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O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) RAINHA DA FLORESTA DO MUNICÍPIO DE JUÍNA/MT

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Maria Comin da Silva
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) “RAINHA DA FLORESTA” DO MUNICÍPIO DE JUÍNA/MT
Juína-MT
2018
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
Maria Comin da Silva
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) “RAINHA DA FLORESTA” DO MUNICÍPIO DE JUÍNA/MT
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao àUniversidade Salgado de Oliveira, como requisito para obtenção do grau Bacharel de Serviços Social.
JUÍNA-MT
2018
ORIENTADORA: Profª Suziane Hermes de Mendonça Soares
Juína-MT
2018
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
Maria Comin da Silva
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) “RAINHA DA FLORESTA” DO MUNICÍPIO DE JUÍNA/MT
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao àUniversidade Salgado de Oliveira, como requisito para obtenção do grau Bacharel de Serviços Social.
Aprovada em de de 2018 .
BANCA EXAMINADORA 
_____________________________________________ 
Prof (orientador) 
_____________________________________________ 
Prof. 
____________________________________________ 
Prof. 
Dedico à minha família e a Deus.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por muitas bênçãos concedidas e por sua infinita misericórdia. 
À minha família em especial a minha mãe Madalena e minhas irmãs e irmaões que sempre estão ao meu lado me apoiando com amor e muita paciência. 
A Tutora presencial e a Supervisora de campo por dedicarem seu tempo e compartilharem os seus saberes, me proporcionando conhecer e compreender esta profissão. 
Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para está conquista. 
Muito Obrigada.
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem por objetivo discorrer sobre o “ Trabalho do Assistente Social no Centro de Referencia de Assistência Social (CRAS) “ Rainha da Floresta” no município de Juína/MT e qual a sua importância para a efetivação de direitos dos usuários da política de assistência social. A pesquisa buscou descrever a Politica de Assistência Social e o Serviço Social; identificar como é realizado o trabalho desse profissional nesta entidade e qual a importância e contribuição que este profissional neste espaço. O trabalho foi desenvolvido utilizando a metodologia da pesquisa quantitativa a partir da realização de entrevista semiestruturada realizadas com os assistentes sociais do CRAS. As conclusões indicam que o trabalho do assistente social tem enfrentado várias dificuldades, contudo tem estabelecido suas ações em defesa e garantia dos direitos sociais das famílias vulneráveis.
Palavras-Chaves: Família – CRAS – Serviço Social 
�
LISTA DE SIGLAS
BPC Benefícios de Prestação Continuada 
CRAS Centro de Referencia da Assistência Social 
CREAS Centro Especializado de Assistência Social 
CFESS Conselho Federal Serviço Social 
CNAS Conselho Nacional da Assistência Social 
CF Constituição Federal 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDHM  Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 
LOAS Lei Orgânica de Assistência Social 
MDS Ministério de Desenvolvimento Social e Combate á Fome 
NOB/RH Norma Operacional Básica de Recursos Humanos
PAIF Proteção e Atenção Integral à Família
PIB Produto Interno Bruto
PNAS Politica Nacional de Assistência Social
PSB Proteção Social Básica
SMAS Secretaria Municipal de Assistência Social
SNAS Secretaria Nacional da Assistência Social 
SUAS Sistema Único de Assistência Social 
�
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................11
CAPÍTULO I- PANORAMA DA ASSISTENCIA SOCIAL..............................................12
Histórico da Assistência Social: conquista de direitos.................................................12
A Politica Nacional de Assistência Social e o SUAS...................................................14
Atuação do Profissional de Serviço Social...................................................................15
CAPÍTULO II – PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA..............................................................17
2.1- Politicas Publicas de Assistência Social............................................................................17
2.2- O município de Juína-MT: Aspectos Gerais, Sociais e Econômicos................................18
2.2.1- Perfil Econômico e Social..............................................................................................19
2.3- Panorama da Politica de Assistência Social no município................................................24
2.4- Órgão Gestor da Assistência Social...................................................................................26
2.5- Serviços de Proteção Social Básica no município de Juína-MT.......................................26
2.6-Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) “ Rainha da Floresta” no município de Juína-MT..............................................................................................................................27
CAPÍTULO III -O COTIDIANO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL E SUA CONTRIBUIÇÃO NO CRAS “ RAINHA DA FLORESTA”...............32
3.1- A família do CRAS...........................................................................................................32
3.1.2-População usuária do CRAS.........................................................................................................33
3.2-O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL COM FAMILIAS NO CRAS “ Rainha da Floresta............................................................................................................................................33
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................37 
5. REFERÊNCIAS..................................................................................................................38
6.APÊNDICE...........................................................................................................................40
�
INTRODUÇÃO
O presente trabalho de conclusão de curso aborda a atuação do profissional de Serviço Social no CRAS, Centro de Referencia de Assistência Social “ Rainha da Floresta”, no município de Juína-MT. A curiosidade pelo tema teve inicio durante o estagio, que foi desenvolvido no CRAS e que tive o primeiro contato com a atuação do profissional de Serviço Social, haja visto que esse profissional está inserido na equipe de referência do CRAS, para contribuir para a efetivação dos direitos legais dos usuários, através de atendimentos, visitas domiciliares, encaminhamentos, acompanhamento de grupos, preenchimento de pareceres, repasse de informações sobre serviços, projetos, benefícios que podem auxiliar na melhoria de qualidade de vida do sujeito, ações voltadas ao bem estar coletivo e integração do indivíduo na sociedade. Todas as atribuições, competências do profissional assistente social estão prevista no Código de Ética de Profissão e na Lei de Regulamentação da Profissão.
Sendo assim, esta pesquisa tem como objetivo identificar o trabalho do assistente social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) “ Rainha da Floresta”, no município de Juína/MT, e refletir qual a importância deste profissional para que os direitos dos usuários na Politica Nacional de Assistência Social sejam efetivados, definindo como objetivos específicos: levantar quais os instrumentos e técnicas que esse profissionalutiliza no dia-a-dia; Identificar as interferências que o profissional utiliza; Identificar o perfil da demanda atendida pelo profissional e aanalisar e refletir sobre o trabalho do assistente social no CRAS.
Assim, nosso trabalho será dividido em três capítulos e a conclusão, sendo que no primeiro capitulo faremos um apanhado sobre a Política de Assistência social e a Proteção Social Básica e sua relação com o serviço social, no segundo capitulo abordaremos os serviços que são ofertados pelo CRAS e a assistência social no município de Juína-MT, no terceiro capítulo será abordado sobre o dia-a-dia do profissional de serviço social dentro do CRAS e a importância e contribuição que este profissional tem neste espaço. Concluímos o trabalho apresentando com algumas considerações e proposições a respeito da entrevista realizada com os/as assistentes sociais, coordenador/a do CRAS. 
CAPÍTULO I
PANORAMA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
1.1-Histórico da Assistência Social: conquistas de Direitos
Se verificarmos a historia, percebemos que a Assistência Social tem sua origem no Brasil e no mundo, ligada a caridade, na filantropia e na solidariedade religiosa, através de ações/favores aos indivíduos menos favorecidos, pressupondo que tais pessoas atendidas eram favorecidas e não cidadãs ou usuários de um serviço ao qual tinham direito. Portanto, a assistência confundia-se com a ajuda aos pobres e necessitados, configurando-se mais como uma prática do que como uma política.
Em 1930, com o avanço do capitalismo inicia-se a exploração da força de trabalho e um aumento nos níveis de desigualdade social, tornando a pobreza como um risco social. E com isso, começa os movimentos de lutas sociais em luta por objetivos comuns.
Para Vieira (2004), a função dos movimentos sociais não é o exercício do poder, mas lutar pela delimitação e orientação da ação do poder estatal, para que esse cumpra as tarefas para as quais existe como instituição, que é responsável para gerir as necessidades objetivas dos cidadãos, devendo desempenhá-las a partir do interesse coletivo.
Em 1988 com a Constituição Cidadã, a Assistência Social, é firmada como uma política pública para atender a todos que dela necessitar, configurando-se, desta forma, como direito de cidadão e dever do Estado, reconhecendo assim vários direitos que os trabalhadores lutavam, segundo Hein (1997) a Constituição Federal assegurou: “ (...) amparo aos desvalidos; a infância e a maternidade; de socorrerem as famílias de prole numerosa; de dotarem medidas para restringir a mortalidade e morbidade infantil; de protegerem a juventude e de cuidarem da higiene mental.” (SPOSATI apud HEIN, 1997,p.36).
Dentre os direitos conquistados com a Constituição de 1988, estava também o direito à Seguridade Social
Nesse sentido a Seguridade Social implica que todo cidadão tenha acesso a um conjunto de certezas e seguranças que venham cobrir, diminuir ou precaver os riscos e as vulnerabilidades sociais. A partir dessa nova concepção foi instituído o reconhecimento do direito universal, independente se o cidadão contribuísse com o sistema previdenciário ou não. (YASBECK, 1997,p.13).
Com isso, caracterizou o Sistema de Proteção Social brasileiro: Saúde, Previdência Social e Assistência Social, que é conhecido como o tripé da Seguridade Social, cada uma tem suas atribuições em relação a questão social e no acesso aos direitos, tornando assim uma política pública de direito do cidadão e dever do Estado. Sendo que, a previdência social é contributiva, mas a Assistência Social não precisa de contribuição para que o cidadão seja atendido, conforme diz a CF (1988),em seu art.203: 
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (BRASIL, 1988).
Assim, a Constituição Federal, projeta a Assistência Social como um politica, sendo de responsabilidade do Estado e direito do cidadão, que é ratificado pela LOAS em 1993. E a partir da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993, que iniciou a organização da assistência social no Brasil; 
A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento as necessidades básicas. (BRASIL, Lei n° 8.742, 1993).
Com a LOAS o direito do cidadão passou a ser operacionalizado através de normas e critérios objetivos para que todos que necessitarem possam ter acesso a assistência social, tendo como instância de coordenação o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A LOAS também instituiu o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) enquanto instância máxima de deliberação.
Em 2004, o Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS aprovou pela Resolução nº 145, de 15 de outubro a Política Nacional de Assistência Social – PNAS, e em 2005 pela Resolução nº 130, de 15 novembro o Sistema Único de Assistência Social – SUAS, que operacionaliza a política de assistência social, através de uma gestão descentralizada e participativa, regulando e organizando a rede de atendimentos socioassistenciais.
1.2- A Politica Nacional de Assistência Social e o SUAS
Em onze anos de LOAS (1993-2004), foram vários avanços conquistados pela sociedade brasileira referente à construção da política de assistência social, principalmente com relação ao reconhecimento como direito do cidadão e de responsabilidade do Estado.
Mas mesmo com a consolidação da assistência social como política pública e direito social ainda exigia e exige até hoje o enfrentamento de importantes desafios. E com isso, a Política Nacional de Assistência Social – PNAS buscou incorporar as demandas presentes na sociedade brasileira referente à responsabilidade política, com o objetivo de tornar claras suas diretrizes na efetivação da assistência social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado.
A Politica Nacional de Assistência Social (PNAS) foi aprovada pelo CNAS através da RESOLUÇÃO Nº 145, DE 15 DE OUTUBRO DE 2004, que é um documento que normatiza as ações de assistência social, promovendo assim a defesa e a atenção aos interesses e necessidades às pessoas em situação de risco e/ou vulnerabilidade social, promovendo ações de prevenção, proteção, promoção e a inserção social, como também um conjunto de garantias e seguranças. A mesma foi construída com o objetivo de integrar as demais políticas sociais, levando em consideração as peculiaridades sociais e territoriais, e assim, efetivar a garantia dos mínimos sociais, bem como a universalização dos direitos sociais (MDS, PNAS, 2004), e tem como órgão gestor, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em âmbito nacional.
De acordo com a PNAS (2004), 
O SUAS define e organiza a execução da politica de assistência social possibilitando a normatização dos padrões nos serviços, qualidade no atendimento, indicadores de avaliação e resultado, nomenclatura nos serviços e da rede socioassistencial e os eixos estruturantes e de subsistemas conforme aqui descritos: Matricialidade Sociofamiliar, Descentralização político-administrativa e Territorialização, Novas bases para a relação entre o Estado e Sociedade Civil, Financiamento, Controle Social,Desafio da participação popular/cidadão usuário, Política derecursos Humanos, Informação , o monitoramento e a avaliação.(MDS/PNAS,2005,p.39).
O SUAS veio reorganizar os serviços, programas, projetos e benefícios relativos à assistência social, tendo a centralidade na família e base no território o espaço social onde seus usuários vivem. 
O SUAS foi um acordo federativo firmado entre as três instâncias de governo (federal, estaduais e municipais) para promover uma gestão descentralizada no que toca o financiamento e monitoramento dos serviços socioassistenciais. As responsabilidades da União passam principalmente pela formulação, apoio, articulação e coordenação de ações. Os estados, por sua vez, assumem a gestão da assistência social dentro de seu âmbito de competência, tendo suas responsabilidades definidas na Norma Operacional Básica (NOB/SUAS). (MDS, 2015)
Dentro da PNAS, temos a Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade, porém o enfoque será na Proteção Social Básica que tem como finalidade a prevenção de situações de risco por meio de potencialidades e aquisições, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, a promoção do desenvolvimento de potencialidades e protagonismo, a provisão de benefícios tanto de prestação continuada (BPC) como os eventuais, e o desenvolvimento de serviços, programas e projetos de acolhimento, convivência e socialização de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social. Os serviços de proteção básica serão executados de forma direta nos Centro de Referências da Assistência Social-CRAS e em outras unidades básica e pública de assistência social ( PNAS 2004). 
Após esse rápido apanhado sobre a política de Assistência Social, passaremos a abordar de forma bem sucinta a atuação do profissional de Serviço Social que conquistou e tem uma ação de grande relevância nos serviços dessa política. 
1.3- Atuação do Profissional de Serviço Social
O Serviço Social tem seu espaço ocupacional onde a questão social repercute no campo dos direitos, no universo da família, do trabalho, da saúde, da educação, dos idosos, das crianças, dos adolescentes, grupos étnicos, exploração da terra, questões ambientais, discriminação de gênero, raça e etnia e outra formas de violação de direitos (CFESS, 2011, p.10).
O profissional de Serviço Social atua na implementação e execução das políticas públicas e atende as reivindicações da população. A profissão foi regulamentada no Brasil em 1957, e regulamentada através da Lei Nº 8662/93. Desde o inicio ate aos dias atuais, a profissão tem se redefinido, e sua atuação se desenvolvendo ou propondo políticas públicas que possam responder pelo acesso dos segmentos de populações aos serviços e benefícios construídos e conquistados socialmente, principalmente, aquelas da área da Seguridade Social.
De acordo com a Lei nº 8662/93 que regulamenta a profissão são competências do assistente social: elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do serviço Social com participação da sociedade civil (CFESS,2002 p.17) e sua intervenção do profissional assistente social deve estar orientada por uma perspectiva critica que junta: 
leitura crítica da realidade e capacidade de identificação das condições materiais de vida, identificação das respostas existentes no âmbito do Estado e da sociedade civil, reconhecimento e fortalecimento dos espaços e formas de luta e organização dos/as trabalhadores/as em defesa de seus direitos; formulação e construção coletiva, em conjunto com os/as trabalhadores/as, de estratégias políticas e técnicas para modificação da realidade e formulação de formas de pressão sobre o Estado, com vistas a garantir os recursos financeiros, materiais, técnicos e humanos necessários à garantia e ampliação dos direitos (CFESS, 2011, p.18). 
Através de uma leitura e análise critica da realidade em seu cotidiano, o profissional pode direcionar suas atividades de modo a enfrentar as situações e demandas postas no dia-a-dia profissional.
CAPÍTULO II
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA 
2.1 – POLITICAS PUBLICAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Na política de Assistência Social há dois tipos de proteção social: a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social e a segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.
De acordo com Silveira (2007, p. 67): 
[...] a hierarquização das proteções como medida que favorece a organização dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, tendo em vista o enfrentamento das desigualdades relacionadas às necessidades sociais que se apresentam em níveis diferenciados de complexidade.
A PNAS (2004) diz que a Proteção Social Especial de Média Complexidade consiste em atender famílias e indivíduos cujos vínculos familiares não foram rompidos, e se encontram em situação de risco pessoal e social. Seus serviços têm uma maior estruturação técnica operacional e atenção especializada e mais individualizada, acompanhamento sistemático e monitorada, como: serviço de orientação e apoio sociofamiliar, plantão social ,abordagem de rua, cuidado no domicilio, serviço de habilitação e rentabilidade na comunidade das pessoas com deficiência, medidas socioeducativas em meio aberto. 
A Alta Complexidade compreende o atendimento aos indivíduos com direitos violados, sem referência em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e/ou comunitário. Seus serviços garantem proteção integral de moradia, alimentação, higienização, tais como: atendimento integral institucional, casa lar, república, albergues família substituta, família acolhedora, medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade, internação provisória e sentenciada) e trabalho protegido.
A proteção social básica tem como finalidade a prevenção de situações de risco por meio de potencialidades e aquisições, o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, a promoção do desenvolvimento de potencialidades e protagonismo, a provisão de benefícios tanto de prestação continuada (BPC) como os eventuais, e o desenvolvimento de serviços, programas e projetos de acolhimento, convivência e socialização de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social. Os serviços de proteção básica serão executados de forma direta nos Centro de Referências da Assistência Social-CRAS e em outras unidades básica e pública de assistência social (PNAS, 2004).
A PNAS (2004) expõe que o CRAS : 
[...] é uma unidade pública de base territorial, localizado em áreas de vulnerabilidade social, [...] executa os serviços de proteção social básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social. (BRASIL,2004,p.35)
O CRAS, é também uma unidade de acesso aos direitos socioassistenciais, efetiva a referência e a contrarreferência do usuário na rede socioassistencial, além disso fornece informações e dados ao Órgão Gestor Municipal sobre o território para subsidiar: a elaboração Plano Municipal de Assistência Social; o planejamento, monitoramento e avaliação dos serviços ofertados no CRAS; a alimentação dos Sistemas de Informações do SUAS; a oferta do Serviço de Atendimento Integral á Família - PAIF e outros serviços da Proteção Social Básica; Gestão territorial da rede socioassistencial.
2.2- O município de Juína-MT: Aspectos Gerais, Sociais e Econômicos
Município de Juína possui uma população de 39.255 habitantes (Censo IBGE, 2010) e área territorial de 26.251 Km².
A população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de 0,32% ao ano, passandode 38.026 para 39.255 habitantes. Essa taxa foi inferior àquela registrada no Estado, que ficou em 1,95% ao ano, e inferior a cifra de 1,93% ao ano da Região Centro-Oeste.
A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A população urbana em 2000 representava 80,19% e em 2010 a passou a representar 86,51% do total. 
A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município. Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que, em termos anuais, cresceu 5,4% em média. Em 2000, este grupo representava 5,1% da população, já em 2010 detinha 8,4% do total da população municipal.
O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000 e 2010 (-1,9% ao ano). Crianças e jovens detinham 32,7% do contingente populacional em 2000, o que correspondia a 12.421 habitantes. Em 2010, a participação deste grupo reduziu para 26,2% da população, totalizando 10.278 habitantes. 
A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu crescimento populacional (em média 0,83% ao ano), passando de 23.638 habitantes em 2000 para 25.667 em 2010. Em 2010, este grupo representava 65,4% da população do município.
2.2.1- Perfil Econômico e Social
Entre 2005 e 2009, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município cresceu 36,8%, passando de R$ 329,2 milhões para R$ 450,5 milhões. O crescimento percentual foi inferior ao verificado no Estado que foi de 52,9%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminuiu de 0,88% para 0,79% no período de 2005 a 2009.
A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do setor de Serviços, o qual responde por 52,1% do PIB municipal. Cabe destacar o setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 11,2% em 2009 contra 22,4% em 2005. No mesmo sentido ao verificado no Estado, em que a participação industrial decresceu de 22,4% em 2005 para 15,1% em 2009.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Juína é 0,716, em 2010. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799).
Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,246), seguida por Longevidade e por Renda.
Referente ao indicador social que é uma medida, geralmente estatística, usada para traduzir quantitativamente um conceito social abstrato e informar algo sobre determinado aspecto da realidade social.
O mercado de trabalho formal do município apresentou em seis anos saldos positivos na geração de novas ocupações entre 2004 e 2010. O número de vagas criadas neste período foi de 1.818. No último ano as admissões registraram 3.130 contratações contra 2.699 demissões. 
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 6.163 postos, 53,7% a mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou acima da média verificada para o Estado, que cresceu 38,9% no mesmo período. Comércio foi o setor com maior volume de empregos formais, com 1.954 postos de trabalho, seguido pelo setor de Indústria de Transformação com 1.335 postos em 2010. Somados, estes dois setores representavam 53,4% do total dos empregos formais do município.
Os setores que mais aumentaram a participação entre 2004 e 2010 na estrutura do emprego formal do município foram Agropecuária e Construção Civil. O setor que mais diminuiu participação foi Administração Pública.
A renda per capita média de Juína cresceu 84,91% nas últimas duas décadas, sendo a taxa média anual de crescimento foi de 38,13% no primeiro período e 33,86% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 11,19% em 1991 para 6,32% em 2000 e para 4,30% em 2010. 
Quanto aos níveis de pobreza, em termos proporcionais, 8,1% da população está na extrema pobreza, com intensidade maior na área rural (24,7% da população na extrema pobreza na área rural contra 5,5% na área urbana).
Da população total do município em 2010 (39.255 residentes), 3.541 encontrava-se em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00. Isto significa que 9,0% da população municipal vivia nesta situação. Do total de extremamente pobres, 884 (25,0%) viviam no meio rural e 2.657 (75,0%) no meio urbano. 
O Censo também revelou que no município havia 281 crianças na extrema pobreza na faixa de 0 a 3 anos e 166 na faixa entre 4 e 5 anos. O grupo de 6 a 14 anos, por sua vez, totalizou 669 indivíduos na extrema pobreza, enquanto no grupo de 15 a 17 anos havia 266 jovens nessa situação. Foram registradas 174 pessoas com mais de 65 anos na extrema pobreza e 39,0% dos extremamente pobres do município têm de zero a 17 anos, conforme se observa no gráfico a seguir:
Além disso, do total de extremamente pobres no município: 
1.717 são mulheres (48,5%) e 1.825 são homens (51,5%); 
1.423 (40,2%) se classificaram como brancos, 1.936 (54,7%) como negros, 158 (4,5%) se declararam pretos e 1.778 (50,2%) pardos, outras 183 pessoas (5,2%) se declararam amarelos ou indígenas. 
De acordo com o censo 2010, havia 57 indivíduos extremamente pobres com alguma deficiência mental; 784 tinham alguma dificuldade para enxergar; 132 para ouvir e 127 para se locomover. 
Identificou-se, também, das pessoas com mais de 15 anos em extrema pobreza, que 392 não sabiam ler ou escrever, o que representa 16,7% dos extremamente pobres nessa faixa etária. Dentre eles, 230 eram chefes de domicílio. 
O Censo de 2010 revelou que no município havia 246 crianças de 0 a 3 anos na extrema pobreza não frequentando creche, o que representa 87,8% das crianças extremamente pobres nessa faixa etária. Entre aquelas de 4 a 5 anos, havia 23 crianças fora da escola (13,8 das crianças extremamente pobres nessa faixa etária) e, no grupo de 6 a 14 anos, eram 48 (7,1%). Por fim, entre os jovens de 15 a 17 anos na extrema pobreza, 89 estavam fora da escola (33,5% dos jovens extremamente pobres nessa faixa etária).
No Município de Juína, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em julho de 2017 era de 6.448 dentre as quais: 
998 com renda per capita familiar de até R$ 85,00; 
925 com renda per capita familiar entre R$ 85,01 e R$ 170,00; 
2.370 com renda per capita familiar entre R$ 170,01 e meio salário mínimo; 
2.155 com renda per capita acima de meio salário mínimo. 
O Programa Bolsa Família (PBF) beneficiou, em Juína, no mês de julho de 2017, 1.419 famílias, representando uma cobertura de 52,0% da estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem benefícios com valor médio de R$ 157,07 e o valor total transferido pelo governo federal em benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 222.888,00 no mês.
Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar, com base no bimestre de março de 2017, atingiu o percentual de 96,4%, para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a 1.706 alunos acompanhados em relação ao público no perfil equivalente a 1.769. Para os jovens entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foi de 90,4%, resultando em 253 jovens acompanhados de um total de 280. 
Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência de dezembro de 2016, atingiu 68,6 %, percentual equivale a 907 famílias de um total de 1.323 que compunham o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do município.
2.3- PANORAMA DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO 
A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) é o órgão público responsável pela gestão da política de assistência social em Juína, atuando de forma integrada a órgãos governamentais e organizações da sociedade civil, está situada no prédio da Prefeitura, conta com salas de cunho administrativo e reuniões, com ambiente suficiente para os serviços que funcionam nesse espaço. 
A Secretaria Municipal de Assistência Socialconta com 06 (seis) automóveis, sendo: dois de uso exclusivo do Conselho Tutelar; um exclusivo do CREAS; um para o Serviço de Acolhimento Institucional; uma para uso da Central de Cadastramento dos Programas Sociais e um disponível para ações referenciadas ao CRAS (PAIF e SCFV). 
No que tange a infraestrutura de mobiliário e equipamentos de informática a Secretaria e suas unidades dispõe de capacidade suficiente, tem conseguido realizar as devidas manutenções e realizar aquisições quando necessário. 
Para o desenvolvimento dos Serviços Socioassistenciais a SMAS conta com 92 (noventa e dois) trabalhadores e trabalhadoras com vínculos estatutários, comissionados, terceirizados, cedidos de outras secretarias e contratados/as por entidades parceiras (conveniadas). 
Nas atividades relacionadas ao Órgão Gestor, conta com 05 (cinco) trabalhadoras e outros 04 (quatro) para o desenvolvimento das ações complementares à Política de Direitos, Conselhos Vinculados e Conselho Tutelar. 
Apresenta a seguinte estrutura administrativa formalmente constituída, descrita em instrumento normativo, Lei nº 1.298/2011: 
Secretaria Municipal de Assistência Social; 
Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente; 
Secretaria Executiva dos Conselhos Vinculados; 
Gerência do Sistema Único de Assistência Social (GSUAS): 
Diretoria de Gestão do SUAS (DGSUAS): 
Coordenadoria de Administração, Planejamento e Orçamento (CAPO); 
Coordenadoria de Monitoramento e Avaliação (CMA). 
Diretoria de Proteção Social Básica (DPSB): 
Coordenadoria dos Serviços Socioassistenciais (CSS); 
Coordenadoria de Benefícios Socioassistenciais (CBS). 
Diretoria de Proteção Social Especial (DPSE): 
Coordenadoria dos Serviços de Média Complexidade (CSMC); 
Coordenadoria dos Serviços de Alta Complexidade (CSAC). 
Diretoria de Políticas Públicas para Grupos Vulneráveis (DPPGV). 
Todos os esforços visam à consolidação da assistência social no município, conforme as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Dirigidos prioritariamente aos cidadãos, grupos e famílias que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade social. 
A proteção social básica refere-se à prevenção de situações de risco e oferta de serviços que visam a socialização e convivência familiar e ou comunitária. 
A proteção social especial se caracteriza pela atenção integral e está voltada às famílias e indivíduos com direitos violados e laços familiares ou comunitários rompidos ou fragilizados. Os serviços estão disponíveis nas modalidades de média e alta complexidade.
2.3.1- Órgão Gestor da Assistência Social 
A Secretaria Municipal de Assistência Social está situada no prédio da Prefeitura, conta com salas de cunho administrativo e reuniões, com ambiente suficiente para os serviços que funcionam nesse espaço. 
A Secretaria Municipal de Assistência Social conta com 06 (seis) automóveis, sendo: dois de uso exclusivo do Conselho Tutelar; um exclusivo do CREAS; um para o Serviço de Acolhimento Institucional; uma para uso da Central de Cadastramento dos Programas Sociais e um disponível para ações referenciadas ao CRAS (PAIF e SCFV). 
No que tange a infraestrutura de mobiliário e equipamentos de informática a Secretaria e suas unidades dispõe de capacidade suficiente, tem conseguido realizar as devidas manutenções e realizar aquisições quando necessário. 
Abaixo apresentamos quadro de funções do órgão gestor num comparativo com o disposto na NOB-RH:
	REFERÊNCIA
	EXISTENTE
	Gestão do Sistema Municipal de Assistência Social 
	Secretária Municipal de Assistência Social 
	Coordenação da Proteção Social Básica 
	Lotada no CRAS “Rainha da Floresta” 
	Coordenação da Proteção Social Especial 
	Lotada no CREAS “Princesa da Amazônia” 
	Planejamento e Orçamento 
	Coordenação e Compras e Almoxarifado 
	Gerenciamento do Fundo Municipal de Assistência Social 
	01 contador, lotado na Secretaria de Administração e Finanças 
	Gerenciamento dos Sistemas de Informação 
	Equipe terceirizada 
	Monitoramento e Controle da Execução dos Serviços, Programas, Projetos e Benefícios 
	01 Assistente Social 
	Monitoramento e Controle da Rede 
	01 Assistente Social 
	Socioassistencial 
	
	Gestão do Trabalho 
	- 
	Apoio às Instâncias de Deliberação 
	Secretaria Executiva dos Conselhos Vinculados à Assistência Social 
Fonte: PMAS (2018/2021)
2.4-SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO MUNICIPIO DE JUÍNA-MT
A Proteção Social Básica (PSB) do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) tem como objetivo prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. 
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação, ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos e/ou fragilização de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).
No município de Juína a Proteção Social Básica tem como porta de entrada o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS “Rainha da Floresta”, localizado na Avenida Hilda Pedrotti – Bairro Módulo 04. 
Atualmente a oferta dos serviços da PSB está referenciada somente a 01 (um) CRAS, cofinanciado pelo MDS. No que diz respeito à estrutura física do CRAS, encontra-se da seguinte forma: 
localizado na zona urbana; 
prédio próprio; 
acessibilidade parcialmente de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas; 
território de abrangência: 100% da zona urbana e rural do município; 
No que corresponde ao financiamento do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família – PAIF o município recebe cofinanciamento da União e cofinanciamento do Governo do Estado. 
2.4.1- Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) “ Rainha da Floresta”, no município de Juína/MT
O CRAS é o equipamento que proporciona a primeira acolhida ao usuário da assistência social, ele atua como porta de entrada do SUAS, e tem como objetivo a centralidade na família, garantido sua sobrevivência, o acolhimento de suas necessidades e interesses no convívio familiar e comunitário desenvolvendo ações em torno da matricialidade sócio- familiar, ou seja, voltada a família, e devem se localizar áreas estratégicas, com maior concentração de grupos, famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade.
No município de Juína o Centro de Referência da Assistência Social - CRAS “ Rainha da Floresta”, foi inaugurado em 2004 com a nomenclatura de PAIF e em 2005 com a NOB/SUAS foi mudado para CRAS esta situado na Rua Hilda Pedrotti, s/n, Bairro Módulo 04 e é vinculado a Secretaria de Assistência Social. Sua área de abrangência corresponde a todos os bairros do município.
Mesmo que o CRAS no município de Juína, não esteja localizado em uma região de vulnerabilidade, conforme constatação dos técnicos, a população atendida é em sua maioria vulnerável economicamente.
No que diz respeito à estrutura física do CRAS, encontra-se da seguinte forma: 
localizado na zona urbana; 
prédio próprio; 
acessibilidade parcialmente de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas; 
território de abrangência: 100% da zona urbana e rural do município; 
Atualmente o CRAS “Rainha da Floresta” possui um quadro pessoal composta da seguinte maneira:
05 Técnicos de nível superior:
 uma coordenadora- formada em Serviço Social;
 dois assistentes social;
uma psicóloga;
 um pedagogo.
Técnicos de nível médio:
Dois monitor de serviço sócio educativo ( efetivos);
Uma orientadora sócio educativo ( efetivo);
Recepcionista;
Motorista;
Limpeza geral;
Facilitadores de oficinas;
De acordo com a NOB-RH/SUAS 2006, p.19, a equipe de referência do CRAS são aquelas constituídas por servidores efetivos responsáveis pela organização e ofertas de serviçosde proteção social básica. Conforme quadro abaixo: 
Atualmente o CRAS “Rainha da Floresta” é considerado Pequeno Porte I, mas como percebe-se que a quantidade de técnicos é de referencia para CRAS de Médio, Grande, Metrópole e DF.
O CRAS “ Rainha da Floresta”, funciona de segunda-feira à sexta-feira (cinco dias por semana), com oito horas diárias, em período diurno, podendo, eventualmente, executar algumas atividades complementares à noite, como reunião com as famílias, atividades intergeracionais entre outras. Conforme regulamenta a resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009.
No município o CRAS desenvolve algumas ações que são realizadas pelo PAIF, que é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral á Família- PAIF,
[...] consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. O trabalho social do PAIF deve utilizar-se também de ações nas áreas culturais para o cumprimento de seus objetivos, de modo a ampliar universo informacional e proporcionar novas vivências às famílias usuárias do serviço. As ações do PAIF não devem possuir caráter terapêutico.(CNAS,2009)
È a partir do acompanhamento de famílias no serviço PAIF que se referenciam os serviços do CRAS, o que possibilita a organização e hierarquização da rede sócio-assistencial no território.
O CRAS “ Rainha da Floresta”, realiza juntamente com o PAIF as seguintes ações: 
Atendimento social: acolhimento que caracteriza-se pela aproximação com o usuário( Chupel, Mioto 2010, p.37) .Além do acolhimento as entrevistas, visitas domiciliares, concessão de benefícios eventuais, documentação, acompanhamento das famílias, encaminhamento para rede socioassistencial e intersetorial Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Serviço realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território.(CNAS, 2009)
A Política Nacional de Assistência Social (2004) coloca que a prioridade de atendimento no CRAS será aos beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), não deixando de atender aos demais usuários da Assistência Social, moradores das respectivas áreas de abrangência. 
Os atendimentos referente ao acesso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), é uma demanda frequente da unidade, e necessita de um fortalecimento para aliar com posterior acompanhamento dos beneficiários, enquanto público prioritário do Serviço de Proteção Integral as Famílias – PAIF.
Referente aos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), de o município não oferta o serviço para a faixa etária de 0 a 6 anos. Somente para crianças e adolescentes de 06 a 17 e para os idosos.
No que concerne aos benefícios eventuais, eles são ofertados no CRAS “Rainha da Floresta” e a sua concessão depende de avaliação técnica das Equipes do PAIF e PAEFI, sendo esta última referenciada ao CREAS “Princesa da Amazônia”.
O CRAS realiza palestras informativas, atividades com as famílias, com as crianças e reuniões com as equipe do CRAS para esclarecimentos de duvidas, sugestões/ reclamações, porém há uma falta de entrosamento entre as Políticas Públicas no sentido de garantir a ampla divulgação dos direitos socioassistenciais da população; O Baixo valor dos recursos para co-financiamento, das três esferas de governo, destinados à Proteção Social Básica, para utilização de construção de equipamentos, manutenção dos serviços e programas e contratação de profissionais; São ações que iriam fortalecer o SUAS e dar autonomia aos usuários e seria necessário realizar reuniões com a rede socioassistencial, planejamento de cada setor para o próximo ano entre outros.
Como o CRAS está inserido na Proteção Social Básica, o seu trabalho é voltado à prevenção de futuras situações de violação de direitos. Segundo a PNAS (2004) os CRAS deverá oferecer aos usuários: - Programa de Atenção Integral família (PAIF). -Programa de inclusão produtiva de enfrentamento a pobreza. -Centro de convivência para idosos. -Serviços para crianças de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, o direito de brincar , ações de socialização e de sensibilização para defesa dos direitos da criança. -Serviços socioeducativos para as crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 06 a 24 anos, visando sua proteção, socialização e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. -Centro de informação e de educação para o trabalho, voltados para jovens e adultos. (Brasil,2004,p.36).
CAPÍTULO III
O COTIDIANO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL E SUA CONTRIBUIÇÃO NO CRAS “ RAINHA DA FLORESTA”.
3.1- A família do CRAS
A Politica Nacional de Assistência Social tem no âmbito de suas ações a centralidade na família, por reconhecer que a família passa por pressão socioeconômicas, politico e cultural que geram sobre ela fragilidade e contradições, é um espaço insubstituível de proteção e socialização primária, sendo provedora de cuidados aos seus membros, mas precisa ser cuidada e protegida. Com isso, as ações do profissional são voltadas para a relação família e proteção social, reconhecendo que a família na sua dimensão simbólica, na sua multiplicidade e na sua organização é importante e tem um lugar na configuração da proteção básica de uma sociedade (MIOTTO, 2010, p.169).
Segundo a Politica Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004) a família é considerada um grupo de pessoas que se acham unidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou de solidariedade. Considerando que o conceito de família supera a consanguinidade e o parentesco apresentando na convivência nas relações mútuas de cuidado e proteção entre indivíduos que constituíram laços afetivos entre si (ÁLVARES, FILHO, 2008). 
Portanto, o assistente social em seu trabalho se depara com vários arranjos familiares cada qual com suas particularidades e peculiaridades, precisando instrumentalizar-se para que possa trabalhar sem preconceitos com as famílias evitando rótulos (Álvares & Filho, 2008). Há, portanto a necessidade de se entender que a família é construída e reconstruída histórica e cotidianamente através de negociações que estabelece entre seus membros e outras esferas da sociedade e entre ela e o Estado, trabalho e mercado (MIOTO,2010,p.168).
No século XX, família era considerada pela sociedade aquela composta por pai, mãe e filhos, ou seja, o núcleo familiar. Com a Constituição Federal 1988 art. 226 paragrafo 4º, “a família passa a ser entendida como a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”, passa a se reconhecer a existência da família monoparental.
Segundo Gomes (1998) a família é pensada como “um grupo de pessoas, vivendo numa estrutura hierarquizada, que convive com a proposta de uma ligação afetiva duradoura, incluindo uma relação de cuidado entre os adultos e 25 deles para com as crianças e idosos que aparecem nesse contexto”. (GOMES 1998, apud SZYMASNK 2003, p.26).
No código civil art. 1723 não é mencionado a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O Supremo Tribunal Federal aprovou a união civil entre homossexuais que vivem em união estável, garantindo a legalização e os direitos iguais da união entre homem e mulher.
Szymanski (2002) afirmaque a família na atualidade é constituída por um grupo de indivíduos que, devido á existência de laços afetivos, optam por conviverem juntos, com o acordo do cuidado mútuo entre seus membros ( SZYMANSKY,2002 apud ÁLVARES, FILHO, 2008).
A PNAS (2004) identifica que: 
[...] são funções da família: prover a proteção e a socialização de seus membros; constituir-se como referências morais, de vínculos afetivos e sociais; de identidade grupal, além de ser mediadora das relações dos seus membros com outras instituições sociais do Estado.(PNAS 2004,p.29 ).
3.1.2-População usuária do CRAS
Durante o estágio pude observar sobre a população usuária do CRAS, que na maioria é do gênero feminino, com nível de escolaridade entre o fundamental completo e o médio completo, sendo que a maioria são adultos que procuram atendimento referente ao Bolsa Família ( são encaminhados para o Cadastro Único), Cesta Básica, inclusão no Serviço Convivência e Fortalecimento de Vínculos, processo de BPC, entre outros. É uma população que a maioria reside em casa alugada com uma variação de renda oriunda de diárias. Pode-se perceber que há um percentual bom de usuários que sabem quais são seus direitos , mas tem dificuldades em acessa-los, devido a burocracia de alguns programas sociais. 
3.2-O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL COM FAMILIAS NO CRAS “ Rainha da Floresta
	
 Segundo Netto (1987) o cotidiano profissional refere-se ao lugar onde a reprodução social acontece por meio de reprodução dos indivíduos, e por isto e um espaço ineliminável e insuprimível. É no cotidiano que o assistente social exerce sua instrumentalidade com capacidade, qualidade para objetivar suas finalidades. (GUERRA, 2000, p.1).
Apresentaremos a pesquisa realizada sobre o cotidiano do trabalho do profissional assistente social com famílias no CRAS “Rainha da Floresta” em Juína, que há três profissionais de serviço Social, porém apenas um profissional quis contribuir nessa pesquisa.
O profissional assistente social do CRAS “Rainha da Floresta”, atua como assistente social há 6 anos, e é formado há 7 anos. E relata o seu cotidiano de trabalho com as famílias no CRAS “Rainha da Floresta”, no PAIF-Serviço de Atendimento Integral a Família. 
O profissional de serviço Social realiza atendimento individuais particularizados, em grupos, acompanhamentos familiares, visitas domiciliares, busca ativa, concessão de benefícios eventuais, encaminhamentos, acompanhamentos do SCFV, acesso a benefícios como: passe livre, BPC Idoso/Deficiente etc.
Sousa (2008) menciona que na medida em que o assistente social atua diretamente no cotidiano dos menos favorecidos, ele produz um conhecimento sobre a realidade o seu instrumento de trabalho que permite ter a real dimensão de intervenção profissional.
O profissional relata também as principais demandas atendidas no CRAS “ Rainha da Floresta e sobre seu instrumental de trabalho e técnicas utilizadas no dia-a-dia.
Em geral atende-se usuários em situação de vulnerabilidade social, acesso a benefícios socioassistenciais e encaminhamentos para a rede de proteção social. Referente aos instrumentos de trabalho, utiliza-se prontuários, informações pessoais, relatórios, escuta ativa, relatos, reuniões entre os profissionais, troca de informações com a rede, visita domiciliar e atendimento in loco.
Assim percebemos que nos Serviços de Atendimento Integral á família- PAIF os instrumentais técnico-operativo utilizados pelo assistente social para a efetivação do seu trabalho com famílias são utilizados para que se possa enfrentar as vulnerabilidades sociais das famílias atendidas.
Em relação às dificuldades encontradas pelo profissional assistente social no trabalho com famílias, o profissional menciona ser:
A falta de um trabalho em rede, falta de feed back, referencia contra referencia, a dificuldade na oferta de capacitação técnica para os profissionais e para os usuários, a falta de oferta de cursos para as famílias atendidas visando a superação da vulnerabilidade.
O profissional deixa claro a falta de um trabalho em rede que atenda as demandas, a falta de qualificação dos técnicos e qualificação para os usuários, causa dificuldade em realizar as atividades socioeducativas e a efetivação da superação de vulnerabilidade da família atendida. Essas dificuldades têm atrapalhando a realização de um trabalho completo com mais continuidade.
CARNEIRO, COSTA 2011, diz que a rede expressa um sentido instrumental, assim como, uma proposta de ação. Reflete um modo de funcionamento do social, em que as partes que a compõem se encadeiam, contribuindo da sua forma, a partir de suas atribuições e da sua capacidade de se conectar, construindo vínculos.
As intervenções utilizadas para a realização do trabalho com famílias dentro do PAIF conforme a fala do profissional são:
Acompanhamentos familiares, no intuito de atingir a superação da demanda inicial; busca ativa, proveniente de demanda espontânea; demandas oriunda da rede, como: conselho tutelar, CREAS, CAPS, MP ( Ministério Publico), Fórum, Secretaria de Saúde, de Educação etc.
Portanto, de acordo com o profissional não são realizadas atividades de Oficinas e ações comunitárias com as famílias, apenas ações de acolhida, ações particularizadas e encaminhamentos das famílias. Percebe-se, então que apenas as ações individuais são realizadas e as ações coletivas ainda não acontecem, ou se acontece o profissional não citou.
De acordo com a historia da Política de Assistência Social, especificamente, não havia uma cultura de participação das famílias que reconhecesse o seu direito de avaliar e reivindicar por serviços de melhor qualidade. Predominava a cultura política do não direito, na qual os benefícios e serviços socioassistenciais assumiam a forma de benesses e concessões, excluindo qualquer possibilidade de contestação e/ou crítica da população. A esse respeito Silva (2012, p. 96) destaca: “Nossa história é permeada por uma cultura política onde aquilo que é direito assume a forma de benesses, de concessões. As classes subalternas acabam por internalizar essa cultura da dominação e assumem uma posição de subordinação àquilo que lhe é imposto”.
Porém, sabemos que um trabalho social com famílias de caráter crítico volta-se para a promoção da sua autonomia e de seu protagonismo social que consistem, respectivamente, na capacidade de indivíduos e famílias elegerem os seus objetivos e crenças e na capacidade de indivíduos e famílias de exercer a sua participação na vida coletiva e isso é de fundamental importância para as famílias que são acompanhadas pelo PAIF.
No que se refere, a percepção sobre a Politica Nacional de Assistência Social (PNAS) e sobre a contribuição do profissional de serviço social na efetivação dos direitos dos usuários da Assistência Social, o profissional diz que:
A politica é fragilizada devido a falta de incentivo financeiro eficaz para implementação efetiva a nível nacional; e que a contribuição do profissional tem como objetivo a garantia de direitos violados, facilita o acesso as politicas publicas.
Com isso, vemos que o profissional lida com essas dificuldades da forma que possa prosseguir com o trabalho, tendo em vista que são dificuldades que fogem das suas responsabilidades e sendo assim tem que fazer ao que é possível para que os direitos sociais das famílias sejam acompanhados e concretizados. E que o trabalho com famílias tem sido de forma a garantir que elas consigam se estabelecer socialmente, as estratégias utilizadas pelo profissional e de enfrentar as dificuldades encontradas, desde que seja em acordo com um modo que atenda as famílias em seus direitos, mesmo que seja através de orientação, encaminhamentos.
Diante de todo esse contexto entendemos que trabalho do Serviço Social com as famílias no CRAS “Rainha da Floresta” tem como objetivo a defesa e garantia dos direitos sociais, que com as sequelas da produção capitalista tem se tornado cada vez mais distante dapopulação, o que tem prejudicado intensamente as famílias brasileiras, tornando-as vulneráveis. 
Então percebemos que mesmo com várias dificuldades encontradas pelo assistente social em realizar um bom trabalho, ele tem estabelecido suas ações á defesa e garantia das famílias vulneráveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer desse trabalho procurou-se demonstrar a partir de um breve histórico acerca das lutas da classe operária, a introdução das políticas públicas no Brasil através da Constituição Federal de 1988, a regulação da PNAS e do SUAS e o desenvolvimento da assistência social de um modo geral e uma análise do trabalho do profissional de Serviço Social no CRAS.
Através da pesquisa vimos que o trabalho do assistente social com famílias no CRAS “Rainha da Floresta” é o de enfrentar as vulnerabilidades sociais, bem como o encaminhamento das famílias para o CADÙnico para que possam ter acesso a programas e benefícios do governo federal e atendimentos em rede.
Quanto às dificuldades encontradas no trabalho como a falta de rede que atenda todas as demandas, a falta de qualificação e recursos financeiros e a existência de apenas um CRAS para todos os bairros, o profissional tem feito o que está ao seu alcance. Mesmo com várias dificuldades em realizar o trabalho, os profissionais de serviço social tem estabelecido suas ações á defesa e garantia dos direitos sociais das famílias vulneráveis.
Somos sabedores que o trabalho com as famílias é árduo e constante e que o profissional deve compreender a família no contexto em que vive e que passa por constante movimento de transformação e que o profissional que trabalha com famílias devem considerar suas novas configurações. E pela PNAS 2004 e tida como grupo de pessoas que se acham unido por laços consanguíneos, afetivos e, ou de solidariedade. E que as famílias atendidas pelos profissionais no CRAS não entendem que a assistência social constituída como direito do cidadão e dever do Estado, mas na maioria das vezes a percepção delas está relacionado ao assistencialismo. 
Esperamos que esse trabalho subsidie o debate sobre a Política de Assistência Social, bem como as reflexões sobre o fazer profissional no CRAS e que ar as análise aqui vertidas tem caráter introdutório e compreende uma discussão necessária sobre a questão da concretização da assistência social no Brasil. Destaca se que não se pretendeu esgotar a temática, mas destacar aspectos relevantes para contribuir com a discussão atual da importância do Assistente Social na Politica de Assistência Social e no CRAS. Assim, este trabalho apresentou algumas questões pertinentes para possíveis futuras pesquisas em torno do tema. 
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APÊNDICE
ENTREVISTA COM OS/AS ASSISTENTES SOCIAIS, COORDENADOR/A NO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) “RAINHA DA FLORESTA” DO MUNICÍPIO JUÍNA/MATO GROSSO.
 
Identificação do profissional entrevistado 
1- Universidade que cursou________________________________________________
2- Qual o período de em que se formou_______________________________________ 
3- Quanto tempo faz que atua como assistente social____________________________
4- Qual a carga horária semanal que realiza____________________________________
5- Já trabalhou em outras instituições como assistente social? Quais? 
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O trabalho do assistente social no CRAS “RAINHA DA FLORESTA” 
 
1- Em seu cotidiano de trabalho o que você realiza na instituição? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2- Como você percebe o objeto de trabalho nesta instituição?
3- Quais as principais demandas do Serviço Social atendidas na 
Instituição?
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4- Comente sobre as principais intervenções e mediações realizadas em seu 
Cotidiano?
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5- Sobre seu instrumental de trabalho, quais as técnicas e instrumentos que utiliza? 
Como elas contribuem nos processos de trabalho? 
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6- Apresente as principais dificuldades encontradas na realização de seu trabalho? 
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7- Comente brevemente sua percepção sobre a Política Nacional de Assistência Social (PNAS). 
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8- Em sua opinião, o trabalho do assistente social contribui para a efetivação dos direitos dos usuários da assistência social?
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