforço físico. 2012. 49 f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2012. RADOSTITS, O.M. et al. Clínica Veterinária - Um tratado de doenças de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1737 p. REED, S. M; BAYLY, W.M. Medicina interna equina. 1. ed. 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