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4 Resumo ciência x senso comum e psicologia do desenvolvimento

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RESUMO AULA 1 – CIÊNCIA X SENSO COMUM E PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Livro: Psicologias uma introdução ao estudo da psicologia
CAPÍTULO 1: A PSICOLOGIA OU AS PSICOLOGIAS
O senso comum: conhecimento da realidade
O senso comum parte de todas as atividades cotidianas e que denunciam que estamos vivos, diferentemente da ciência que é uma atividade acima de tudo reflexiva. Ela procura compreender, elucidar (esclarecer) e alterar esse cotidiano. 
A ciência baseia-se na realidade cotidiana, afastando-se dela para refletir e conhecer além de suas aparências. Nesse ponto o cotidiano e o conhecimento científico aproximam-se e se afastam: aproximam-se porque a ciência se refere ao real e afastam-se porque ela abstrai (isola e afasta) a realidade, transformando-a em seu objeto de investigação – o que permite a construção do conhecimento científico. 
Exemplo: Newton que isolou a realidade de uma fruta caindo da árvore (fato cotidiano) para criar a teoria da gravidade (fato científico). 
Por sua vez, o senso comum, além de sua produção própria, também mistura e recicla os saberes científicos, transformando-os numa espécie de teoria simplificada para uso no dia-a-dia e produzindo uma determinada visão-de-mundo.
Exemplo: Alguém que toma chá de boldo para dores de fígado, sem, no entanto, conhecer o princípio ativo de suas folhas nas doenças hepáticas e sem nenhum estudo farmacológico. 
É importante reforçar que essas teorias e conhecimentos simplificados que vamos acumulando em nosso cotidiano são precisamente o que se denomina senso comum e ele se caracteriza por ser construído de modo espontâneo, intuitivo e de tentativas e erros, percorrendo um caminho que vai do hábito a tradição, ou seja, replicado de geração em geração. 
Nota pessoal: O senso comum tem duas principais fontes
A produção própria: sem base e sem um sentido real, como não passar embaixo da escada porque dá azar. 
Reciclagem de outros saberes: é onde entra a simplificação de conhecimentos científicos para uso cotidiano, como o exemplo do chá de boldo. 
O que é a ciência
A ciência é composta por um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade, expressos por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos são obtidos de maneira programada, sistemática (organizada segundo critérios) e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Isso possibilita a reprodução da experiência e permite que o saber possa ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. 
Essa característica da produção científica possibilita sua continuidade: um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. Negam-se, reafirmam-se, descobrem-se novos aspectos e assim a ciência avança, como um processo. 
Exemplo: O motor movido a álcool hidratado foi desenvolvido a partir do motor a gasolina e aperfeiçoado ao longo do tempo para melhoria de suas falhas de funcionamento iniciais. 
A ciência tem ainda uma característica fundamental: ela aspira a objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para, assim, tornarem-se válidas para todos. 
Nota pessoal: Pesquisa, uma forma de se produzir conhecimento científico
A pesquisa pode ser feita de duas formas: qualitativa (desenvolvida de modo livre e com espaço para saber a opinião dos entrevistados) e quantitativa (com opções, levando em consideração apenas os números e não a opinião dos entrevistados). 
Amostra cega: usar um grupo de pessoas aleatórias, fora da “população conhecida” que eu já imagino a inclinação.
Passos de um pesquisa: 1. Pergunta; 2. Parte literária (contexto que embasa a pergunta a ser respondida); 3. Faixa etária usada; 4. Refutar (ir contra) ou confirmar a pergunta. 
CAPÍTULO 7: A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
Área de conhecimento da psicologia que estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos, que são indissociados (inseparáveis):
Físico-motor: refere-se ao crescimento orgânico e a maturação neurofisiológica, que são base para a capacidade de manipulação de objetos e exercício do próprio corpo. 
Intelectual: É a capacidade de pensamento, raciocínio. 
Afetivo-emocional: É o modo particular do indivíduo processar suas experiências. É o sentir. 
Social: É a maneira como o indivíduo reage a situações que envolvem outras pessoas. 
Existem várias teorias do desenvolvimento humano na psicologia, dentre elas destaca-se a do psicólogo Jean Piaget (1896-1980), cuja finalidade é compreender esse desenvolvimento e responder as perguntas como e porque o indivíduo se comporta de determinada forma, em determinada situação, neste momento de sua vida. 
O desenvolvimento humano
Refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental se caracteriza pelo surgimento de estruturas mentais, que se vão aperfeiçoando e solidificando até estarem plenamente desenvolvidas, caracterizando um estado de equilíbrio superior quanto aos aspectos da inteligência, vida afetiva e relações sociais. 
Algumas dessas estruturas permanecem presentes ao longo de toda a vida do indivíduo, como a motivação que desencadeia a ação no intuito de suprir alguma necessidade. Essas estruturas mentais que permanecem garantem a continuidade do desenvolvimento. 
Já outras estruturas são substituídas a cada nova fase da vida do indivíduo, como por exemplo a moral de obediência da criança pequena que é substituída pela noção de autonomia moral do adolescente. 
A importância do estudo do desenvolvimento humano
Piaget defendia as diferentes formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária, isto é, existe uma assimilação progressiva do meio ambiente, que implica numa acomodação das estruturas mentais a este novo dado do mundo exterior. 
Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns a determinada faixa etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades. 
Os fatores que influenciam o desenvolvimento humano
Hereditariedade: a carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não se desenvolver, sofrendo variações do meio. 
Crescimento orgânico: refere-se ao aspecto físico. O aumento da altura e estabilização do esqueleto permite ao indivíduo estabelecer novos comportamentos e domínio de mundo que antes não existiam. 
Maturação neurofisiológica: desenvolvimento neurológico necessário para que o indivíduo possa ter certos comportamentos. Exemplo: sem uma determinada maturação neurofisiológica seria impossível o processo de alfabetização. 
Meio: O conjunto de influências e estimulações ambientais também altera os padrões de comportamento. Exemplo: criança de 3 anos que recebe uma grande estimulação verbal terá um repertório maior que outras crianças da mesma faixa etária. 
A teoria do desenvolvimento humano de Jean Piaget
Jean Piaget divide o desenvolvimento em quatro períodos, caracterizados pelo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por esses períodos nessa sequência, mas sua duração em cada um pode variar de acordo com características biológicas, fatores educacionais e sociais. 
Período sensório-motor (O recém-nascido e o lactante - 0 a 2 anos)
Período pré-operatório (1ª infância – 2 a 7 anos)
Período de operações concretas (Infância propriamente dita – 7 a 11 ou 12 anos)
Período das operações formais (Adolescência – 11 ou 12 anos em diante)

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