Buscar

Direito Público e Privado - Aula 1 e 2

Prévia do material em texto

Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB6
Direito Público e Direito Privado
Objetivos da aula:
Ao final desta aula deseja-se que você tenha desenvolvido habilidades 
suficientes para identificar as instituições sociais e relacioná-las com 
as organizações econômicas
O Vocábulo DIREITO
Para iniciarmos nossos estudos devemos pensar nos diferentes 
significados e uso da palavra direito.
O termo direito designa diferentes realidades, vários sentidos e 
idéias. Podemos pensar naquilo que é correto, no contrário de torto, 
na qualidade de justo, e dentre tantos outros significados também, é 
claro, que ele pode designar a Lei, ou o conjunto de regras.
Vamos em nossa disciplina, inicialmente, considerar o Direito como 
um facilitador e disciplinador da vida em sociedade, funcionando 
como elemento solucionador de conflitos.
E desde quando existe o direito?
Desde os primórdios da humanidade, claro que sem a estrutura formal 
que hoje conhecemos, mas como condição natural e necessária.
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB7
O Direito visto como instrumento natural de limitação de conduta, 
sem estrutura formal, foi praticado por meio de instinto, desde o 
homem das cavernas. Nasceu com a civilização, por isso sempre 
encontraremos o Direito, ainda que rudimentar. 
A sua história é a história da humanidade. Como afirmavam os 
romanos, maiores juristas da antigüidade: 
“Ubi societas, ibi jus”, 
o que quer dizer: 
“Onde houver sociedade, aí haverá o Direito”. 
O Homem na sociedade
Caros alunos,
Cabe agora pensarmos um pouco acerca de uma verdade inexorável 
e de sua conseqüência:
“O homem é essencialmente Coexistência”
O que existe nesta afirmativa?
O Homem não apenas existe, mas coexiste, pois obrigatoriamente 
realiza troca com outro Homem. O convívio é algo obrigatório, 
necessariamente precisamos da companhia uns dos outros, por isso 
formamos agrupamentos sociais em família, escola, empresa, etc.
Os homens estão constantemente buscando suas necessidades e 
prazeres, e travando contatos com os demais, e também negociando 
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB8
valores, ideais e objetivos.
A sociedade é, portanto, composta de pessoas diferentes que precisam 
conviver de uma forma harmônica para que esta mesma sociedade 
evolua e sobreviva da forma mais equilibrada possível.
Permitindo ainda a valoração individual de seus integrantes e também 
o crescimento ordenado desta coletividade.
Nesta altura de nossa reflexão, vale lembrar uma característica 
presente em todos os seres humanos, em maior ou menor escala, 
qual seja, a de buscar os seus próprios interesses e desejos, e mais, 
buscá-los à sua própria maneira.
Se considerarmos esta característica inerente, sendo que o 
convívio seja obrigatório, quais as conseqüências reais, ocorridas 
no grupamento inicial rudimentar humano ou nas metrópoles 
modernas?
Vejamos:
• Interesses e necessidades diferentes;
• Capacidades, habilidades e competências diferentes;
• Necessidade de regras para conduzir o grupo social;
• Necessidade de administrar conflitos;
• Necessidade de acordos para convivência;
• Necessidade de intervenção pacificadora de terceiros.
Quais outras conseqüências advindas desta coexistência você 
identificaria no seu grupo de relacionamento social pessoal e 
profissional?
Moral e Direito
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB9
Nosso raciocínio é, então, conduzido a uma conclusão clara e objetiva: 
a vida social só é possível, uma vez presentes as regras determinadas 
para o procedimento dos homens, capazes também de administrar 
conflitos.
Estas regras têm base ética e podemos entendê-las como regras que 
surgem, emanam, da Moral e do Direito.
Portanto, tanto as chamadas regras Morais quanto as chamadas regras 
de Direito ditam condutas, procuram determinar como deve ser o 
comportamento de cada um. 
Ambos possuem um determinado campo comum, uma postura ou 
atitude pode respeitar ou desrespeitar uma regra moral e uma regra 
jurídica ao mesmo tempo. Por exemplo, espancar o próximo e roubá-
lo.
No entanto, notadamente o campo de atuação da Moral é muito 
mais abrangente. Nem todos os preceitos morais carecem de estar 
explicitados em regras jurídicas. Tomemos como exemplo, as regras 
morais das mais diversas religiões. 
Miguel Reale, ao sustentar esta idéia, afirma que: 
“O Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório 
para que a sociedade possa sobreviver”. 
(REALE, 1978)
Devemos ainda considerar que certas atitudes interessam somente 
ao campo do Direito, sendo indiferente o procedimento à Moral. Por 
exemplo, as formalidades envolvidas na elaboração de contratos.
Enquanto que algumas atitudes para o Direito são indiferentes, para a 
Moral, elas são preocupantes. Por exemplo, o decoro das vestimentas 
em determinada época e em determinados locais. 
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB10
Concluímos que embora o Direito e a Moral tenham um fundamento 
comum, possuem características próprias que os distinguem. Se 
inter-relacionam, ao considerarmos que a Moral pressupõe uma fonte 
do próprio Direito, e uma vez que o que é considerado Moral em 
uma sociedade também reflete seu pensamento socioeconômico-
cultural.
Diferença entre Moral e Direito
Pensemos novamente na conclusão a que chegamos algumas linhas 
atrás:
A vida social só é possível, uma vez presentes as regras 
determinadas para o procedimento dos homens, capazes 
também de administrar conflitos.
Ou seja, é em relação à efetividade, e eficácia em determinar o 
comportamento e prever soluções para os possíveis conflitos advindos 
dos diferentes interesses, ou quebra de conduta que a principal 
diferença entre Moral e Direito se demonstra.
Em outras palavras, em função desta diferença fundamental, dentre 
outras, é que a obrigatoriedade de certos comportamentos é alcançada, 
e a conseqüência da quebra destes mesmos comportamentos 
também é administrada.
Qual é então a maior diferença entre direito e moral?
É a punição pelo erro cometido, denominada de SANÇÃO. 
A sanção moral é interna, de foro íntimo. O indivíduo poderá ficar com 
sentimento de culpa, remorso, vergonha, etc. Se descoberto pelos 
seus pares, poderá sofrer uma leve reprovação, constrangimento, etc. 
O castigo afinal lhe será dado pela sua própria consciência na maioria 
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB11
dos casos.
Logo, verificamos que se considerarmos o convívio em sociedade, 
esta sanção é muito precária, subjetiva. O indivíduo tem como único 
condutor e juiz sua própria consciência.
A sanção legal, jurídica ou do direito, se manifesta externamente. De 
forma objetiva ela analisa a ação do homem, o que fez ou deixou de 
fazer.
Observa-se o que é predeterminado no conjunto de regras jurídicas 
para aquela situação e época. Assim, por exemplo, a maquinação do 
ilícito, se não for iniciada, não importa ao direito, uma vez que ficou na 
esfera interna, no pensamento do indivíduo.
A sanção do direito também é mais enérgica, baseada em punição legal 
preestabelecida. O indivíduo não poderá escolher a conseqüência de 
sua desobediência ao mandamento legal. Esta sanção é, portanto, 
objetiva.
Função do direito
Decorre deste aspecto a constatação de que, se considerarmos 
o convívio em sociedade, somente a norma jurídica é eficaz para 
determinar o comportamento do indivíduo além de seus próprios 
interesses ou princípios morais.
Esta determinação comportamental advém da obrigatoriedade de 
observação da norma por todos e pela aplicaçãoda sanção prevista.
Desta forma, com aplicação real destas características, é que o 
Direito cumpre seu ideal, sua função social, que vai muito além da 
formalidade, qual seja:
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB12
• Proporcionar a inevitável convivência de diferentes interesses, 
objetivos, e até mesmo diferentes códigos morais, dentro 
da sociedade de forma harmônica, preservando o bem 
comum;
• Fornecer aos membros desta sociedade a segurança de que 
o desrespeito ao direito individual e a quebra da norma será 
punida de forma obrigatória e efetiva;
• Oferecer caminhos pacíficos para solução de conflitos 
advindos da coexistência social.
Cabe neste momento, chamarmos a atenção para a necessidade de 
dinamismo nestas regras jurídicas. O Direito deve movimentar-se para 
acompanhar o desenvolvimento e/ou modificação da sociedade em 
que está inserido.
O direito não alcançará a plenitude de sua função se não observar a 
necessidade de guarida da realidade social dentro da norma jurídica. 
Por exemplo, não tínhamos a necessidade de regras para veiculação 
de informação e imagem por computadores antes da internet.
A sociedade está constantemente realizando avanços científicos, bem 
como novas possibilidades de trocas e de relacionamentos.
É imprescindível que as regras jurídicas ofereçam limites e viabilizem 
estes avanços de maneira equilibrada. Naturalmente que, sempre a 
realidade estará um pouco à frente do direito, já que não podemos 
prever o futuro...
O que será que, em 2024, por exemplo, poderá ser real e natural na 
sua área de atuação, e que hoje não está ainda presente?
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB13
Direito Objetivo e Direito Subjetivo
Enquanto ciência social, o Direito é único e indivisível. No entanto, 
podemos analisar o Direito sob dois aspectos que nos levam a 
considerar a seguinte subdivisão:
Direito Subjetivo:
Trata-se do direito entendido como o poder de fazer valer interesses 
de pessoas e de empresas, as chamadas pessoas naturais ou físicas, 
e as chamadas pessoas jurídicas.
Direito subjetivo é o poder de ação que estas pessoas possuem, poder 
este concedido pela norma de direito.
Dizemos, então, que subjetivamente, o direito é a faculdade de alguém 
fazer ou deixar de fazer algo de acordo com a norma legal.
Em outras palavras o ato de escolher, dentro da legalidade, o fazer ou 
não fazer, é o direito subjetivo de cada um de nós.
Direito Objetivo:
Trata-se do direito entendido como um conjunto de normas que 
dirigem e orientam a atividade humana, em determinada direção, 
colocando limites definidos.
Objetivamente considerado, o Direito é um sistema de regras 
de conduta, que têm como objetivo obrigar o indivíduo a um 
comportamento eticamente coerente em relação à sociedade em 
que ele vive.
Em outras palavras, é o conjunto dos preceitos impostos a todos os 
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB14
homens para manutenção da ordem social. O direito objetivo está 
presente em todas as esferas, permeia todas as ligações, e relações 
sociais.
Tal qual uma empresa, o direito precisa se organizar e se subdividir, 
de modo a alcançar de forma eficaz e ordenada todos os ramos de 
atividade e relacionamento dentro da sociedade.
Surge então uma grande divisão dentro deste sistema formal e 
objetivo, a saber:
Nesta aula, pudemos refletir acerca do direito e da moral, o papel 
destas regras na 
sociedade, além de individualizar a função específica do Direito no 
aspecto social.
Verificamos também a relação entre estes dois sistemas de regras. 
Sabemos agora que Direito Público e Direito Privado são ramos ou 
subdivisões do chamado Direito Objetivo.
Na próxima aula, prosseguiremos a partir desta primeira divisão. Até 
lá!
Referências Bibliográficas 
BRANCATO, Ricardo Teixeira. Instituições de Direito Público e de Direito 
Privado. São Paulo: Editora Saraiva, 1998.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Editora 
Saraiva, 2004.
FUHRER, Maximilianus C. A. Manual de Direito Público e Privado. São 
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999. 
Direito Público e Direito Privado - UVB
Faculdade On-line UVB15
NASCIMENTO, Amauri Mascaro; PINHO, Ruy Rebello. Instituições de 
Direito Público e Privado. São Paulo: Editora Atlas, 1986.
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. São Paulo: Editora Saraiva, 
1978.
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil – Parte Geral. São Paulo: Editora Saraiva, 
2003.
WALD, Arnoldo. Curso de Direito Civil Brasileiro – Introdução e Parte 
Geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2002. 
Sugestões Bibliográficas
GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. Rio de Janeiro: Editora 
Forense, 2002.
IHERING, Rudolf Von. A luta pelo Direito. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2003.
MARTINS, Ives Gandra; PASSOS, Fernando e colaboradores. Manual de 
Iniciação ao Direito. São Paulo: Pioneira, 1999.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Rio de Janeiro: 
Editora Forense,2001.
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB16
Aula 02
Ramos do Direito Objetivo – 
Direito Público
Objetivos da Aula
Demonstrar os ramos do Direito Objetivo.
Generalidades do Direito Público.
Identificar as subdivisões do Direito Público.
Principais características dos ramos do Direito Público.
Proporcionar ao aluno uma visão prática e objetiva do organograma 
jurídico, tornando-o apto a perceber o relacionamento que existe 
entre os poderes públicos, e entre os poderes públicos e o cidadão.
Localizá-lo dentro deste relacionamento enquanto cidadão, entendendo 
qual o ramo do Direito é aplicado a cada tipo de relacionamento.
Introdução
Nesta aula daremos continuidade ao nosso “organograma” 
denominado Direito.
Sabemos, agora, que Direito Público e Direito Privado são ramos ou 
subdivisões do chamado Direito Objetivo. 
 
Ao preencher os espaços, visualizamos a seguinte estrutura formal do 
Direito Público:
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB17
Iniciaremos nossa aula observando características e finalidades do 
Direito Público.
Breve Histórico
A divisão do Direito em Privado e Público existe desde a Roma Antiga, 
sendo creditada ao jurisconsulto Ulpiano e ao Imperador Justiniano. 
Entretanto, essa divisão não é aceita pacificamente entre os diversos 
autores de Direito. 
Juristas, como kelsen, entendem que existam interferências políticas 
nesta divisão. Outros, como Radbruch, defendem que a divisão é 
essencial ao próprio Direito.
Historicamente, a discussão em torno desta divisão reside no critério 
adotado para a mesma. Com o passar do tempo, a distinção foi se 
abrandando, com as normas adquirindo um duplo aspecto, ora 
privado ora público.
Pensadores do Direito trazem neste contexto a teoria da dupla 
personalidade do Estado, uma personalidade pública, quando munido 
de seu poder de atuação; e outra personalidade, a privada, quando 
realiza contratos tal qual o particular por exemplo.
Na Idade Média, por força de lutas políticas, a distinção entre os dois 
ramos perdeu o realce, retornando posteriormente com a monarquia 
européia no século XVII. 
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB18
Desta época em diante, a distinção cresceu e assumiu caráter mais 
nítido, colocando o Estado na situação privada somente quando atua 
sem autoridade sobre o particular. Porém, permanece a dificuldade em 
delimitar teoricamente os dois campos sem nenhuma interferência.
Para se evitar as múltiplas divagações, alguns pontos fundamentais 
de distinção entre o Direito e o Direito Privado sãofirmados.
Direito Público
Inicialmente esclarece que o termo “Estado” se refere ao Poder Público 
de modo geral, podendo tratar-se de:
País, 
Estado ou 
Município
 
Conjunto de normas que tratam de modo especial da 
regulamentação da atividade do Estado, sua presença no trato 
com o cidadão, suas relações com os demais poderes públicos e 
sua organização administrativa.
O Direito Público cuida, de modo geral, do modo de ser do Estado. 
Sua constituição, organização e funcionamento; relações com outros 
Estados e com os indivíduos.
O Direito Público tem como objetivo primordial e fundamental a 
regulamentação e limitação da atividade do poder público, para o 
bem- estar da coletividade.
As normas de Direito Público colocam limites no exercício do chamado 
Poder de Império do Estado, que visualizamos no poder de mando do 
Estado, situações em que o Estado interfere mais diretamente na vida 
privada. Neste aspecto, as relações de Direito Público são relações de 
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB19
subordinação, de imposição. O que o Estado determina, o cidadão é 
obrigado a obedecer. 
As normas de Direito Público se caracterizam pela imperatividade. É 
vedado ao particular realizar acordos ou convenção que afastem a 
aplicação de uma norma de Direito Público. 
Três esferas de atuação do Estado devem ser analisadas.
O ESTADO SE RELACIONANDO COM OUTRO ESTADO
O poder público também se relaciona com outros poderes públicos. 
Assim temos que o Município tem interesses ora coincidentes, ora 
divergentes do Estado da Federação em que está inserido.
Contratos de colaboração e parcerias muitas vezes são firmados entre 
diferentes Estados, diferentes Municípios, etc.
O poder público é dotado de vida e atua e se relaciona com outros 
de igual força hierárquica ou não. As regras que possibilitam este 
relacionamento de forma harmônica estão abarcadas no Direito 
Público.
Vale lembrar que o objetivo do relacionamento de um Estado com 
outro Estado, deverá ser sempre o bem estar e a necessidade da 
coletividade.
Exemplos deste relacionamento: 
Diferentes Municípios participando de projetos de urbanização;
Acordos comerciais entre dois estados da federação, etc.
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB20
O ESTADO SE RELACIONANDO COM OS INDIVÍDUOS
O poder público constantemente se relaciona com os indivíduos, 
seja para:
- impor comportamentos;
- impedir condutas;
- regular exercício de direitos;
- disciplinar o livre arbítrio do cidadão; etc.
O cidadão deve observar o preceito da norma de Direito Público, uma 
vez que a mesma é imperativa e não permite a análise de conveniência 
de sua aplicação ou não. Por ser dotada desta importante característica, 
qual seja a imperatividade, o Direito Público coloca regras para que o 
Estado exerça seu papel disciplinador de forma harmônica, equilibrada 
e justa, sem abuso de poder. 
O próprio Direito Público determina qual a conduta o cidadão deverá 
adotar sempre que o Estado agir de forma arbitrária e abusiva.
Exemplos deste relacionamento: 
 a. Cobrança de tributos municipais, estaduais e federais; 
 b. Garantias constitucionais, como por exemplo, liberdade de 
locomoção, etc. 
ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO
Sob este aspecto, o Estado assume contornos de empresa, ou 
seja, precisa se auto-organizar para atingir de forma eficiente 
seus objetivos. 
O poder público se divide em órgãos, ora atuando de maneira 
centralizada e ora atuando de forma descentralizada.
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB21
Tal qual uma empresa, o Estado precisa captar e administrar a aplicação 
de recursos, precisa adotar condutas para obter os recursos humanos 
necessários para as diferentes atividades e diferentes esferas de 
atuação do poder público. O Direito Público oferece as regras a serem 
aplicadas neste aspecto. 
 
Exemplos deste relacionamento: 
Organização dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; 
Organização de órgãos públicos, etc.
Para todas estas esferas, valem as características da norma de Direito 
Público, quais sejam:
São Imperativas e não podem deixar de ser observadas por acordo 
entre as partes envolvidas.
O objetivo perseguido pela norma de Direito Público é o bem comum, 
que prevalece sobre o individual.
Manutenção do equilíbrio no relacionamento do Poder Público com 
outro Poder Público e com o cidadão.
Vamos seguir nosso organograma analisando cada ramo do 
Direito Público:
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB22
DIREITO ADMINISTRATIVO
“Conjunto de normas que regem a administração pública”
Este ramo do Direito deve ser constantemente revisado e atualizado 
em seus conceitos, face ao predomínio dos interesses sociais e 
coletivos que devem ser equacionados e resolvidos sob a liderança 
do poder do Estado. 
O Direito Administrativo adquiriu autonomia jurídica e científica 
somente após a Revolução Francesa, ou seja, somente após a queda 
do absolutismo abriu-se a possibilidade para o surgimento de 
uma disciplina jurídica para reger o próprio Estado. Desde então, o 
administrador público sujeita seu comportamento a lei e torna-se 
passível de ser responsabilizado por seus atos perante o povo.
O Direito Administrativo é a base sobre a qual se assenta a ação 
administrativa do Poder Público. O administrador fica obrigado a agir 
para alcançar objetivos de interesse público nos termos escritos da 
lei. Para tal, deve pautar sua ação cotidiana na Constituição Federal, e 
todas as demais leis do país aplicadas para cada ação específica.
A administração pública é obrigada a agir só com base em lei, e, somente 
para alcançar o interesse público. Deve ainda agir concretamente, ou 
seja, prestar serviço público.
O Estado necessita se organizar, atribuir poderes e contratar pessoas 
para viabilizar a efetivação do interesse público.
O ato administrativo pode ser unilateral quando cria, modifica ou 
extingue direitos em relação aos administrados, seus servidores ou 
em relação à administração pública.
Exemplo: 
Exoneração (demissão) de servidor público.
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB23
O ato administrativo pode ser bilateral quando se refere aos contratos 
realizados pela administração. 
Exemplo: 
Compra de insumos para órgão público.
DIREITO CONSTITUCIONAL
“Conjunto de normas que regem a organização política de um país”
O Direito Constitucional é o conjunto de regras que instituem a 
organização do Estado, regulam a divisão e atuação dos poderes 
Legislativo, Executivo e Judiciário, os órgãos e funções do governo, 
fixando os limites e as relações com os governados. Trata, também, 
dos direitos e garantias individuais entre outros direitos relacionados 
ao Estado e o cidadão.
O estatuto básico do Direito Constitucional é a Constituição, 
também chamada de Carta Magna, Lei Máxima e Lei Maior, porque 
todas as demais leis e ordenamentos do País não podem contradizer 
os direitos, deveres e garantias explicitados na Constituição Federal.
Toda lei que, total ou parcialmente, contrarie ou transgrida um 
preceito da Constituição, diz-se que é uma lei inconstitucional, que 
tem um vício que a anula e deve ser declarada como inconstitucional 
pelo poder competente, que é o Poder Judiciário.
Alguns autores denominam o Direito Constitucional como superdireito, 
porque estabelece por meio da constituição, os princípios e normas 
gerais que informam os demais Direitos; tendo com os outros ramos 
do Direito uma posição de superioridade. 
A Constituição Federal do Brasil foi promulgada em 05 de 
outubro 1988.
Direito Publico e Privado- UVB
Faculdade On-line UVB24
Promulgada significa que foi elaborada por uma Assembléia 
Constituinte e eleita pelo povo especialmente para esse fim.
As normas constitucionais não podem ser modificadas por uma lei 
comum, mas somente por um emenda à Constituição. Atualmente, a nossa 
Constituição diz que a emenda deverá ser discutida e votada em cada casa 
do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal). 
Todo cidadão deve ler, pelo menos, o artigo 5 da Constituição 
Federal que trata dos direitos e garantias fundamentais. Estes 
direitos são, fundamentalmente, de oposição ao próprio Estado; 
embora se reconheça a existência de alguns direitos dessa natureza 
que são exercitáveis contra os particulares. Ë um instrumento de 
limitação estatal.
Modernamente, os direitos individuais, além de assegurarem ao 
indivíduo uma área na qual o Estado não pode intervir, impõem ao 
Estado também uma atuação positiva. O Estado deve prestar algo ao 
cidadão.
Vale ainda ressaltar, que todas as cláusulas da Constituição que 
tratam dos direitos e garantias individuais são chamadas de 
cláusulas pétreas, ou seja, intocáveis; não será objeto de deliberação 
a proposta de emenda para abolir estes direitos.
A mesma regra vale para as cláusulas que determinam a forma 
federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico, 
a separação dos poderes. 
As cláusulas pétreas, portanto, se firmam como uma importante 
garantia na relação entre o cidadão e o Estado. 
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB25
DIREITO PENAL
“Conjunto de normas que definem os fatos de natureza 
criminal e disciplinam a sua repressão”.
Direito Penal é o complexo de normas pelas quais o Estado mantém 
a ordem jurídica, prevendo os delitos e as penas, e reprimindo a 
delinqüência ou atos anti-sociais. 
É o Direito Penal que estabelece quais condutas são consideradas 
crimes ou delitos, e quais condutas são consideradas contravenções. 
Portanto, através do Direito Penal fica pré-estabelecida qual 
conduta é considerada reprovável para a sociedade.
O Direito Penal estabelece, ainda, qual a punição ou sanção 
preestabelecida para o indivíduo que incorrer no delito ou 
contravenções descritas.
Este sistema traduz segurança para a sociedade e para cada 
indivíduo individualmente em vários aspectos:
 todos sabem antecipadamente qual é a conduta reprovável;
 todos sabem antecipadamente qual a sanção prevista para 
quem desrespeitar o mandamento legal;
 a sociedade está protegida do abuso de poder estatal, uma 
vez que a conduta do cidadão só poderá ser punida se 
anteriormente descrita em uma lei penal;
 a sociedade está protegida da vingança privada, uma vez que, 
somente o poder público tem autoridade para determinar 
as condutas reprováveis, qual a punição e ainda aplicar a 
punição ao caso concreto.
A principal lei do Direito Penal é o Código Penal Brasileiro. 
Existem também outras leis de caráter penal, como é o caso da Lei 
das Contravenções Penais, da Lei de Imprensa, etc.
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB26
DIREITO PROCESSUAL
“Conjunto de normas que estabelece o modo de solução 
dos conflitos”.
O Direito processual surge como elemento primordial na solução 
dos conflitos jurídicos que fatalmente surgem da convivência 
social, uma vez que o homem não consegue manter perfeitamente 
o ideal de harmonia. 
O conjunto de princípios e preceitos do Direito Processual rege 
o exercício jurídico em sua função de solucionador de conflitos, 
repressor de condutas, e permite a necessária organização do poder 
público para realizar estas funções.
 
O Direito Processual estabelece de que forma o Estado irá exercer seu 
direito de punir o cidadão. Através do Direito Processual, o Estado atua 
na punição e repressão de condutas não desejadas pela sociedade, 
mas de forma uniforme, organizada e controlada. 
O Estado aplica a punição e calcula a quantidade, ou severidade 
da pena, dentro de critérios que são pré-determinados no Direito 
Processual. Portanto, trata-se de um instrumento que gera segurança 
social e individual, pois todos os indivíduos serão punidos com o 
mesmo critério.
 
O próprio andamento do processo judicial obedece às regras 
estabelecidas no Direito Processual. Vale dizer que todos os envolvidos 
em um processo, advogados, juízes, promotores, etc, devem conduzir 
seus atos observando tais regras.
Novamente segurança social e individual: todos os indivíduos 
serão beneficiados com processos judiciais que são conduzidos de 
forma igualitária. 
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB27
 Quando o conflito ou conduta a ser reprovada estiver na área 
penal, aplicam-se as regras do Código de Processo Penal.
 Quando o conflito ou conduta a ser reprovada estiver na área 
cível, aplicam-se as regras do Código de Processo Civil.
DIREITO TRIBUTÁRIO
“Conjunto de normas e princípios que disciplinam a atividade 
tributária do estado”.
Para cumprir seu fim, o Estado necessita de fontes de recursos na 
esfera federal, estadual e municipal. Busca estes recursos através 
de empréstimos, parcerias, etc.
O principal meio de obter recurso do poder público é a tributação, 
cobrança de tributos, estabelecendo-se uma relação jurídica entre o 
Estado e o indivíduo (contribuinte).
Vale colocar as principais características e espécies do tributo.
Características:
 prestação que o contribuinte dá ao Estado;
 obrigatoriedade da prestação;
 prestação de caráter monetário;
 prestação deve ser instituída por lei;
 a cobrança deve ser feita pela administração pública e 
segundo os procedimentos legais.
Espécies de tributo:
 impostos;
 taxas;
 contribuição de melhoria;
 empréstimo compulsório;
 contribuições especiais.
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB28
O Estado pode, pelo seu poder tributário, exigir dos que estão a ele 
juridicamente subordinados, uma parte de sua riqueza para fins públicos. 
Se o Estado pudesse arbitrariamente, ou seja, livremente exercitar este 
direito, teríamos um fator de insegurança e injustiça social.
Por meio do direito tributário, o Estado é limitado e organizado para 
este fim. Os tributos só podem ser exigidos quando pré-estabelecidos 
e dentro dos critérios determinados na lei tributária.
O Estado tem direito às prestações tributárias nos termos do 
direito, como também só nos termos do Direito está o contribuinte 
a elas obrigado.
O Direito Tributário é instrumento de segurança social e individual, 
pois estabelece qual tributo, forma e critério de exigência do tributo; 
tratando todos os cidadãos de forma igualitária.
As regras básicas do Direito Tributário estão no Código 
Tributário Nacional. 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
“Conjunto de normas pertinentes às relações exteriores do estado”.
O Estado necessariamente se relaciona com outro Estado igualmente 
soberano. Este relacionamento, tal qual a sociedade, precisa se realizar 
de forma equilibrada e harmônica dentro da ordem mundial.
Interesses divergentes, princípios e culturas distintas muitas vezes 
se chocam, e surge a necessidade de administração de conflitos. O 
Direito Internacional Público coloca princípios e regras para reger 
os direitos e deveres internacionais dos Estados e dos indivíduos; 
também chamado, pela sua característica universal, de Direito 
das Gentes. 
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB29
O Direito Internacional Público busca possibilitar esta relação entre 
sociedades diferentes, e fornece instrumentos para solucionar os 
conflitos que surgem nestas relações. 
Os estudiosos do Direito Internacional Públicose ocupam e 
preocupam-se com as questões das guerras, sendo impossível bani-
las; muitas vezes tentam submetê-las às regras da humanidade.
O Direito Internacional Público busca, além de preservar futuras 
gerações da solução de conflitos pela guerra, também promover 
progresso social, melhores condições de vida e liberdade ampla. Tudo 
isto dentro de uma ordem mundial, tendo como ideal o bem-estar de 
todos os povos, ou, de todas as gentes. 
O Direito Internacional Público tem importância na medida em que:
 define condições para a existência autêntica de um País;
 fornece estrutura para relações diplomáticas;
 exige o cumprimento de regras para que se opere o 
comércio internacional;
 determina os direitos humanos individuais; 
 regula a proteção ambiental mundial, incluindo as normas 
de uso sobre a terra, o ar e o mar.
O instituto do Direito Internacional toma rumos mais relevantes ante o 
cenário globalizado que se descortina atualmente, abrangendo regras 
e princípios relativos aos interesses da sociedade humana, tendo em 
vista a interdependência entre os Estados.
A Carta das Nações Unidas, assinada em 1945, no seu preâmbulo 
justifica a união das nações, dispondo sobre:
 a fé nos direitos fundamentais do homem;
 a igualdade de direitos entre homens e mulheres e entre as 
grandes e pequenas nações; 
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB30
 justiça e respeito para com as obrigações originadas de 
tratados e outras fontes de Direito Internacional;
 manutenção da paz, da liberdade, do progresso social 
e econômico. 
Cada vez mais, na ordem social são necessários o estudo e 
conhecimento do Direito das Gentes, as relações internacionais se 
ampliam e os povos, ainda que geograficamente distantes, possuem 
relações próximas e muitas vezes interdependentes.
Todas estas relações devem ser viabilizadas se preservando a soberania 
de cada Estado Nação envolvida.
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
“Conjunto de normas pertinentes a particulares com interesse 
em outro país”.
O Direito Internacional Privado busca regular interesses de particulares, 
que por alguma razão estão sob ordenamento de leis de países diversos.
Existem situações em que o indivíduo tem interesses particulares em 
diferentes nações. Neste caso, o Direito Internacional Privado aplica 
regras de tempo e territorialidade para que se defina, no caso concreto, 
a lei ou país que será aplicada em favor dos interesses do indivíduo.
Preocupa-se em disciplinar as relações individuais de cidadãos de 
Nações diferentes, membros de uma comunidade universal ou 
internacional. Procura dirimir os conflitos que surgem nas relações 
entre as pessoas na órbita privada, pessoas que estão individualmente 
ligadas a países diferentes.
Um indivíduo pertencente a um País e que recebe herança em outro 
necessita saber qual lei de sucessão deverá obedecer?
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB31
Casal de diferentes nacionalidades tem filho nascido em um terceiro país. 
Como será tratada a nacionalidade?
Brasileiro que pretenda fazer doação a uma pessoa residente em outro 
país, como procederá?
Estas e outras questões devem ter lei aplicada para viabilizar o interesse 
do particular, considerando o envolvimento de países diferentes, 
respeitando a soberania destes países.
No Brasil, as normas de Direito Internacional Privado estão 
condensadas, entre outras, na Lei de Introdução ao Código Civil, de 
1942, do artigo 7 em diante. 
DIREITO DO TRABALHO
“Conjunto de normas que disciplina a relação entre empregados 
e empregadores”.
Desde já, cumpre frisar que a colocação do Direito do Trabalho no 
Direito Público ou Privado divide a opinião dos estudiosos do Direito, 
sendo que a maioria o considera primordialmente matéria de Direito 
Privado; uma vez que disciplina a relação jurídica entre empregados 
e empregadores.
Alguns não o consideram nem publico e nem privado, mas um terceiro 
gênero denominado “Direito Social”. 
Cuidaremos, portanto, de estudar nesta aula o caráter publicista do 
Direito do Trabalho, ou as normas do Direito Trabalhista de cunho ou 
efeito de ordem pública. Dentro deste contexto, o Direito do Trabalho 
adquire caráter público visto a proteção que o Estado dispensa a 
fragilidade do trabalhador.
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB32
O Direito do Trabalho, com seu conjunto de regras, procura viabilizar a 
convivência entre o que é visto como “o poder do capital” e “a fragilidade 
do empregado”. Busca-se harmonia entre o capital e o trabalho.
Vale considerar que, para fins trabalhistas, “empregado”, é quem presta 
serviços subordinados e não eventuais para terceiro, mediante salário; 
relação que é absolutamente necessária para o crescimento econômico da 
sociedade.
Não é empregado, para fins de proteção da Lei Trabalhista, o 
trabalhador autônomo, o funcionário público regido pelos estatutos 
dos funcionários públicos, e, os funcionários de autarquias regidos 
pelos estatutos da autarquia. Sendo, no entanto, permitido ao serviço 
público e autárquico a contratação sob o regime da Lei Trabalhista. 
Algumas normas do Direito do Trabalho, como já mencionados, 
possuem características de Direito Público:
 são regras tuteladas pelo Estado;
 não dependem da vontade do empregado ou empregador 
para serem aplicadas;
 são aplicadas em todas as relações trabalhistas 
indistintamente;
 não podem ser negociadas pelo empregador e empregado;
 ainda que o empregado disponha do direito explicitado 
nestas regras, esta disponibilidade não é reconhecida 
como válida.
São regras, ou normas do Direito Trabalhista, consideradas inegociáveis 
nos contratos de trabalho, impedindo que o poder do capital seja 
utilizado com abuso, e protegendo o trabalhador de abrir mão de 
certas vantagens para alcançar o objetivo empregatício.
Traduzem-se por verdadeiras garantias certas e seguras ao trabalhador. 
São exemplos destas normas do Direito do Trabalho de caráter público:
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB33
 garantia de salário não inferior ao mínimo;
 repouso semanal remunerado;
 obrigatoriedade de registro na carteira de trabalho e 
previdência social;
 direito a férias.
Em matéria trabalhista, vigora o Princípio da Irrenunciabilidade dos 
Direitos, a vontade das partes está restrita aos preceitos de ordem 
pública contidos nas nossas leis.
Nesta esteira de entendimento, o artigo 9 da Consolidação das Leis do 
Trabalho, declara nulo todo ato praticado com o objetivo de desvirtuar, 
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos nela contidos.
Encerramos observando que a nossa legislação trabalhista é 
considerada, por juristas de todas as partes, um conjunto de normas 
mais avançadas do mundo.
Esta aula foi dedicada a fornecer características essenciais de cada 
um dos ramos do Direito Público.
Nosso objetivo foi permitir uma visão geral da atuação de cada 
subdivisão, além de salientar quais as características que devem 
estar presentes para que uma norma seja classificada como de 
Direito Público.
Em nosso próximo encontro discutiremos as generalidades e 
subdivisões do Direito Privado.
Direito Publico e Privado - UVB
Faculdade On-line UVB34
dica:
Não deixe acumular sua leitura. Leia sempre o material de referência 
e anote suas dúvidas! Publique-as na área de ajuda. 
Se desejar sugira tema para debate. Em breve realizaremos um fórum.
Bom estudo.
Professora Eliane.
Referências Bibliográficas
BRANCATO, Ricardo Teixeira. Instituições de Direito Público e de Direito 
Privado. São Paulo: Editora Saraiva, 1998.
FUHRER, Maximilianus C. A. Manual de Direito Públicoe Privado. São 
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999. 
MARTINS, Ives Gandra; PASSOS, Fernando e colaboradores. Manual de 
Iniciação ao Direito. São Paulo: Pioneira, 1999.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro; PINHO, Ruy Rebello. Instituições de 
Direito Público e Privado. São Paulo: Editora Atlas, 1986.
Sugestões Bibliográficas
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Editora Campus, 
1992.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: 
Editora Saraiva, 1997.
REALE, Miguel. Filosofia do Direito. São Paulo: Editora Saraiva, 1972.

Continue navegando