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DEFESA_DA_CONCORRÊNCIA_EM_MERCADOS_REGULADOS

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MERCADOS REGULADOS
CONCORRÊNCIA EM MERCADOS 
 REGULADOS
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
Regulação Econômica no Brasil em Perspectiva Histórica:
Estado-empreendedor (participação direta na produção de bens e serviços e de indução do processo de industrialização)
Lei 8031/1990 – PND (Programa Nacional de Desestatização) – representou marco na redução da intervenção direta do Estado brasileiro na economia 
(Privatização de siderurgia, petroquímico e fertilizantes => setores que não requeriam marco regulatório específico)
Plano Diretor da Reforma do Estado (1995) – construção de um Estado com maior papel regulador e promoveu relativa redução do Estado interventor no domínio econômico.
Privatização => setor de telefonia e transportes ferroviários.
Privatização parcial => energia.
Permissão para ingresso de entes privados sem a privatização da empresa estatal => petróleo.
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
CONT. REGULAÇÃO ECONÔMICA – PERSPECTIVA HISTÓRICA
ENTIDADES GOVERNAMENTAIS DOTADAS DE PODER REGULATÓRIO (antes da CR/88):
Banco Central (Bacen) – Lei 4.595/1964
Superintendência de Seguros Privados (Susep) – Dec.-lei 73/1966
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – Lei 6.385/1976
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
			 
				Os Monopólios Naturais
 * Estrutura de mercado na qual a situação mais eficiente (de menor custo) é obtida por uma única empresa.
 
 * Ocorrência de elevadas economias de escala e de escopo em todo domínio da função de produção é condição necessária e suficiente.
 * As agências reguladoras têm papel importante em segmentos caracterizados por monopólios naturais. 
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
Uma Agência Reguladora parece cabível quando se observam as seguintes características:
A) Custos irrecuperáveis elevados e circunstâncias propícias ao comportamento oportunista;
B) Necessidade de monitoramento permanente do mercado;
C) Demanda por conhecimento altamente especializado;
D) Emissão sistemática de regulamentos;
E) Resolução frequente de litígios.
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
FORMATO INSTITUCIONAL DO ÓRGÃO REGULADOR
Não há um formato único => variam de acordo com o país, com o setor e com o período.
ASPECTOS IMPORTANTES PARA DIMINUIR O RISCO REGULATÓRIO E ESTIMULAR O INVESTIMENTO: (Desenho)
Independência
Transparência
Delimitação precisa de competência
Autonomia financeira e gerencial 
Excelência técnica
AR disciplinam o comportamento dos agentes econômicos: 
1º) por meio da edição de normas gerais (regulação); 
2º) através da aplicação dessas normas a casos concretos (julgando a conduta de uma empresa ou de um grupo determinado de agentes econômicos)
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
AGÊNCIA REGULADORA:
Forma jurídica => Autarquia em regime especial => vinculada e não subordinada a um respectivo Ministério.
DIPLOMAS LEGAIS:
ANEEL – Lei 9427/1996 (Minas e Energia)
ANATEL – Lei 9472/1997 (Comunicações)
ANP – Lei 9478/1997 (Minas e Energia)
ANVISA – Lei 9782/1999 (Saúde)
ANS – Lei 9961/2000 (Saúde)
ANA – Lei 9984/2000 (Meio Ambiente)
ANTT – Lei 10233/2001 (Transportes)
ANTAQ – Lei 10233/2001 (Transportes)
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
O Modelo Brasileiro de Configuração Institucional dos órgãos de regulação e de concorrência
AR: Agência Reguladora
AC: Autoridade de Defesa da Concorrência
LC – Lei de concorrência
RT – Regulação Técnica
RE – Regulação Econômica
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
MECANISMOS DE COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL:
Visam MAXIMIZAR a eficiência de ações conjuntas e MINIMIZAR os custos de coordenação.
REGULAÇÃO TÉCNICA (RT) => estabelecimento de normas, padrões e metas a serem adotados pelos agentes privados de um setor regulado
REGULAÇÃO ECONÔMICA (RE) => estabelecimento de condições de preços, tarifas e quantidades a serem observadas pelos agentes privados no fornecimento de bens ou serviços regulados.
LEI DE CONCORRÊNCIA (LC) => principal peça legal do ordenamento jurídico do país que disciplina a “livre concorrência”.
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Isenção antitruste
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
Modelo – Isenção Antitruste
Concentração de atividades em uma instituição;
Não apresenta flexibilidade (hipótese de mudanças estruturais);
Há possibilidades de economias de escala;
Risco de captura é elevado;
Vantagem de não haver risco de conflito jurisdicional.
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Competências Concorrentes
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
Modelo – Competências Concorrentes
Atividades em 2 instituições que concorrem;
Possibilita maior flexibilidade institucional;
Perdem-se economias de escala;
Sobreposição de funções tende a eliminar economias de escopo;
Diminui o risco de captura;
Em princípio zelaria pela ótica mais geral da defesa da concorrência;
Pode existir risco de conflito jurisdicional.
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Competências Complementares
	
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
Modelo - Competências Complementares
Atividades em 2 instituições;
Possibilita maior flexibilidade institucional;
Eliminaria eventuais ganhos de economias de escala e escopo;
Menor risco de captura;
Menor potencial de conflito entre jurisdições.
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Regulação antitruste
	LC	RT	RE
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
Modelo - Regulação Antitruste
Concentração de atividades apenas em uma instituição;
Eventuais economias de escopo, aliadas à redução do custo burocrático de transação;
 Risco de captura relativamente maior, ainda que atenuado pelo fato de ser um órgão geral e não meramente setorial;
Não há risco de conflito jurisdicional.
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Desregulamentação
	LC	RT	RE
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
Modelo – Desregulamentação
Apenas uma única instituição;
Eventuais economias de escopo, aliadas à redução do custo burocrático de transação;
Risco de captura relativamente maior, ainda que atenuado pelo fato de ser um órgão geral e não meramente setorial;
Não há risco de conflito jurisdicional.
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CONCORRÊNCIA EM MERCADOS REGULADOS
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DO DESENHO INSTITUCIONAL ÓTIMO:
a) Flexibilidade institucional;
b) Eficiência e capacidade de decisão em tempo econômico (existência ou não de economias de escopo e escala);
c) Custo burocrático de transação (custo de coordenação);
d) Minimização do risco de conflito de competências;
e) Minimização do risco de captura.
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DO DESENHO INSTITUCIONAL ÓTIMO:
a) Flexibilidade institucional;
b) Eficiência e capacidade de decisão em tempo econômico (existência ou não de economias de escopo e escala);
c) Custo burocrático de transação (custo de coordenação);
d) Minimização do risco de conflito de competências;
e) Minimização do risco de captura.

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