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Cap-4-YIN-Carlos-F-Robério-Thiago

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CAPÍTULO 4 
COLETA DA EVIDÊNCIA DO ESTUDO DE CASO
Princípios que devem ser seguidos no trabalho 
 com seis fontes de evidência
 
 Grupo: Carlos Filipe
 Roberio Lima 
 Thiago Oliveira 
 A evidência do estudo de caso pode vir de várias fontes.Este capítulo discute seis delas que são:
 
Documentação
Registros em arquivos
Entrevistas
Observação direta
Observação participante
Artefatos físicos
 Cada fonte está associada com uma série de dados ou evidências. Um objetivo deste capítulo é revisar as seis 
 fontes brevemente. O segundo objetivo é transmitir os
 três princípios essenciais da coleta de dados independentemente das fontes usadas.
 
Visão geral
 Antes de avaliarmos e definirmos melhor as seis fontes de evidências,precisamos citar os três princípios que são extremamente importantes para a realização de estudos de caso de alta qualidade e que são relevantes para os seis tipos de fontes de evidência e devem ser seguidos sempre que possível.
 Os três princípios para a coleta de dados são: 
O uso de múltiplas fontes de evidência,não apenas uma;
A criação de um banco de dados do estudo de caso;
A manutenção de um encadeamento de evidências; 
 
 
As fontes de evidência discutidas neste capítulo são as mais utilizadas na realização dos estudos de caso.
 
 A primeira fonte de evidência é a documentação;
 
 Documentação: Exceto pelos estudos das sociedades que não 
 utilizavam a escrita como forma de comunicação,a informação
 através de documentos é relevante para todos os tópicos de estudo de caso,alguns exemplos de variedade de documentos podem ser:
Seis fontes de evidência
Cartas,memorandos,correspondência eletrônica entre outros;
Agendas,minutas de reuniões;
Documentos administrativos como: propostas,relatórios de progresso e outros registros internos;
Recortes de notícias e outros artigos que aparecem na mídia de massa;
 Esses e outros tipos de documentos estão cada vez mais disponíveis por meio de buscas na internet. Os documentos
 são úteis mesmo que não sejam precisos,na realidade os 
 documentos devem ser usados com cuidado e não devem ser
 aceitos como registros literais dos eventos ocorridos. Para o 
 estudo de caso, o uso mais importante dos documentos é aumentar a evidência de outras fontes.
 
2º Fonte de evidência
 Registros em arquivos : Para muitos estudos de caso,os registros em arquivos também podem ser muito importantes.
 Os exemplos de registro em arquivo incluem:
 
 Dados estatísticos disponibilizados pelos governos federal e
 estadual 
 Registros de serviços,como os que mostram o número de 
 clientes atendidos durante um determinado período de 
 tempo;
 Registros de empresas, como o orçamento ou outros
 registros pessoais; 
 
 Esse e outros tipos de registros de arquivo podem ser 
 usados,junto com outras fontes de informação,na 
 produção de um estudo de caso. 
3º Fonte de evidência
 Entrevistas : Uma das fontes de informação mais importante para o estudo de caso. As entrevistas são conversas guiadas,
 não investigações estruturadas.
 Durante o processo de entrevista existem duas tarefas:
 Seguir sua própria linha de investigação,como refletida pelo protocolo do estudo de caso.
 
 Formular questões verdadeiras (conversacionais),de maneira
 imparcial,para que também sirvam às necessidades de sua 
 linha de investigação.
 
 O primeiro tipo de entrevista de estudo de caso é a entrevista em profundidade,a entrevista pode ocorrer durante um longo período de tempo e não em uma única ocasião.O entrevistado pode sugerir outras pessoas para serem entrevistadas,assim como outras fontes de evidências.
 
Este tipo de entrevista tem como base o curto período de duração,onde num primeiro momento parece ser uma conversa aberta.
A melhor forma para se conduzir este tipo de entrevista é 
 estar sempre seguindo um roteiro de perguntas
O segundo tipo: Entrevista Focada
Neste tipo de entrevista o pesquisador já sabe quase todos os acontecimentos ,logo a conversa se torna bem tranqüila pois o entrevistado serve somente para corroborar (confirmar) alguns fatos.
 Entrevista Focada
É uma entrevista mais estruturada e pode ser considerada como parte de um estudo de caso.
Bastante usado quando se faz o estudo de um determinado grupo,onde se destaca uma amostra desse grupo para que facilite a observação.
Terceiro tipo: Levantamento formal
O uso dos dispositivos de gravação é uma questão de preferência pessoal.
 
 As fitas de áudio proporcionam,certamente,uma melhor interpretação de uma entrevista do que qualquer outro método.
 
Gravar Entrevista ?
 Quando o entrevistado recusar a permissão ou parecer pouco à vontade com a presença do dispositivo;
 
 Quando o pesquisador não souber utilizar de maneira adequada o dispositivo prejudicando o andamento da entrevista.
Quando não devemos usar um dispositivo de áudio ?
O estudo de caso não sendo baseado em fatos históricos, a melhor forma da observação direta acontecer é o pesquisador se direcionar ao local estudado,assim facilitando a coleta de dados. 
Observação direta
Observação Formal: O pesquisador visita o campo sendo estudado e a observação direta acontece,de acordo com 
 comportamento do grupo.
Observação Informal: O pesquisador visita o campo sendo estudado e a observação direta acontece de acordo com informações coletadas,entrevistas.
Observação direta
Capacidade de captar acontecimentos reais no local a ser estudado;
Tratar diretamente do contexto do local.
Pontos positivos da observação direta
Consome muito tempo do observador;
Aumenta o custo do estudo;
Pode sofrer da reflexibilidade,ou seja,dependendo do que seja observado podem ocorrer mudanças do cotidiano pois está sendo observado.
Pontos negativos da observação direta
Tipo de observação onde o pesquisador não é apenas um observador passivo.
Desta forma o pesquisador pode assumir vários papéis dentro 
 do caso sendo estudado.
Dependendo do grupo estudado o observador tem que se infiltrar pois sendo observador externo,não irá adquirir informações importantes para o caso.
Observação participante
Pontos negativos:
 Pode se tornar um estudo bastante perigoso;
O pesquisador pode ser manipulado;
O pesquisador pode assumir comportamentos contrários ao de seu interesse.
 
 Observação participante
 É um aparelho de alta tecnologia,uma ferramenta ou instrumento,uma obra de arte ou alguma outra evidência.
Pode se coletar ou observar estes artefatos como parte de uma visita de campo e pode utilizá-los extensivamente na pesquisa antropológica.
Artefatos Físicos
 Estes princípios são relevantes para as seis fontes e quando usados apropriadamente,podem ajudar a tratar dos problemas de estabelecimento da validade do constructo e da 
 confiabilidade da evidência do estudo de caso.
Três princípios da coleta de dados
 Qualquer uma das fontes de evidência precedentes pode e tem
 sido a única base para estudos inteiros. Por exemplo,alguns 
 estudos contam apenas com a observação participante,mas não examinam um único documento,da mesma forma vários 
 estudos contam com registros de arquivos,mas não envolvem uma única entrevista.
 
Princípio I : Uso de múltiplas fontes de evidência
 A abordagem às fontes individuais de evidência,como descrita
 recentemente,no entanto é,não é recomendada para a condução dos estudos de caso. Ao contrário,um importante
 ponto forte da coleta de dados do estudo de caso é a oportunidade de usar diferentes fontes de evidência.
Justificativa para o uso de múltiplas fontes de evidências
 Este princípio refere-se à maneira de organizar e documentar
 os dados coletados para os estudos de caso.
 
 Sua documentação consiste comumente em duas coletas
separadas: 
 1. Os dados ou base comprobatória e
 2. O relato do pesquisador,em forma de artigo,relatório ou
 livro;
 
 Com o advento dos arquivos computadorizados,a diferença entre essas duas coletas tornou-se ainda mais clara.Por exemplo,os investigadores que realizam pesquisas psicológica,de levantamento ou econômica podem trocar arquivos de dados que contêm apenas base de dados verdadeira. 
 
 
Princípio II:Criar uma base de dados do estudo de caso
Outro princípio a ser seguido,para aumentar a confiabilidade da informação no estudo de caso é manter um encadeamento de evidências. Este princípio está baseado em uma noção semelhante à utilizada nas investigações forenses.
 O princípio é permitir que um observador externo,nesta situação,o leitor do estudo de caso siga a derivação de qualquer evidência das questões de pesquisa iniciais para finalizar as conclusões do estudo de caso.
Princípio III: Manter o encadeamento de evidências 
Os três princípios descritos,não pretendem imobilizar o pesquisador inventivo e perspicaz. Eles pretendem tornar o processo tão explícito quanto possível,para que os resultados finais – os dados coletados,reflitam a preocupação com a autenticidade e a confiabilidade,tornando-se por isso merecedores de análises posteriores.
YIN,Roberto K. Estudo de Caso : planejamento e métodos. 4.ed. São Paulo: Bookman,2010.
 Referência bibliográfica

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