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O Indicador de Governança SEST
Resoluções CGPAR nº 22 e 23
Carta de Governança Corporativa
O Comitê de Auditoria na Empresas 
Estatais
Brasília/DF – Edição 4 – JUN/2018 
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Ministério do Plane jaMento, 
desenvolviMento e Gestão
Ministro de estado do Planejamento, 
desenvolvimento e Gestão
Esteves Pedro Colnago Junior
Secretário-Executivo
Gleisson Cardoso Rubim
Secretário-Executivo Adjunto
Walter Baere de Araujo Filho
Secretário de Coordenação e Governança das Empresas 
Estatais
Fernando Antônio Ribeiro Soares
Chefia de Gabinete
Cláudia de Araújo Guimarães Kattar
Departamento de Orçamento de Estatais - DEORE
Diretor - André Nunes
Coordenador-Geral de Orçamento de Estatais
Paulo Roberto Fattori
Coordenador-Geral de Gestão da Informação de Estatais
Gerson Batista Pereira
Departamento de Governança e Avaliação de Estatais - 
DEGOV
Diretor - Mauro Ribeiro Neto
Coordenadora-Geral de Avaliação e Monitoramento de Esta-
tais
Elvira Mariane Schulz
Coordenadora-Geral de Governança Corporativa de Estatais
Maria da Gloria Felgueiras Nicolau
Coordenador-Geral de Orientação a Conselheiros e Apoio a 
CGPAR
André Gustavo Cesar Cavalcanti
Departamento de Política de Pessoal e 
Previdência Complementar de Estatais - DEPEC
Diretor - João Manoel da Cruz Simões
Coordenador-Geral de Política de Pessoal de Estatais
Christian Vieira Castro
Coordenador-Geral de Previdência Complementar e Planos de 
Saúde de Estatais
Alano Roberto Santiago Guedes
Revista Estatais em Foco [recurso eletrônico] / Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Secretaria de 
Coordenação e Governança das Empresas Estatais. Vol. 4 ( jun. 2018)- . Brasília: MP, 2018- .
 
Quadrimestral
1. Empresas Estatais I. Título
CDU 658:115 
Elaboração
André Nunes
Elvira Mariane Schulz
Juliana Xavier Araújo
Nicolas Eric Matoso Medeiros de Souza
Paulo Roberto Fattori
Paulino da Silva Marinho
Vitor João Fachini Vashist
Colaboração
Alano Roberto Santiago Guedes
André Gustavo César Cavalcanti
Antonio Sávio Lins Mendes
Daiane Leticia de Castro Siqueira
Dayane Feitosa Ribeiro
Felipe Augusto Soares Rolim
Flavia Aparecida de Souza Agatti
Gerson Batista Pereira
Mariana Moya de Oliveira
Noel Dorival Giacomitti
Paulo Alves de Sá Júnior
Paulo Roberto de Carvalho
Ricardo Moura de Araújo Faria
Thiago Longo Menezes
Projeto Gráfico e Diagramação
Jamil Miranda Ghani 
Igor Fatiga
SEST
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MP_SEST_MARCA_.pdf 1 27/10/2016 17:11:59
Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas 
Estatais - Sest
Esplanada dos Ministérios - Bloco K - 4º andar, sala 407, Brasília-
DF — CEP: 70.040-906
E-mail: sest@planejamento.gov.br
Normalização Bibliográfica: CODIN/CGPLA/DIPLA
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A P R E S E N T A Ç Ã O 
s e c r e t á r i o F e r n a n d o a n t ô n i o r i b e i r o S o a r e s
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A 4ª Revista das Estatais apresenta diversos temas 
sobre as empresas estatais federais brasileiras, e a 
4ª edição traz, também, algumas novidades como a 
sessão Conheça as Empresas Estatais Federais, que 
nesta edição apresentamos a Conab e a Embrapa. 
A matéria sobre valor de mercado das empresas 
estatais federais, traz informações sobre as oito 
empresas estatais federais que possuem ações 
negociadas em Bolsa de Valores: Banco da Amazônia 
– BASA, Banco do Brasil – BB, BB Seguridade, 
Banco do Nordeste – BNB, Eletrobras, Eletrobras 
Participações – Eletropar, Petrobras e Telebras. Nos 
12 meses de 2017, o valor de mercado das estatais 
federais passou de R$ 382,1 bilhões para R$ 396,3 
bilhões, um crescimento de 3,7%, ou seja, de R$ 
14,1 bilhões.
Ademais, destacamos as duas novas Resoluções 
da Comissão Interminister ial de Governança 
Corporativa e Administração de Participações 
Societárias da União – CGPAR, que trazem diretrizes 
e parâmetros mínimos para as empresas estatais 
federais sobre a governança e o custeio dos 
benefícios de assistência à saúde.
Em um conteúdo informativo, falamos sobre o 
Programa de Dispêndios Globais – PDG, que é 
em um conjunto sistematizado de informações 
econômico-financeiras das empresas estatais 
federais não dependentes do Tesouro Nacional. Esse 
documento apresenta as informações econômico-
financeiras das empresas estatais e dá suporte à 
elaboração do Orçamento de Investimentos - OI, à 
política de aplicação das agências oficiais de crédito 
e à apuração do resultado primário das empresas 
estatais pelo conceito acima da linha, ou seja, 
é realizado com base na execução de receitas e 
despesas.
Por fim, continuamos com o monitoramento da 
governança corporativa destas empresas, com o 
objetivo de aprimorar a orientação às estatais e 
ao seu próprio trabalho, divulgando o segundo 
ciclo de avaliação do Indicador de Governança 
– IG-SEST, onde as empresas estatais federais 
avaliadas apresentaram um aumento de 70% em 
sua performance de governança pois, graças ao 
empenho em promover melhorias e à adequação 
dos Estatutos Sociais, a média das notas subiu de 
4,08 para 6,93. 
Boa leitura!
Fernando antônio ribeiro soares
Secretário de Coordenação e 
Governança das Empresas Estatais
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S u m á r i o
Carta Anual de Governança Corporativa Pág. 06
O Comitê de Auditoria nas empresas estatais federais Pág. 08
Indicador de Governança - SEST Pág. 12
Conselheiros concluem o Programa de Capacitação Pág. 13
5ª Rede Latino-Americana de Governança Corporativa de Empresas Estatais Pág. 14
Resoluções CGPAR nº 22 e 23 - Benefício de Assistência à Saúde das Empresas Estatais Federais Pág. 16
Valor de Mercado das Empresas Estatais Federais Pág. 21
O Programa de Dispêndios Globais – PDG Pág. 23
Conheça as empresas estatais federais
CONAB Pág. 27
EMBRAPA Pág. 33
Artigo do CEO Pág. 38
Coluna do Conselheiro Pág. 40
UEE Delta 3 - Maranhão
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C a r t a A n u a l d e G o v e r n a n ç a C o r p o r a t i v a
A Lei de Responsabilidade das Estatais – Lei nº 
13.303/2016, com o objetivo de manter elevados 
padrões de transparência nas empresas estatais 
federais, trouxe a exigência de que as empresas 
apresentem a Carta Anual de Políticas Públicas e 
Governança Corporativa.
O documento deve consolidar as informações 
relacionadas à governança da empresa, com 
linguagem acessível para a sociedade e investidores, 
além de dados sobre as atividades desenvolvidas 
(dados operacionais), estrutura de controle, fatores 
de risco, dados econômico-financeiros, comentários 
dos administradores sobre o desempenho, políticas 
e práticas de governança corporativa e descrição da 
composição e da remuneração da administração.Com o intuito de auxiliar as empresas estatais 
federais na elaboração do respectivo instrumento a 
SEST, juntamente com representantes do Ministério 
da Fazenda (STN, PGFN e Secretaria-Executiva), 
da B3 (antiga Bovespa) e da Comissão de Valores 
Mobiliários – CVM, desenvolveu um modelo de 
Carta Anual de Políticas Públicas e Governança 
Corporativa. Trata-se de uma sugestão dirigida 
aos membros do Conselho de Administração, 
cabendo às empresas estatais federais, dentro da 
sua autonomia, definir o conteúdo e a forma de 
sua carta anual.
Q u a i s i t e n s d e v e m c o n s t a r n a C a r t a A n u a l ?
> Identificação Geral: informações gerais da empresa, 
tais como: CNPJ, localidade da sede, tipo societário, 
setor de atuação, conselheiros subscritores da Carta 
(nome e CPF).
> Interesse público: Explicitar qual é o interesse coletivo 
ou imperativo de segurança nacional que motiva a 
execução do objeto social da empresa pelo Estado 
e, portanto, motiva a existência e continuidade da 
empresa como estatal federal. Sempre que possível, 
sugere-se resgatar a lei de criação e sua exposição 
de motivos.
> Po l í t i ca s p ú b l i ca s : i n f o r m a r a s a t i v i d a d e s 
desenvolvidas pela estatal em atendimento a políticas 
públicas, indicando, ainda, como a atuação da 
empresa estatal está alinhada ao interesse público e 
ao objeto social da empresa.
> Metas relativas ao desenvolvimento de atividades 
que atendam aos objetivos de políticas públicas: 
estabelecer os indicadores e metas a serem atingidos 
pela empresa relacionados ao atendimento de 
objetivos de polít icas públicas citadas no item 
“políticas públicas”.
> Recursos para custeio das políticas públicas: relevar 
a origem dos recursos a serem empregados para 
execução de atividades alinhadas às políticas públicas. 
Se houver contrato com a União para pagamento pelo 
serviço prestado, deve-se indicar para acesso eletrônico 
ao documento. Caso contrário, é importante indicar 
expressamente se a operação é custeada integralmente 
pela geração de caixa operacional da empresa ou se 
há repasse de verba pública, assinalando, nesse caso, 
a fonte orçamentária a ser utilizada e a periodicidade 
usual do repasse. É necessário apontar também se há 
financiamento privado para a execução das políticas 
públicas, bem como o montante do financiamento, 
o prazo para pagamento e a instituição concedente.
> I m p a c t o s e c o n ô m i c o - f i n a n c e i r o s d a 
operacionalização das políticas públicas: são os 
indicadores objetivos utilizados para a tomada de 
decisão de investimento que visem ao atendimento de 
objetivos de políticas públicas. Auxiliam na mensuração 
o custo incorrido nessa atuação específica, bem como 
seu nível de cobertura financeira pela União. Apresentar 
e analisar os impactos das políticas públicas nos dados 
econômico-financeiros da empresa.
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> Comentários dos administradores: comentar o 
desempenho da empresa em relação às políticas 
públicas, com destaque para métricas objetivas 
e mensuráveis sobre os benefícios efetivamente 
percebidos pela sociedade e a eficiência na gestão 
dos custos envolvidos.
> Estruturas de controles internos e gerenciamento de 
riscos: indicar as estruturas e mecanismos de controle 
uti l izados para monitorar atividades que serão 
desenvolvidas pela estatal em atendimento às políticas 
públicas, no intuito de zelar pela transparência, 
completude e exatidão das informações apresentadas, 
com destaque para o canal de denúncias junto à 
empresa e aos órgãos de controle.
> Fatores de Risco: informar os fatores de risco 
que podem eventualmente não permitir a atuação 
empresarial alinhada às políticas públicas previstas 
no planejamento anual.
> Remuneração: Descrição da composição e da 
remuneração da Administração. Informar se a 
remuneração de administradores e empregados é 
afetada por indicadores de atuação da sociedade 
alinhados às políticas públicas e, em caso afirmativo, 
descrever tais indicadores e seus impactos na 
remuneração variável e total. 
> Outras informações relevantes sobre objetivos de 
políticas públicas: Apresentar outras informações sobre 
objetivos de políticas públicas considerados relevantes 
pelo Conselho de Administração e que eventualmente 
não foram incluídas nos itens anteriores, se houver.
Todas as empresas devem publicar o documento. Porém, em relação às estatais federais de capital 
aberto algumas informações já se encontram detalhadas no Formulário de Referência, documento anual 
de divulgação pública que segue o modelo da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, nos termos da 
Instrução CVM n. 480, de 2009. Por esse motivo, essas companhias não necessitam divulgar na Carta Anual 
as informações requeridas pelo inciso III do art. 8º da Lei 13.303/16, mas devem informar em quais itens 
de seu Formulário de Referência os referidos dados podem ser consultadas.
A atuação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado pela Constituição Federal e, 
permite que os cidadãos não só participem da formulação das políticas públicas mas, também, fiscalizem 
de forma permanente a aplicação dos recursos públicos. As ideias de participação e controle social estão 
intimamente relacionadas: uma vez que por meio da participação na gestão pública os cidadãos podem 
intervir na tomada da decisão administrativa, estimulando a adoção de medidas que realmente atendam 
ao interesse público e, ao mesmo tempo, podem exercer controle sobre as ações do Estado ao exigir que 
o gestor preste contas de sua atuação.
Tudo isso é consequência da disseminação da cultura do livre acesso às informações públicas e reforça o processo 
de transparência e disponibilização dos dados governamentais e da necessidade de conscientização dos agentes 
públicos de que, toda informação pública é propriedade do cidadão, cabendo ao Estado disponibilizá-la.
http://www.planejamento.gov.br/assuntos/empresas-estatais/publicacoes
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f e d e r a i s
H i s t ó r i c o
Desde o final da década de 30 a New York Stock Exchange - NYSE 
e a Securities and Exchange Commission - SEC recomendam a 
instalação de Comitês de Auditoria - COAUD. Tal recomendação 
se deu em resposta ao escândalo McKesson e Robbins que envolve 
o uso de informações sobre depósitos forjados como garantia de 
empréstimos. Em 1978, a NYSE definiu como requisito para listagem 
em sua bolsa, a instalação, nas empresas, do comitê de auditoria 
formado por membros inteiramente independentes. 
A partir dos anos 2000, o órgão ganhou ainda mais relevância: a criação dos 
comitês de auditoria foi recomendada pelos principais códigos de governança 
corporativa do mundo, e muitos regulamentos passaram a exigir sua instalação. 
Em 2002, no auge dos escândalos de governança corporativa norte-americanos 
ocasionados por fraudes contábeis, foi sancionada nos Estados Unidos a Lei Sarbanes-
Oxley (SOX). Ela foi a resposta legislativa para proteger os investidores do país e visou 
o restabelecimento da credibilidade das demonstrações financeiras e da confiabilidade 
das informações divulgadas pelas empresas.
O papel dos Comitês viria a ser novamente reforçado nos Estados Unidos, com reflexos também 
mundiais, após a crise de 2008, que evidenciou a deficiência no controle de riscos de várias instituições 
financeiras. Novamente, a respostaveio na forma de legislação, com a promulgação de Lei Dodd-Frank, 
enfatizando a importância da conformidade, integridade e controle de riscos.
No Brasil, a obrigatoriedade do COAUD apareceu em 2003, com a Resolução CMN nº 3.081/03 (atual 3.198/04) 
e, em 2016, com a promulgação da Lei de Responsabilidade das Estatais – Lei nº 13.303/2016. Assim, a 
exigência do Comitê de Auditoria estatutário passou a abranger parte das sociedades de economia mista 
e as empresas públicas.
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M a s o q u e é C O A U D ?
É um órgão de assessoramento ao Conselho de 
Administração - CA, que atua no monitoramento 
da qualidade das demonstrações financeiras, da 
efetividade dos sistemas de controle interno, da 
conformidade, integridade e gerenciamento de 
riscos. Tem papel relevante de suporte operacional 
e fortalece a atuação do Conselho de Administração 
em sua missão de proteger a organização no melhor 
interesse de seus negócios. 
O COUAD deve monitorar a eficácia dos controles 
internos e das polít icas e procedimentos de 
proteção em relação a fraudes, conflitos de interesse 
e demais desvios de conduta que possam impactar a 
organização. A presença do COAUD na organização 
fortalece uma postura preventiva e ativa por parte 
do Conselho de Administração, além de incentivar 
um maior comprometimento da Diretoria com uma 
cultura ética e transparente.
As principais competências do Comitê de Auditoria são:
Supervisionar o processo de elaboração das demonstrações financeiras, monitorando a qualidade e integridade 
destas; 
Monitorar a qualidade e integridade dos processos de gerenciamento de riscos e dos controles internos; 
Promover uma postura de conformidade, integridade e ética, relacionada à identidade da organização;
Supervisionar o funcionamento do código de conduta, da ouvidoria e do canal de denúncias;
Avaliar a correção ou o aprimoramento das políticas internas da organização, incluindo a política de transação 
com partes relacionadas; 
Supervisionar e acompanhar os trabalhos da auditoria interna;
Avaliar os parâmetros e resultados atuariais do fundo de pensão; 
Receber denúncias internas e externas sobre seu escopo de atuação;
Opinar sobre a contratação e destituição de auditoria independente.
R e q u i s i t o s e V e d a ç õ e s p a r a o s m e m b r o s d o C O A U D
São condições mínimas para integrar o Comitê de Auditoria:
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Além disso, o Decreto nº 8.945/2016, que regulamenta a Lei das Estatais, trouxe a exigência de que 
todos os membros tenham experiência profissional ou formação acadêmica compatível com o cargo, 
preferencialmente na área de contabilidade, auditoria ou no setor de atuação da empresa, devendo, no 
mínimo, um dos membros obrigatoriamente ter experiência profissional reconhecida em assuntos de 
contabilidade societária. 
R e g r a s d e F u n c i o n a m e n t o d o C O A U D
Com o auxíl io da Secretaria de Coordenação 
e Governança das Empresas Estatais – SEST, o 
Conselho de Defesa dos Capitais do Estado – CODEC, 
órgão colegiado da Secretaria da Fazenda do Estado 
de São Paulo, está trabalhando na atualização do 
Código de Conduta e Integridade, para as empresas 
estatais.
Esta contribuição possui o objetivo de auxiliar 
a CODEC na adequação das empresas estatais 
controladas direta ou indiretamente pelo Estado 
de São Paulo à Lei nº 13.303, de 30 junho de 2016, 
regulamentada no estado pelo Decreto estadual nº 
62.349, de 26 de dezembro de 2016, fortalecendo a 
integridade e a estrutura de governança corporativa 
destas instituições.
Quantidade de membros: 03 a 05, eleitos e destituídos “ad nutum” pelo Conselho de Administração, não admitindo 
suplentes;
Mandato: de 02 ou 03 anos, não coincidente para cada membro;
Recondução: uma única recondução é admitida, com interstício de um mandato;
Reuniões: no mínimo 04, para instituições financeiras ou empresas de capital aberto e no mínimo 02 para as 
demais empresas;
Remuneração: fixada em Assembleia, com possibilidade de comitê único em subsidiárias;
Vacância: o Conselho de Administração elegerá o substituto para completar o mandato do membro anterior.
I m p l e m e n t a ç ã o d o C O A U D n a s E m p r e s a s E s t a t a i s 
Passo a passo da implementação do COAUD:
Alteração do Estatuto 
Social, prevendo 
a quantidade de 
membros, regras 
de funcionamento 
e competências do 
comitê
Fixação da 
remuneração dos 
membros do COAUD 
em Assembleia 
Geral (montante 
não inferior a 
remuneração do 
Conselho Fiscal)
Recrutamento 
de candidatos: 
recomenda-se 
manter um banco 
de currículos com 
pessoal capacitado e 
apto a exercer o cargo
Elaboração do 
Regimento Interno, 
prevendo requisitos 
e vedações para 
os membros, 
responsabilidades, 
frequência das 
reuniões, orçamento e 
diretrizes gerais.
Se a empresa possui membro independente no Conselho de Administração, replicar esse membro no 
COAUD, de forma a atender a lei e gerar economicidade à empresa!
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No intuito de compatibilizar as empresas estatais federais às exigências trazidas pela Lei 13.303/16 e Decreto 
8.945/16, a SEST disponibilizou calendário com os prazos para adequação dos Estatutos Sociais e modelos 
de documentos para auxiliar as empresas do processo de implementação dos itens exigidos pela legislação, 
disponíveis no sítio eletrônico do Ministério do Planejamento. Nos modelos de Estatuto Padrão, um para 
as empresas de pequeno porte e outro para as de grande porte, constam a previsão do implementação do 
COAUD, para o qual foi disponibilizado um modelo de Regimento Interno de Comitê de Auditoria, que deve 
prever a quantidade exata de membros, requisitos e vedações, regras de funcionamento e competências.
O modelo de Regimento Interno do COAUD, de Carta Anual de Governança Corporativa e outros documentos 
disponibilizados pela SEST podem ser encontrados no sítio eletrônico do Ministério do Planejamento, 
Desenvolvimento e Gestão: http://www.planejamento.gov.br/assuntos/empresas-estatais/publicacoes 
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I n d i c a d o r d e G o v e r n a n ç a - S E S T
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e 
Gestão, por meio da SEST, apresentou, no último dia 
11 de maio, o resultado da segunda certificação do 
Indicador de Governança – IG-SEST. O instrumento 
inovador busca conformidade com as melhores 
práticas de mercado e maior nível de excelência 
para as empresas estatais federais de controle direto 
da União (dependentes e não dependentes).
As empresas que tiveram os melhores resultados 
receberam o certificado de Nível 1 das mãos do 
ministro do Planejamento, Desenvolvimento e 
Gestão, Esteves Colnago, que presidiu a solenidade 
realizada em Brasília. “Este é um índice de grande 
relevância, porque as empresas estatais são muito 
importantes para a economia do Brasil”, definiu 
o ministro. “Estamos falando de empresas que 
empregam 506 mil pessoas e que tiveram uma 
execução do Programa de Dispêndio Global da 
ordem de R$ 1,2 trilhão, um volume expressivo”.
O IG-Sest das 46 empresas estatais submetidas 
ao índice neste segundo ciclo tiveram variaçãopositiva de 70% na média geral das pontuações em 
relação ao primeiro ciclo. A média das notas subiu 
de 4,08 para 6,93, superando a meta estabelecida, 
de aumentar 1 ponto no período.
A melhora se deve, em grande parte, ao empenho 
das empresas em promover melhorias e a adequação 
dos seus Estatutos Sociais. Além disso, o aumento 
foi impulsionado pelo resultado do Indicador de 
Governança de quatro empresas: Casemg, Codeba, 
ECT e Infraero, que contaram com uma elevação 
de mais de 4 pontos em suas respectivas notas. 
Também se destacaram CBTU, Ceitec, Conab, CPRM, 
EPE e HCPA.
Os acréscimos nas notas decorreram, ainda, da 
implementação da área de Gestão de Riscos; da 
execução de práticas sistemáticas de Controle 
Interno; e da realização de treinamentos sobre 
Código de Conduta e Integridade.
Todas as empresas estatais federais avaliadas 
passaram a elaborar o Plano Anual de Auditoria 
Interna (Paint) e o Relatório Anual de Atividades 
da Auditoria Interna (Raint); disponibilizaram canal 
de denúncias internas e externas; e vincularam a 
Auditoria Interna ao Conselho de Administração – 
exigências da Lei de Responsabilidade das Estatais 
(Lei nº 13.303/2016).
N o v i d a d e s p a r a o 3 º C i c l o
Para próximo ciclo de avaliação do IG-SEST, o Ministério planeja uma evolução do IG-Sest, que deixará de 
ser um indicador focado em conformidade e passará a ter um viés de efetividade. Além disso, será permitida 
a adesão voluntária de empresas sob o controle indireto da União.
Mais informações sobre os ciclos do IG-SEST e as médias de cada empresa estão disponíveis no site http://
www.planejamento.gov.br/igsest 
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C a p a c i t a ç ã o
O Programa SEST de Capacitação para Conselheiros 
de Administração da União, realizado em parceria 
com a Fundação Dom Cabral – FDC, em atendimento 
à legislação vigente e com o objetivo de instruir e 
especializar os Conselheiros das estatais federais, 
foi finalizado em julho deste ano, com a entrega 
dos trabalhos finais pelos participantes.
Em uma v isão global , o curso explora os 
conhecimentos administrativos, econômicos e 
jurídicos para conferir maior qualidade ao processo 
decisório. Além disso, amplia o conhecimento do 
conselheiro acerca do contexto estrutural e funcional 
da administração pública federal e relacionamento 
com a administração empresarial, estimulando a 
reflexão sobre a inserção e o papel das empresas 
estatais e do próprio conselheiro neste cenário.
Ao todo, foram ministrados 5 módulos que 
abordaram os seguintes temas:
(i) Governança Corporativa nas Empresas Estatais 
Federais,
(ii) Legislação e responsabilidade dos Administradores,
(iii) Papel Estratégico do Conselho de Administração, 
(iv) Supervisão do Conselho de Administração, e
(v) Reestruturações Empresariais.
Para conclusão do curso, os par t ic ipantes 
tiveram que realizar um trabalho que consistia 
na identificação de uma situação e a proposição 
de encaminhamentos e soluções para a situação, 
visando a melhoria da gestão e/ou governança 
dessa organização, ou mesmo de Política Pública.
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5 ª R e d e L at i n o - A m e r i c a n a d e G o v e r n a n ç a 
C o r p o r at i va d e E m p r e s a s E s tata i s
Nesta edição da Revista das Estatais, destacamos 
a participação da SEST na quinta reunião da Rede 
Latino-americana de Governança Corporativa de 
Empresas Estatais (Latin American Network on 
Corporate Governance of State-Owned Enterprises), 
organizada pela Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Económico – OCDE e pelo Banco 
de Desenvolvimento da América Latina – CAF, com o 
apoio do governo espanhol e do Banco Mundial. Os 
principais temas abordados foram transparência, 
o desempenho do Conselho de Administração e 
a integridade das Empresas Estatais.
O evento busca auxiliar no aprimoramento da 
governança das estatais na América Latina por meio 
do intercâmbio de práticas e conhecimentos de 
diversos governos e instituições, tendo como base 
as diretrizes da Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Económico – OCDE. A melhoria da 
governança corporativa é prioridade na reforma das 
Empresas Estatais e a base para o desenvolvimento 
sustentável. Os representantes dos governos 
expuseram seus arcabouços legais, suas práticas 
de governança corporativa e, também, comentaram 
sobre os principais desafios enfrentados para o 
fortalecimento do desempenho e da prestação de 
contas (Accountability) das estatais.
Na ocasião, a SEST apresentou panorama das 
estatais brasileiras em termos de quantidade de 
empresas, volume de ativos, resultados econômico-
financeiros, quantitativo de empregados, entre 
outros dados. Também foram abordados os avanços 
da governança corporativa e legislação pertinente, 
especialmente os pilares da Lei 13.303/2016 e seus 
principais aspectos. 
Além disso, foi apresentado o Indicador de Governança 
IG-SEST, instrumento de acompanhamento contínuo 
que avalia o cumprimento dos requisitos legais e 
diretrizes estabelecidas pela Lei 13.303/2016, pelo 
Decreto 8.945/2016, pelas Resoluções da Comissão 
Interministerial de Governança Corporativa e de 
Administração de Participações Societárias da 
União – CGPAR, e por organismos internacionais 
como a própria OCDE, que buscam implementar 
as melhores práticas de mercado e maior nível de 
excelência em governança corporativa.
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B e n e f í c i o d e A s s i s t ê n c i a à S a ú d e n a s 
e m p r e s a s e s t a t a i s f e d e r a i s :
a s R e s o l u ç õ e s C G P A R n ° 2 2 / 2 0 1 8 e 2 3 / 2 0 1 8 e o s d e s a f i o s d a 
g o v e r n a n ç a e d a s u s t e n t a b i l i d a d e .
Com a publicação do Decreto no 8.818, de 21 de julho de 2016, coube à Secretaria de Coordenação e 
Governança das Empresas Estatais - SEST a atribuição de manifestar-se acerca do custeio do Benefício de 
Assistência à Saúde (BAS) patrocinado por empresa estatal federal. 
A oferta do BAS é um importante mecanismo da política de gestão de recursos humanos das empresas 
estatais, afetando positivamente a produtividade e o nível de motivação dos empregados e contribuindo 
para a retenção de talentos nas empresas. 
As principais modalidades adotadas para oferta do BAS são:
1. Reembolso parcial dos valores pagos em plano de saúde contratado diretamente pelo 
empregado;
2. Contratação, pela empresa, de plano de saúde no mercado; 
3. Autogestão, que pode ser em duas modalidades distintas: autogestão por RH, quando o 
plano é gerido diretamente pela empresa (em geral pelas áreas de Recursos Humanos – RH) e 
autogestão por operadora, quando a empresa estatal é patrocinadora e/ou mantenedora de 
uma operadora de plano de saúde. 
No cumprimento de sua competência institucional, a Secretaria realizou um diagnósticosituacional acerca 
da oferta do BAS, dos mecanismos de governança adotados pelas empresas e dos fatores intervenientes na 
sustentabilidade de sua oferta. No início de 2017, foi realizada uma pesquisa com amostra significativa de 
empresas estatais federais que ofertam BAS aos seus empregados, tendo como objeto de análise o custeio 
e a governança do benefício nos exercícios de 2014, 2015 e 2016. As principais conclusões, corroboradas 
pelos gráficos abaixo, são: (i) a modalidade autogestão é a mais utilizada pelas empresas (Gráfico 1), ii) 
mais de 80% dos empregados vinculados às empresas pesquisadas são potenciais beneficiários de BAS na 
modalidade autogestão (Gráfico 2) e (iii) a participação das empresas no custeio do BAS, em média, equivale 
a mais de três vezes a participação dos empregados no grupo pesquisado (Gráfico 3).
Gráfico 1: Benefício de Assistência à Saúde nas Empresas Estatais Federais - Distribuição por Modalidade.
Fonte: Pesquisa SEST/Ofício Circular n° 837/2016-MP.
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Gráfico 2: Distribuição dos empregados em função da modalidade de oferta do BAS.
Fonte: SIEST e Empresas Estatais.
Gráfico 3: Média da participação no custeio do BAS no período de 2014 a 2016.
Fonte: Pesquisa SEST/ Ofício Circular n° 837/2016-MP.
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Para que o BAS se torne um efetivo mecanismo 
de gestão, há que se considerar um aspecto 
fundamental: a participação da empresa estatal 
no custeio desse benefício deve estar atrelada 
à sua sustentabilidade ao longo do tempo e ser 
compatível com suas capacidades financeiras e 
administrativas presentes e futuras. 
Segundo dados obtidos na Lei Orçamentária de 
2016 – Lei n° 13.255, de 14 de Janeiro de 2016 – e 
no Programa de Dispêndios Globais do mesmo ano, 
nas empresas estatais federais, em 2016, mais de 
9,5 bilhões de reais foram desembolsados com o 
custeio desse benefício. Trata-se de uma despesa 
de grande impacto orçamentário, cujas execução 
e obtenção de resultados devem ser monitoradas 
de forma sistemática. 
Os percentuais médios de par t ic ipação das 
empresas estatais no custeio do BAS apontam 
uma desconformidade com o principal normativo 
vigente que, até então, tratava do tema de forma 
específica: A Resolução CCE n° 09/1996, do extinto 
Conselho de Coordenação e Controle das Empresas 
Estatais. Esta Resolução dispõe que a participação 
da empresa no custeio do BAS não pode superar a 
dos empregados. O sistemático descumprimento 
dessa diretr iz contr ibuiu sobremaneira para 
ampliação da participação das empresas no custeio 
do BAS, aumentando a vulnerabilidade da situação 
financeira e dificultando o cumprimento de acordos 
em um cenário de crescimento disseminado de 
custos e limitação das capacidades financeiras. 
O incremento de custos ora mencionado pressionou as empresas a elevarem sua participação ao longo 
do tempo, sendo que em diversas empresas tal acréscimo vem ocorrendo em percentuais superiores à 
variação anual do IPCA médio. O crescimento e custos do BAS está relacionado a quatro fatores principais:
1. A inflação médica, que tem superado o IPCA médio nos últimos anos; 
2. A associação da rápida transição demográfica brasileira com a transição epidemiológica, 
ou seja, o aumento da expectativa de vida da população e as profundas alterações no perfil de 
morbidade e mortalidade da sociedade brasileira ampliam as demandas dos planos de saúde, 
aumentando seus índices de sinistralidade e afetando sua sustentabilidade financeira. 
3. O incipiente nível de governança interna das empresas em relação ao modelo de negociação 
e custeio do BAS; e 
4. O descompasso entre os preços dos serviços e a produtividade do setor de saúde suplementar, 
caracterizado pela existência de diversas falhas de mercado e amplas cadeias produtivas. 
Em conjunto, esses fatores levam ao aumento da idade média e do índice de envelhecimento das carteiras 
dos planos de saúde e consequente aumento das taxas de sinistralidade, ou seja, cada vez mais as receitas 
são destinadas ao pagamento de despesas assistenciais, comprometendo a sustentabilidade econômico-
financeira das operadoras e requerendo maiores compromissos das empresas patrocinadoras.
Outro fator que afeta os resultados patrimoniais das empresas é a oferta de benefício no pós-emprego. O 
Pronunciamento Técnico CPC n° 33, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, determina que as entidades 
empregadoras contabilizem em seus balanços todos os benefícios concedidos a empregados, inclusive os 
benefícios pós-emprego. Dados dos balanços das empresas permitem afirmar que os valores provisionados 
têm aumentado constantemente, comprometendo o resultado das empresas e sua sustentabilidade futura. 
Este não é um cenário desconhecido no mundo empresarial, os elevados legacy costs (custos de legado 
com benefícios de assistência à saúde e pensões de empregados) contribuíram para a fragilização financeira 
e falência de grandes companhias. 
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A partir dos dados citados, foi definido o seguinte cenário:
(i) Aumento de custos para financiamento de planos de saúde;
(ii) O modelo de negociação vigente permite o acentuado aumento da participação da empresa, 
em desconformidade com as disposições normativas em vigor;
(iii) Incipiente exposição dos resultados da gestão do BAS nos canais de governança e controle 
da empresa. 
Assim, a SEST propôs à Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de 
Participações Societárias da União - CGPAR a edição de dois atos normativos: um para estabelecer parâmetros 
mínimos de governança para as autogestões e outro para tratar de limites de custeio do BAS.
O b j e t i v o s e p r o p o s i ç õ e s c o n j u n t a s d a s R e s o l u ç õ e s 
C G P A R n ° 2 2 e n º 2 3
As novas diretrizes e parâmetros de custeio do BAS propostos não têm como foco exclusivo a redução do 
custo fiscal. Busca-se reorientar o modelo de gestão e a base de custeio dos BAS, assegurando a redução 
dos custos e permitindo que a gestão da empresa adote as medidas viáveis para sua implementação. O 
texto das Resoluções resguarda o direito adquirido dos empregados, sem prejuízo da aplicação futura em 
Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) e regulamentos internos das empresas. 
R e s o l u ç ã o C G P A R n ° 2 2
A partir do diagnóstico principal de que os atuais 
mecanismos de governança são incipientes, 
contr ibuindo para a ba ixa capac idade de 
acompanhamento da sustentabilidade do custeio 
e dos resultados alcançados, a Resolução CGPAR nº 
22 apresenta diretrizes e parâmetros de governança 
do BAS:
> Avaliação anual, pela Alta administração da 
Empresa, de informações acerca do custeio, do custo, 
da modalidade, dos riscos envolvidos, do cumprimento 
das medidas regulatórias e da qualidade do BAS;
> Os resultados da avaliação devem ser apresentados 
aos Conselhos Fiscal e de Administração, bem como 
ao Comitê Estatutário de Auditoria, para avaliação 
tempestiva e analít ica da sustentabil idade, da 
qualidade, da correlação com a capacidade fiscal da 
empresa e do nível de exposição a riscos;
> Os indicados pelas empresas para os cargos de 
representantes na Diretoria Executiva e nos Conselhos 
e/ou Colegiados das operadoras de planos de saúde 
devem cumprir requisitos de qualificação quando da 
nomeação/recondução;> Plano de Metas específicos para autogestões; e
> As avaliações e plano de metas mencionados 
anteriormente devem subsidiar a tomada de decisão 
no âmbito da empresa nas negociações estabelecidas 
com os representantes dos empregados.
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Por sua vez, a Resolução CGPAR n° 23 parte do pressuposto de que é preciso conjugar a participação das 
empresas estatais federais no custeio do BAS com as suas possibilidades financeiras e administrativas e 
com os resultados da oferta do benefício: 
> Limite de valor para custeio calculado em função 
da folha de pagamento/proventos dos empregados/
aposentados;
> Regras para oferta de BAS na modalidade autogestão: 
obrigatoriedade de cobrança de mensalidades por 
beneficiário, limitação do rol de dependentes elegíveis, 
fixação de prazos de carência e adoção de mecanismos 
financeiros de regulação;
> Estabelecimento de número mínimo de beneficiários 
para patrocínio a operadora de autogestão;
> Vedação à instituição de benefício na modalidade 
de autogestão por RH.
> Vedação à assunção e preservação, por parte da 
empresa estatal federal, da condição de mantenedora 
de operadora de autogestão;
> Restrição da oferta de BAS ao período de vigência 
do contrato de trabalho.
> Regras para oferta de benefício nas modalidades 
plano de saúde contratado no mercado e reembolso;
> Vedação de detalhamento do BAS nos Acordos 
Coletivos de Trabalho; e
> Estabelecimento de prazo de adequação de 48 meses 
para empresas que ofertem benefícios em desacordo 
com o conteúdo da Resolução.
Em conjunto, as resoluções CGPAR n° 22 e nº 23 estabelecem um paradigma para gestão das empresas 
estatais federais quanto ao BAS, colocando o tema de forma destacada nas discussões corporativas e 
atrelando a oferta do Benefício às capacidades financeira e administrativa das empresas. Com isso, busca 
contribuir para a perenidade das empresas estatais federais e para efetiva entrega de seus produtos e 
serviços à sociedade brasileira.
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F e d e r a i s
B O L S A D E V A L O R E S – B 3
Oito empresas estatais federais possuem ações negociadas em Bolsa de Valores: Banco da Amazônia – 
BASA, Banco do Brasil – BB, BB Seguridade, Banco do Nordeste – BNB, Eletrobras, Eletrobras Participações 
– Eletropar, Petrobras e Telebras. Quatro delas compõem o índice Ibovespa.
Nos 12 meses de 2017, o valor de mercado das estatais federais passou de R$ 382,1 bilhões para R$ 396,3 
bilhões, crescimento de 3,7% ou seja, de R$ 14,1 bilhões. A evolução favorável, embora em níveis bem 
menores que em 2016 (86,2%) e que o Ibovespa (25,1%, em 2017), seguiu em linha com a recuperação 
econômica do país. As estatais que apresentaram maior percentual de crescimento em relação ao valor de 
mercado foram Banco do Nordeste e Telebras, acima do Ibovespa. 
valor de Mercado em r$ milhões
2016-12-31* 2017-12-31* r$ %
IBOVESPA 1.905.760,75 2.383.343,75 477.583,0 25,1%
Banco da Amazônia 833,1 741,1 -91,9 -11,0%
Banco do Brasil 80.489,6 91.177,6 10.688,0 13,3%
BB Seguridade 56.600,0 56.980,0 380,0 0,7%
Banco do Nordeste 2.197,3 3.195,7 998,5 45,4%
Eletrobras 31.671,4 27.052,1 -4.619,3 -14,6%
Eletrobras Participações 640,0 623,0 -17,1 -2,7%
Petrobras 209.377,6 216.044,8 6.667,2 3,2%
Telebras 310,3 448,9 138,6 44,7%
total 382.119,2 396.263,2 14.144,0 3,7%
F A T O S R E L E V A N T E S E M 2 0 1 7
Petrobras 
A empresa reduziu seu endividamento.
A nova política de preços dos combustíveis negociados 
pela empresa diminuiu o risco do negócio e favoreceu 
as receitas da empresa. 
Novas medidas internas de governança, bem como 
seu plano de venda de ativos (desinvestimento) 
trouxeram impacto positivo no valor de mercado.
O cenário externo foi favorável para as petroleiras, 
com a elevação dos preços do petróleo, e, 
consequentemente, elevação das receitas da empresa.
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) 
proferiu decisão favorável à companhia em processo 
administrativo fiscal no valor de R$ 7,8 bilhões.
O Conselho de Administração aprovou pedido de 
adesão da companhia ao segmento especial de 
listagem Nível 2 de Governança Corporativa da Bolsa. 
Em relação aos os leilões de áreas do pré-sal, a 
Petrobras e a Shell foram as petroleiras que mais 
arremataram (3 blocos, no regime de Partilha 
da Produção), além de vencerem, em parceria, a 
disputa pelo campo no entorno de Sapinhoá, na 
Bacia de Santos.
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Banco do Brasil
Lucro líquido ajustado foi de R$ R$ 11,1 bilhões em 
2017, aumento de 54,2% em relação ao ano anterior. 
Telebras
Impacto positivo em seu balanço do aumento de 
capital social proveniente de aportes da União 
de 2012 a 2015, que passou de R$ 263,1 milhões 
para R$ 1,59 bilhão. Com isso, seu PL saiu de 
aproximadamente R$ -584 milhões em jun/2017 para 
R$ 691 milhões em set/2017. Também foi aprovada 
a reforma estatutária em linha com as diretrizes 
estabelecidas na Lei nº 13.303, a fim de uma melhor 
governança. O lançamento bem-sucedido do SGDC 
(Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações 
Estratégicas) em maio/2017 também sinalizou 
futuros efeitos financeiros positivos à empresa.
Eletrobras
Impacto positivo do anúncio, em agosto de 2017, 
da privatização da empresa.
Aumento na conta de luz em outubro (bandeira 
tarifária de amarela para o patamar 2 da vermelha 
- primeira vez que tal nível foi acionado, devido aos 
baixos níveis dos reservatórios do país). 
A Empresa também recebeu estudos feitos pelo 
BNDES sobre o modelo de privatização de suas 
distribuidoras.
O MME divulgou que a Empresa só deve ir para 
o Novo Mercado depois de 2018, de forma a não 
prejudicar o cronograma da privatização (conclusão 
prevista para o primeiro semestre de 2018).
O Governo anunciou que vai l imitar a 10% a 
participação do investidor privado no controle 
da Eletrobras e, ainda, previu uma arrecadação 
de R$ 7,7 bilhões em 2018 com seu processo de 
privatização.
O resultado do 3T2017 (R$ 550 milhões) foi 37% 
abaixo em relação ao mesmo período do ano 
anterior, motivado pela menor remuneração relativa 
aos créditos da Rede Básica do Sistema Existente 
(RBSE) referente às linhas de transmissão renovadas 
(R$ 904 milhões ante R$ 1.499 milhões). 
BB Seguridade
Aprovação, em assembleia geral, da adesão da BB 
Seguridade ao Programa Destaque de Governança 
de Estatais da BM&F Bovespa.
Divulgadas suas DF do 3T2017, com crescimento de 
20,7% de seu lucro líquido em relação ao mesmo 
período de 2016, alcançando R$ 1,2 bilhão (aumento 
das receitas de investimentos em participações 
societárias).
Banco do Nordeste
Foi divulgado o crescimento em 14,7% das aplicações 
de crédito com micro e pequenas empresas (MPE), 
de janeiro a setembro, em comparação ao mesmo 
período de 2016, com volume de financiamentos 
superior a R$ 1,6 bilhão;
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O P r o g r a m a d e D i s p ê n d i o s G l o b a i s ( P D G )
C o n c e i t o
O Programa de Dispêndio Global– PDG1 consiste em um conjunto sistematizado de informações econômico-
financeiras das empresas estatais federais não dependentes2 do Tesouro Nacional, em que a União detenha 
a maioria do capital social com direito a voto , previsto no art. 107 da Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964, 
e aprovado por decreto presidencial anualmente. Esse documento dá suporte à elaboração do Orçamento 
de Investimentos - OI, à política de aplicação das agências oficiais de crédito e à apuração do resultado 
primário das empresas estatais, com base nas receitas obtidas e na execução das despesas, entre outras 
informações relevantes e de interesse gerencial do Governo Federal e de transparência para a sociedade3.
H i s t ó r i a
A necessidade de maior controle das empresas 
estatais foi diagnosticada na década de “70” 
do século passado quando o país vivenciava o 
segundo choque do petróleo e havia a necessidade 
de ajustar a demanda agregada interna às novas 
condições macroeconômicas mundiais provocadas 
pelo aumento da taxa de juros internacionais e 
consequente redução da demanda internacional. 
Internamente, o país passava por aumento do 
endividamento públ ico, pr incipalmente das 
empresas estatais, inflação crescente, desequilíbrio 
no balanço de pagamentos e crescimento 
econômico baixo. 
Nesse cenário, uma das medidas adotadas pelo 
Governo Federal, foi a criação da Secretaria de 
Controle das Empresas Estatais - SEST, em 1979, 
pelo Ministro Delfin Neto. Esse órgão recebeu 
poderes para controlar as empresas estatais em 
diversas dimensões, como a criação e expansão 
do setor empresarial estatal na forma direta e 
indireta; aumento de capital; limites de captação 
de recursos por meio de operação de crédito; 
limites para importação; controle de aquisição de 
combustíveis; obrigatoriedade de recolhimento 
de dividendos para União; l imite de 
remuneração de dirigentes; controle 
de concessão de planos assistenciais 
e benefícios a empregados. Essa 
Secretaria possuía papel efetivo 
de controle das empresas 
estatais de modo que ajustassem suas ações para 
contribuir para o equil íbrio macroeconômico 
nacional.
1 A título de exemplo, o volume financeiro previsto nesse instrumento 
para 2017 é de R$ 1,3 trilhões.
2 Empresa não dependente é aquela empresa controlada que não 
recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de 
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, sendo 
permitido, no último caso, aqueles provenientes de aumento de 
participação acionária.
3 Os principais instrumentos de planejamento da ação governamental 
estão previstos na Constituição Federal são Plano Plurianual - PPA, Lei 
de Diretrizes Orçamentárias - LDO e as Leis de Orçamentos Anuais 
– LOA.
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A atuação da SEST foi iniciada com levantamento 
do número de empresas estatais e a criação do 
orçamento das empresas estatais denominado de 
“Dispêndio Global”. Esse documento foi elaborado 
pela primeira vez em 1979 com as projeções para o 
ano de 1980, consolidando mais de 300 empresas, 
com a finalidade de controlar diversos aspectos 
de suas atividades que impactavam a demanda 
agregada, e geravam aumento da pressão sobre a 
balança comercial e sobre a inflação.
A história dessa peça orçamentária das empresas 
estatais não dependentes se confunde com 
a posição dominante da sociedade refletida 
no posicionamento do governo em relação à 
necessidade de intervenção estatal na economia. 
Assim, o número de empresas estatais foi sendo 
reduzido no final do século passado, principalmente 
com as grandes privatizações de empresas como a 
Cia Siderúrgica Nacional – CSN, Embraer, Cia Vale 
do Rio Doce - CVRD, Telecomunicações Brasileiras 
S.A. – Telebras, Rede Ferroviária Federal S.A, entre 
outras. A redução do tamanho do setor estatal 
levou à redução do status de Secretaria da SEST 
para Departamento de Coordenação e Governança 
das Empresas Estatais – DEST em 1999. 
Essa transformação institucional também se seguiu 
com a mudança das competências do Departamento, 
quando comparado à atual configuração da 
Secretaria, que passou a centrar sua atuação na 
coordenação e governança das empresas e não 
mais no controle. O monitoramento concentrou-
se na viabilização do cumprimento das metas 
fiscais pelas empresas estatais não financeiras, 
que teve importância ampliada com a publicação 
da Lei de Responsabilidade Fiscal, no controle das 
despesas com pessoal e benefícios, nos honorários 
dos administradores e no equilíbrio financeiro dos 
fundos de pensão patrocinados pelas empresas 
estatais. Dessa forma, o PDG passou a constituir 
a peça orçamentária completa das empresas, 
permit indo a elaboração do Orçamento de 
Investimentos previsto no Art. 165 da Constituição 
Federal e a implementação da política de aplicação 
das agências oficias de fomento.
O plano de contas da então peça orçamentária 
“Dispêndios Globais” tinha o objetivo de padronizar 
a base de captação de informações econômico-
financeiras de todas as empresas estatais na fase 
de programação e execução orçamentária, bem 
como manter a correlação de tais informações 
entre os orçamentos públicos e as normas contábeis 
normatizadas pela Lei 6404/1964. A evolução desse 
plano nesse período buscava adequar o referido 
documento às alterações nas regras contábeis e às 
novas necessidades do governo, como apuração 
da Necessidade de Financiamento Liquido – NEFIL 
e demandas dos órgãos de controle.
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O P D G h o j e
Atualmente, a peça orçamentária das empresas 
estatais é denominada “Programa de Dispêndios 
Globais – PDG”, cuja finalidade é avaliar o volume de 
recursos e de dispêndios anuais das empresas estatais 
não dependentes de modo a permitir a verificação 
da sua compatibilidade com as metas de política 
econômica governamental, bem como verificar a sua 
consonância com os objetivos e diretrizes de médio e 
longo prazo, respectivamente, além da aderência ao 
Plano Plurianual vigente e da promoção da equidade, 
da eficiência e da efetividade por meio das atividades 
das empresas estatais.
A elaboração do PDG segue o calendário do Orçamento 
da União tendo em vista que o gasto de tais empresas 
estatais com ativo imobilizado corresponde ao 
Orçamento de Investimento, previsto no Inciso II do 
parágrafo 5º do Art. 165 da Constituição Federal. 
A proposta de PDG é elaborada até agosto do ano 
anterior ao ano de referência e é encaminhada para 
o Ministério supervisor para as devidas adequações e 
posterior encaminhamento à SEST para consolidação 
e encaminhamento para publicação por meio de 
Decreto Presidencial, segundo as premissas elaboradas 
pelo governo federal, como meta fiscal, parâmetros 
macroeconômicos, entre outros. 
Integra o PDG, um relatório resumido, denominado 
“Usos” e “Fontes”, que compõe a Mensagem Presidencial 
que encaminha o Projeto de Lei Orçamentária Anual 
com a informação da origem das fontes de recursos 
que financiarão os investimentos propostos pelas 
empresas estatais e também permite demonstrar 
a compatibilidade das receitas e despesas 
dessas empresas com a meta de 
resultado primário.
Ademais, o monitoramento do resultado primário 
das empresas estatais federais não dependentes, 
conforme previsto no art. 9 da Lei Complementar nº 
101,de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade 
Fiscal- LRF, pelo conceito “acima da linha”, é realizado 
com base nas receitas obtidas e na execução das 
despesas informadas no PDG.
O PDG atualmente possui dois grupos de planos 
de contas: de empresas financeiras e de não 
financeiras. As programações orçamentárias das 
empresas são elaboradas no conceito competência 
e de caixa (esse último somente para as empresas 
não financeiras), e mantêm compatibilidade com os 
lançamentos contábeis das respectivas empresas, 
apurados de acordo com a Lei nº 6.404, de 15 de 
dezembro de 1976 -Lei das Sociedades Anônimas. 
A programação e execução do PDG discrimina 
as origens de recursos segundo a sua natureza4, 
conforme discriminado a seguir:
4 A estruturação do Programa é dividida em sete “blocos 
orçamentários” principais e quadros auxiliares. Os primeiros são: 1) 
Discriminação das Origens de Recursos (DICOR); 2) Discriminação das 
Aplicações de Recursos (DICAR); 3) Demonstração do Fluxo de Caixa 
(DFLUX); 4) Fechamento do Fluxo de Caixa (FEFCx); 5) Transferências 
entre empresas do mesmo grupo; 6) Recursos de empréstimos/
financiamentos de longo prazo – Formulário 07; 7) Amortizações e 
encargos financeiros decorrentes de empréstimos – Formulário 08. 
Além dos quadros auxiliares contendo informações sobre as operações 
de crédito programadas para o período e os respectivos desembolsos, 
a metodologia para apuração do desempenho das empresas estatais - 
“Necessidade de Financiamento Líquido” - segundo o conceito acima 
da linha.
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- Receitas Operacionais e Não 
Operacionais com impacto em contas 
de resultado; e 
- Outros Recursos (aumento do Patrimônio 
Líquido, Retorno de Aplicações Financeiras de Longo 
Prazo, Recursos de Empréstimos e Financiamentos - 
Longo Prazo, Debêntures, Depósitos a Vista – Bancos 
e outros) com impacto nas contas patrimoniais como 
Aporte de Capital, financiamentos.
Em relação às aplicações, a discriminação segundo 
a natureza dos gastos encontra-se a seguir:
- Dispêndios Correntes - Pessoal e Encargos Sociais, 
Materiais e produtos, Serviços de Terceiros, Tributos e 
Encargos Parafiscais, Encargos Financeiros e outros.
- Dispêndios de Capital - Amortizações de Operações 
de Crédito de Longo Prazo, Investimentos no Ativo 
Imobilizado, Inversões Financeiras, Outros Dispêndios 
de Capital, Dividendos e Aplicações em Operações de 
Crédito e outros.
Em 2016, o Governo Federal adotou duas medidas 
para melhorar a gestão das empresas estatais: 
a transformação do DEST em SEST, agora com a 
denominação de Secretaria de Coordenação e 
Governança das Empresas Estatais, e a aprovação e 
publicação da Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016, 
com a finalidade de melhorar a gestão das empresas 
estatais por meio da inclusão de novas regras de 
governança para escolha de seu corpo dirigente 
com foco na melhoria dos resultados econômicos, 
financeiros e sociais das empresas.
N e s t e n o v o 
contexto inst i tucional , está sendo 
elaborada uma reestruturação do Programa 
de Dispêndios Globais – PDG com a finalidade 
de uniformizar os orçamentos das instituições 
financeiras e não financeiras; atualizar as contas 
para manter maior correlação às normas contábeis 
em vigor; melhorar o monitoramento das empresas, 
em especial da gestão de pessoas, governança, 
identificação dos gastos com depreciação de ativos 
imobilizados, amortização de ativos intangíveis; 
atender demanda social por maior transparência; 
e, pleitos de órgãos de controle por informação 
econômico-financeira das empresas.
Dessa forma, o melhoramento do instrumento de 
captação e aperfeiçoamento do detalhamento das 
informações orçamentárias permitirá ao Governo 
Federal uma atuação mais efetiva no monitoramento 
das informações das empresas estatais, em especial 
quanto aos seguintes aspectos:
1. Consolidação das informações econômico-
financeiras programadas e realizadas pelas empresas 
estatais controladas diretamente ou indiretamente e 
pelo Governo Federal;
2. Possibilidade de avaliação do volume de 
recursos e de dispêndios anuais das empresas e seus 
respectivos impactos na economia nacional;
3. C o n s t i t u i ç ã o e m i n s t r u m e n t o d e 
programação, apuração e acompanhamento da meta 
de resultado primário das empresas estatais de forma 
a compatibilizá-la com a política fiscal do Governo 
Federal; 
4. Viabilização da elaboração do Orçamento de 
Investimento das empresas estatais previsto no Inciso 
II, § 5, do Art. 165 da Constituição Federal;
5. Viabilização do monitoramento gerencial 
das empresas e acompanhamento da execução do 
planejamento estratégico e, prospectivamente, como 
a gestão da empresa está sendo conduzida a fim de 
obter equilíbrio econômico-financeiro. 
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c o n h e ç a 
a s e m p r e s a s 
e s t a t a i s – c o n a b
C o m p a n h i a N a c i o n a l d e A b a s t e c i m e n t o
O alimento que nasce no campo percorre um longo caminho até chegar à mesa dos milhões de 
brasileiros. E a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab tem papel fundamental neste processo. 
Vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está presente em todo o país por meio 
de superintendências regionais e ampla rede armazenadora.
Com a missão de promover a garantia de renda ao produtor rural, a segurança alimentar e nutricional e a 
regularidade do abastecimento, gerando inteligência para a agropecuária e participando da formulação e 
execução das políticas públicas, a atuação da Companhia antecede a decisão de plantar e vai muito além 
da comercialização agrícola.
I n f o r m a ç ã o e c o n h e c i m e n t o
Na agropecuária a informação é determinante 
para o sucesso da atividade, e a Conab possui uma 
diversidade de iniciativas no fornecimento de 
informações técnicas de qualidade ao produtor e de 
geração de conhecimentos sobre o setor agrícola.
Uma delas é a previsão das safras brasileiras de 
grãos, café e cana-de-açúcar, utilizando modelos 
estatísticos e ferramentas de tecnologia de ponta 
como o posicionamento por satélite, estimando 
quanto o país deve plantar e colher.
A Conab realiza o levantamento da safra brasileira 
de grãos há 40 anos. O ano-safra 2016/17 registrou 
a maior safra da história do país, totalizando 237,7 
milhões de toneladas de grãos.
Fonte: Conab - 12º levantamento da safra de grãos 2016/17
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Elabora, analisa e divulga os custos de produção 
agrícola que são os principais parâmetros para 
estabelecer os preços mínimos e de referência dos 
produtos.
A Conab analisa constantemente o mercado 
avaliando as oscilações de preços e prevendo oferta 
e demanda de diversos produtos, tanto no mercado 
interno quanto no externo. Divulga periodicamente 
essas análises que servem tanto ao produtor rural, 
para organizar seu negócio, quanto aos agentes 
públicos, para planejar políticas. Possui um banco 
de dados composto por séries históricas de preços 
agropecuários, fruto de pesquisa realizada em todo 
o território nacional.
O desenvolvimento e modernização do setor 
hortigranjeiro é outra importante atuação da estatal. 
O Programa Brasileiro de Modernização do Mercado 
Hortigranjeiro coordena a captação de dados 
relativos à comercialização de frutas e hortaliças 
real izadas pelasCentrais de Abastecimento 
brasileiras. 
As informações geradas, consolidadas em uma única 
base de dados, permitem análises e projetos que 
balizam as políticas públicas para esse importante 
segmento da agricultura.
Com o conhecimento gerado, a Companhia divulga 
panoramas de culturas, trajetórias de preços, 
análises de mercado, receita dos produtores 
brasileiros, levantamentos dos estoques privados, 
entre outros. As informações prestadas são de 
extrema relevância para os produtores e agentes 
ligados à agropecuária nacional.
P o l í t i c a s A g r í c o l a s e d e A b a s t e c i m e n t o
A Conab conta com um conjunto de ações e 
instrumentos que têm o objetivo de atuar para 
que o preço de alimentos básicos não suba muito, 
pesando no bolso do consumidor e nem baixe tanto 
que comprometa a renda do produtor. É a Política 
de Garantia de Preços Mínimos.
A compra de produtos agrícolas é realizada por 
meio de instrumentos como a Aquisição Direta do 
Governo Federal e Contratos de Opção. É dessa 
forma que o governo consegue formar estoques e 
vender na hora certa, para regular o mercado. Para 
incentivar o escoamento da produção agrícola, de 
áreas de concentração da produção para regiões 
deficitárias de produtos, são utilizados instrumentos 
como o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor. Todo 
o processo de leilões de vendas de estoques e 
contratação de fretes é realizado por meio de seu 
Sistema Eletrônico de Comercialização garantindo 
transparência e melhor preço.
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Legenda: gráfico mostra o efeito da aplicação da PGPM, que resultou na retomada do preço (para acima do mínimo) recebido pelo 
produtor rural.
Outra área estratégica é a armazenagem. A Conab possui uma ampla rede de unidades armazenadoras 
distribuída pelo país, atendendo aos agricultores e oferecendo suporte a programas destinados à segurança 
alimentar e nutricional. Seus armazéns são dotados de equipamentos para o processamento e guarda 
adequada de produtos.
Legenda: Unidade Armazenadora da Conab em Uberaba/MG.
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A Companhia administra também o Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras, que traz, entre outras 
informações, os dados técnicos e operacionais dos armazéns, suas capacidades estáticas e as coordenadas 
da localização geográfica. O cadastro possui um banco de dados, único no Brasil, que está disponível ao 
público, e que auxilia no planejamento do escoamento de safras e fornece ao produtor informação de locais 
para o armazenamento de seus produtos. O cadastro contribui para a otimização logística da comercialização 
e ampliação da renda do produtor.
P o l í t i c a s S o c i a i s
O atendimento aos programas sociais, como o 
Programa de Aquisição de Alimentos, é também 
um importante foco de atuação da Conab. O PAA 
permite ao Governo comprar produtos diretamente 
da agricultura familiar. Essa medida assegura preços 
remuneradores gerando renda aos produtores 
familiares, e promove melhorias na condição de 
alimentação das pessoas em situação de insegurança 
alimentar e nutricional.
Legenda: PAA - escola beneficiária recebedora
Ao longo dos anos de operações do PAA pela Conab, muitas famílias têm sido beneficiadas pela venda de 
seus produtos ao governo federal, obtendo garantia de renda e melhoria da qualidade de vida. 
número de beneficiários fornecedores do Paa, por modalidade, em 2017
reGião/UF seMentes Cds CdaF CPr-estoQUe total
CENTRO-OESTE Total 91.260 2.475.570 2.371.104 4.937.934
NORDESTE Total 116.679 15.543.193 280.520 74.753 16.015.145
NORTE Total 133.476 8.617.295 518.608 9.269.379
SUDESTE Total 7.495.446 302.257 7.797.703
SUL Total 398.878 3.982.118 1.046.631 960.070 6.387.696
total 740.293 38.113.622 1.327.151 4.226.792 44.407.857
Fonte: 13º Compêndio de Estudos Conab
No ano de 2017, por meio das organizações fornecedoras, o PAA entregou alimentos a 1.092 unidades 
recebedoras, que realizaram 6.186.098 atendimentos às pessoas em situação de insegurança alimentar e 
nutricional, sendo-lhes garantido o direito ao consumo saudável dos alimentos oriundos da agricultura 
familiar.
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número de unidades recebedoras e de atendimentos, por região, em 2017
reGião nº. de Unidades reCeBedoras nº. atendimentos
CENTRO-OESTE 103 837.506
NORDESTE 483 2.889.690
NORTE 214 900.828
SUDESTE 191 972.009
SUL 101 586.065
total Geral 1.092 6.186.098
Fonte: 13º Compêndio de Estudos Conab
A empresa também tem papel decisivo no Programa 
de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar, que 
assegura aos participantes do Programa Nacional 
de Fortalecimento da Agricultura Familiar um 
desconto no seu financiamento, o que os protege 
de quedas excessivas no valor da sua produção. O 
preço de referência é definido com base nos custos 
de produção levantados pela Companhia, que 
calcula ainda o valor do desconto a ser concedido, 
considerando os acompanhamentos de preços de 
mercado.
Atuando na conser vação, preser vação e uso 
sustentável dos recursos naturais, a Companhia 
promove suporte à renda e ao fortalecimento 
econômico e soc ia l das comunidades de 
extrativistas e populações tradicionais. A Política 
de Garantia de Preços Mínimos para Produtos 
da Sociobiodiversidade desenvolve este papel, 
pagando a diferença do valor aos que comprovarem 
que realizaram a venda de seu produto por preço 
inferior ao preço mínimo fixado pelo Governo 
Federal.
Legenda: quebradeira de coco babaçu do Maranhão, beneficiária 
da PGPM-Bio
No apoio aos criadores e às agroindústrias de 
pequeno porte, a Conab executa o programa 
de Vendas em Balcão, que permite o acesso aos 
estoques públicos de produtos agrícolas por meio 
de vendas diretas a preços de mercado. O milho 
em grão é o principal produto comercializado no 
Programa, dando suporte ao pequeno produtor com 
insumos necessários às suas atividades econômicas.
A doação de alimentos realizada pela estatal efetua 
a distribuição de cestas destinadas às comunidades 
em situação de insegurança alimentar e nutricional, 
como indígenas e qui lombolas, e também 
populações atingidas por adversidades climáticas. 
Na área de cooperação humanitária internacional, 
é feito o atendimento a refugiados e vítimas de 
desastres naturais, com produtos oriundos da PGPM, 
principalmente arroz e feijão.
Legenda: entrega de alimentos em comunidade indígena
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A atuação da Conab é ampla e diversificada: prevê safras, provê estoques, escoa a produção, regula preços, 
harmoniza oferta e demanda e distribui alimentos, indo, muitas vezes, aonde nenhum outro órgão público 
consegue chegar. 
E na essência de toda essa dinâmica, está o cidadão, origem e destino de todos os esforços da Companhia, 
empenhada em oferecer um serviço público de qualidade cada vez melhor para a sociedade brasileira no 
cumprimento da sua missão.
Programa de vendas em Balcão (Milho em grãos)
venda, receita, atendimento e clientes atendidos - 2017
UF venda (kg) receita (r$) nº atendimentos nº clientes atendidos (CPF)
AC 1.197.450,00 678.246 2.624 439 
AL 7.439.757,94 4.454.430 5.217 1.105 
AM 3.467.100,00 2.040.719 3.413 541BA 4.337.181,12 2.451.359 3.147 1.269 
CE 47.022.670,01 26.988.087 23.005 5.744 
DF 4.372.145,10 2.002.493 5.308 797 
ES 7.630.625,72 4.553.288 5.520 1.450 
GO 8.792.392,09 3.946.226 6.149 1.260 
MA 4.282.378,04 2.526.645 3.106 605 
MG 1.096.263,76 713.331 1.218 224 
PA 527.407,17 312.666 244 33 
PB 29.763.728,66 17.711.684 18.126 3.174 
PE 12.810.969,28 7.537.944 8.044 2.069 
PI 16.822.179,64 10.035.294 15.955 3.169 
RJ 110.300,00 67.201 152 111 
RN 41.626.087,45 24.143.462 26.263 5.512 
RO 1.352.916,18 767.833 2.801 529 
RR 4.610.050,00 2.651.457 6.591 1.234 
RS 7.531.898,00 3.718.308 1.920 644 
SC 192.411,00 109.426 24 19 
SE 619.592,31 355.562 286 163 
TO 472.440,00 284.989 917 253 
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Fonte: EDVB (26/01/2018).
Texto e imagens fornecidos por Nastassja Ferreira Tolentino, Gerente de Eventos e Promoção Institucional 
da Conab.
Para mais informações, visite o site da empresa: http://www.conab.gov.br/
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d e s a f i o s d o f u t u r o
Embrapa Agross i lv ipastor i l – Foto : Key le Barbosa de 
Menezes 
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
(Embrapa), em seus 45 anos, a serem completados em 
abril, construiu uma trajetória de sucesso. Vinculada ao 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(Mapa), é hoje a maior referência em pesquisa e 
tecnologia agropecuária no mundo tropical.
Os resultados de quatro décadas de atuação da 
Embrapa ajudaram a diminuir o valor da cesta básica 
em mais de 50% e colocaram o Brasil entre os maiores 
exportadores de alimentos do globo.
Uma única pesquisa, um bioinsumo formulado com bactérias que fixam o nitrogênio do ar e que hoje alcança 
33,9 milhões de hectares de soja, permitiu aos agricultores e ao país economizarem R$ 42,3 bilhões – cerca de 
14 vezes o orçamento anual da Embrapa, apenas na última safra. E os agricultores ainda não precisaram ter o 
trabalho de aplicar fertilizante nitrogenado.
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O desafio da Embrapa é desenvolver, em conjunto 
com os parceiros, um modelo de agricultura e pecuária 
genuinamente brasileiro, superando as barreiras que 
limitavam a produção de alimentos, fibras e energia 
no nosso País.
Etanol e Biodiesel – Foto: Zineb Benchekchou
Os profissionais da Embrapa desenvolvem e 
aplicam conhecimentos e técnicas modernas 
para melhorar a produtividade, a nutrição e a 
sustentabilidade em alinhamento com os Objetivos 
do Desenvolvimento Sustentável (ODS). 
Além dos benefícios para a população, o País também 
ganha tornando-se cada vez mais competitivo no 
mercado global. 
Nanotecnologia no Agronegócio – Foto: Pedro Hernandes
Bovino Nelore – Foto: Eugenia Ribeiro
Atualmente, a agropecuária brasileira utiliza 
tecnologia e é uma das mais eficientes e 
sustentáveis do planeta. Incorporou aos sistemas 
produtivos uma larga área de terras degradadas dos 
cerrados, região que hoje é responsável por quase 
50% da produção nacional de grãos. A oferta de 
carne bovina e suína foi quadruplicada e a de frango, 
ampliada em 22 vezes.
As crises de abastecimento de produtos básicos, como 
feijão, arroz e frango, ficaram como lembranças das 
décadas de 70 e 80. Se no passado o brasileiro só 
consumia determinadas frutas e hortaliças (como 
uva e cenoura) em meses específicos, hoje elas estão 
presentes nas prateleiras o ano inteiro. O Semiárido 
nordestino, com forte contribuição da ciência, 
atualmente exporta uvas, goiaba, manga e outras 
frutas tropicais, algo inimaginável há 30 anos.
Goiaba – Foto: Paulo Lanzetta
Manga semiárido - Foto: Fernanda Birollo
Nos últimos 46 anos, o Brasil aumentou a 
produção de grãos em 555,6%, sem ampliar a 
área plantada em grandes proporções (163,43%). 
Essas são algumas das conquistas que tiraram o País 
de uma condição de importador de alimentos básicos 
para a condição de um dos maiores produtores e 
exportadores mundiais.
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Presente em todas as regiões do País, a Embrapa 
conta com programas de melhoramento genético 
que exploram diferentes fileiras do setor agropecuário, 
incluindo grãos, pastagens, frutas, hortaliças, mandioca, 
espécies florestais, além da pecuária e da aquicultura. 
Maurício Lopes – Foto: Jorge Duarte 
“Não há registro de outra instituição de pesquisa 
no mundo que tenha um leque de atuação tão 
diversificado, consolidado em programas de 
melhoramento avançado”, explica Maurício Lopes, 
presidente da Embrapa.
Como resultado, a Empresa ofereceu ao País, em 2017, 
um lucro social de R$ 37,18 bilhões, apurado com 
base nos impactos econômicos de uma amostra de 
113 tecnologias e 200 cultivares desenvolvidas pela 
Empresa e seus parceiros – em especial as organizações 
estaduais de pesquisa – e transferidas para a sociedade. 
Isso significa que, a cada R$ 1 investido na Empresa, o 
retorno social foi de R$ 11,06.
A Embrapa tem papel de relevância e contribuição significativa para o avanço e sucesso alcançados pela 
agropecuária até hoje. Para isso, investiu fortemente em modernos laboratórios e equipamentos e, sobretudo, 
no treinamento de seus recursos humanos – hoje, são 9.579 empregados, sendo 2.438 pesquisadores.
Desenvolve pesquisas que geram conhecimentos e 
tecnologias, por meio de parcerias públicas e privadas, 
de atuação nacional e internacional, transformando 
toda a cadeia de fibras, energia, madeira e alimentos, 
desde o mercado de insumos, passando pela produção 
agropecuária, a agroindústria, até a comercialização 
de produtos de origem agropecuária. Esse ciclo é 
pautado por agendas estratégicas orientadas a manter 
a agropecuária competitiva, dentro do paradigma do 
desenvolvimento sustentável.
“Se o Brasil conquistou o posto de influente ator 
mundial em dois setores de importância vital, 
o meio ambiente e a segurança alimentar, tal 
patamar é consequência do trabalho da ciência e 
da determinação e ousadia do setor produtivo. Essa 
parceria precisará ser ainda mais ampliada para se 
fortalecer as bases que garantirão a qualidade de 
vida para todos no planeta”, argumenta o diretor de 
Pesquisa & Desenvolvimento, Celso Moretti.
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Laboratório Embrapa Soja – Foto: Gustavo Porpino
Segundo ele, o conhecimento gerado pela Embrapa 
e pelas demais instituições de ciência tem ajudado 
os legisladores a produzir decisões que refletem 
diretamente na economia e na sociedade. 
Campo Experimental Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT – 
Foto: Gabriel Faria
Temas como propriedade intelectual, transgênicos e 
código florestal são alguns casos que foram beneficiados 
pela contribuição qualificada da pesquisa. Outro caso 
de destacada importância como política pública é o 
Plano Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), do 
Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura. 
O ABC é uma linha de crédito para o produtor rural 
desenvolver sua atividade com menos

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