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CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
CIBELE SENE DA SILVA
NATALIE DA SILVA
ISABEla CAROLINE ALVES DIAS
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL, A PARTIR DA ELABORAÇÃO DE UM NOVO SIGNIFICADO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DE DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
Itu
2019
CIBELE SENE DA SILVA
NATALIE DA SILVA
ISABEla CAROLINE ALVES DIAS
 
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL, A PARTIR DA ELABORAÇÃO DE UM NOVO SIGNIFICADO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DE DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.
Dissertação apresentada ao Curso de Graduação em Serviço Social (Universidade Norte do Paraná - UNOPAR), como requisito parcial à avaliação das disciplinas Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais; Comunicação na Prática do Assistente Social; Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III; Administração e Planejamento em Serviço Social; Ética Profissional em Serviço Social e Seminário Interdisciplinar V. 
Prof. Dr. s) Amanda Boza, Patrícia Campos, Maria Angela Santini, Rosane Aparecida Belieiro Malvezzi e Paulo Sérgio Aragão. Itu
2019
INTRODUÇÃO
No que tange aos assuntos referentes à assistência social como um todo, é válido ressaltar o bom entendimento pelo profissional das áreas, sobre a importância das Políticas Sociais e Públicas. Elas colaboram para com as tomadas de decisões e visam o bem-estar da sociedade, fazendo valer seus direitos como cidadão.
Portanto, abordaremos toda a cadeia que faz engrenar o trabalho do assistente social, mencionando a ética, que é primordial para que todas as leis, regras, normas, valores, deveres, sejam repassados à população, sem que haja qualquer distinção ou desigualdade.
Mencionaremos como o Movimento da Reconceituação foi transformador, pois na década de 60 o capitalismo era o foco, não sendo o preletor, o alvo à ser beneficiado.
A profissão de assistência social não era regulamentada. Ao longo das décadas, sofreram diversas transformações, mas foi a partir da década de 90 que houve a consolidação do novo código de ética e a lei da regulamentação da profissão e diretrizes curriculares.
Todos os acontecimentos foram importantes para que, na atualidade, houvesse garantias, valorização e suporte aos profissionais repassando assim todas essas melhorias e direitos à população.
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO	03
2. DESENVOLVIMENTO.	04
2.1 Serviço Social e Locais de Atuação 	05
2.1.2. Código de Ética da Profissão....................................................................... 06
2.1.1.1. Movimento de Reconceituação do Serviço Social 	07
2.1.1.1.1. Projeto ético político profissional ......................................................... 08
2.1.1.1.1.1. Política Social	08
3. CONCLUSÃO GERAL	10
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 11
O Serviço Social e seus locais de atuação
Antes de destacar os principais locais de atuação do atuante na área do Serviço Social, precisamos entender sobre a profissão e sua finalidade que tem como objetivo amparar pessoas que de alguma forma não tem total acesso à cidadania, ajudando-os a resolver problemas ligados a educação, habitação, emprego, saúde. É uma profissão de cunho assistencial, ou seja, voltada para a promoção do bem-estar físico, psicológico e social.
E seus principais locais de atuação do serviço social situam-se na parte da Questão Social, nas áreas de Políticas Sociais e Públicas e locais privados, ou seja, o profissional da área é requisitado para o planejamento na gestão na execução no projeto e gestão em Serviço Sociais. Atuamos na assistência a saúde e a previdência em qual compõem a seguridade Social, estamos presentes também nas ações nos seguimentos populacionais: criança, adolescente, idoso, mulher, negros índios e dentre outros. Abaixo estão relacionados campos e áreas de atuação dos Assistentes Sociais:
Assistência Social Pública: Órgãos de Bem Estar Social; Secretarias Municipais ou Estaduais de Assistência Social, Centros de Atendimento à população em situação de risco social (crianças, adolescentes, idosos, migrantes); 
Saúde pública e privada: Secretarias de Saúde, Unidades Regionais de Saúde, Centro de Saúde, Hospitais, Clínicas, Ambulatórios;
Previdência Social: órgãos da previdência social pública ou privada em nível federal, estadual e municipal; 
Área Empresarial: indústrias, empresas públicas e privadas, órgãos patronais de Serviço Social (SESC, SESI e SSR);
Habitação: Órgãos de financiamento e planejamento habitacional, companhias e cooperativas habitacionais; 
Educação: Secretarias de Educação, escolas públicas e particulares, centros de educação especial, Centros de readaptação de crianças, Universidades;
Área sócio jurídica: Secretarias de Segurança Pública, Delegacias, Forças Armadas, Penitenciárias; Tribunais de Justiça, Promotorias, Defensorias Públicas e Serviços de Assistência Jurídica; 
Movimentos Sociais Populares: Associação de bairros e/ou moradores, movimentos populares; comunidade de base, núcleos de produção comunitária e cooperativas; 
Terceiro Setor: Organizações Não-Governamentais;
Conselhos de Políticas Públicas:, Conselhos de Saúde, Conselhos da Assistência Social, Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente Conselhos de Idosos.
Código de Ética da Profissão
Ensino e Pesquisa em Serviço Social: ensino dos conteúdos específicos e supervisão de estágios em Serviço Social e desenvolvimento de pesquisas.
A profissão possui um projeto profissional coletivo e hegemônico, denominado como projeto ético – politico que foi construído entre a década de 70 e 80 ,e constituído em lei claramente expresso no código ética profissional em 1993 art. 8662/93.
Em 1993, após um rico debate com o conjunto da categoria em todo o país, foi aprovada a quinta versão do Código de Ética Profissional, instituída pela Resolução 273/93 do CFESS.
Nosso Código de Ética representa a dimensão Ética do Profissional, e tem caráter normativo e jurídico. Delineia parâmetros para o nosso exercício profissional e define direitos e deveres do Assistente Social e busca a legitimação Social do Profissional e garante a sua qualidade no serviço prestado! Expressa a renovação do amadurecimento teórico Politico do Assistente Social e evidencia seus princípios fundamentais com o compromisso ético politico assumido pela profissão.
Indicando o dever ser profissional, o Código estabelece normas, deveres, direitos e proibições, representando para a sociedade, de um lado, um mecanismo de defesa da qualidade dos serviços prestados à população; de outro, uma forma de legitimação social da categoria profissional. (PAIVA, 2010, p.171).
O Código de Ética é utilizado como um instrumento no fazer profissional, onde esse profissional deve ter o compromisso com os valores morais e princípios éticos contidos nele dando um sentido à sua prática e auxiliando nos objetivos dessa prática.
O Código de Ética dos Assistentes Sociais tem sua legitimidade profissional garantida juridicamente. Portanto, é um instrumento normativo que dá condições jurídicas para que a profissão não fique refém das regras do mercado capitalista, que a cada dia impõe novas normas de competitividade, atingindo o exercício profissional dos Assistentes Sociais.
Movimento de Reconceituação do Serviço Social
O Movimento de Reconceituação foi muito importante para a profissão, trazendo reflexão, renovação que surge com a necessidade de adequação das práticas profissionais, rompendo com o conservadorismo também conhecido como “serviço social tradicional”. Esse movimento aconteceu em toda América Latina a partir dos anos 1960, em um contexto histórico onde os países da América Latina estavam subordinados ao sistema econômico capitalista que visa o lucro e desvaloriza o proletariado, que vende sua força de trabalhopara garantir a sua sobrevivência. 
O Serviço Social precisava deixar a neutralidade para garantir melhores condições de vida e de trabalho da população e soluções para a questão social enfrentada, a luta dos trabalhadores e as desigualdades da sociedade. A própria categoria se mobilizou para questionar e refletir a cerca das práticas profissionais, ética, política, teoria, metodologia que se utilizava até então. 
Este movimento trás a possibilidade de uma renovação da profissão promovendo mudanças gradativamente, pois ouve momentos que este movimento não teve tanta força como na ditadura militar, que se extingue a liberdade de expressão. Logo após esse período, o serviço social passa a ser caracterizado como uma atualização do conservadorismo pelo modelo positivista (o qual não será explorado a fundo) e posteriormente, a vertente marxista se aproxima do serviço social até a adoção do marxismo como referência analítica.
Em 1979 III CBAS, conhecido como Congresso da virada que aconteceu São Paulo no Amambai considerado um marco importante para a história, transformado a consciência política do serviço social brasileiro e assumindo um compromisso ético-político e profissional, passando a incorporar o referencial marxista e produzir análises teóricas em uma perspectiva de totalidade, historicidade e criticidade, dando início ao projeto ético político profissional.
Projeto ético político profissional 
É um projeto ideológico que tem uma dimensão ampla, trazendo novas teorias filosóficas metodologias, sobretudo à perspectiva marxista de sociedade que só é possível enfrentar as questões sociais através de uma mudança para além da perspectiva do capitalismo. Em 1993 se consolida o novo código de ética e a lei de regulamentação da profissão e diretrizes curriculares. Através do código de ética, lei: 8662/93 que teve como base o projeto ético-político para democratizar os direitos universais, sociais, civis, político para todos. Ele evidencia o compromisso ético político da assistência social, os deveres e direitos dos assistentes e um comprometimento com os usuários na garantia e qualidade de seus serviços prestados, o serviço social se fortalece e abre para outros campos de autuação como no terceiro setor, funções de acessória e conselhos de Direito, foram desenvolvidos novos instrumentais de operação para um alcance efetivo das demandas alcançando êxito. O Serviço social brasileiro se desenvolveu, nas últimas décadas renovou-se e sua interpretação teórico-metodológica e política hoje é sólida, acabando com tradicionalismo profissional, e tornando-se uma profissão tão transformadora e reconhecida que através das Políticas Sociais promove o alcance aos direitos em busca de transformação para a vida de cada cidadão.
Política Social
A política social tem se apresentado como politicas públicas destinadas ao bem-estar geral da população, onde sua conexão entre o Serviço Social surge a partir dos anos de 1930 com o incremento da intervenção estatal. A Política Social é dupla conquista dos trabalhadores e instrumento do Estado capitalista.
Debater a política social como política no âmbito da sociedade capitalista é buscar resgatar seu caráter de classe social. Vemos então que a política social surge na transição do capitalismo concorrencial para o capitalismo monopolista, isso quer dizer que surge quando o capitalismo começa a se desenvolver, principalmente a se industrializar mais, a produzir mais. O capitalismo vai se juntar com o sistema através do estado para ofertar políticas sociais.
O surgimento das políticas sociais foi gradual e diferenciado entre os países, e pode ser entendida como uma disputa e ao mesmo tempo, ampliação dos direitos da classe trabalhadora, de qualquer forma que seja manifestada, é garantida e efetivada apenas com o custeio dos trabalhadores assalariados. Tal custeio é imposto ao trabalhador com a justificativa de ser ele próprio o mantenedor de os “benefícios concedidos” pelo Estado em prol da classe trabalhadora.
Umas das antigas conquistas que mobilizaram grande parte da sociedade brasileira, foi o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos serviços de acesso universal garantidos pelo Estado, e infelizmente hoje estão com sua legitimidade fragilizada, pois os serviços públicos estão cada vez mais desqualificados pela sociedade não sendo possível conseguir um atendimento digno e de qualidade.
 A questão social é objeto de trabalho do assistente social e torna-se também objeto de estudo para as políticas sociais, já que ambas existem para amenizar as desigualdades sociais existente em diversos lugares.
Conclusão
Neste trabalho, abordamos o assunto sobre a Democratização da Sociedade Brasileira e abordamos os principais temas no decorrer da luta do Serviço Social, como á Política Social , que visa o atendimento das demandas da população a partir das decisões coletivas amparadas pela legislação e reguladas pelo Estado, e a ação do profissional do Serviço Social no processo de ruptura com o conservadorismo e com um novo posicionamento ético, em que o Serviço Social passou a tratar o campo das políticas sociais como meio de acesso aos direitos e à defesa da democracia.
Enfim, os objetivos apresentados por este trabalho são ressaltar a importância do Serviço Social na democratização e sobre o código de Ética que rege a profissão.
Referências Bibliográficas
BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: Fundamentos e História. Cortez Editora, 9ª Ed.
BRASIL. Lei 8.662 de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF. 8 jul., 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8662.htm>. Acesso em 20 abr. 2019.
CASSAB. L.A. Ética Profissional no Serviço Social. InterSaberes. Curitiba - PR. 2018. [Biblioteca Virtual 3.0] Acesso em: 20 abr. 2019.
Conselho Federal de Serviço Social. Código de ética profissional do assistente social. Brasília: CFESS, 1993. 	
LISCANO, L. R.; TONDOLO, C. E. Da S.; BIANCHI, F. V.; DOS SANTOS, D. S.; PESSOA E. M.; O Projeto Ético Político do Serviço Social: importância e contribuição ao debate. Anais do Salão Internacional. Disponível em: <http://seer.unipampa.edu.br/index.php/siepe/article/view/939>. Acesso em: 30 abr. 2019.
https://www.stoodi.com.br/blog/2018/09/10/regras-abnt/ Pesquisa da abnt bizú

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