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r e v i s t a d a s E S T A T A I S 1 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 O Indicador de Governança SEST Resoluções CGPAR nº 22 e 23 Carta de Governança Corporativa O Comitê de Auditoria na Empresas Estatais Brasília/DF – Edição 4 – JUN/2018 2 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Ministério do Plane jaMento, desenvolviMento e Gestão Ministro de estado do Planejamento, desenvolvimento e Gestão Esteves Pedro Colnago Junior Secretário-Executivo Gleisson Cardoso Rubim Secretário-Executivo Adjunto Walter Baere de Araujo Filho Secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais Fernando Antônio Ribeiro Soares Chefia de Gabinete Cláudia de Araújo Guimarães Kattar Departamento de Orçamento de Estatais - DEORE Diretor - André Nunes Coordenador-Geral de Orçamento de Estatais Paulo Roberto Fattori Coordenador-Geral de Gestão da Informação de Estatais Gerson Batista Pereira Departamento de Governança e Avaliação de Estatais - DEGOV Diretor - Mauro Ribeiro Neto Coordenadora-Geral de Avaliação e Monitoramento de Esta- tais Elvira Mariane Schulz Coordenadora-Geral de Governança Corporativa de Estatais Maria da Gloria Felgueiras Nicolau Coordenador-Geral de Orientação a Conselheiros e Apoio a CGPAR André Gustavo Cesar Cavalcanti Departamento de Política de Pessoal e Previdência Complementar de Estatais - DEPEC Diretor - João Manoel da Cruz Simões Coordenador-Geral de Política de Pessoal de Estatais Christian Vieira Castro Coordenador-Geral de Previdência Complementar e Planos de Saúde de Estatais Alano Roberto Santiago Guedes Revista Estatais em Foco [recurso eletrônico] / Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. Vol. 4 ( jun. 2018)- . Brasília: MP, 2018- . Quadrimestral 1. Empresas Estatais I. Título CDU 658:115 Elaboração André Nunes Elvira Mariane Schulz Juliana Xavier Araújo Nicolas Eric Matoso Medeiros de Souza Paulo Roberto Fattori Paulino da Silva Marinho Vitor João Fachini Vashist Colaboração Alano Roberto Santiago Guedes André Gustavo César Cavalcanti Antonio Sávio Lins Mendes Daiane Leticia de Castro Siqueira Dayane Feitosa Ribeiro Felipe Augusto Soares Rolim Flavia Aparecida de Souza Agatti Gerson Batista Pereira Mariana Moya de Oliveira Noel Dorival Giacomitti Paulo Alves de Sá Júnior Paulo Roberto de Carvalho Ricardo Moura de Araújo Faria Thiago Longo Menezes Projeto Gráfico e Diagramação Jamil Miranda Ghani Igor Fatiga SEST C M Y CM MY CY CMY K MP_SEST_MARCA_.pdf 1 27/10/2016 17:11:59 Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais - Sest Esplanada dos Ministérios - Bloco K - 4º andar, sala 407, Brasília- DF — CEP: 70.040-906 E-mail: sest@planejamento.gov.br Normalização Bibliográfica: CODIN/CGPLA/DIPLA r e v i s t a d a s E S T A T A I S 3 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 A P R E S E N T A Ç Ã O s e c r e t á r i o F e r n a n d o a n t ô n i o r i b e i r o S o a r e s Fo to : G le ic e M er e A 4ª Revista das Estatais apresenta diversos temas sobre as empresas estatais federais brasileiras, e a 4ª edição traz, também, algumas novidades como a sessão Conheça as Empresas Estatais Federais, que nesta edição apresentamos a Conab e a Embrapa. A matéria sobre valor de mercado das empresas estatais federais, traz informações sobre as oito empresas estatais federais que possuem ações negociadas em Bolsa de Valores: Banco da Amazônia – BASA, Banco do Brasil – BB, BB Seguridade, Banco do Nordeste – BNB, Eletrobras, Eletrobras Participações – Eletropar, Petrobras e Telebras. Nos 12 meses de 2017, o valor de mercado das estatais federais passou de R$ 382,1 bilhões para R$ 396,3 bilhões, um crescimento de 3,7%, ou seja, de R$ 14,1 bilhões. Ademais, destacamos as duas novas Resoluções da Comissão Interminister ial de Governança Corporativa e Administração de Participações Societárias da União – CGPAR, que trazem diretrizes e parâmetros mínimos para as empresas estatais federais sobre a governança e o custeio dos benefícios de assistência à saúde. Em um conteúdo informativo, falamos sobre o Programa de Dispêndios Globais – PDG, que é em um conjunto sistematizado de informações econômico-financeiras das empresas estatais federais não dependentes do Tesouro Nacional. Esse documento apresenta as informações econômico- financeiras das empresas estatais e dá suporte à elaboração do Orçamento de Investimentos - OI, à política de aplicação das agências oficiais de crédito e à apuração do resultado primário das empresas estatais pelo conceito acima da linha, ou seja, é realizado com base na execução de receitas e despesas. Por fim, continuamos com o monitoramento da governança corporativa destas empresas, com o objetivo de aprimorar a orientação às estatais e ao seu próprio trabalho, divulgando o segundo ciclo de avaliação do Indicador de Governança – IG-SEST, onde as empresas estatais federais avaliadas apresentaram um aumento de 70% em sua performance de governança pois, graças ao empenho em promover melhorias e à adequação dos Estatutos Sociais, a média das notas subiu de 4,08 para 6,93. Boa leitura! Fernando antônio ribeiro soares Secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais 4 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 r e v i s t a d a s E S T A T A I S 5 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 S u m á r i o Carta Anual de Governança Corporativa Pág. 06 O Comitê de Auditoria nas empresas estatais federais Pág. 08 Indicador de Governança - SEST Pág. 12 Conselheiros concluem o Programa de Capacitação Pág. 13 5ª Rede Latino-Americana de Governança Corporativa de Empresas Estatais Pág. 14 Resoluções CGPAR nº 22 e 23 - Benefício de Assistência à Saúde das Empresas Estatais Federais Pág. 16 Valor de Mercado das Empresas Estatais Federais Pág. 21 O Programa de Dispêndios Globais – PDG Pág. 23 Conheça as empresas estatais federais CONAB Pág. 27 EMBRAPA Pág. 33 Artigo do CEO Pág. 38 Coluna do Conselheiro Pág. 40 UEE Delta 3 - Maranhão 6 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 C a r t a A n u a l d e G o v e r n a n ç a C o r p o r a t i v a A Lei de Responsabilidade das Estatais – Lei nº 13.303/2016, com o objetivo de manter elevados padrões de transparência nas empresas estatais federais, trouxe a exigência de que as empresas apresentem a Carta Anual de Políticas Públicas e Governança Corporativa. O documento deve consolidar as informações relacionadas à governança da empresa, com linguagem acessível para a sociedade e investidores, além de dados sobre as atividades desenvolvidas (dados operacionais), estrutura de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comentários dos administradores sobre o desempenho, políticas e práticas de governança corporativa e descrição da composição e da remuneração da administração.Com o intuito de auxiliar as empresas estatais federais na elaboração do respectivo instrumento a SEST, juntamente com representantes do Ministério da Fazenda (STN, PGFN e Secretaria-Executiva), da B3 (antiga Bovespa) e da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, desenvolveu um modelo de Carta Anual de Políticas Públicas e Governança Corporativa. Trata-se de uma sugestão dirigida aos membros do Conselho de Administração, cabendo às empresas estatais federais, dentro da sua autonomia, definir o conteúdo e a forma de sua carta anual. Q u a i s i t e n s d e v e m c o n s t a r n a C a r t a A n u a l ? > Identificação Geral: informações gerais da empresa, tais como: CNPJ, localidade da sede, tipo societário, setor de atuação, conselheiros subscritores da Carta (nome e CPF). > Interesse público: Explicitar qual é o interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional que motiva a execução do objeto social da empresa pelo Estado e, portanto, motiva a existência e continuidade da empresa como estatal federal. Sempre que possível, sugere-se resgatar a lei de criação e sua exposição de motivos. > Po l í t i ca s p ú b l i ca s : i n f o r m a r a s a t i v i d a d e s desenvolvidas pela estatal em atendimento a políticas públicas, indicando, ainda, como a atuação da empresa estatal está alinhada ao interesse público e ao objeto social da empresa. > Metas relativas ao desenvolvimento de atividades que atendam aos objetivos de políticas públicas: estabelecer os indicadores e metas a serem atingidos pela empresa relacionados ao atendimento de objetivos de polít icas públicas citadas no item “políticas públicas”. > Recursos para custeio das políticas públicas: relevar a origem dos recursos a serem empregados para execução de atividades alinhadas às políticas públicas. Se houver contrato com a União para pagamento pelo serviço prestado, deve-se indicar para acesso eletrônico ao documento. Caso contrário, é importante indicar expressamente se a operação é custeada integralmente pela geração de caixa operacional da empresa ou se há repasse de verba pública, assinalando, nesse caso, a fonte orçamentária a ser utilizada e a periodicidade usual do repasse. É necessário apontar também se há financiamento privado para a execução das políticas públicas, bem como o montante do financiamento, o prazo para pagamento e a instituição concedente. > I m p a c t o s e c o n ô m i c o - f i n a n c e i r o s d a operacionalização das políticas públicas: são os indicadores objetivos utilizados para a tomada de decisão de investimento que visem ao atendimento de objetivos de políticas públicas. Auxiliam na mensuração o custo incorrido nessa atuação específica, bem como seu nível de cobertura financeira pela União. Apresentar e analisar os impactos das políticas públicas nos dados econômico-financeiros da empresa. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 7 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 > Comentários dos administradores: comentar o desempenho da empresa em relação às políticas públicas, com destaque para métricas objetivas e mensuráveis sobre os benefícios efetivamente percebidos pela sociedade e a eficiência na gestão dos custos envolvidos. > Estruturas de controles internos e gerenciamento de riscos: indicar as estruturas e mecanismos de controle uti l izados para monitorar atividades que serão desenvolvidas pela estatal em atendimento às políticas públicas, no intuito de zelar pela transparência, completude e exatidão das informações apresentadas, com destaque para o canal de denúncias junto à empresa e aos órgãos de controle. > Fatores de Risco: informar os fatores de risco que podem eventualmente não permitir a atuação empresarial alinhada às políticas públicas previstas no planejamento anual. > Remuneração: Descrição da composição e da remuneração da Administração. Informar se a remuneração de administradores e empregados é afetada por indicadores de atuação da sociedade alinhados às políticas públicas e, em caso afirmativo, descrever tais indicadores e seus impactos na remuneração variável e total. > Outras informações relevantes sobre objetivos de políticas públicas: Apresentar outras informações sobre objetivos de políticas públicas considerados relevantes pelo Conselho de Administração e que eventualmente não foram incluídas nos itens anteriores, se houver. Todas as empresas devem publicar o documento. Porém, em relação às estatais federais de capital aberto algumas informações já se encontram detalhadas no Formulário de Referência, documento anual de divulgação pública que segue o modelo da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, nos termos da Instrução CVM n. 480, de 2009. Por esse motivo, essas companhias não necessitam divulgar na Carta Anual as informações requeridas pelo inciso III do art. 8º da Lei 13.303/16, mas devem informar em quais itens de seu Formulário de Referência os referidos dados podem ser consultadas. A atuação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado pela Constituição Federal e, permite que os cidadãos não só participem da formulação das políticas públicas mas, também, fiscalizem de forma permanente a aplicação dos recursos públicos. As ideias de participação e controle social estão intimamente relacionadas: uma vez que por meio da participação na gestão pública os cidadãos podem intervir na tomada da decisão administrativa, estimulando a adoção de medidas que realmente atendam ao interesse público e, ao mesmo tempo, podem exercer controle sobre as ações do Estado ao exigir que o gestor preste contas de sua atuação. Tudo isso é consequência da disseminação da cultura do livre acesso às informações públicas e reforça o processo de transparência e disponibilização dos dados governamentais e da necessidade de conscientização dos agentes públicos de que, toda informação pública é propriedade do cidadão, cabendo ao Estado disponibilizá-la. http://www.planejamento.gov.br/assuntos/empresas-estatais/publicacoes 8 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 8 r e v i s t a d a s E S T A T A I S O C o m i t ê d e A u d i t o r i a n a s e m p r e s a s e s t a t a i s f e d e r a i s H i s t ó r i c o Desde o final da década de 30 a New York Stock Exchange - NYSE e a Securities and Exchange Commission - SEC recomendam a instalação de Comitês de Auditoria - COAUD. Tal recomendação se deu em resposta ao escândalo McKesson e Robbins que envolve o uso de informações sobre depósitos forjados como garantia de empréstimos. Em 1978, a NYSE definiu como requisito para listagem em sua bolsa, a instalação, nas empresas, do comitê de auditoria formado por membros inteiramente independentes. A partir dos anos 2000, o órgão ganhou ainda mais relevância: a criação dos comitês de auditoria foi recomendada pelos principais códigos de governança corporativa do mundo, e muitos regulamentos passaram a exigir sua instalação. Em 2002, no auge dos escândalos de governança corporativa norte-americanos ocasionados por fraudes contábeis, foi sancionada nos Estados Unidos a Lei Sarbanes- Oxley (SOX). Ela foi a resposta legislativa para proteger os investidores do país e visou o restabelecimento da credibilidade das demonstrações financeiras e da confiabilidade das informações divulgadas pelas empresas. O papel dos Comitês viria a ser novamente reforçado nos Estados Unidos, com reflexos também mundiais, após a crise de 2008, que evidenciou a deficiência no controle de riscos de várias instituições financeiras. Novamente, a respostaveio na forma de legislação, com a promulgação de Lei Dodd-Frank, enfatizando a importância da conformidade, integridade e controle de riscos. No Brasil, a obrigatoriedade do COAUD apareceu em 2003, com a Resolução CMN nº 3.081/03 (atual 3.198/04) e, em 2016, com a promulgação da Lei de Responsabilidade das Estatais – Lei nº 13.303/2016. Assim, a exigência do Comitê de Auditoria estatutário passou a abranger parte das sociedades de economia mista e as empresas públicas. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 9 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 M a s o q u e é C O A U D ? É um órgão de assessoramento ao Conselho de Administração - CA, que atua no monitoramento da qualidade das demonstrações financeiras, da efetividade dos sistemas de controle interno, da conformidade, integridade e gerenciamento de riscos. Tem papel relevante de suporte operacional e fortalece a atuação do Conselho de Administração em sua missão de proteger a organização no melhor interesse de seus negócios. O COUAD deve monitorar a eficácia dos controles internos e das polít icas e procedimentos de proteção em relação a fraudes, conflitos de interesse e demais desvios de conduta que possam impactar a organização. A presença do COAUD na organização fortalece uma postura preventiva e ativa por parte do Conselho de Administração, além de incentivar um maior comprometimento da Diretoria com uma cultura ética e transparente. As principais competências do Comitê de Auditoria são: Supervisionar o processo de elaboração das demonstrações financeiras, monitorando a qualidade e integridade destas; Monitorar a qualidade e integridade dos processos de gerenciamento de riscos e dos controles internos; Promover uma postura de conformidade, integridade e ética, relacionada à identidade da organização; Supervisionar o funcionamento do código de conduta, da ouvidoria e do canal de denúncias; Avaliar a correção ou o aprimoramento das políticas internas da organização, incluindo a política de transação com partes relacionadas; Supervisionar e acompanhar os trabalhos da auditoria interna; Avaliar os parâmetros e resultados atuariais do fundo de pensão; Receber denúncias internas e externas sobre seu escopo de atuação; Opinar sobre a contratação e destituição de auditoria independente. R e q u i s i t o s e V e d a ç õ e s p a r a o s m e m b r o s d o C O A U D São condições mínimas para integrar o Comitê de Auditoria: 1 0 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Além disso, o Decreto nº 8.945/2016, que regulamenta a Lei das Estatais, trouxe a exigência de que todos os membros tenham experiência profissional ou formação acadêmica compatível com o cargo, preferencialmente na área de contabilidade, auditoria ou no setor de atuação da empresa, devendo, no mínimo, um dos membros obrigatoriamente ter experiência profissional reconhecida em assuntos de contabilidade societária. R e g r a s d e F u n c i o n a m e n t o d o C O A U D Com o auxíl io da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST, o Conselho de Defesa dos Capitais do Estado – CODEC, órgão colegiado da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, está trabalhando na atualização do Código de Conduta e Integridade, para as empresas estatais. Esta contribuição possui o objetivo de auxiliar a CODEC na adequação das empresas estatais controladas direta ou indiretamente pelo Estado de São Paulo à Lei nº 13.303, de 30 junho de 2016, regulamentada no estado pelo Decreto estadual nº 62.349, de 26 de dezembro de 2016, fortalecendo a integridade e a estrutura de governança corporativa destas instituições. Quantidade de membros: 03 a 05, eleitos e destituídos “ad nutum” pelo Conselho de Administração, não admitindo suplentes; Mandato: de 02 ou 03 anos, não coincidente para cada membro; Recondução: uma única recondução é admitida, com interstício de um mandato; Reuniões: no mínimo 04, para instituições financeiras ou empresas de capital aberto e no mínimo 02 para as demais empresas; Remuneração: fixada em Assembleia, com possibilidade de comitê único em subsidiárias; Vacância: o Conselho de Administração elegerá o substituto para completar o mandato do membro anterior. I m p l e m e n t a ç ã o d o C O A U D n a s E m p r e s a s E s t a t a i s Passo a passo da implementação do COAUD: Alteração do Estatuto Social, prevendo a quantidade de membros, regras de funcionamento e competências do comitê Fixação da remuneração dos membros do COAUD em Assembleia Geral (montante não inferior a remuneração do Conselho Fiscal) Recrutamento de candidatos: recomenda-se manter um banco de currículos com pessoal capacitado e apto a exercer o cargo Elaboração do Regimento Interno, prevendo requisitos e vedações para os membros, responsabilidades, frequência das reuniões, orçamento e diretrizes gerais. Se a empresa possui membro independente no Conselho de Administração, replicar esse membro no COAUD, de forma a atender a lei e gerar economicidade à empresa! r e v i s t a d a s E S T A T A I S 1 1 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 No intuito de compatibilizar as empresas estatais federais às exigências trazidas pela Lei 13.303/16 e Decreto 8.945/16, a SEST disponibilizou calendário com os prazos para adequação dos Estatutos Sociais e modelos de documentos para auxiliar as empresas do processo de implementação dos itens exigidos pela legislação, disponíveis no sítio eletrônico do Ministério do Planejamento. Nos modelos de Estatuto Padrão, um para as empresas de pequeno porte e outro para as de grande porte, constam a previsão do implementação do COAUD, para o qual foi disponibilizado um modelo de Regimento Interno de Comitê de Auditoria, que deve prever a quantidade exata de membros, requisitos e vedações, regras de funcionamento e competências. O modelo de Regimento Interno do COAUD, de Carta Anual de Governança Corporativa e outros documentos disponibilizados pela SEST podem ser encontrados no sítio eletrônico do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/empresas-estatais/publicacoes 1 2 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 I n d i c a d o r d e G o v e r n a n ç a - S E S T O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, por meio da SEST, apresentou, no último dia 11 de maio, o resultado da segunda certificação do Indicador de Governança – IG-SEST. O instrumento inovador busca conformidade com as melhores práticas de mercado e maior nível de excelência para as empresas estatais federais de controle direto da União (dependentes e não dependentes). As empresas que tiveram os melhores resultados receberam o certificado de Nível 1 das mãos do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, que presidiu a solenidade realizada em Brasília. “Este é um índice de grande relevância, porque as empresas estatais são muito importantes para a economia do Brasil”, definiu o ministro. “Estamos falando de empresas que empregam 506 mil pessoas e que tiveram uma execução do Programa de Dispêndio Global da ordem de R$ 1,2 trilhão, um volume expressivo”. O IG-Sest das 46 empresas estatais submetidas ao índice neste segundo ciclo tiveram variaçãopositiva de 70% na média geral das pontuações em relação ao primeiro ciclo. A média das notas subiu de 4,08 para 6,93, superando a meta estabelecida, de aumentar 1 ponto no período. A melhora se deve, em grande parte, ao empenho das empresas em promover melhorias e a adequação dos seus Estatutos Sociais. Além disso, o aumento foi impulsionado pelo resultado do Indicador de Governança de quatro empresas: Casemg, Codeba, ECT e Infraero, que contaram com uma elevação de mais de 4 pontos em suas respectivas notas. Também se destacaram CBTU, Ceitec, Conab, CPRM, EPE e HCPA. Os acréscimos nas notas decorreram, ainda, da implementação da área de Gestão de Riscos; da execução de práticas sistemáticas de Controle Interno; e da realização de treinamentos sobre Código de Conduta e Integridade. Todas as empresas estatais federais avaliadas passaram a elaborar o Plano Anual de Auditoria Interna (Paint) e o Relatório Anual de Atividades da Auditoria Interna (Raint); disponibilizaram canal de denúncias internas e externas; e vincularam a Auditoria Interna ao Conselho de Administração – exigências da Lei de Responsabilidade das Estatais (Lei nº 13.303/2016). N o v i d a d e s p a r a o 3 º C i c l o Para próximo ciclo de avaliação do IG-SEST, o Ministério planeja uma evolução do IG-Sest, que deixará de ser um indicador focado em conformidade e passará a ter um viés de efetividade. Além disso, será permitida a adesão voluntária de empresas sob o controle indireto da União. Mais informações sobre os ciclos do IG-SEST e as médias de cada empresa estão disponíveis no site http:// www.planejamento.gov.br/igsest r e v i s t a d a s E S T A T A I S 1 3 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 C o n s e l h e i r o s c o n c l u e m o P r o g r a m a d e C a p a c i t a ç ã o O Programa SEST de Capacitação para Conselheiros de Administração da União, realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral – FDC, em atendimento à legislação vigente e com o objetivo de instruir e especializar os Conselheiros das estatais federais, foi finalizado em julho deste ano, com a entrega dos trabalhos finais pelos participantes. Em uma v isão global , o curso explora os conhecimentos administrativos, econômicos e jurídicos para conferir maior qualidade ao processo decisório. Além disso, amplia o conhecimento do conselheiro acerca do contexto estrutural e funcional da administração pública federal e relacionamento com a administração empresarial, estimulando a reflexão sobre a inserção e o papel das empresas estatais e do próprio conselheiro neste cenário. Ao todo, foram ministrados 5 módulos que abordaram os seguintes temas: (i) Governança Corporativa nas Empresas Estatais Federais, (ii) Legislação e responsabilidade dos Administradores, (iii) Papel Estratégico do Conselho de Administração, (iv) Supervisão do Conselho de Administração, e (v) Reestruturações Empresariais. Para conclusão do curso, os par t ic ipantes tiveram que realizar um trabalho que consistia na identificação de uma situação e a proposição de encaminhamentos e soluções para a situação, visando a melhoria da gestão e/ou governança dessa organização, ou mesmo de Política Pública. 1 4 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 SEST C M Y CM MY CY CMY K MP_SEST_MARCA_.pdf 1 27/10/2016 17:11:59 5 ª R e d e L at i n o - A m e r i c a n a d e G o v e r n a n ç a C o r p o r at i va d e E m p r e s a s E s tata i s Nesta edição da Revista das Estatais, destacamos a participação da SEST na quinta reunião da Rede Latino-americana de Governança Corporativa de Empresas Estatais (Latin American Network on Corporate Governance of State-Owned Enterprises), organizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico – OCDE e pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina – CAF, com o apoio do governo espanhol e do Banco Mundial. Os principais temas abordados foram transparência, o desempenho do Conselho de Administração e a integridade das Empresas Estatais. O evento busca auxiliar no aprimoramento da governança das estatais na América Latina por meio do intercâmbio de práticas e conhecimentos de diversos governos e instituições, tendo como base as diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico – OCDE. A melhoria da governança corporativa é prioridade na reforma das Empresas Estatais e a base para o desenvolvimento sustentável. Os representantes dos governos expuseram seus arcabouços legais, suas práticas de governança corporativa e, também, comentaram sobre os principais desafios enfrentados para o fortalecimento do desempenho e da prestação de contas (Accountability) das estatais. Na ocasião, a SEST apresentou panorama das estatais brasileiras em termos de quantidade de empresas, volume de ativos, resultados econômico- financeiros, quantitativo de empregados, entre outros dados. Também foram abordados os avanços da governança corporativa e legislação pertinente, especialmente os pilares da Lei 13.303/2016 e seus principais aspectos. Além disso, foi apresentado o Indicador de Governança IG-SEST, instrumento de acompanhamento contínuo que avalia o cumprimento dos requisitos legais e diretrizes estabelecidas pela Lei 13.303/2016, pelo Decreto 8.945/2016, pelas Resoluções da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União – CGPAR, e por organismos internacionais como a própria OCDE, que buscam implementar as melhores práticas de mercado e maior nível de excelência em governança corporativa. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 1 5 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 SEST C M Y CM MY CY CMY K MP_SEST_MARCA_.pdf 1 27/10/2016 17:11:59 r e v i s t a d a s E S T A T A I S 1 5 1 6 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 B e n e f í c i o d e A s s i s t ê n c i a à S a ú d e n a s e m p r e s a s e s t a t a i s f e d e r a i s : a s R e s o l u ç õ e s C G P A R n ° 2 2 / 2 0 1 8 e 2 3 / 2 0 1 8 e o s d e s a f i o s d a g o v e r n a n ç a e d a s u s t e n t a b i l i d a d e . Com a publicação do Decreto no 8.818, de 21 de julho de 2016, coube à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais - SEST a atribuição de manifestar-se acerca do custeio do Benefício de Assistência à Saúde (BAS) patrocinado por empresa estatal federal. A oferta do BAS é um importante mecanismo da política de gestão de recursos humanos das empresas estatais, afetando positivamente a produtividade e o nível de motivação dos empregados e contribuindo para a retenção de talentos nas empresas. As principais modalidades adotadas para oferta do BAS são: 1. Reembolso parcial dos valores pagos em plano de saúde contratado diretamente pelo empregado; 2. Contratação, pela empresa, de plano de saúde no mercado; 3. Autogestão, que pode ser em duas modalidades distintas: autogestão por RH, quando o plano é gerido diretamente pela empresa (em geral pelas áreas de Recursos Humanos – RH) e autogestão por operadora, quando a empresa estatal é patrocinadora e/ou mantenedora de uma operadora de plano de saúde. No cumprimento de sua competência institucional, a Secretaria realizou um diagnósticosituacional acerca da oferta do BAS, dos mecanismos de governança adotados pelas empresas e dos fatores intervenientes na sustentabilidade de sua oferta. No início de 2017, foi realizada uma pesquisa com amostra significativa de empresas estatais federais que ofertam BAS aos seus empregados, tendo como objeto de análise o custeio e a governança do benefício nos exercícios de 2014, 2015 e 2016. As principais conclusões, corroboradas pelos gráficos abaixo, são: (i) a modalidade autogestão é a mais utilizada pelas empresas (Gráfico 1), ii) mais de 80% dos empregados vinculados às empresas pesquisadas são potenciais beneficiários de BAS na modalidade autogestão (Gráfico 2) e (iii) a participação das empresas no custeio do BAS, em média, equivale a mais de três vezes a participação dos empregados no grupo pesquisado (Gráfico 3). Gráfico 1: Benefício de Assistência à Saúde nas Empresas Estatais Federais - Distribuição por Modalidade. Fonte: Pesquisa SEST/Ofício Circular n° 837/2016-MP. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 1 7 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Gráfico 2: Distribuição dos empregados em função da modalidade de oferta do BAS. Fonte: SIEST e Empresas Estatais. Gráfico 3: Média da participação no custeio do BAS no período de 2014 a 2016. Fonte: Pesquisa SEST/ Ofício Circular n° 837/2016-MP. 1 8 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Para que o BAS se torne um efetivo mecanismo de gestão, há que se considerar um aspecto fundamental: a participação da empresa estatal no custeio desse benefício deve estar atrelada à sua sustentabilidade ao longo do tempo e ser compatível com suas capacidades financeiras e administrativas presentes e futuras. Segundo dados obtidos na Lei Orçamentária de 2016 – Lei n° 13.255, de 14 de Janeiro de 2016 – e no Programa de Dispêndios Globais do mesmo ano, nas empresas estatais federais, em 2016, mais de 9,5 bilhões de reais foram desembolsados com o custeio desse benefício. Trata-se de uma despesa de grande impacto orçamentário, cujas execução e obtenção de resultados devem ser monitoradas de forma sistemática. Os percentuais médios de par t ic ipação das empresas estatais no custeio do BAS apontam uma desconformidade com o principal normativo vigente que, até então, tratava do tema de forma específica: A Resolução CCE n° 09/1996, do extinto Conselho de Coordenação e Controle das Empresas Estatais. Esta Resolução dispõe que a participação da empresa no custeio do BAS não pode superar a dos empregados. O sistemático descumprimento dessa diretr iz contr ibuiu sobremaneira para ampliação da participação das empresas no custeio do BAS, aumentando a vulnerabilidade da situação financeira e dificultando o cumprimento de acordos em um cenário de crescimento disseminado de custos e limitação das capacidades financeiras. O incremento de custos ora mencionado pressionou as empresas a elevarem sua participação ao longo do tempo, sendo que em diversas empresas tal acréscimo vem ocorrendo em percentuais superiores à variação anual do IPCA médio. O crescimento e custos do BAS está relacionado a quatro fatores principais: 1. A inflação médica, que tem superado o IPCA médio nos últimos anos; 2. A associação da rápida transição demográfica brasileira com a transição epidemiológica, ou seja, o aumento da expectativa de vida da população e as profundas alterações no perfil de morbidade e mortalidade da sociedade brasileira ampliam as demandas dos planos de saúde, aumentando seus índices de sinistralidade e afetando sua sustentabilidade financeira. 3. O incipiente nível de governança interna das empresas em relação ao modelo de negociação e custeio do BAS; e 4. O descompasso entre os preços dos serviços e a produtividade do setor de saúde suplementar, caracterizado pela existência de diversas falhas de mercado e amplas cadeias produtivas. Em conjunto, esses fatores levam ao aumento da idade média e do índice de envelhecimento das carteiras dos planos de saúde e consequente aumento das taxas de sinistralidade, ou seja, cada vez mais as receitas são destinadas ao pagamento de despesas assistenciais, comprometendo a sustentabilidade econômico- financeira das operadoras e requerendo maiores compromissos das empresas patrocinadoras. Outro fator que afeta os resultados patrimoniais das empresas é a oferta de benefício no pós-emprego. O Pronunciamento Técnico CPC n° 33, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, determina que as entidades empregadoras contabilizem em seus balanços todos os benefícios concedidos a empregados, inclusive os benefícios pós-emprego. Dados dos balanços das empresas permitem afirmar que os valores provisionados têm aumentado constantemente, comprometendo o resultado das empresas e sua sustentabilidade futura. Este não é um cenário desconhecido no mundo empresarial, os elevados legacy costs (custos de legado com benefícios de assistência à saúde e pensões de empregados) contribuíram para a fragilização financeira e falência de grandes companhias. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 1 9 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 A partir dos dados citados, foi definido o seguinte cenário: (i) Aumento de custos para financiamento de planos de saúde; (ii) O modelo de negociação vigente permite o acentuado aumento da participação da empresa, em desconformidade com as disposições normativas em vigor; (iii) Incipiente exposição dos resultados da gestão do BAS nos canais de governança e controle da empresa. Assim, a SEST propôs à Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União - CGPAR a edição de dois atos normativos: um para estabelecer parâmetros mínimos de governança para as autogestões e outro para tratar de limites de custeio do BAS. O b j e t i v o s e p r o p o s i ç õ e s c o n j u n t a s d a s R e s o l u ç õ e s C G P A R n ° 2 2 e n º 2 3 As novas diretrizes e parâmetros de custeio do BAS propostos não têm como foco exclusivo a redução do custo fiscal. Busca-se reorientar o modelo de gestão e a base de custeio dos BAS, assegurando a redução dos custos e permitindo que a gestão da empresa adote as medidas viáveis para sua implementação. O texto das Resoluções resguarda o direito adquirido dos empregados, sem prejuízo da aplicação futura em Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) e regulamentos internos das empresas. R e s o l u ç ã o C G P A R n ° 2 2 A partir do diagnóstico principal de que os atuais mecanismos de governança são incipientes, contr ibuindo para a ba ixa capac idade de acompanhamento da sustentabilidade do custeio e dos resultados alcançados, a Resolução CGPAR nº 22 apresenta diretrizes e parâmetros de governança do BAS: > Avaliação anual, pela Alta administração da Empresa, de informações acerca do custeio, do custo, da modalidade, dos riscos envolvidos, do cumprimento das medidas regulatórias e da qualidade do BAS; > Os resultados da avaliação devem ser apresentados aos Conselhos Fiscal e de Administração, bem como ao Comitê Estatutário de Auditoria, para avaliação tempestiva e analít ica da sustentabil idade, da qualidade, da correlação com a capacidade fiscal da empresa e do nível de exposição a riscos; > Os indicados pelas empresas para os cargos de representantes na Diretoria Executiva e nos Conselhos e/ou Colegiados das operadoras de planos de saúde devem cumprir requisitos de qualificação quando da nomeação/recondução;> Plano de Metas específicos para autogestões; e > As avaliações e plano de metas mencionados anteriormente devem subsidiar a tomada de decisão no âmbito da empresa nas negociações estabelecidas com os representantes dos empregados. 2 0 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 R e s o l u ç ã o C G P A R n ° 2 3 : p r i n c i p a i s d i s p o s i t i v o s Por sua vez, a Resolução CGPAR n° 23 parte do pressuposto de que é preciso conjugar a participação das empresas estatais federais no custeio do BAS com as suas possibilidades financeiras e administrativas e com os resultados da oferta do benefício: > Limite de valor para custeio calculado em função da folha de pagamento/proventos dos empregados/ aposentados; > Regras para oferta de BAS na modalidade autogestão: obrigatoriedade de cobrança de mensalidades por beneficiário, limitação do rol de dependentes elegíveis, fixação de prazos de carência e adoção de mecanismos financeiros de regulação; > Estabelecimento de número mínimo de beneficiários para patrocínio a operadora de autogestão; > Vedação à instituição de benefício na modalidade de autogestão por RH. > Vedação à assunção e preservação, por parte da empresa estatal federal, da condição de mantenedora de operadora de autogestão; > Restrição da oferta de BAS ao período de vigência do contrato de trabalho. > Regras para oferta de benefício nas modalidades plano de saúde contratado no mercado e reembolso; > Vedação de detalhamento do BAS nos Acordos Coletivos de Trabalho; e > Estabelecimento de prazo de adequação de 48 meses para empresas que ofertem benefícios em desacordo com o conteúdo da Resolução. Em conjunto, as resoluções CGPAR n° 22 e nº 23 estabelecem um paradigma para gestão das empresas estatais federais quanto ao BAS, colocando o tema de forma destacada nas discussões corporativas e atrelando a oferta do Benefício às capacidades financeira e administrativa das empresas. Com isso, busca contribuir para a perenidade das empresas estatais federais e para efetiva entrega de seus produtos e serviços à sociedade brasileira. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 2 1 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 V a l o r d e M e r c a d o d a s E m p r e s a s E s t a t a i s F e d e r a i s B O L S A D E V A L O R E S – B 3 Oito empresas estatais federais possuem ações negociadas em Bolsa de Valores: Banco da Amazônia – BASA, Banco do Brasil – BB, BB Seguridade, Banco do Nordeste – BNB, Eletrobras, Eletrobras Participações – Eletropar, Petrobras e Telebras. Quatro delas compõem o índice Ibovespa. Nos 12 meses de 2017, o valor de mercado das estatais federais passou de R$ 382,1 bilhões para R$ 396,3 bilhões, crescimento de 3,7% ou seja, de R$ 14,1 bilhões. A evolução favorável, embora em níveis bem menores que em 2016 (86,2%) e que o Ibovespa (25,1%, em 2017), seguiu em linha com a recuperação econômica do país. As estatais que apresentaram maior percentual de crescimento em relação ao valor de mercado foram Banco do Nordeste e Telebras, acima do Ibovespa. valor de Mercado em r$ milhões 2016-12-31* 2017-12-31* r$ % IBOVESPA 1.905.760,75 2.383.343,75 477.583,0 25,1% Banco da Amazônia 833,1 741,1 -91,9 -11,0% Banco do Brasil 80.489,6 91.177,6 10.688,0 13,3% BB Seguridade 56.600,0 56.980,0 380,0 0,7% Banco do Nordeste 2.197,3 3.195,7 998,5 45,4% Eletrobras 31.671,4 27.052,1 -4.619,3 -14,6% Eletrobras Participações 640,0 623,0 -17,1 -2,7% Petrobras 209.377,6 216.044,8 6.667,2 3,2% Telebras 310,3 448,9 138,6 44,7% total 382.119,2 396.263,2 14.144,0 3,7% F A T O S R E L E V A N T E S E M 2 0 1 7 Petrobras A empresa reduziu seu endividamento. A nova política de preços dos combustíveis negociados pela empresa diminuiu o risco do negócio e favoreceu as receitas da empresa. Novas medidas internas de governança, bem como seu plano de venda de ativos (desinvestimento) trouxeram impacto positivo no valor de mercado. O cenário externo foi favorável para as petroleiras, com a elevação dos preços do petróleo, e, consequentemente, elevação das receitas da empresa. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) proferiu decisão favorável à companhia em processo administrativo fiscal no valor de R$ 7,8 bilhões. O Conselho de Administração aprovou pedido de adesão da companhia ao segmento especial de listagem Nível 2 de Governança Corporativa da Bolsa. Em relação aos os leilões de áreas do pré-sal, a Petrobras e a Shell foram as petroleiras que mais arremataram (3 blocos, no regime de Partilha da Produção), além de vencerem, em parceria, a disputa pelo campo no entorno de Sapinhoá, na Bacia de Santos. 2 2 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Banco do Brasil Lucro líquido ajustado foi de R$ R$ 11,1 bilhões em 2017, aumento de 54,2% em relação ao ano anterior. Telebras Impacto positivo em seu balanço do aumento de capital social proveniente de aportes da União de 2012 a 2015, que passou de R$ 263,1 milhões para R$ 1,59 bilhão. Com isso, seu PL saiu de aproximadamente R$ -584 milhões em jun/2017 para R$ 691 milhões em set/2017. Também foi aprovada a reforma estatutária em linha com as diretrizes estabelecidas na Lei nº 13.303, a fim de uma melhor governança. O lançamento bem-sucedido do SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) em maio/2017 também sinalizou futuros efeitos financeiros positivos à empresa. Eletrobras Impacto positivo do anúncio, em agosto de 2017, da privatização da empresa. Aumento na conta de luz em outubro (bandeira tarifária de amarela para o patamar 2 da vermelha - primeira vez que tal nível foi acionado, devido aos baixos níveis dos reservatórios do país). A Empresa também recebeu estudos feitos pelo BNDES sobre o modelo de privatização de suas distribuidoras. O MME divulgou que a Empresa só deve ir para o Novo Mercado depois de 2018, de forma a não prejudicar o cronograma da privatização (conclusão prevista para o primeiro semestre de 2018). O Governo anunciou que vai l imitar a 10% a participação do investidor privado no controle da Eletrobras e, ainda, previu uma arrecadação de R$ 7,7 bilhões em 2018 com seu processo de privatização. O resultado do 3T2017 (R$ 550 milhões) foi 37% abaixo em relação ao mesmo período do ano anterior, motivado pela menor remuneração relativa aos créditos da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE) referente às linhas de transmissão renovadas (R$ 904 milhões ante R$ 1.499 milhões). BB Seguridade Aprovação, em assembleia geral, da adesão da BB Seguridade ao Programa Destaque de Governança de Estatais da BM&F Bovespa. Divulgadas suas DF do 3T2017, com crescimento de 20,7% de seu lucro líquido em relação ao mesmo período de 2016, alcançando R$ 1,2 bilhão (aumento das receitas de investimentos em participações societárias). Banco do Nordeste Foi divulgado o crescimento em 14,7% das aplicações de crédito com micro e pequenas empresas (MPE), de janeiro a setembro, em comparação ao mesmo período de 2016, com volume de financiamentos superior a R$ 1,6 bilhão; r e v i s t a d a s E S T A T A I S 2 3 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 O P r o g r a m a d e D i s p ê n d i o s G l o b a i s ( P D G ) C o n c e i t o O Programa de Dispêndio Global– PDG1 consiste em um conjunto sistematizado de informações econômico- financeiras das empresas estatais federais não dependentes2 do Tesouro Nacional, em que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto , previsto no art. 107 da Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964, e aprovado por decreto presidencial anualmente. Esse documento dá suporte à elaboração do Orçamento de Investimentos - OI, à política de aplicação das agências oficiais de crédito e à apuração do resultado primário das empresas estatais, com base nas receitas obtidas e na execução das despesas, entre outras informações relevantes e de interesse gerencial do Governo Federal e de transparência para a sociedade3. H i s t ó r i a A necessidade de maior controle das empresas estatais foi diagnosticada na década de “70” do século passado quando o país vivenciava o segundo choque do petróleo e havia a necessidade de ajustar a demanda agregada interna às novas condições macroeconômicas mundiais provocadas pelo aumento da taxa de juros internacionais e consequente redução da demanda internacional. Internamente, o país passava por aumento do endividamento públ ico, pr incipalmente das empresas estatais, inflação crescente, desequilíbrio no balanço de pagamentos e crescimento econômico baixo. Nesse cenário, uma das medidas adotadas pelo Governo Federal, foi a criação da Secretaria de Controle das Empresas Estatais - SEST, em 1979, pelo Ministro Delfin Neto. Esse órgão recebeu poderes para controlar as empresas estatais em diversas dimensões, como a criação e expansão do setor empresarial estatal na forma direta e indireta; aumento de capital; limites de captação de recursos por meio de operação de crédito; limites para importação; controle de aquisição de combustíveis; obrigatoriedade de recolhimento de dividendos para União; l imite de remuneração de dirigentes; controle de concessão de planos assistenciais e benefícios a empregados. Essa Secretaria possuía papel efetivo de controle das empresas estatais de modo que ajustassem suas ações para contribuir para o equil íbrio macroeconômico nacional. 1 A título de exemplo, o volume financeiro previsto nesse instrumento para 2017 é de R$ 1,3 trilhões. 2 Empresa não dependente é aquela empresa controlada que não recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, sendo permitido, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. 3 Os principais instrumentos de planejamento da ação governamental estão previstos na Constituição Federal são Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e as Leis de Orçamentos Anuais – LOA. 2 4 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 A atuação da SEST foi iniciada com levantamento do número de empresas estatais e a criação do orçamento das empresas estatais denominado de “Dispêndio Global”. Esse documento foi elaborado pela primeira vez em 1979 com as projeções para o ano de 1980, consolidando mais de 300 empresas, com a finalidade de controlar diversos aspectos de suas atividades que impactavam a demanda agregada, e geravam aumento da pressão sobre a balança comercial e sobre a inflação. A história dessa peça orçamentária das empresas estatais não dependentes se confunde com a posição dominante da sociedade refletida no posicionamento do governo em relação à necessidade de intervenção estatal na economia. Assim, o número de empresas estatais foi sendo reduzido no final do século passado, principalmente com as grandes privatizações de empresas como a Cia Siderúrgica Nacional – CSN, Embraer, Cia Vale do Rio Doce - CVRD, Telecomunicações Brasileiras S.A. – Telebras, Rede Ferroviária Federal S.A, entre outras. A redução do tamanho do setor estatal levou à redução do status de Secretaria da SEST para Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – DEST em 1999. Essa transformação institucional também se seguiu com a mudança das competências do Departamento, quando comparado à atual configuração da Secretaria, que passou a centrar sua atuação na coordenação e governança das empresas e não mais no controle. O monitoramento concentrou- se na viabilização do cumprimento das metas fiscais pelas empresas estatais não financeiras, que teve importância ampliada com a publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal, no controle das despesas com pessoal e benefícios, nos honorários dos administradores e no equilíbrio financeiro dos fundos de pensão patrocinados pelas empresas estatais. Dessa forma, o PDG passou a constituir a peça orçamentária completa das empresas, permit indo a elaboração do Orçamento de Investimentos previsto no Art. 165 da Constituição Federal e a implementação da política de aplicação das agências oficias de fomento. O plano de contas da então peça orçamentária “Dispêndios Globais” tinha o objetivo de padronizar a base de captação de informações econômico- financeiras de todas as empresas estatais na fase de programação e execução orçamentária, bem como manter a correlação de tais informações entre os orçamentos públicos e as normas contábeis normatizadas pela Lei 6404/1964. A evolução desse plano nesse período buscava adequar o referido documento às alterações nas regras contábeis e às novas necessidades do governo, como apuração da Necessidade de Financiamento Liquido – NEFIL e demandas dos órgãos de controle. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 2 5 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 r e v i s t a d a s E S T A T A I S 2 5 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 O P D G h o j e Atualmente, a peça orçamentária das empresas estatais é denominada “Programa de Dispêndios Globais – PDG”, cuja finalidade é avaliar o volume de recursos e de dispêndios anuais das empresas estatais não dependentes de modo a permitir a verificação da sua compatibilidade com as metas de política econômica governamental, bem como verificar a sua consonância com os objetivos e diretrizes de médio e longo prazo, respectivamente, além da aderência ao Plano Plurianual vigente e da promoção da equidade, da eficiência e da efetividade por meio das atividades das empresas estatais. A elaboração do PDG segue o calendário do Orçamento da União tendo em vista que o gasto de tais empresas estatais com ativo imobilizado corresponde ao Orçamento de Investimento, previsto no Inciso II do parágrafo 5º do Art. 165 da Constituição Federal. A proposta de PDG é elaborada até agosto do ano anterior ao ano de referência e é encaminhada para o Ministério supervisor para as devidas adequações e posterior encaminhamento à SEST para consolidação e encaminhamento para publicação por meio de Decreto Presidencial, segundo as premissas elaboradas pelo governo federal, como meta fiscal, parâmetros macroeconômicos, entre outros. Integra o PDG, um relatório resumido, denominado “Usos” e “Fontes”, que compõe a Mensagem Presidencial que encaminha o Projeto de Lei Orçamentária Anual com a informação da origem das fontes de recursos que financiarão os investimentos propostos pelas empresas estatais e também permite demonstrar a compatibilidade das receitas e despesas dessas empresas com a meta de resultado primário. Ademais, o monitoramento do resultado primário das empresas estatais federais não dependentes, conforme previsto no art. 9 da Lei Complementar nº 101,de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal- LRF, pelo conceito “acima da linha”, é realizado com base nas receitas obtidas e na execução das despesas informadas no PDG. O PDG atualmente possui dois grupos de planos de contas: de empresas financeiras e de não financeiras. As programações orçamentárias das empresas são elaboradas no conceito competência e de caixa (esse último somente para as empresas não financeiras), e mantêm compatibilidade com os lançamentos contábeis das respectivas empresas, apurados de acordo com a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 -Lei das Sociedades Anônimas. A programação e execução do PDG discrimina as origens de recursos segundo a sua natureza4, conforme discriminado a seguir: 4 A estruturação do Programa é dividida em sete “blocos orçamentários” principais e quadros auxiliares. Os primeiros são: 1) Discriminação das Origens de Recursos (DICOR); 2) Discriminação das Aplicações de Recursos (DICAR); 3) Demonstração do Fluxo de Caixa (DFLUX); 4) Fechamento do Fluxo de Caixa (FEFCx); 5) Transferências entre empresas do mesmo grupo; 6) Recursos de empréstimos/ financiamentos de longo prazo – Formulário 07; 7) Amortizações e encargos financeiros decorrentes de empréstimos – Formulário 08. Além dos quadros auxiliares contendo informações sobre as operações de crédito programadas para o período e os respectivos desembolsos, a metodologia para apuração do desempenho das empresas estatais - “Necessidade de Financiamento Líquido” - segundo o conceito acima da linha. 2 6 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 - Receitas Operacionais e Não Operacionais com impacto em contas de resultado; e - Outros Recursos (aumento do Patrimônio Líquido, Retorno de Aplicações Financeiras de Longo Prazo, Recursos de Empréstimos e Financiamentos - Longo Prazo, Debêntures, Depósitos a Vista – Bancos e outros) com impacto nas contas patrimoniais como Aporte de Capital, financiamentos. Em relação às aplicações, a discriminação segundo a natureza dos gastos encontra-se a seguir: - Dispêndios Correntes - Pessoal e Encargos Sociais, Materiais e produtos, Serviços de Terceiros, Tributos e Encargos Parafiscais, Encargos Financeiros e outros. - Dispêndios de Capital - Amortizações de Operações de Crédito de Longo Prazo, Investimentos no Ativo Imobilizado, Inversões Financeiras, Outros Dispêndios de Capital, Dividendos e Aplicações em Operações de Crédito e outros. Em 2016, o Governo Federal adotou duas medidas para melhorar a gestão das empresas estatais: a transformação do DEST em SEST, agora com a denominação de Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, e a aprovação e publicação da Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016, com a finalidade de melhorar a gestão das empresas estatais por meio da inclusão de novas regras de governança para escolha de seu corpo dirigente com foco na melhoria dos resultados econômicos, financeiros e sociais das empresas. N e s t e n o v o contexto inst i tucional , está sendo elaborada uma reestruturação do Programa de Dispêndios Globais – PDG com a finalidade de uniformizar os orçamentos das instituições financeiras e não financeiras; atualizar as contas para manter maior correlação às normas contábeis em vigor; melhorar o monitoramento das empresas, em especial da gestão de pessoas, governança, identificação dos gastos com depreciação de ativos imobilizados, amortização de ativos intangíveis; atender demanda social por maior transparência; e, pleitos de órgãos de controle por informação econômico-financeira das empresas. Dessa forma, o melhoramento do instrumento de captação e aperfeiçoamento do detalhamento das informações orçamentárias permitirá ao Governo Federal uma atuação mais efetiva no monitoramento das informações das empresas estatais, em especial quanto aos seguintes aspectos: 1. Consolidação das informações econômico- financeiras programadas e realizadas pelas empresas estatais controladas diretamente ou indiretamente e pelo Governo Federal; 2. Possibilidade de avaliação do volume de recursos e de dispêndios anuais das empresas e seus respectivos impactos na economia nacional; 3. C o n s t i t u i ç ã o e m i n s t r u m e n t o d e programação, apuração e acompanhamento da meta de resultado primário das empresas estatais de forma a compatibilizá-la com a política fiscal do Governo Federal; 4. Viabilização da elaboração do Orçamento de Investimento das empresas estatais previsto no Inciso II, § 5, do Art. 165 da Constituição Federal; 5. Viabilização do monitoramento gerencial das empresas e acompanhamento da execução do planejamento estratégico e, prospectivamente, como a gestão da empresa está sendo conduzida a fim de obter equilíbrio econômico-financeiro. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 2 7 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 c o n h e ç a a s e m p r e s a s e s t a t a i s – c o n a b C o m p a n h i a N a c i o n a l d e A b a s t e c i m e n t o O alimento que nasce no campo percorre um longo caminho até chegar à mesa dos milhões de brasileiros. E a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab tem papel fundamental neste processo. Vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está presente em todo o país por meio de superintendências regionais e ampla rede armazenadora. Com a missão de promover a garantia de renda ao produtor rural, a segurança alimentar e nutricional e a regularidade do abastecimento, gerando inteligência para a agropecuária e participando da formulação e execução das políticas públicas, a atuação da Companhia antecede a decisão de plantar e vai muito além da comercialização agrícola. I n f o r m a ç ã o e c o n h e c i m e n t o Na agropecuária a informação é determinante para o sucesso da atividade, e a Conab possui uma diversidade de iniciativas no fornecimento de informações técnicas de qualidade ao produtor e de geração de conhecimentos sobre o setor agrícola. Uma delas é a previsão das safras brasileiras de grãos, café e cana-de-açúcar, utilizando modelos estatísticos e ferramentas de tecnologia de ponta como o posicionamento por satélite, estimando quanto o país deve plantar e colher. A Conab realiza o levantamento da safra brasileira de grãos há 40 anos. O ano-safra 2016/17 registrou a maior safra da história do país, totalizando 237,7 milhões de toneladas de grãos. Fonte: Conab - 12º levantamento da safra de grãos 2016/17 2 8 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Elabora, analisa e divulga os custos de produção agrícola que são os principais parâmetros para estabelecer os preços mínimos e de referência dos produtos. A Conab analisa constantemente o mercado avaliando as oscilações de preços e prevendo oferta e demanda de diversos produtos, tanto no mercado interno quanto no externo. Divulga periodicamente essas análises que servem tanto ao produtor rural, para organizar seu negócio, quanto aos agentes públicos, para planejar políticas. Possui um banco de dados composto por séries históricas de preços agropecuários, fruto de pesquisa realizada em todo o território nacional. O desenvolvimento e modernização do setor hortigranjeiro é outra importante atuação da estatal. O Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro coordena a captação de dados relativos à comercialização de frutas e hortaliças real izadas pelasCentrais de Abastecimento brasileiras. As informações geradas, consolidadas em uma única base de dados, permitem análises e projetos que balizam as políticas públicas para esse importante segmento da agricultura. Com o conhecimento gerado, a Companhia divulga panoramas de culturas, trajetórias de preços, análises de mercado, receita dos produtores brasileiros, levantamentos dos estoques privados, entre outros. As informações prestadas são de extrema relevância para os produtores e agentes ligados à agropecuária nacional. P o l í t i c a s A g r í c o l a s e d e A b a s t e c i m e n t o A Conab conta com um conjunto de ações e instrumentos que têm o objetivo de atuar para que o preço de alimentos básicos não suba muito, pesando no bolso do consumidor e nem baixe tanto que comprometa a renda do produtor. É a Política de Garantia de Preços Mínimos. A compra de produtos agrícolas é realizada por meio de instrumentos como a Aquisição Direta do Governo Federal e Contratos de Opção. É dessa forma que o governo consegue formar estoques e vender na hora certa, para regular o mercado. Para incentivar o escoamento da produção agrícola, de áreas de concentração da produção para regiões deficitárias de produtos, são utilizados instrumentos como o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor. Todo o processo de leilões de vendas de estoques e contratação de fretes é realizado por meio de seu Sistema Eletrônico de Comercialização garantindo transparência e melhor preço. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 2 9 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Legenda: gráfico mostra o efeito da aplicação da PGPM, que resultou na retomada do preço (para acima do mínimo) recebido pelo produtor rural. Outra área estratégica é a armazenagem. A Conab possui uma ampla rede de unidades armazenadoras distribuída pelo país, atendendo aos agricultores e oferecendo suporte a programas destinados à segurança alimentar e nutricional. Seus armazéns são dotados de equipamentos para o processamento e guarda adequada de produtos. Legenda: Unidade Armazenadora da Conab em Uberaba/MG. 3 0 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 A Companhia administra também o Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras, que traz, entre outras informações, os dados técnicos e operacionais dos armazéns, suas capacidades estáticas e as coordenadas da localização geográfica. O cadastro possui um banco de dados, único no Brasil, que está disponível ao público, e que auxilia no planejamento do escoamento de safras e fornece ao produtor informação de locais para o armazenamento de seus produtos. O cadastro contribui para a otimização logística da comercialização e ampliação da renda do produtor. P o l í t i c a s S o c i a i s O atendimento aos programas sociais, como o Programa de Aquisição de Alimentos, é também um importante foco de atuação da Conab. O PAA permite ao Governo comprar produtos diretamente da agricultura familiar. Essa medida assegura preços remuneradores gerando renda aos produtores familiares, e promove melhorias na condição de alimentação das pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Legenda: PAA - escola beneficiária recebedora Ao longo dos anos de operações do PAA pela Conab, muitas famílias têm sido beneficiadas pela venda de seus produtos ao governo federal, obtendo garantia de renda e melhoria da qualidade de vida. número de beneficiários fornecedores do Paa, por modalidade, em 2017 reGião/UF seMentes Cds CdaF CPr-estoQUe total CENTRO-OESTE Total 91.260 2.475.570 2.371.104 4.937.934 NORDESTE Total 116.679 15.543.193 280.520 74.753 16.015.145 NORTE Total 133.476 8.617.295 518.608 9.269.379 SUDESTE Total 7.495.446 302.257 7.797.703 SUL Total 398.878 3.982.118 1.046.631 960.070 6.387.696 total 740.293 38.113.622 1.327.151 4.226.792 44.407.857 Fonte: 13º Compêndio de Estudos Conab No ano de 2017, por meio das organizações fornecedoras, o PAA entregou alimentos a 1.092 unidades recebedoras, que realizaram 6.186.098 atendimentos às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, sendo-lhes garantido o direito ao consumo saudável dos alimentos oriundos da agricultura familiar. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 3 1 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 número de unidades recebedoras e de atendimentos, por região, em 2017 reGião nº. de Unidades reCeBedoras nº. atendimentos CENTRO-OESTE 103 837.506 NORDESTE 483 2.889.690 NORTE 214 900.828 SUDESTE 191 972.009 SUL 101 586.065 total Geral 1.092 6.186.098 Fonte: 13º Compêndio de Estudos Conab A empresa também tem papel decisivo no Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar, que assegura aos participantes do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar um desconto no seu financiamento, o que os protege de quedas excessivas no valor da sua produção. O preço de referência é definido com base nos custos de produção levantados pela Companhia, que calcula ainda o valor do desconto a ser concedido, considerando os acompanhamentos de preços de mercado. Atuando na conser vação, preser vação e uso sustentável dos recursos naturais, a Companhia promove suporte à renda e ao fortalecimento econômico e soc ia l das comunidades de extrativistas e populações tradicionais. A Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade desenvolve este papel, pagando a diferença do valor aos que comprovarem que realizaram a venda de seu produto por preço inferior ao preço mínimo fixado pelo Governo Federal. Legenda: quebradeira de coco babaçu do Maranhão, beneficiária da PGPM-Bio No apoio aos criadores e às agroindústrias de pequeno porte, a Conab executa o programa de Vendas em Balcão, que permite o acesso aos estoques públicos de produtos agrícolas por meio de vendas diretas a preços de mercado. O milho em grão é o principal produto comercializado no Programa, dando suporte ao pequeno produtor com insumos necessários às suas atividades econômicas. A doação de alimentos realizada pela estatal efetua a distribuição de cestas destinadas às comunidades em situação de insegurança alimentar e nutricional, como indígenas e qui lombolas, e também populações atingidas por adversidades climáticas. Na área de cooperação humanitária internacional, é feito o atendimento a refugiados e vítimas de desastres naturais, com produtos oriundos da PGPM, principalmente arroz e feijão. Legenda: entrega de alimentos em comunidade indígena 3 2 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 A atuação da Conab é ampla e diversificada: prevê safras, provê estoques, escoa a produção, regula preços, harmoniza oferta e demanda e distribui alimentos, indo, muitas vezes, aonde nenhum outro órgão público consegue chegar. E na essência de toda essa dinâmica, está o cidadão, origem e destino de todos os esforços da Companhia, empenhada em oferecer um serviço público de qualidade cada vez melhor para a sociedade brasileira no cumprimento da sua missão. Programa de vendas em Balcão (Milho em grãos) venda, receita, atendimento e clientes atendidos - 2017 UF venda (kg) receita (r$) nº atendimentos nº clientes atendidos (CPF) AC 1.197.450,00 678.246 2.624 439 AL 7.439.757,94 4.454.430 5.217 1.105 AM 3.467.100,00 2.040.719 3.413 541BA 4.337.181,12 2.451.359 3.147 1.269 CE 47.022.670,01 26.988.087 23.005 5.744 DF 4.372.145,10 2.002.493 5.308 797 ES 7.630.625,72 4.553.288 5.520 1.450 GO 8.792.392,09 3.946.226 6.149 1.260 MA 4.282.378,04 2.526.645 3.106 605 MG 1.096.263,76 713.331 1.218 224 PA 527.407,17 312.666 244 33 PB 29.763.728,66 17.711.684 18.126 3.174 PE 12.810.969,28 7.537.944 8.044 2.069 PI 16.822.179,64 10.035.294 15.955 3.169 RJ 110.300,00 67.201 152 111 RN 41.626.087,45 24.143.462 26.263 5.512 RO 1.352.916,18 767.833 2.801 529 RR 4.610.050,00 2.651.457 6.591 1.234 RS 7.531.898,00 3.718.308 1.920 644 SC 192.411,00 109.426 24 19 SE 619.592,31 355.562 286 163 TO 472.440,00 284.989 917 253 total 206.077.943,47 118.050.650 140.030 30.344 Fonte: EDVB (26/01/2018). Texto e imagens fornecidos por Nastassja Ferreira Tolentino, Gerente de Eventos e Promoção Institucional da Conab. Para mais informações, visite o site da empresa: http://www.conab.gov.br/ SEST CMYCMMY CY CM Y K M P_SEST_M A RCA _.pdf 1 27/10/2016 17:11:59 r e v i s t a d a s E S T A T A I S 3 3 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 c o n h e ç a a s e m p r e s a s e s t a t a i s – e m b r a p a E m b r a p a i n v e s t e e m m u d a n ç a s p a r a e n f r e n t a r o s d e s a f i o s d o f u t u r o Embrapa Agross i lv ipastor i l – Foto : Key le Barbosa de Menezes A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em seus 45 anos, a serem completados em abril, construiu uma trajetória de sucesso. Vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é hoje a maior referência em pesquisa e tecnologia agropecuária no mundo tropical. Os resultados de quatro décadas de atuação da Embrapa ajudaram a diminuir o valor da cesta básica em mais de 50% e colocaram o Brasil entre os maiores exportadores de alimentos do globo. Uma única pesquisa, um bioinsumo formulado com bactérias que fixam o nitrogênio do ar e que hoje alcança 33,9 milhões de hectares de soja, permitiu aos agricultores e ao país economizarem R$ 42,3 bilhões – cerca de 14 vezes o orçamento anual da Embrapa, apenas na última safra. E os agricultores ainda não precisaram ter o trabalho de aplicar fertilizante nitrogenado. 3 4 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 O desafio da Embrapa é desenvolver, em conjunto com os parceiros, um modelo de agricultura e pecuária genuinamente brasileiro, superando as barreiras que limitavam a produção de alimentos, fibras e energia no nosso País. Etanol e Biodiesel – Foto: Zineb Benchekchou Os profissionais da Embrapa desenvolvem e aplicam conhecimentos e técnicas modernas para melhorar a produtividade, a nutrição e a sustentabilidade em alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Além dos benefícios para a população, o País também ganha tornando-se cada vez mais competitivo no mercado global. Nanotecnologia no Agronegócio – Foto: Pedro Hernandes Bovino Nelore – Foto: Eugenia Ribeiro Atualmente, a agropecuária brasileira utiliza tecnologia e é uma das mais eficientes e sustentáveis do planeta. Incorporou aos sistemas produtivos uma larga área de terras degradadas dos cerrados, região que hoje é responsável por quase 50% da produção nacional de grãos. A oferta de carne bovina e suína foi quadruplicada e a de frango, ampliada em 22 vezes. As crises de abastecimento de produtos básicos, como feijão, arroz e frango, ficaram como lembranças das décadas de 70 e 80. Se no passado o brasileiro só consumia determinadas frutas e hortaliças (como uva e cenoura) em meses específicos, hoje elas estão presentes nas prateleiras o ano inteiro. O Semiárido nordestino, com forte contribuição da ciência, atualmente exporta uvas, goiaba, manga e outras frutas tropicais, algo inimaginável há 30 anos. Goiaba – Foto: Paulo Lanzetta Manga semiárido - Foto: Fernanda Birollo Nos últimos 46 anos, o Brasil aumentou a produção de grãos em 555,6%, sem ampliar a área plantada em grandes proporções (163,43%). Essas são algumas das conquistas que tiraram o País de uma condição de importador de alimentos básicos para a condição de um dos maiores produtores e exportadores mundiais. r e v i s t a d a s E S T A T A I S 3 5 SE STC M Y C M M Y CY CM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Presente em todas as regiões do País, a Embrapa conta com programas de melhoramento genético que exploram diferentes fileiras do setor agropecuário, incluindo grãos, pastagens, frutas, hortaliças, mandioca, espécies florestais, além da pecuária e da aquicultura. Maurício Lopes – Foto: Jorge Duarte “Não há registro de outra instituição de pesquisa no mundo que tenha um leque de atuação tão diversificado, consolidado em programas de melhoramento avançado”, explica Maurício Lopes, presidente da Embrapa. Como resultado, a Empresa ofereceu ao País, em 2017, um lucro social de R$ 37,18 bilhões, apurado com base nos impactos econômicos de uma amostra de 113 tecnologias e 200 cultivares desenvolvidas pela Empresa e seus parceiros – em especial as organizações estaduais de pesquisa – e transferidas para a sociedade. Isso significa que, a cada R$ 1 investido na Empresa, o retorno social foi de R$ 11,06. A Embrapa tem papel de relevância e contribuição significativa para o avanço e sucesso alcançados pela agropecuária até hoje. Para isso, investiu fortemente em modernos laboratórios e equipamentos e, sobretudo, no treinamento de seus recursos humanos – hoje, são 9.579 empregados, sendo 2.438 pesquisadores. Desenvolve pesquisas que geram conhecimentos e tecnologias, por meio de parcerias públicas e privadas, de atuação nacional e internacional, transformando toda a cadeia de fibras, energia, madeira e alimentos, desde o mercado de insumos, passando pela produção agropecuária, a agroindústria, até a comercialização de produtos de origem agropecuária. Esse ciclo é pautado por agendas estratégicas orientadas a manter a agropecuária competitiva, dentro do paradigma do desenvolvimento sustentável. “Se o Brasil conquistou o posto de influente ator mundial em dois setores de importância vital, o meio ambiente e a segurança alimentar, tal patamar é consequência do trabalho da ciência e da determinação e ousadia do setor produtivo. Essa parceria precisará ser ainda mais ampliada para se fortalecer as bases que garantirão a qualidade de vida para todos no planeta”, argumenta o diretor de Pesquisa & Desenvolvimento, Celso Moretti. 3 6 r e v i s t a d a s E S T A T A I S SE ST CMYC MM Y CYCM Y K M P_ SE ST _M A RC A _. pd f 1 27 /1 0/ 20 16 17 :1 1: 59 Laboratório Embrapa Soja – Foto: Gustavo Porpino Segundo ele, o conhecimento gerado pela Embrapa e pelas demais instituições de ciência tem ajudado os legisladores a produzir decisões que refletem diretamente na economia e na sociedade. Campo Experimental Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT – Foto: Gabriel Faria Temas como propriedade intelectual, transgênicos e código florestal são alguns casos que foram beneficiados pela contribuição qualificada da pesquisa. Outro caso de destacada importância como política pública é o Plano Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura. O ABC é uma linha de crédito para o produtor rural desenvolver sua atividade com menos
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