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RELATÓRIO DE ESTAGIO III NOS TEMPOS DE PANDEMIA

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15
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
sERVIÇO SOCIAL
MARIA JOSÉ ALVES MIRANDA SODRÉ
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL E A
AVALIAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO 
Macarani - BA
2020
MARIA JOSÉ ALVES MIRANDA SODRÉ
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL E A
AVALIAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO 
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Pitágoras Unopar, para a disciplina: Estagio Curricular Obrigatório III.
Profª: Valquiria Aparecida Dias Caprioli
Macarani - BA
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
1 PARÂMETROS PARA ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS NA POLÍTICA DE ASSISTENCIA SOCIAL ................................................................................... 4
2. O ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO EM QUE ATUA ................................... 5
2.1 CRAS MACARANI ............................................................................................ 5 
2.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ASSISTENTE SOCIAL NA INSTITUIÇÃO ......................................................................................................... 6
2.3 PERCEPÇÕES SOBRE O ATENDIMENTO JUNTO AO PÚBLICO ALVO ...... 7
2.4 IDENTIFICAÇÃO DE DESAFIOS NA PRÁTICA PROFISSIONAL ................... 9
3 AVALIAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO ........................................... 10
3.1 METODOLOGIA ............................................................................................. 12
3.2 PÚBLICO ALVO ............................................................................................. 12
3.3 RESULTADOS POSITIVOS ........................................................................... 13
4. DESAFIOS NA CONJUNTURA HISTÓRICO E POLÍTICA SEGUNDO PALESTRA DA PROF. YOLANDA GUERRA ..................................................... 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 14
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 15
INTRODUÇÃO
Através deste relatório de estágio III (Plano Estágio covid19) será apresentado a atuação positiva do assistente social como articulador da política de assistência social e também a avaliação do projeto de intervenção, o Serviço Social no âmbito das políticas sociais. 
Em relação ao conhecimento produzido, Iamamoto (2004, p.11) destaca o privilégio de uma categoria profissional que atua “na transversalidade das múltiplas expressões da questão social, na defesa dos direitos sociais e humanos e das políticas públicas que os materializam”. Esta situação, de acordo com Simionatto (2004), não significou unicamente o aumento da produção de conhecimento sobre o tema, mas uma crescente qualificação em termos de rigor teórico-metodológico e um sensível aprofundamento da discussão dos processos sociais contemporâneos.
Com referência a intervenção profissional, observa-se que a inclusão da política social no debate da profissão permitiu situar mais concretamente os seus objetivos na sociedade capitalista. Pôde-se sobrepor, no campo da intervenção, a questão do “por que fazer” à do “como fazer”. Com o aprofundamento da investigação sobre a inter-relação política social e Serviço Social nas bases da teoria social crítica, pôde-se avançar o conhecimento em direção ao “para que fazer”. As proposições daí advindas constituíram as bases de um projeto profissional para os assistentes sociais brasileiros, construído coletivamente e conhecido como Projeto Ético-Político Profissional (MIOTO, 2009, p. 214).
É justamente sobre a questão da intervenção profissional no campo da política social que versa o presente trabalho. Busca-se, através dele, aprofundar o debate sobre as particularidades das ações profissionais no âmbito da política social, especialmente a autonomia e a especificidade, relacionadas à inserção de assistentes sociais em espaços tradicionais das políticas públicas, vinculados à prestação direta de serviços à população. Estando aqui organizado em quatro tópicos para o entendimento da importância do profissional de Serviço Social.
1 PARÂMETROS PARA ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS NA POLÍTICA DE ASSISTENCIA SOCIAL 
O Serviço Social como profissão o, em sete décadas de existência no Brasil e no mundo, ampliou e vem ampliando o seu raio ocupacional para todos os espaços e recantos onde a questão social explode com repercussões no campo dos direitos, no universo da família, do trabalho e do “não trabalho”, da saúde, da educação, dos/as idosos/as, da criança e dos/as adolescentes, de grupos étnicos que enfrentam a investida avassaladora do preconceito, da expropriação da terra, das questões ambientais resultantes da socialização do ônus do setor produtivo, da discriminação de gênero, raça, etnia, entre outras formas de violação dos direitos.
A Assistência Social, como um conjunto de ações estatais e privadas para atender a necessidades sociais, no Brasil, também apresentou nas duas últimas décadas uma trajetória de avanços que a transportou, da concepção de favor, da pulverização e dispersão, ao estatuto de Política Pública e da ação focal e pontual à dimensão da universalização. A Constituição Federal de 1988 situou-a no âmbito da Seguridade Social e abriu caminho para os avanços que se seguiram. A Assistência Social, desde os primórdios do Serviço Social, tem sido um importante campo de trabalho de muitos/as assistentes sociais.
Diante disso, é relevante dizer que o Assistente Social é um profissional de nível superior que atua no planejamento, gestão e execução de políticas, programas e serviços sociais no sentido de ampliar o acesso aos direitos sociais. Desenvolve ações que incidem nas expressões da questão social pela mediação do Estado, via políticas sociais públicas, da iniciativa privada e/ou das organizações de Terceiro Setor articulando conhecimentos teóricos, técnico-operativos e reflexões ético-políticas. 
Nessa perspectiva, a intervenção profissional na política de Assistência Social não pode ter como horizonte somente a execução das atividades arroladas nos documentos institucionais, sob o risco de limitar suas atividades à “gestão da pobreza” sob a ótica da individualização das situações sociais e de abordar a questão social a partir de um viés moralizante.
2. O ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO EM QUE ATUA
De acordo com os estudos feitos em campo de estágio pode-se observar que a atuação da assistente social no âmbito de trabalho é resumida em garantir o desenvolvimento da autonomia do público alvo que é assistido pelo CRAS de Macarani, onde a política de assistência social o classifica como equipamento de proteção social básica.
Na PNAS (2004) e na NOB (2005), a Proteção Social Básica está referida a ações preventivas, que reforçam a convivência, socialização, acolhimento e inserção, e possuem um caráter mais genérico e voltado prioritariamente para a família; e visa desenvolver potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários e se destina a populações em situação de vulnerabilidade social (PNAS, p. 27). A indicação do SUAS é de que as ações sócios assistenciais de proteção social básica serão realizadas, prioritariamente, pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Assim, a realização dessa modalidade de proteção social requer o estabelecimento de articulação dos serviços sócio assistenciais com a proteção social garantida pela saúde, previdência e demais políticas públicas, de modo a estabelecer programas amplos e preventivos que assegurem o acesso dos cidadãos aos direitos sociais.
2.1 CRAS MACARANI
O CRAS Macarani está situado na rua encruzilhada no centro do município de Macarani do estado da Bahia. Sendo cidade vizinha do município de Itapetinga onde se encontra a Universidade. Esta unidade pública do SUAS tem por objetivo prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de potencialidadese aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania. É referência para o desenvolvimento de todos os serviços sócio assistenciais de proteção básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, no seu território de abrangência. Estes serviços, de caráter preventivo, protetivo e proativo, podem ser ofertados diretamente no equipamento, desde que disponha de espaço físico e equipe compatível. 
O CRAS é, assim, uma unidade da rede socioassistencial de proteção social básica que se diferencia das demais, pois além da oferta de serviços e ações, possui as funções exclusivas de oferta pública do trabalho social com famílias do PAIF e de gestão territorial da rede socioassistencial de proteção social básica. O trabalho social com famílias do PAIF é desenvolvido pela equipe de referência do CRAS e a gestão territorial pelo coordenador do CRAS, auxiliado pela equipe técnica, sendo, portanto, funções exclusivas do poder público e não de entidades privadas de assistência social.
A assistência social também compreende a família como um espaço contraditório, marcado por tensões, conflitos, desigualdades e, até mesmo, violência. Nessa direção, ao eleger a matricialidade sociofamiliar como eixo do SUAS, a família é enfocada em seu contexto sociocultural e econômico, com composições distintas e dinâmicas próprias. Essa compreensão busca superar a concepção tradicional de família, o modelo padrão, a unidade homogênea idealizada e acompanhar a evolução do seu conceito, reconhecendo que existem arranjos distintos, em constante movimento, transformação.
2.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ASSISTENTE SOCIAL NA INSTITUIÇÃO
No geral a equipe de referência do CRAS é constituída por profissionais responsáveis pela gestão territorial da proteção básica, organização dos serviços ofertados no CRAS e pela oferta do PAIF. Sua composição é regulamentada pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS e depende do número de famílias referenciadas ao CRAS. No caso do CRAS de Macarani, tendo como acompanhar prioritariamente até 2.500 famílias, com uma capacidade de atendimento de 500 famílias. A NOB-RH/SUAS determina que toda a equipe de referência do CRAS seja composta por servidores públicos efetivos. A baixa rotatividade é fundamental para que se garanta a continuidade, eficácia e efetividade dos serviços e ações ofertados no CRAS, bem como para potencializar o processo de formação permanente dos profissionais.
O trabalho desenvolvido pelos profissionais nas esferas de formulação, gestão e execução da política social é, indiscutivelmente, peça importante para o processo de institucionalização das políticas públicas, tanto para a afirmação da lógica da garantia dos direitos sociais, como para a consolidação do projeto ético-político da profissão. Portanto, o enfrentamento dos desafios nesta área torna-se uma questão fundamental para a legitimidade ética, teórica e técnica da profissão. 
A assistente social (supervisora de campo) tem uma rotina profissional bem extensa, entre atendimentos prioritários, rodas de conversa conjunta com os diferentes públicos-alvo do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do equipamento. Visitas domiciliares feitas semanalmente as famílias assistidas, além de elaboração de relatórios, pareceres sociais, entrevistas e fichas de evoluções dos casos apresentados para estudo, em tudo isso com um objetivo o de combate as questões sociais presentes no ambiente familiar.
2.3 PERCEPÇÕES SOBRE O ATENDIMENTO JUNTO AO PÚBLICO ALVO
São essas competências que permitem à profissional realizar a análise crítica da realidade, para, a partir daí, estruturar seu trabalho e estabelecer as competências e atribuições específicas necessárias ao enfrentamento das situações e demandas sociais que se apresentam em seu cotidiano. As competências específicas dos assistentes sociais, no âmbito da política de Assistência Social, abrangem diversas percepções interventivas, complementares e indissociáveis:
· Uma dimensão que engloba as abordagens individuais, familiares ou grupais na perspectiva de atendimento às necessidades básicas e acesso aos direitos, bens e equipamentos públicos. Essa dimensão não deve se orientar pelo atendimento psicoterapêutico a indivíduos e famílias (próprio da Psicologia), mas sim à potencialização da orientação social, com vistas à ampliação do acesso dos indivíduos e da coletividade aos direitos sociais;
· Uma dimensão de intervenção coletiva junto a movimentos sociais, na perspectiva da socialização da informação, mobilização e organização popular, que tem como fundamento o reconhecimento e fortalecimento da classe trabalhadora como sujeito coletivo na luta pela ampliação dos direitos e responsabilização estatal;
· Uma dimensão de intervenção profissional voltada para inserção nos espaços democráticos de controle social e construção de estratégias para fomentar a participação, reivindicação e defesa dos direitos pelos usuários e trabalhadores nos Conselhos, Conferências e Fóruns da Assistência Social e de outras políticas públicas;
· Uma dimensão de gerenciamento, planejamento e execução direta de bens e serviços a indivíduos, famílias, grupos e coletividade, na perspectiva de fortalecimento da gestão democrática e participativa, capaz de produzir, intersetorial e interdisciplinarmente, propostas que viabilizem e potencializem a gestão em favor dos cidadãos;
· Uma dimensão que se materializa na realização sistemática de estudos e pesquisas que revelem as reais condições de vida e demandas da classe trabalhadora, e possam alimentar o processo de formulação, implementação e monitoramento da política de Assistência Social;
· Uma dimensão pedagógico-interpretativa e socializadora de informações e saberes no campo dos direitos, da legislação social e das políticas públicas, dirigida aos diversos atores e sujeitos da política: os gestores públicos, dirigentes de entidades prestadoras de serviços, trabalhadores, conselheiros e usuários.
2.4 IDENTIFICAÇÃO DE DESAFIOS NA PRATICA PROFISSIONAL
É relevante dizer que os assistentes sociais atuam nas múltiplas expressões da questão social que tem a gênese da sua produção e reprodução no desenvolvimento capitalista. A natureza do trabalho do assistente social é marcada pela inserção e prestação de serviços sócio assistenciais nas instituições públicas e privadas tendo como bojo de trabalho as expressões da questão social vivenciadas pelos sujeitos sociais no trabalho, na família, na assistência social.
Cabe ressaltar que o exercício da prática não é tão simples como parece, são inúmeras as dificuldades que emergem da sociedade capitalista, que o assistente social se depara no seu cotidiano profissional. Ao ser chamado a implementar e viabilizar os direitos sociais aos cidadãos, vê-se impossibilitado de efetivar as suas ações de maneira eficaz por depender inteiramente de recursos institucionais, condições de trabalho - que estão cada vez mais escassas - para operar as políticas sociais. Condições dignas de trabalho são o mínimo para a efetivação do trabalho profissional, pois assim, seria possível oferecer um atendimento mais viável aos usuários, permitindo a criação de vínculos de reconhecimento civil diante da problemática apresentada.
As competências ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo de domínio do assistente social possibilitam a concretização das finalidades profissionais, utilizando os instrumentos e técnicas necessários para o processo de intervenção profissional. Entretanto, o assistente social não deve ser apenas um profissional apto a lidar com os instrumentos de trabalho, até porque o objetivo a ser alcançado é muito mais importante do que a instrumentalidade. Sua prática não está fundamentada em manuais de instruções repetitivos e mecânicos, mas na capacidade criativa e sólida de desempenhar as atribuições privativas estabelecidas pela Lei 8662/93 que regulamenta a profissão.
3 AVALIAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃOO projeto de Intervenção apresentado na disciplina de estagio II teve como tema O SERVIÇO SOCIAL NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS SOCIAIS. Tendo como campo de estágio o Centro de Referência e Assistência Social - CRAS de Macarani - Bahia. Para este projeto de intervenção ser avaliado neste relatório de estagio III foi de fundamental importância o conhecimento das políticas sociais, alinhando-as e difenciando-as com democratização e cidadania, podendo perceber assim, o interlocutor que movimenta essas políticas, no caso aqui, o profissional de Serviço Social. 
A questão da defesa das políticas sociais há algum tempo tem sido pauta de discussões em vários espaços brasileiros, passando a vincular-se a uma concepção de sociedade organizada. Sendo assim esta discussão coloca antecedentes para o pensamento da intervenção sociopolítica e profissional do Serviço Social no conhecimento, formulação e reflexão das políticas sociais. 
A relação entre políticas sociais e democratização, no entanto, não é simples. Abranches nos alerta que as respostas possíveis envolvem um processo complexo de conflito e negociação entre diversas forças sociais e políticas - classes sociais, grupos de pressão, sindicatos, partidos, movimentos sociais e burocracia estatal. Em suma, um processo de pactuação que define, em cada momento, o conteúdo a abrangência das políticas sociais e sua relação específica com a política econômica, podendo priorizar as necessidades do crescimento/acumulação ou da ampliação da cidadania.
É fundamental que a ação do Serviço Social impulsione e amplie o movimento que se organiza em torno da defesa, garantia e universalização de direitos, propondo novas estratégias para o enfrentamento das demandas sociais, no interior do aparato institucional aonde os assistentes sociais são cada vez mais requisitados a transcender funções operacionais para desempenhar papéis de formulação e gestão de políticas e programas sociais. Assim, tanto na formulação como na gestão é essencial que sejam construídas estratégias de participação e discussão das políticas, dos programas e dos serviços. 
O Serviço Social fez um radical giro na sua dimensão ética e no debate nesse plano: constituiu democraticamente a sua base normativa, expressa na Lei da Regulamentação da Profissão, que estabelece as competências e as atribuições profissionais, e no Código de Ética do Assistente Social, de 1993. Este prescreve direitos e deveres do assistente social, segundo princípios e valores humanistas guias para o exercício cotidiano, dentre os quais destacam-se: 
O reconhecimento da liberdade como valor ético central, que requer o reconhecimento da autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais e de seus direitos; 
A defesa intransigente dos direitos humanos contra todo tipo de arbítrio e autoritarismo; 
A defesa, aprofundamento e consolidação da cidadania e da democracia – da socialização da participação política e da riqueza produzida; 
O posicionamento a favor da equidade e da justiça social, que implica a universalidade no acesso a bens e serviços e a gestão democrática;
O empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, e a garantia do pluralismo;
O desafio maior para a efetivação desse projeto na atualidade é torná-lo um guia efetivo para o exercício profissional, o que exige um radical esforço de integrar o dever ser com sua implementação prática, sob o risco de se deslizar para uma proposta ideal, abstraída da realidade histórica. 
Dada as dimensões da profissão e a apreensão destas por partes dos profissionais, poderíamos dizer que o assistente social por ter visão da totalidade social conseguiria perceber o movimento dialético e os diferentes projetos societários que envolvem o setor público, deste modo com todo seu aporte poderia criar diferentes formas de articulação para promover a participação da população, mas é preciso que neste caminho encontre profissionais que estejam na mesma sintonia de atuação que ele. 
3.1 METODOLOGIA
Devido a pandemia que causou este momento de isolamento social, não foi possível desenvolver tudo o que tinha sido elaborado para uma boa intervenção social. Porém através do referencial teórico pesquisado foi possível compreender tudo aquilo que havia sido formulado para se ter aprovação média na disciplina de estagio curricular obrigatório III. 
 Tendo como objetivo geral a busca de uma reflexão sobre políticas sociais e como elas auxiliam nas tomadas de decisões dos profissionais de Serviço Social. Retirando dúvidas e assegurando direitos à cidadania e inclusão através das políticas sociais.
Tal perspectiva, reforça a necessidade de um debate instaurado em torno da profissão, do assistente social enquanto gestor de políticas sociais. Sabendo-se que se trata de um tema ainda pouco dialogado no cenário acadêmico, necessitando que se haja uma investigação dessa atuação na profissão, que se insere em espaços de gestão de políticas. 
A política social é uma modalidade interventiva do Estado utilizada estrategicamente, como uma forma de diminuir os conflitos e contradições pelo processo de acumulação do capital, na medida em que procura atender determinadas necessidades sociais da população diante de questões geradas pelo conjunto de desigualdades sociais econômicas e políticas. (HORA, 2014).
3.2 PÚBLICO ALVO
O público alvo deste projeto de execução seria os grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de mulheres e idosos, do equipamento de proteção social básica - CRAS. Mas não houve nenhum tipo de atividade presencial, devido ao isolamento social. Sobretudo, aconteceu no dia 19 de junho de 2020, uma Live (redes sociais) com o Grupo de Mulheres do Serviço de Convivência apresentando a importância das políticas sociais para intervenção das questões sociais onde houve uma boa participação tendo um total de 09 mulheres na faixa etária de 19 a 41 anos. Tendo também a participação da supervisora acadêmica.
3.3 RESULTADOS POSITIVOS
Apesar dos acontecimentos, avaliamos o projeto de intervenção com BONS RESULTADOS pois houve o interesse da estagiária na busca de conhecimento e também de levar a reflexão da intervenção para algumas das mulheres do grupo de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CRAS de Macarani. Podendo levar ao público alvo o conhecimento sobre a assistente social como colaboradora para que seus direitos sejam garantidos.
4. DESAFIOS NA CONJUNTURA HISTÓRICO E POLÍTICA SEGUNDO PALESTRA DA PROF. YOLANDA GUERRA
Através do vídeo assistido, onde mostra uma palestra ministrada pela professora renomada Yolanda Guerra onde ela explica sobre a formação histórica política da profissão de Serviço Social, relatando também sobre os instrumentais teórico metodológicos, técnico operativos e éticos políticos e a importância do Código de Ética Profissional do Serviço Social. 
Reconhecer a instrumentalidade como mediação significa tomar o Serviço Social como totalidade constituída de múltiplas dimensões: técnico-instrumental, teórico-intelectual, ético-política e formativa (Guerra, 2011), e a instrumentalidade como uma particularidade e como tal, campo de mediações que porta a capacidade tanto de articular estas dimensões quanto de ser o conduto pelo qual as mesmas traduzem-se em respostas profissionais.
Ao desprender da base histórica pela qual a profissão surge, o Serviço Social pode qualificar-se para novas competências, buscar novas legitimidades, indo além da mera requisição instrumental-operativa do mercado de trabalho. Este enriquecimento da instrumentalidade do exercício profissional resulta num profissional que, sem prejuízo da sua instrumentalidade no atendimento das demandas possa antecipá-las, que habilitado no manejo do instrumental técnico saiba colocá-lo no seu devido lugar (qual seja, no interior do projeto profissional) e, ainda, que reconhecendo a dimensão política da profissão, inspirado pela razão dialética, invista na construção de alternativas que sejam instrumentais à superação da ordem social do capital.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O relatóriode estagio III proporcionou a compreensão para o desenvolvimento de práticas de equidade social, de cidadania na sociedade e que buscam uma evolução a respeito do conhecimento sobre a importância do Assistente Social nas políticas sociais e democracia vigente local.
Em suma, é através do assistente social e sua formação qualificada nas suas dimensões teórico metodológica, ética política e técnica operativa, que permite a dialética da visão crítica com as demandas que lhe são colocadas, e também com outros profissionais, deixando de exercer apenas o papel de executor terminal de políticas sociais, além de permitir um distanciamento para identificar precisamente o que se encontra em causa.
O assistente social assim como qualquer outro trabalhador humano para concretizar o seu trabalho precisa prefigurar a sua finalidade, sendo necessário à utilização de instrumentalidades, por isso, que pensar na separação da teoria aprendida durante a formação profissional na prática do exercício profissional é inaceitável. Este profissional ao se deparar com a realidade trazida pelo usuário, deve automaticamente fazer uma reflexão que o usuário que se encontra em atendimento é fruto da miserabilidade e coisificação das relações sociais que regem a sociedade capitalista.
Debater a prática dos assistentes sociais no campo da política social não se confunde com o debate da prática profissional travado no campo de conhecimento do Serviço Social. Embora a intervenção do assistente social no campo da política social seja determinada pelo ethos profissional, ela se recobre de características que vão exigir não somente um alinhamento a determinado projeto profissional. Traz, também, a exigência de como colocar a dimensão ética política em movimento, num espaço onde não se tem a direção do processo e onde a autonomia é relativa. 
REFERENCIAS
ALENCAR, Mônica Maria Torres de Alencar. Serviço Social, trabalho e políticas públicas. São Paulo: Saraiva, 2011. 
BRASIL. DESAFIOS DA GESTÃO DO SUAS NOS MUNICÍPIOS E ESTADOS. Vol.2. Brasília: 2008. In: YAZBEK, Carmelita. Estado, Políticas Sociais e Implementação do SUAS. Vol.2. Brasília: 2008. 
CARDOSO, D. C.; FAGUNDES, H. S. A atuação do assistente social na gestão municipal da política pública de assistência social: desafios e possibilidades. Congresso Catarinense de assistentes Sociais - SC, 2013. 
CFESS/CRESS. Assistentes Sociais no Brasil: elementos para o estudo do perfil profissional. Brasília: CEFESS/CRESS/UFAL, 2005. 
CARVALHO, R.; IAMAMOTO, M. V. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo: Cortez; Lima: Celats, 1982.
HORA, MM. C. C. A atuação do assistente social no planejamento e gestão das políticas de assistência social e saúde no Município de Aracaju-SE. Dissertação Mestrado em Serviço Social. São Cristovão: UFS, 2014. 
IAMAMOTO, M. V. Serviço Social em Tempo de Capital Fetiche: Capital Financeiro, trabalho e questão social. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2011. 
MIOTO, RC. T.; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro. Política Social e Serviço Social: os desafios da intervenção profissional. Revista Katálysis, v.16, 2013, p.61-71. 
RAICHELIS, R. “O trabalho do assistente social na esfera estatal.” (Org.) Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS-ABEPSS, 2009. 
SANTOS, Cláudia Mônica dos. BACKX, Sheila. GUERRA, Yolanda (orgs.). A dimensão técnicooperativa no Serviço Social: desafios contemporâneos. In: GUERRA, Yolanda. A dimensão técnicooperativa do Serviço Social: questões para reflexão. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2012.

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