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NP2 Aula 1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FISIOTERAPIA E ÉTICA Fisio: natureza terapia: tratar Conceito de Fisioterapia: A ciência que utiliza os agentes físicos da natureza como forma de tratamento Definição de Fisioterapia: É uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais Definição de Fisioterapeuta: Profissional de Saúde, com formação acadêmica superior, habilitado à construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais, a prescrição das condutas fisioterapêuticas, a sua ordenação e indução no paciente bem como, o acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e as condições para alta do serviço. Simbolo da fisioterapia: raio: valores e práticas corretas de vida Serpente: sabedoria Aula 2 - ÁREAS DE ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA Fisioterapia Clínica: elaborar o Diagnóstico Cinesiológico Funcional, prescrever, planejar, ordenar, analisar, supervisionar e avaliar os projetos fisioterapêuticos, a sua eficácia, a sua resolutividade e as condições de alta do cliente submetido a estas práticas de saúde Saúde Coletiva: O fisioterapeuta atua na educação, prevenção e assistência fisioterapêutica coletiva, na atenção primária em saúde em Postos de Saúde, Centros de Saúde e Empresas Esporte: clubes, academia etc Educação: coordenador, professor, pesquisas Equipamentos e produtos para Fisioterapia: Empresas e lojas de equipamentos Especialidades: Dermato funcional: pele. Ex.: estrias, celulite, queimaduras, cicatrizes Fisioterapia no trabalho: ergonomia, ginástica laboral. Saúde da mulher: mastectomia, pré e pós-parto, incontinência urinária, etc. Neurofuncional: Acidente Vascular Encefálico (AVE), Paralisia Cerebral. Traumo-Ortopedica: Estuda, diagnostica e trata as disfunções musculoesqueléticas. Ex: lesão de menisco e ligamentos, entorses, fraturas, artroses, hérnia discal, etc. Respiratoria: Estuda, diagnostica e trata pacientes cirúrgicos cardiovasculares com o intuito de melhorar o condicionamento cardiovascular e respiratória. Esportiva: prevenção e recuperação de lesões no processo de reabilitação de atletas em clubes, times, academias, etc. Oncologia: desenvolver e restaurar, assim como prevenir os distúrbios causados pelo cancêr Terapia intensiva: UTI, suporte ventilatorio Aquatica: vaporização/inalação, hidroterapia Cardiovasculares: recuperação funcional de indivíduos com doenças cardíacas e vasculares periféricas e síndrome metabólicas. Gerontologia: idosos, qualidade de vida Acupuntura: terapia atraves de agulhas para estimulos na pele, relaxamento Osteopatia: técnicas terapêuticas manuais Quiropraxia: disfunções relacionadas à coluna vertebral, por meio de técnicas manipulativas Aula 3 - História da Reabilitação e da Fisioterapia no Brasil Antiguidade: Utilizavam a eletroterapia sob forma de choques com um peixe elétrico no tratamento de certas doenças Idade media: O corpo era considerado algo inferior, em contraposição a valorização da alma Ideia da "ordem divina" - organização social em clero, nobreza e servos TEOCENTRISMO: Deus como centro do mundo As doenças eram vistas como forma de exorcismo, os medicos que cuidavam dos individuos com a peste negra, usavam mascaras (bico de pato) como forma de proteção Clero e nobreza: fazia exercicios para potencializar o corpo Camponeses/servos: por brincadeira Renascimento: Valorização da beleza, retomada dos estudos relativos ao cuidado com o corpo e culto fisico (corpo perfeito) Transição entre RENASCIMENTO e INDUSTRIALIZAÇÃO: fisioterapia começa virar profissão com a reabilitação Industrialização: Trabalho operario, aumento dos acidentes de trabalho, condições precarias, interesse em recuperar o individuo apenas por baixa produtividade SÉCULOS XIX e XX: Surgimento das especialidades médicas, dermatologia, pediatria, oftalmologia, otorrinolaringologia, ortopedia, obstetrícia, clínica médica 1920 - cinesioterapia em destaque, com formação de escolas durante a guerra (1ª guerra mundial), devido ao grande numero de mutilados, lesados, acidentados GUERRA MUNDIAL: Resultou num grande número de indivíduos lesados, mutilados e dependentes nas suas funções devido a gravidade das lesões físicas e mentais provocadas pela guerra. Fisioterapia presente na reabilitação dessas pessoas POLIOMIELITE: A primeira epidemia nos Estados Unidos ocorreu em 1916, levando a milhares de mortes e sequelados. Fisioterapia no Brasil: 1879 - início da utilização de recursos físicos na assistência a saúde (ênfase curativa e reabilitadora, reflexo da industrialização) 1929 - primeiro serviço de Fisioterapia para dar assistência aos pacientes da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo 1951 - primeiro curso para formação de técnicos em Fisioterapia e organização do Serviço de Fisioterapia do Hospital das Clinicas 1959 - formado por um grupo de médicos, o Instituto Nacional de Reabilitação, onde eram formados Auxiliares Fisioterapeutas Brasil decada de 50 - Devido ao grande número de acidentes no trabalho aumentou a necessidade de terapias reabilitadoras, a epidemia da Poliomielite aumentou a necessidade de terapias reabilitadoras 1959 - foi criada a Associação Brasileira de Fisioterapeutas (ABF) que se filiou a WCPT (World Confederation for Physical Therapy), cujo objetivo era buscar o amparo técnico-científico e sócio-cultural para o desenvolvimento da profissão 1963 - conforme parecer 388/63, do Conselho Federal de Educação, o fisioterapeuta passa a ser caracterizado como auxiliar médico, só podendo trabalhar sob a orientação e responsabilidade do mesmo, eram chamados Técnicos em Fisioterapia 1964 - conforme portaria 511/64 do Conselho Federal de Educação, em 1964, foi estabelecido o primeiro currículo mínimo para a formação de Técnicos em Fisioterapia. 1964 - tempo de duração do curso - 3 anos, e era composto pelas matérias: Fundamentos da Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Ética e História da Reabilitação, Administração Aplicada, Fisioterapia Geral e Fisioterapia Aplicada 1969 - Decreto-Lei nº 938 de 13 de outubro de1969. Regulamenta as profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. O Fisioterapeuta é um profissional de nível superior. A Fisioterapia é atividade privativa do profissional Fisioterapeuta 1975 - Lei nº 6.316 de 17/12/1975. A Lei determina a criação do Conselho Federal de Fisioterapia (COFFITO) e o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO). 1983 - o Conselho Federal de Educação, através da resolução nº 04 de 28 de fevereiro de 1983, edita o currículo mínimo para a Fisioterapia com 4 anos letivos 1996 - A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação conhecida como LDB 9394/96, estabelece Diretrizes Gerais para a educação no Brasil, flexibilizando os currículos. 2002 - Em 19 de fevereiro de 2002, o Conselho Nacional de Educação (CNE) institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia através da Resolução CNE/CES Nº 4. Aula 4 - RECURSOS TERAPÊUTICOS DA FISIOTERAPIA Cinesioterapia: terapia do movimento Exercicio passivo: quando fisioterapeuta faz pro paciente Exemplo: paciente em coma, paraplegia, tetraplegia, etc Ativo assistido: o paciente faz uma parte sozinho, porem precisa da ajuda do fisioterapeuta Ativo livre: paciente faz sozinho Ativo- resistido: exercicios sob resistencia (resistencia manual, com peso e na água) Massoterapia: terapia da massagem A manipulação dos tecidos e músculos do corpo estimula a circulação, a mobilidade e a elasticidade Hidroterapia: É a aplicação externa da água (doce, salgada ou minero-medicinal) para fins terapêuticos (ação termica – calor ou frio, ação do movimento – piscinas, ação mecanica)Eletroterapia: aparelhos elétricos (ondas eletromagnéticas), como o Ultrassom Terapêutico, o Laser, TENS, dentre outros. Facilita a recuperação dos tecidos lesados. Ex: Corrente Russa, Ondas curtas, TENS Ultra-som, LASER Mecanoterapia: equipamentos para o fortaleciemento muscular ex: alteres, tornozeleiras, bicicletaergométrica, Equipamento de Pilates Termoterapia: Tratamento através da aplicação de calor superficial. Promove redução da dor e relaxamento muscular. Ex parafina, infravermelho, forno de bier Fototerapia: Terapia realizada por meio de luz para facilitar a recuperação dos tecidos lesados.ex laser, UVA/UVB, infravermelho Aula 5 – Avaliação em fisioterapia AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL: Avaliação Fisioterapêutica DIAGNÓSTICO CLÍNICO: Informações do médico a respeito do quadro clínico (sinais e sintomas), do paciente com destaque ao diagnóstico da doença. QUEIXA PRINCIPAL: dor, fraqueza, limitação da ADM, limitação funcional HISTÓRIA DO PACIENTE - Dados subjetivos (SIC – Segundo Informações Colhidas) EXAME FÍSICO - Dados objetivos I INSPEÇÃO: Avaliar as atividades da vida diária (AVD), tais como marcha, habilidade para sentar, ficar em pé, ou vestir-se; e facilidade geral de movimento; Uso de qualquer auxílio adaptativo (órtese, muleta, bengala, andador; Postura (avaliação postural); Formato das partes do corpo, tal como mudanças no contorno: edema, atrofia, hipotrofia e assimetria. Escaras; Cicatrizes, etc. PALPAÇÃO: Pele: notar a temperatura, coloração, edema e textura; Músculos e tendões; observe tônus, sensibilidade, espasmo muscular. Dor – Escala Visual Analógica (EVA) MOBILIDADE: (ADM) Verificar hipomobilidade ou hipermobilidade articular, através do teste de mobilidade ADM) denominado Goniometria, através do uso do Goniômetro FORÇA MUSCULAR: Testes de força muscular de um ou mais segmentos do corpo. Escala de 0 a 5 – sem contração muscular até o movimento contra uma resistência. ENCURTAMENTO MUSCULAR: Determinar a capacidade de um grupo muscular alongar-se durante a execução de um movimento. CAPACIDADE E FUNÇÃO RESPIRATÓRIA: Ausculta pulmonar (uso do estetoscópio) – sons pulmonares Tosse, secreção Limitações ou restrições funcionais – verificar a capacidade funcional nas AVDs (atividades de vida diária), como, vestir-se, pentear o cabelo, escovar os dentes, tomar banho, etc) Mobilidade torácica: Cirtometria (medida da mobilidade, uso de fita métrica) CONDIÇÃO NEUROLÓGICA: Estado mental Alterações na fala, quando um indivíduo tem dificuldade ou não se comunica de maneira oral, fazendo uso da linguagem. Ex.: AVE Controle motor: controle dos movimentos, equilíbrio, coordenação e marcha (andar) • Alterações de sensibilidade tátil: superficial e profunda Testes neurológicos. Exemplo: Reflexos Osteotendinosos (ROT), teste do reflexo patelar HABILIDADE MOTORA OU CAPACIDADE FUNCIONAL: Avaliação de cadeira de rodas e auxiliares de marcha (muleta axilar e canadense, andador e bengala) • Avaliação da capacidade de vestir-se, cuidar da higiene pessoal, alimentar-se e proteger-se (AVDs). NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DAS CRIANÇAS: Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança: normal ou patológico. Avaliar as etapas do desenvolvimento motor: - Controle de cabeça - Controle de tronco - Sentar - Ajoelhado, Semiajoelhado - Em pé - Andar DIAGNÓSTICO MÉDICO: Um conjunto de dados, formado a partir de sinais e sintomas, do histórico clínico, do exame físico e dos exames complementares (laboratoriais, etc), é analisado pelo profissional de saúde e sintetizado em uma ou mais doenças. A partir dessa síntese, é feito o planejamento para a eventual intervenção (o tratamento) e/ou uma previsão da evolução (prognóstico), baseados no quadro apresentado. DIAGNÓSTICO CINESIOLÓGICO FUNCIONAL , DIAGNÓSTICO DISFUNCIONAL ou DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO: O diagnóstico cinesiológico funcional possui como funções identificar, quantificar e qualificar as disfunções relacionadas à função e ao movimento de órgãos e sistemas, principalmente o sistema musculoesquelético, sistema nervoso e sistema cardiorrespiratório. Aula 6 - ENTIDADES DE CLASSE NA FISIOTERAPIA ( DEFIS - CREFITO-3) COFFITO: Concelho federal de fisioterapia, com objetivos constitucionais de normatizar e exercer o controle ético, científico e social das profissões de Fisioterapeuta e de Terapeuta Ocupacional CREFITO-3: Concelho regional de fisioterapia, fiscalização dos fisioterapeutas em São Paulo ações do DEFIS: Para verificar denúncias ou mesmo fazer fiscalizações aleatórias, o DEFIS sai em campo, por meio dos seus agentes fiscais, para executar os atos fiscalizatórios. Ao encontrar infrações de natureza ética, administrativa ou ético-administrativa, é feita a notificação de autuação de infração. Ao profissional fiscalizado será garantida a ampla defesa com todos os meios legais necessários antes de se infligir qualquer penalidade por parte do Crefito-3. SINFITO: Sindicato dos fisioterapeutas e teurapeutas ocupacionais em São Paulo O que é Sindicato? É a união de todos os trabalhadores da mesma categoria profissional, que juntos lutam por melhores salários, condições de vida e trabalho. Funções do Sindicato: Convenção Coletiva de Trabalho (DATA BASE MAIO), Homologação, Intermediação nas Questões Trabalhistas na DRT, etc. WCPT – Associação Mundial CLAFK – Associação America latina AFB – Associação Brasil ASSOCIAÇÕES DE ESPECIALIDADES ABFO - Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia ASSOBRAFIR - Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória ABRAFIT – Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho ABRADIMENE - Associação Brasileira de Fisioterapia em Neurologia ABRAFIDEF – Associação Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional SONAFE - Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva ABFA - Associação Brasileira de Fisioterapia Aquática HORÁRIOS FISIOTERAPÊUTICOS: Piso Salarial (SINFITO-SP) – 30 h/sem (regime CLT, carga horária de acordo com a Lei 8856/94). Referencial Nacional de Procedimentos Fisioterapêuticos (RNPF) CÓDIGO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA (moral) DA FISIOTERAPIA RESOLUÇÃO: Nº 424, DE 08 DE JULHO DE 2013 Artigo 1º- O Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia, trata dos deveres do fisioterapeuta, no que tange ao controle ético do exercício de sua profissão, sem prejuízo de todos os direitos e prerrogativas assegurados pelo ordenamento jurídico. LEI Nº 8.856, DE 1º DE MARÇO DE 1994 Art.1º - Os profissionais Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional ficarão sujeitos à prestação máxima de 30 horas semanais de trabalho. CAPÍTULO III – DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE/ PACIENTE/USUÁRIO Artigo 15 - É proibido ao fisioterapeuta: I - abandonar o cliente/paciente/usuário em meio a tratamento, sem a garantia de continuidade de assistência, salvo por motivo relevante; II - dar consulta ou prescrever tratamento fisioterapêutico de forma não presencial, salvo em casos regulamentados pelo Conselho Federal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional; III – divulgar e prometer terapia infalível, secreta ou descoberta cuja eficácia não seja comprovada; IV - prescrever tratamento fisioterapêutico sem realização de consulta, exceto em caso de indubitável urgência; V - inserir em anúncio ou divulgação profissional, bem como expor em seu local de atendimento/trabalho, nome, iniciais de nomes, endereço, fotografia, inclusive aquelas que comparam quadros anteriores e posteriores ao tratamento realizado, ou qualquer outra referência que possibilite a identificação de cliente/paciente/usuário, salvo para divulgação em comunicações e eventos de cunho acadêmico científico, com a autorização formal prévia do cliente/paciente/usuário ou do responsável legal. ESTÁGIO ACADÊMICO NÃO OBRIGATÓRIO EM FISIOTERAPIA Resolução COFFITO n° 432 de 27 de setembro de 2013 Art. 1º - O estágio curricular não obrigatório apenas poderá ser desenvolvido pelo acadêmico, que esteja regularmente matriculado em IES, cursando o estágio obrigatório do curso, no mínimo o penúltimo ano do curso, tendo concluído todos os conteúdos teóricos inerentes à área de estágio e respeitando a jornada de até 30 horas semanais Art. 2º - O estágio curricular não obrigatório deverá ter supervisão direta pelo fisioterapeuta da unidade concedente e acompanhado por fisioterapeuta docente da IES e ambos serão corresponsáveis pelo estágiojunto ao CREFITO Parâmetros Assistenciais Fisioterapêuticos nas diversas modalidades prestadas pelo fisioterapeuta RESOLUÇÃO N° 444, de 26 de abril de 2014 2 consultas. 12 pacientes Quantitativo de pacientes assistidos por turno de 6 horas Assistência prestada pelo Fisioterapeuta ao cliente/paciente individualmente
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