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1. DOS BENS PROTEGIDOS PELA LEI DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL 1- Invenção é tudo aquilo que se inventa, que se cria, que pode ser explorado economicamente. Para que seja reconhecido como invenção, o bem deve atender a quatro requisitos previstos na lei: a novidade, a atividade inventiva, a aplicação industrial e o não impedimento. 2- Modelo de utilidade é o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. Pode ser considerado como uma pequena invenção, algo que foi criado para trazer uma utilidade maior para um invento já existente. Ele traz uma melhoria funcional para um ato inventivo, para algo que já é considerado invenção. A palavra-chave para o caso é melhoria funcional. 3- Desenho industrial é a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. A doutrina diz que o desenho industrial é o elemento fútil porque não traz nenhum tipo de melhoria, de utilidade, só se preocupando com a estética, com a configuração externa. Se trouxer algum tipo de utilidade, já não é mais desenho, é modelo de utilidade. São exemplos de desenho industrial a garrafa térmica com um resultado visual novo, a garrafa de cerveja que tem um design proporcionando melhor adaptação das mãos e a nova estética de um aspirador de pó. O modelo de utilidade traz melhoria e o desenho industrial muda o design. 4- Marca é o sinal distintivo, visualmente perceptível, não compreendido nas proibições legais. Por meio da marca você procura identificar um produto ou serviço, ou seja, ela é o elemento de identificação, de distinção. No Brasil, não é possível registrar sinal sonoro, sendo permitido registrar como marca apenas aquilo que é visualmente perceptível. O sinal auditivo ‘plim-plim’ da Globo, por exemplo, não pode ser registrado como marca. Por outro lado, na Europa é possível registrar o som do motor de uma moto Harley Davidson. No nosso país, no entanto, só pode ser registrado como marca aquilo que se vê. *FORMAS DE PROTEÇAO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL A Lei de Propriedade Industrial Protege a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca, além de reprimir a falsa indicação geográfica e a concorrência desleal. A proteção dos bens móveis se dá através da patente e do registro. Patente é o título que formaliza a proteção da invenção e do modelo de utilidade. Já o Registro é o título que formaliza a proteção do desenho industrial e da marca. *Patente Só é garantida a exclusividade da exploração de uma invenção ou de um modelo de utilidade àquele que obtiver a concessão de uma patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial. A patente tem finalidade de proteção ao desenvolvimento tecnológico e funciona como incentivo à pesquisa, já que garante ao inventor e ao criador a exploração exclusiva e o usufruto dos lucros decorrentes da novidade. Contudo, a exclusividade decorrente da patente é limitada a 20 (vinte) anos no caso de Invenção e a 15 (quinze) anos no caso de modelo de utilidade. O prazo é contado da data do depósito do pedido de patente junto ao INPI. A patente, no entanto, é improrrogável. Após o prazo de 20 (vinte) ou 15 (quinze) anos, conforme o caso, a patente cai em domínio público e a invenção pode ser explorada por terceiros. Patente não tem prorrogação, encerrada a proteção cai em domínio público. *Registro Para garantir exclusividade no uso da marca e do desenho industrial, é preciso registrá-los também no INPI. O Desenho industrial e a marca não são patenteáveis, mas sim registráveis. O registro também tem prazo estabelecido na LIP que estabeleceu 10 (dez) anos para o desenho Industrial e para a marca, sendo que o marco inicial é a concessão pelo INPI. Diferentemente da patente, o registro é passível de prorrogação. A lei permite a prorrogação do desenho industrial por até 03 (três) vezes, garantidos 05 (cinco) anos de prorrogação a cada vez. Acabada a terceira prorrogação, o bem cai em domínio público. Já o pedido de prorrogação de uso da marca é ilimitado, sendo concedida sempre por igual período. Ou seja, a cada 10 (dez) anos. 2. SOCIEDADE EMPRESÁRIA União de pessoas que exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada para produção ou circulação de produtos e serviços, visando lucros. Personalidade jurídica com o arquivamento de seus atos constitutivos nas juntas comerciais. - Confere autonomia patrimonial. - Separa o patrimônio social e dos sócios. - Incidentes de desconsideração da personalidade jurídica art.133/137 do CPC. *Sociedade limitada LTDA Entende-se por sociedade limitada, aquela formada por duas ou mais pessoas que se responsabilizam solidariamente de forma limitada ao valor de suas quotas pela integralização do capital social. Apresentando regras e várias características, a sociedade limitada auxilia na constituição de uma empresa e possui como elemento fundamental o contrato social. Os sócios adquirem certas liberdades dentro dessa sociedade e no caso de insucesso de seu negócio próprio de acordo no contrato, ele só pagará pelo valor máximo de sua quota no capital social e seus bens pessoais não serão comprometidos. Apesar de todos esses benefícios, existem exceções na regra e alguns sócios podem responder ilimitadamente pelas obrigações sociais. Na forma de administração de uma empresa LTDA. e somente com o consentimento dos sócios, uma pessoa que não faz parte da sociedade poderá ser um dos administradores. Ele é responsável por gerenciar a sociedade, fazer os inventários, responder civilmente pelos atos culposos que praticar, fará os balanços no final de cada exercício. Geralmente ele é remunerado. Características da Sociedade Limitada Responsabilidade dos sócios - Surge da ideia de limitação da responsabilidade, ou seja, ela é restrita. Se o capital social prometido pelos sócios (subscrito) não estiver totalmente pago (integralizado), ele responderá solidariamente com os outros sócios pela parte que falta para a integralização. Capital social - é dividido em quotas (iguais ou desiguais), cabendo uma ou diversas a cada sócio. Pode ser dada a contribuição por meio de dinheiro, bens ou direitos, mas não é autorizada através de prestação de serviços. Exclusão de sócio - quando o sócio não integralizou de acordo com os prazos e condições prevista no contrato. Quando põe em risco a existência do negócio por meio de uma justa causa, prevista no contrato e um tempo para que o sócio possa se justificar ou se defender em reunião ou assembleia. Obrigações dos sócios - os sócios devem repor os lucros e quantias que foram retirados da sociedade, somente se autorizadas pelo capital social, na hipótese de que essas retiradas sejam distribuídas em prejuízo do capital social. O sócio deve integralizar suas quotas subscritas; caso contrário, poderá ser expulso da sociedade. Da data do registro da sociedade até cinco anos, todos os sócios respondem pela exata estimação dos bens concedidos ao capital social. Na administração, o administrador, sócio ou não, será designado pelo próprio contrato social ou instrumento separado (ou ato separado que é um termo, onde se especifica quem será o administrador) e terá que exercer a sua função por uma série de deveres previstos pela lei. Prejuízos no capital - Não é autorizada a retirada ou distribuição dos lucros para o sócio, caso haja prejuízos do capital. Legislação das limitadas - É regida pelo novo CódigoCivil e nas omissões, segue as normas da Sociedade Simples ou Anônimas, caso estabelecido no contrato. Conselho fiscal - Este órgão é comum nas sociedades anônimas e é facultativo nas limitadas. Os sócios minoritários que representarem menos de 1/5 do capital social, podem eleger um membro e suplente. Pode o contrato instituir conselho fiscal e suplentes (três ou mais membros), sócios ou não. Em relação às demonstrações financeiras, deverão ser elaboradas pelo menos três, ao final de cada exercício social. *Sociedade Anônima A Sociedade Anônima, também chamada de companhia ou sociedade por ações, é nome dado a uma empresa com fins lucrativos que tem seu capital dividido em ações e a responsabilidade de seus sócios (acionistas) limitada ao preço da emissão das ações subscritas (lançadas para aumento de capital) ou adquiridas. Os sócios são chamados de acionistas e têm responsabilidade limitada ao preço das ações adquiridas. *Constituição da S/A: ESTATUTO Capital Social - O capital social é repartido em partes chamadas ações. É a soma de toda contribuição dos sócios, isto é, o montante financeiro pertencente à companhia. Com essa quantia a sociedade dá início a parte econômica. O capital social é expresso em moeda nacional e pode compreender qualquer espécie de bem que possa ser avaliado em dinheiro durante seu processo de formação. São instituídas por lei algumas regras que delimitam os valores dos bens que farão parte do capital social. *Redução de capital: pode ocorrer por desvalorização das ações ou por excesso ou falta de subscritores (alguém que ingressa na sociedade, adquirindo ações); *Aumento de capital: ocorre quando as ações se valorizam ou há entrada de subscritores, pois eles adquirem ações, aumentando o patrimônio da companhia. Sociedade de Capital - As ações de uma sociedade anônima podem ser transmitidas para qualquer pessoa sem se importar com a característica do sócio. O estatuto não pode proibir esse tipo de negociação, mas pode limitá-la. Responsabilidade do Acionista - A responsabilidade do acionista é limitada ao valor das ações adquiridas e subscritas. Assim que a ação for integrada, o acionista não terá nenhuma responsabilidade suplementar. Tipos de Sociedade Anônima As sociedades anônimas podem ser divididas em dois tipos: Capital aberto (quando seus valores mobiliários podem ser negociados no mercado de valores - bolsa de valores ou mercado de balcão) e; Capital fechado (seus valores mobiliários não passam por negociações na bolsa ou no mercado de balcão). Características da Sociedade Anônima Possui capital dividido em ações; O importante, nesse tipo de sociedade são os capitais acumulados e não o acionista em si. A posse de ações é que faz valer a participação 3do acionista; As ações só podem ser emitidas pela empresa com autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários); Somente as próprias ações são usadas como garantia financeira da companhia. Nenhum dos sócios precisa responder com seu patrimônio particular pelas dívidas da empresa; Sua estrutura organizacional se compõe por uma assembleia geral, o conselho de administração, diretoria e conselho fiscal; Pode ser uma sociedade aberta ou fechada; A responsabilidade do acionista é limitada ao preço das ações adquiridas ou subscritas; As ações são títulos circuláveis, isto é, o acionista tem a liberdade de cedê-las e negociá-las; Constitui pessoa jurídica de direito privado. *Classificação das ações De acordo com a espécie. - Ordinária: direitos e vantagens comuns. - Preferenciais: atribuem uma vantagem política ou econômica ao detentor. Não possuem direito a voto. - De fruição / gozo: ações preferenciais ou ordinárias que foram amortizadas pela CIA. De acordo com a circulação. - Nominativas: emissão de certificado e circulação em livro próprio. - Estruturais: transferidas por instituição financeira não gera certificado. Obs.: Atualmente não existe ações ao portador no sistema brasileiro. *Debênture: Valor mobiliário de S/A que confere ao titular do direito certo contra a cia, nos termos de sua emissão. - É título executivo extrajudicial - Deliberação sobre emissão. Assembleia geral, exceção: conselho de administração. *Partes beneficiarias: Título que confere eventual credito contra a cia, condicionado ao resultado positivo da empresa. - Só cabe a cia fechada. *Bônus de subscrição -Não é direito a credito. É direito a preferencia na aquisição de novas ações. - Nominativo. Não pode ser ao portador. *Sociedade não personificadas - Não apresenta personalidade jurídica. * Sociedade comum (de fato) - Atos constitutivos ainda não foram registrados. - Fase transitória. *Sociedade em conta de participação. - Sócio ostensivo e participante. - Atividade exercida pelo sócio ostensivo em seu nome individual e sob sua responsabilidade. - Vista como sociedade somente entre os sócios.
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