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AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C C ALIMENTOS E GUARDA (PETIÇÃO INICIAL)

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA COMARCA DE BREJO SANTO, ESTADO DO CEARÁ.
 
 
	
RENATA NUNES REINALDO, brasileira, casada, comerciaria,portadora do RG n° 2002029061447, expedida pela SSPDS/CE, inscrita no CPF/MF sob o nº 011.526.593-75,residente e domiciliada Rua Domingos Gomes da Silva, nº 374, bairro Aldeota, nesta cidade de Brejo Santo-CE, por seus procuradores que esta subscreve, por convênio municipal (assistência gratuita), vem, mui e respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 226, §6° da CF/88, Lei 6.515/77 e art. 319 e 693 do NCPC, propor a presente
A
ÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO
 
c.c ALIMENTOS e GUARDA
em desfavor de ALLYSSON LEITE BEZERRA, brasileiro, casado, motorista, residente e domiciliado para fins de intimações/citações na Rua Olegário Emídio, nº 153, bairro Aldeota, Brejo Santo-CE, pelos seguintes fatos e fundamentos de direito:
DO REQUERIMENTO INICIAL
Preliminarmente, ante a ausência de Defensoria Pública atuante na Comarca, REQUER que todas as intimações referentes ao presente feito sejam realizadas via mandado e efetuadas no seguinte endereço: Rua Manoel Inácio Bezerra, nº 192, nesta cidade de Brejo Santo, Estado do Ceará, sob pena de nulidade. 
Vale destacar que o requerimento desta natureza é plenamente admissível e o desrespeito ao mesmo implica em nulidade da intimação (art. 272, §5º c.c 280 do CPC/15), conforme entendimento manso e pacífico. Senão vejamos:
Havendo designação prévia e expressa do advogado que receberá as intimações, o nome deste deverá constar das publicações, sob pena de nulidade (STJ-RT 770-182).
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Ab initio, a Requerente se declara ser necessitada financeiramente na forma da lei 1.060/50, tendo por direito o beneplácito da justiça gratuita, uma vez que não possui condições de arcar com as custas processuais e demais despesas processuais, incluindo honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e da sua família. 
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
A Demandante opta pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc. VII), razão a qual requer a citação do Demandado, por meio de oficial de justiça e entregue em mãos próprias (Arts. 246, I e 249 do CPC) para comparecer à audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334,caput  c.c art. 695, caput).
DOS FATOS
Conforme se extrai dos documentos anexados, a Demandante é casada civilmente com o Demandado acima qualificado pelo regime de comunhão parcial de bens. Informa a esta judicatura que o casamento civil fora celebrado no dia 17/09/2009, conforme certidão de casamento em anexo.
Segundo a virago, desta união conjugal adveio uma única filha, a saber: ALLYCIA MARIA NUNES LEITE, nascida em 16/ABRIL/2010, em consonância com certidão de nascimento em anexo.
Revela que, por motivos de incompatibilidade de gênios, aliado ao fato de viver em habituais crises conjugais, o comportamento do marido fora se alterando, ocorrendo situações de constrangimentos, ameaças e ciúmes, tornando insuportável a vida em comum (conforme B.O anexo). O fato é que, o casal encontra-se separado de fato por mais de 02 (dois) meses, não havendo possibilidades de reconciliação. 
Assim, em que pese à relação de carinho construída ao longo da união, a Promovente decide pôr fim ao seu casamento civil, pugnando, desde já, que seja decretado o seu divórcio, através de sentença de mérito, devendo ser oficiado o cartório local para as averbações de praxe.
Urge calhar que, na constância do casamento civil, o casal adquiriu patrimônio, sendo um TERRENO, utilizado como o de morada comum. Atualmente, a virago encontra-se residindo na casa com a filha menor. A situação é delicada, posto que a Demandante não tem para onde ir, desejando permanecer na casa com sua filha. 
Por fim, a autora afirma que deseja regularizar a situação de fato que perdura nesses anos, notadamente regularizar o direito de visita e guarda de sua filha.
DO DIREITO
O direito autoral encontra guarida no §6º do art. 226 da CRFB de 1988 que com propriedade preconiza, 
Art. 226. (...)
§6º - o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
É importante salientar que a EC nº 66 aboliu a exigência de anterior separação de fato ou judicial.
Dispõe o artigo 2º, IV, da Lei 6.515/77, bem assim o art. 1.571 do CC/02, que, entre as formas de dissolução da sociedade conjugal, está o divórcio, que é o anseio da Requerente. 
O pedido de divórcio também encontra amparo no art. 5º, caput, da Lei 6.515/77, que estabelece a norma de que, 
Art. 5º. A separação judicial pode ser pedida por um só dos cônjuges quando imputar ao outro conduta desonrosa ou qualquer ato que importe em grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum.
Outrossim, milita em favor da Requerente a determinação do art. 24 da Lei 6.515/77, quando aduz que, “o divórcio põe termo ao casamento e aos efeitos civis do casamento religioso”, o que cabe feito luva ao caso telante, porque é exatamente o que pleiteia a demandante.
5.1 DA GUARDA
O CC/02 dispôs sobre a guarda no art. 1.634, II, como sendo nada mais do que o exercício do poder familiar. 
O art. 1.583 do CC, elucida que a guarda será unilateral ou compartilhada. O §2º do mesmo dispositivo preconiza:
§2º. Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos será dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e o interesse dos filhos.
O art. 33 do ECA, trata da guarda, obrigando à prestação de assistência material, moral e educacional à criança e o adolescente, conferindo ao seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. Logo, a guarda denota a posse dos pais sobre os filhos. 
Sabe-se que, com o divórcio ou a dissolução da união estável, não prejudicará o exercício do poder familiar já que este é oriundo da paternidade e da filiação, e não do casamento em si. 
No caso em liça, a Promovente revela melhores condições de manter sob sua guarda a filha menor, tendo em vista que, após a separação de fato, é quem detém a posse de sua filha, inclusive morando na residência comum. Ao pai, é resguardado o DIREITO DE VISITA, BEM COMO A DIVISÃO DAS RESPONSABILIDADES EM IGUALDADE DE CONDIÇÕES.
Impende asseverar que, o ex-marido da Requerente é acompanhado pelo CAPS deste município, tomando medicamentos habituais, tendo em vista ser acometido com transtorno com constantes variações de humor, com crises repentinas, situação que recomenda que a criança permaneça com sua genitora, conforme relação médica acostada.
A jurisprudência é firme nesse sentido, como no caso abaixo:
PROCESSO CIVIL. DIVÓRCIO LITIGIOSO. GUARDA E RESPONSABILIDADE. GUARDA UNILATERAL CONCEDIDA A MÃE. INCAPACIDADE DE CONVIVÊNCIA DO PAI COM OS FILHOS. SUSPENSÃO DO DIREITO DE VISITAS DO PAI AOS FILHOS. PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. 1. Nos termos da jurisprudência deste Eg. Tribunal de Justiça, a guarda compartilhada somente é possível de ser concedida quando os pais, mesmo separados, mantêm uma boa convivência e diálogo, a fim de permitir a preservação do melhor interesse das crianças. 2. No caso concreto, a fim de resguardar a incolumidade física e psíquica dos infantes, mostra-se plausível a manutenção da guarda exclusiva à mãe, bem assim a suspensão do direito de visitas do pai aos filhos menores, até que o genitor apresente, doravante, equilíbrio emocional, com aceitação da separação conjugal e, principalmente, comportamento de afetividade e proteção às crianças, condições estas que podem ser alcançadas mediante “acompanhamento psicoterápico individual, de base sistêmico-relacional fora do âmbito judicial, por tempo indeterminado como forma de superar o sofrimento que se presentifica no convívio com os filhos.” (Parecer Técnico). 3. Recurso conhecido e provido (APC 20100111454125/DF, 3ª turma, Min. Rel. Silva Lemos, jul: 01/10/14).
Por conseguinte, seja determinada a GUARDA UNILATERAL	em favor da genitora, sem prejuízo do direito de visitas aos filhos, visandoo melhor interesse da criança, com as cautelas de estilo, com fulcro no art. 1.584 do CCB.
5.2 DOS BENS
Durante a união conjugal, as partes adquiriram um TERRENO, sendo utilizado como morada comum. Acontece que, após a separação a mãe encontra-se residindo com a filha no referido imóvel. Lado outro, o varão reside em um imóvel vizinho, sendo que, corriqueiramente adentra no imóvel sem sua permissão, inclusive fomenta discussões e constrangimentos, por não aceitar a separação. 
É certo que o patrimônio comum pertence a ambos os cônjuges, porém, a virago não possui outro imóvel, ficando adstrito ao bem que atualmente reside com sua filha. Assim, a virago deseja que o imóvel seja transferido para sua filha menor, permanecendo no imóvel. 
5.3 DA PENSÃO ALIMENTÍCIA
De acordo com o Código Civil brasileiro de 2002 reza o art. 1.694, caput, e §1º. Inverbis:
Art. 1.694.  Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§1º. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
Na mesma sintonia aduz o art. 1.695 do mesmo código que, 
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. 
Também na mesma baila preconiza a Constituição Federal de 1988 no art. 229 que merece transcrição:
Art. 229.  Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Salienta-se que o Requerido tem plenas condições de fornecer alimentos a filha posto que sabe que o mesmo trabalha licitamente, auferindo renda advindo do seu emprego. Além disso, pelo simples fato da filha ser menor de idade, já é suficiente a presunção da necessidade de receber alimentos.
O pedido formulado pela parte Autora é juridicamente possível, uma vez que contem todos os requisitos indispensáveis a sua eficácia. A genitora acosta a presente comprovantes de pagamento da escola da filha e plano de saúde (anexo). 
A ação de alimentos é disciplinada na mesma senda pela Lei 5.478/68 e o seu art. 2º prevê o seguinte teor:
Art. 2º. O credor, pessoalmente ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, qualificando-se, e exporá as suas necessidades, provando, apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe.
No caso telante, resta robusto o estado de necessidade e o fato de a representante da menor não poder prover sozinha o sustento de sua filha.Doutra banda, segundo a virago, o varão oferta pensão alimentícia num valor aproximado de R$300,00 (trezentos reais), sendo que, muitas vezes tem realizado o pagamento do plano de saúde da filha.
Por conseguinte, pugna pela fixação liminarmente dos ALIMENTOS PROVISÓRIOS, na base de 35% (trinta e cinco por cento), equivalendo atualmente ao montante de R$327,95 (trezentos e vinte e sete reais e noventa e cinco centavos), a ser depositado em conta de titularidade da genitora. [1: Deverá ser advertido o Promovido que, enquanto não providenciada a abertura da conta, caso não possua a genitora, devera ser pago mediante recibo. ]
5.4 DO USO DO NOME
Quanto ao nome, os cônjuges permaneceram com os mesmos nomes de solteiros, não havendo o que retificar nesse ponto. 
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer a Vossa Excelência que se digne a:
Conceder os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pobre na forma da lei, não tendo condições de arcar com as custas processuais e demais despesas, taxas, emolumentos, bem como honorários advocatícios, com fulcro na Lei .1060/50 c.c Lei 7.115/83; 
A fixação em caráter liminar, os ALIMENTOS PROVISÓRIOS na base de 35% (trinta e cinco por cento) do valor do salário mínimo atualmente em vigor, ajustáveis anualmente, o que atualmente satisfaz o montante de R$327,95 (trezentos e vinte e sete reais e noventa e cinco centavos), em favor de sua filha, devendo ser pago mediante depósito bancário de titularidade da genitora (art. 4º da Lei 5.478/68);
A CITAÇÃO do Demandado para comparecer a Audiência de Conciliação ou Mediação, com fulcro nos arts. 319, VII, 334 e 695, do NCPC; Tendo êxito na conciliação, roga pela conversão do divórcio litigioso em consensual; Restando infrutífera a sessão conciliatória, o Réu será instado a, querendo, apresentar resposta no prazo quinzenal previsto em lei, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia e presunção de veracidade dos fatos (art. 344 do NCPC);
A INTIMAÇÃO do MP para acompanhar o feito até o final, ex vi dos arts. 178, II e 279 do NCPC; 
Finalmente, seja o pedido da Autora julgado TOTALMENTE PROCEDENTE PARA, DECRETAR POR SENTENÇA, o divórcio do casal, com a expedição de ofício para averbação junto ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais-1º ofício, nesta cidade, lavrado sob o nº 2.858, às fls. 149, do livro B11, do registro de casamentos; seja na mesma decisão, tornado DEFINITIVOS OS ALIMENTOS ANTERIORMENTE ARBITRADOS, conforme a Lei 5.478/63, com estipulação do direito de visitas e regulamentando a GUARDA NA FORMA UNILATERAL EM FAVOR DA VIRAGO e, por fim, PROCEDIDO A PARTILHA DO BEM IMÓVEL DE FORMA EQUÂNIME;
A CONDENAÇÃO do Requerido às custas e demais despesas processuais aplicáveis a espécie e honorários advocatícios.
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito (art. 369, NCPC), especialmente depoimento pessoal da Promovente e Promovido, prova testemunhal que deverá ser convidada a comparecer a audiência de instrução e julgamento independente de intimação deste juízo. [2: Art. 455, §2º do NCPC – Lei 13.105/15.]
Dá-se a causa o valor de R$3.924,00 (TRÊS MIL, NOVECENTOS E VINTE E QUATRO) reais. 
Nestes termos,
		 pede e espera DEFERIMENTO.
Brejo Santo-CE, 10 de Abril de 2017.
	_________________________			____________________________
	 Dr. Johan Jacó de Lima			 Drª. Cícera Marise C. Souza
	 OAB/CE nº 29.081				OAB/CE nº 27.622

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