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Plan1 CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONçRIO PòBLICO CONTRA A ADMINISTRAÌO EM GERAL crime Bem juridico tutelado SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO TIPO OBJETIVO TIPO SUBJETIVO consumação tentativa ação penal princípio da insignificância Peculato-furto O patrimonio da administração publica ou do particular Trata-se de crime proprio, podendo ser praticado pelo funcionrio pblico. No entanto, é plenamente possivelo concurso de pessoas, respondendo também o particular pelo crime, desde que este particular tenha conhecimento da condição de funcionário público do agente. A administrao púbica, e eventual particular proprietrio do bem subtraído, se for bem particular A conduta prevista a de subtrair o bem ou valor, ou concorrer para sua subtração. Exige-se que o funcionário público se valha de alguma facilidade proporcionada pela sua condição de funcionário público. Dolo. A forma culposa est prevista no §2 do art. 312. Consuma-se no momento em que o agente adquire a posse do bem mediante a subtração. Admite-se tentativa, pois não se trata de crime que se perfaz num unico ato (pode-se desdobrar seu iter criminis caminho percorrido na execuo). plenamente possivel, portanto, que o agente inicie a execução, adentrando à repartição pública, por exemplo, e seja surpreendido pelos seguranas. Nesse caso, o crime ser tentado. Destaca-se que eventual ação penal, será esta pública e incondicionada, de competência da Justiça Federal sempre que houver afetação de bens, interesses ou serviços da União, bem como de suas autarquias ou empresas públicas. Em caso de transferência de verba federal sujeita à prestação de contas perante o Tribunal de Contas da União, remanesce a competência da Justiça Federal, e a aprovação pelo Tribunal de Contas não impede o oferecimento da denúncia. Não. O princípio da bagatela é inaplicável, pois o bem jurídico protegido é o bom andamento da administração pública, não apenas em seu aspecto material ou patrimonial, mas também moral. peculato-culposo O patrimonio e a moralidade da administração pública. Se houver particular lesado pela conduta, será sujeito passivo secundário. Trata-se de crime proprio, podendo ser praticado pelo funcionário público. No entanto, plenamente possível o concurso de pessoas, respondendo também o particular pelo crime, desde que este particular tenha conhecimento da condição de funcionrio público do agente. A administrao púbica, e eventual particular proprietrio do bem subtraído, se for bem particular A conduta prevista a de se apropriar de bem recebido por erro de outrem. Exige-se que o funcionrio pblico se valha de alguma facilidade proporcionada pela sua condio de funcionrio pblico. Essa facilidade pode ser o simples exerccio de sua atividade funcional. CUIDADO! A Doutrina entende que se o erro foi provocado dolosamente pelo funcionrio pblico, com o intuito de enganar o particular, ele dever responder pelo delito de estelionato. Dolo. O dolo no precisa existir no momento em que o agente recebe a coisa, mas deve existir quando, depois de recebida a coisa, o agente resolve se apropriar desta, sabendo que ela foi parar em suas mãos em razão do erro daquele que a entregou. Consuma-se no momento em que o agente altera seu animus, passando a comportar-se como dono da coisa apropriada, sem intenção de devolução. A Doutrina admite a tentativa, embora seja de difícil caracterização. peculato - eletrônico O patrimonio da administração pública. Se houver particular lesado pela conduta, será sujeito passivo secundário. Trata-se de crime próprio, podendo ser praticado pelo funcionrio público. No primeiro caso, a lei exige, ainda, que seja o funcionário público autorizado a promover alterações no sistema. No segundo caso, a lei prevê que qualquer funcionário possa praticar o crime, desde que não seja quem está autorizado a promover alterações no sistema. No entanto, é plenamente possvel o concurso de pessoas, respondendo também o particular pelo crime, desde que este particular tenha conhecimento da condição de funcionário público do agente. A administrao púbica, e eventual particular lesado No primeiro caso a conduta a de inserir ou facilitar a inserção de informações falsas, alterar ou excluir, indevidamente, dados corretos, com o fim de obter vantagem ou causar dano. Percebam que no caso de o funcionário promover, ele próprio, a alteração indevida, o crime monossubjetivo, ou seja, não depende de duas ou mais pessoas para sua caracterização. No entanto, se a conduta for a de facilitar a alteração por outra pessoa (particular ou não), o crime ser necessariamente plurissubjetivo, pois necessariamente haver de ter mais de um sujeito ativo. Há, ainda, elemento normativo do tipo no caso de se tratar de exclusão de dados corretos, pois esta exclusão deve ser INDEVIDA. Assim, se o funcionário autorizado exclui dados corretos porque era esta sua obrigação (estes dados não eram considerados mais necessrios), não há fato típico. No segundo crime, a conduta é a de modificar ou alterar o sistema de informações, sem autorização. Há, portanto, elemento normativo do tipo, pois se o agente estiver autorizado a isto, o fato atpico. Dolo. No caso do art. 313-A, exige-se a finalidade especial de agir, consistente na intenção de obter vantagem ou causar dano a outrem. No caso do art. 313-B, não se exige nenhum dolo especfico, bastando que o funcionário não autorizado promova as alteraes ou modificações no sistema. Consuma-se no momento em que o agente efetivamente promove as alterações ou modificações narradas pelo tipo penal. A Doutrina admite a tentativa, pois plenamente possível o fracionamento da conduta do agente. peculato - desvio O patrimonio da administração publica ou do particular trata-se de crime próprio. Estamos diante de crime funcional contra a Administração Pública, de forma que somente pode ser sujeito ativo desse crime, o funcionário público. Em se tratando de concurso de agentes, em razão do disposto no artigo 30 do CP ("Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime "), o co-autor ou partícipe não revestido dessa qualidade - funcionário público - também responderá pelo crime em questão, desde que, ao praticá-lo, tivesse ciência da condição de funcionário público do agente. o Estado, e, secundariamente, o particular, proprietário do bem desviado, que estava sob a guarda e responsabilidade do ente público. quando o funcionário público dá ao objeto material, uma aplicação diversa daquela que lhe foi determinada, em benefício próprio ou de terceiro. para a caracterização dessa infração penal é indispensável que a conduta típica recaia sobre coisa corpórea, não restando configurada diante do uso indevido de mão-de-obra ou de serviços. o objeto material da conduta narrada foram os valores pecuniários recebidos - bens corpórios, o que possibilita a aplicação do artigo 312 , in fine do CP . dolo. É indispensável a presença de elemento subjetivo do tipo que consiste na vontade do agente em obter proveito próprio ou para outrem. O crime resta consumado no momento em que o funcionário público dá ao bem, destinação diversa da determinada. Cuidado! De acordo com entendimento pacífico do STJ, não é possível falar em peculato-desvio quando o agente destina verba pública a outra finalidade também prevista em lei. Também não se cogita da sua configuração quando o desvio é em favor da própria Administração Pública, hipótese em que, a depender das circunstâncias do caso concreto restará caracterizado o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (artigo 315 do CP). peculato - apropriação O patrimonio da administração publica ou do particular Trata-se de crime proprio, podendo ser praticado pelo funcionrio público. No entanto, é plenamente possivel o concurso de pessoas, respondendo também o particular pelo crime, desde que este particular tenha conhecimento da condição de funcionário público do agente. o Estado, e, secundariamente, o particular, proprietário do bem desviado, que estava sob a guarda e responsabilidade do ente público. A conduta núcleo é o verbo apropriar, que deve ser entendido no sentido de tomar como propriedade, tomar para si, apoderar-se indevidamente de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse ou a detenção, em razão do cargo. O pressuposto material éA posse, pois o agente tem, em razão do cargo, a posse legal da coisa, sem vício algum. Ele deverá ocupar legalmente um cargo público, ou seja, ter sido nele investido corretamente, de acordo com as determinações legais, pois, caso contrário, não se configurará o peculato. Ausente posse anterior, não há falar em peculato. Não são considerados objetos materiais do crime os bens imóveis, bem como a mão de obra ou o serviço público, cuja utilização para fins privados é atípica à luz do Código Penal, embora não o seja para prefeitos, consoante teor do art. 1º do DL 201/67. Para os demais servidores, o fato poderá configurar infração administrativa ou ato de improbidade, mas não infração penal. é o dolo, consubstanciado na vontade de ter a coisa como dono, com caráter definitivo. Se a malversação se dá em proveito da própria administração, poderá ocorrer o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas, previsto no art. 315 do Código Penal. Não é crime, pela falta do elemento subjetivo, a mera utilização da coisa, por curto espaço de tempo, seguida da sua devolução, indene, no chamado peculato de uso, consoante precedente do Superior Tribunal de Justiça, nos autos do HC Entretanto, para o Prefeito Municipal, porém, a conduta é típica A consumação ocorre com a apropriação, ou seja, com a inversão da posse e consequente retirada da coisa da esfera de disponibilidade da vítima, ou do emprego em fins diversos daqueles próprios ou regulares, ainda que não haja dano efetivo para a Administração ou proveito para o agente ou terceiro. A tentativa é possível, mas não pode ser reconhecida quando houve efetiva apropriação. A causa de extinção da punibilidade prevista no § 3º é exclusiva do peculato culposo, não se aplicando às demais modalidades dolosas de peculato. peculato - mediante erro de outrem O patrimonio da administração publica ou do particular Trata-se de crime proprio, podendo ser praticado pelo funcionrio público. No entanto, é plenamente possivel o concurso de pessoas, respondendo também o particular pelo crime, desde que este particular tenha conhecimento da condição de funcionário público do agente. o Estado, e, secundariamente, o particular, proprietário do bem desviado, que estava sob a guarda e responsabilidade do ente público. O peculato estelionato, ou peculato mediante erro de outrem, possui três elementos, quais sejam, a conduta de se apropriar de dinheiro ou qualquer utilidade, no exercício do cargo, e que fora recebida por erro de outrem. O verbo núcleo apropriar deve ser compreendido no sentido de tomar como propriedade, tomar para si, apoderar-se indevidamente de dinheiro, isto é, cédulas e moedas aceitas como pagamento, ou qualquer utilidade, vale dizer, tudo aquilo que pode servir para uso, consumo ou proveito econômico ou que pode ser avaliado em dinheiro, em virtude do erro de outrem, isto é, conhecimento equivocado da realidade. Faz-se necessário saiba o agente que se apropria indevidamente de coisa que lhe foi entregue por erro, e em razão de seu cargo, pois, caso contrário, seu dolo restará afastado. O surgimento do dolo deve ser posterior à entrada na posse da coisa, pois se o dolo preexiste ao recebimento da coisa, trata-se do crime de estelionato. Sujeito ativo é o funcionário público e passivo o Estado, bem como a pessoa física ou jurídica diretamente prejudicada com a conduta praticada pelo sujeito ativo. O delito se consuma quando o agente, efetivamente, se apropria do direito ou utilidade, que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem, ou após receber o objeto material, atua com animus rem sibi habendi, agindo como se fosse dono. Tratando-se de crime plurissubsistente, será possível o raciocínio correspondente à tentativa. Plan2 Plan3
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