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ANEXO IX – MODELO DE PAPER DE ESTÁGIO
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS INFANTIS: PROMOVENDO A IMAGINAÇÃO E O LÚDICO
Silvane Inês Caczmareki
Prof. Orientador: Letiane Lemos Nobre
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED1790)- Paper de Estágio I
13/06/2019
RESUMO
Este trabalho relata a vivência do Estágio Curricular Obrigatório I -Estágio I– Docência na Educação Infantil tendo em vista as Metodologias e as didáticas utilizadas em sala de aula, as experiências vividas o contato direto com os alunos onde se pode vivenciar e aplicar atividades sobre o tema que teve como base a Contação de Histórias Infantis: Promovendo a Imaginação e o Lúdico. A Contação de histórias é uma estratégica pedagógica que pode favorecer de maneira significativa a prática docente na educação infantil. A escuta de histórias estimula a imaginação, educa, instrui, desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o processo de leitura e escrita, além de ser uma atividade interativa que potencializa a linguagem infantil. A ludicidade com jogos, danças, brincadeiras e Contação de histórias no processo de ensino e aprendizagem desenvolvem a responsabilidade e a autoexpressão, assim a criança sente-se estimulada e, sem perceber desenvolve e constrói seu conhecimento sobre o mundo. Em meio ao prazer, à maravilha e ao divertimento que as narrativas criam, vários tipos de aprendizagem acontecem.
 
Palavras-chave: Contação de histórias. Práticas Educativas. Ludicidade. Educação
1 INTRODUÇÃO
O tema escolhido para o Estágio Curricular Obrigatório I – Estágio I- Docência na Educação Infantil foi a Contação de Histórias Infantis: Promovendo a Imaginação e o Lúdico.
A área de concentração está inserida na formação e profissionalização docente, onde as metodologias são amplas e pode-se trabalhar temas diversificados, não apenas limitando-se à uma área específica.
Quanto à natureza a pesquisa será básica, quantitativa e descritiva. Os materiais e métodos utilizados foram de caráter observatório, onde 20 horas observou-se a turma do Pré B, (pré-escolar B de 5 anos) e regencial, onde foram ministradas 20 horas/aula.
Durante muito tempo o ato de contar histórias nas escolas era tido como uma forma de entreter, distrair e relaxar as crianças, e ainda em algumas instituições continua a ser assim. Mas neste século XXI tem ressurgido a figura do Contador de Histórias, ou o Professor/Contador de Histórias, e a sua importância no âmbito educacional e emocional das crianças, com presença certa em bibliotecas, feiras de livros, livrarias e escolas. Esse antigo costume popular pertencente à tradição oral, vem sendo resgatado pela educação como estratégia para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita – a formação do leitor passa pela atividade inicial do escutar e do recontar.
O trabalho teve como objetivos elaborar as regências de forma criativa e lúdica; identificar o quanto a leitura, o livro e a Contação de Histórias prendem a atenção da criança, e solta sua imaginação e verificar a eficácia de regências diversificadas, e as formas de contar histórias e contos.
Para melhor compreensão das atividades do Estágio Curricular Obrigatório-ESTÁGIO I – DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL, as mesmas foram organizadas em 3etapas. A primeira etapa correspondeu a preparação do estágio, na qual foi escolhida como instituição concedente a Escola Municipal de Ensino Fundamental Catulino Pereira da Rosa, localizada na Rua Barão do Rio Branco, número 1010, centro, Dom Feliciano, Rio Grande do Sul, Brasil, na qual foram observadas quatro aulas, totalizando 20 horas de observação.
 A turma escolhida foi Pré-Escolar B, da qual fazem parte 19 alunos com idade de 5 anos, que tem como professora regente Ana Angélica Moura. Ainda nesta etapa, seguindo o roteiro de observações coletaram-se dados da instituição escolar, como também da turma escolhida. As etapas que sucederam as observações foram quatro regências, onde pode-se realizar as atividades propostas no projeto, e que com certeza foram muito significativas e gratificantes.
As motivações que fizeram escolher este tema, através da interdisciplina de Literatura Infanto-Juvenil e Aprendizagem, são as reflexões sobre a importância da socialização da criança de 05 anos na educação infantil, o desenvolvimento pessoal e do gosto pela leitura, que pode ser desenvolvido utilizando a Contação de histórias. Quem ouve histórias desenvolve capacidades como o entendimento e compreensão, tornando-se um leitor crítico e formador de opinião. Da mesma forma, o uso da Contação de histórias são respostas as necessidades infantis, sendo utilizado de forma fantasiosa revelando situações que levam a criança liberar sua imaginação, o pensamento. Da mesma forma, os estudos oportunizaram uma reflexão sobre esta etapa de formação e também como ser indivíduo e parte integrante de uma sociedade onde se deve estar comprometido. 
A escola onde o Estágio foi realizado, conta com uma boa estrutura física, as salas são amplas e bem conservadas, possuem os materiais necessários para serem utilizados com as crianças, pracinha, refeitório, banheiro dentro e fora da sala.
As crianças seguem uma rotina que é imprescindível para que possam sentir-se seguros. A professora regente, consegue dominar a turma, que estão bem avançados em relação as letras, números, cores, formas. Acredita-se que sairão lendo e escrevendo no final do ano letivo.
Este trabalho está estruturado de forma que possa ser entendido facilmente, tendo como parte inicial o resumo e a introdução após segue-se com o desenvolvimento onde está abordado o tema com mais riqueza de detalhes sobre o assunto. Em seguida estão descritas as vivencias do estágio, onde relata-se os momentos e todas as atividades realizadas, e na parte final fala-se das impressões do estágio, ou seja, tudo aquilo que proporcionou experiências sejam elas boas ou ruins, no caso das impressões aqui relatadas não será citado nenhum ponto negativo, pois as impressões foram as melhores possíveis.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
2.1 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS
Na antiguidade a Contação oral de histórias era vista sob um olhar inferior à escrita, apesar disso os povos se reuniam ao redor da fogueira e contavam suas lendas e contos, disseminando a sua cultura e os seus costumes; reunir-se para ouvir histórias era uma atividade dos simplórios, isto explica por que durante tanto tempo esta prática foi rejeitada pela sociedade. Essas lendas e contos eram histórias do imaginário popular pertencentes à memória coletiva, destinadas, a ouvintes, adultos e crianças, que não sabiam ler.
Segundo Malba Tahan (1961, p.24) “até os nossos dias, todos os povos civilizados ou não, tem usado a história como veículo de verdades eternas, como meio de conservação de suas tradições, ou da difusão de ideias novas”.
O homem descobriu que a história além de entreter, causava a admiração e conquistava a aprovação dos ouvintes. O contador de histórias tornou-se o centro da atenção popular pelo prazer que suas narrativas proporcionavam.
Sendo assim, por muito tempo o contar histórias foi uma atividade oral: as histórias, reais ou inventadas, eram contadas de viva voz. Na idade média o contador era respeitado em todos os lugares onde ia. Os trovadores obtinham entrada em palácios e aldeias contando histórias, do gosto popular. Com o aparecimento da escrita, surgem, ao lado das histórias orais, as histórias escritas e, com essa, surgiram tanto a história, propriamente dita, como relatos de eventos que se acredita terem de fato acontecidos, como a literatura, ou seja, relatos de eventos de imaginação (ficção).
A literatura infantil nasce dos contos populares por isso a Contação de histórias é a origem da literatura.
A criança e o adulto, o rico e o pobre, o sábio e o ignorante, todos, enfim,ouvem com prazer as histórias- uma vez que essas histórias sejam interessantes, tenham vida e possam cativar a atenção”. A histórianarrada, lida, filmada ou dramatizada, circula em todos os meridianos, vive em todos os climas, não existe povo algum que não se orgulhe de suas histórias, de suas lendas e seus contos característicos ( TAHAN, 1961,p.16).
Desta forma, as possibilidades que o uso da contação de histórias propicia são inúmeras, além de divertirem os alunos, atinge muitos outros objetivos, entre eles, instruir, educar e socializar, desenvolvendo a inteligência e a sensibilidade das crianças. Tornando-se uma fonte inesgotável de prazer, emoção e conhecimento no cenário infantil, ou seja, quando se conta uma história é percorrido um caminho infinito de descobertas e compreensão do mundo, em que o lúdico e o prazer torna-se peças condutoras no estímulo à leitura e para a formação de alunos leitores.
No contexto escolar da educação infantil, etapa em que os alunos não dominam ainda a leitura através de palavras, as atividades lúdicas (brincadeiras, músicas, Contação de histórias e etc.) são de fundamental importância para a efetivação da leitura.
Os Referenciais Curriculares Nacionais sugerem que:
[...] os professores deverão organizar a sua prática de forma a promover em seus alunos: o interesse pela leitura de histórias [...]. Isto se fará possível trabalhando conteúdos que privilegiem a participação dos alunos em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas, etc. propiciar momentos de reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor (BRASIL, 1997, vol.3, pp. 117, 159).
É importante salientar que a criança constitui através da leitura, significados que podem melhorar sua qualidade de vida, propondo um resgate da autoestima e do autoconhecimento, conscientizando-a de que todos são capazes de superar suas próprias dificuldades e limitações, levando-a a encontrar caminhos que despertam a compreensão de si e do mundo e as novas descobertas que contribuirão para o seu conhecimento e crescimento pessoal e social. Os contos dão à criança a oportunidade de projetar sonhos e anseios por meio da fantasia, conduzem a sua autonomia e a crença na transformação de suas fraquezas em potenciais para vencer desafios, adotar novas posturas, pensar com criticidade e mudar sua história.
2.2. A importância dos Contos na Educação Infantil 
São construídas e desenvolvidas durante os primeiros anos de vida da criança, maneiras particulares de ser e esquemas de relações com o mundo e com as pessoas. Suas matrizes de relações são construídas a partir de sua interação com o meio: o seu comportamento emocional, individualização do próprio corpo, formação da consciência de si, são processos paralelos e complementares do desenvolvimento da criança (em seus primeiros anos) e é nesta fase que prevalecem os critérios afetivos sobre os lógicos e objetivos.
De acordo com Piaget (1975), as crianças adquirem valores morais não só por internalizá-los ou observá-los de fora, mas por construí-los interiormente através da interação com o meio ambiente. Nesta fase, ouvir histórias (principalmente os contos), entre outras atividades, é possibilidade real de desenvolvimento e aprendizagem. 
3 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
A Contação de história é uma atividade lúdica, artística e pedagógica podendo estar ao alcance do professor na sala de aula como um instrumento de trabalho, um recurso importante para o aprendizado do aluno, e consequentemente, para a formação do aluno leitor. Segundo Abramovich (1991), é através de uma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo... O professor quando conta uma história, está fazendo uma ponte entre o leitor e o livro, criando um elo imaginário, contribuindo para aquisição da linguagem, estimulando a observação, facilitando a expressão de ideias e desenvolvendo a capacidade cognitiva de perceber o livro como um instrumento de informação. Para Coelho (2001), a história não acaba quando chega ao fim, ela permanece na mente da criança, que a incorpora como um alimento de sua imaginação criadora. Além de ser uma atividade lúdica, o ato de contar histórias trabalha a emoção, a socialização, a atenção, é uma nova forma de ensinar e de aprender.
Se, adquirindo o hábito da leitura, a criança passa a escrever melhor e a dispor de um repertório mais amplo de informações, a principal função que a literatura cumpre junto a seu leitor é a apresentação de novas possibilidades existenciais, sociais, políticas e educacionais. (CADEMARTORI, 1986, p.19-20).
Quando lemos para as crianças pequenas estamos mostrando o mundo em sua plenitude, ajudando-as a olhar, pensar e entender essa imensidão a que todos nós pertencemos. A Contação de histórias, além de apresentar o mundo, oferece à criança um sentimento de pertencer à cultura e à família, nos aproximamos afetivamente dela: na entonação da voz, na escolha de uma história que consideramos interessante, além de apresentar o mundo em toda sua complexidade. Cagiari (1998) destaca que os pedagogos que trabalham ou trabalharam na escola infantil sabem a importância da hora do conto para as crianças pequenas e conhecem o fascínio que podem exercer sobre elas através desta atividade. Na educação infantil os professores devem ser incentivadores do hábito da leitura. Contar ou ler histórias para as crianças desde pequenas será de grande importância para despertar nelas o gosto pela leitura e assim contribuir para o seu desenvolvimento e aprendizagem.
4 HABILIDADES QUE O PROFESSOR DEVE TER AO CONTAR HISTÓRIAS
O grande segredo para ser um bom contador de histórias é ler muito, ler tudo e não ter pressa para contar a história. Quem conta deve estar disposto a criar uma cumplicidade entre a história e o ouvinte, oferecendo espaços para a criança se envolver e não pode nunca ser um repetidor mecânico do texto que ele escolheu contar.
Para contar uma história – seja qual for – é bom saber como se faz. Afinal, nela se descobrem palavras novas, se entra em contato com a música e com a sonoridade das frases, dos nomes... Se capta o ritmo, a cadência do conto, fluindo como uma canção... Ou se brinca com a melodia dos versos, com o acerto das rimas, com o jogo das palavras... Contar histórias é uma arte... e tão linda!!! É ela que equilibra o que é ouvido com o que é sentido, e por isso não é nem remotamente declaração ou teatro... Ela é o uso simples e harmônico da voz. (VASCONSELOS, 1991, p.18)
Como garantia de uma boa narração são necessários elementos como originalidade, surpresas, agilidade da Contação e a expressividade. Abramovich (1991), coloca ainda que, contar histórias é uma arte, que não pode ser feita de qualquer jeito, pegando qualquer livro, sem nenhum preparo. E quando isso acontece a criança logo percebe que o narrador não está familiarizado com a história e existe uma grande chance de no meio da história o narrador empacar ao pronunciar alguma palavra, fazer as pausas nos momentos errados e perder o rumo da história. O professor que conta história, abre as portas da imaginação infantil, levando a criança para um mundo maravilhoso e mágico, repleto de ternura, carinho e suspense. Portanto, ao contar uma história o professor deve conhecer bem o enredo, pois assim estará se envolvendo com o tema, vivendo-o e emocionando-se. É importante também ter uma voz clara e agradável, que se modifica de acordo com a situação e os personagens. Dosar e não exagerar na carga de emoção.
Coelho completa: ¨Estudar uma história é, em primeiro lugar, divertir-se com ela, captar a mensagem que nela está implícita e, em seguida, após algumas leituras, identificar os elementos essenciais. ¨ (2001, p.21). Para as crianças da Educação Infantil é importanteque as histórias tenham linguagem simples, clara e de acordo com os interesses e maturidade. Devem ter uma narrativa interessante e agradável que despertem a curiosidade e a imaginação.
Na hora do conto, o professor deve ser capaz de transformar o clima em mágico, fazendo com que o aluno, de uma forma descontraída, concentre-se e consiga descobrir outros tempos, lugares e culturas. Narrar a história de forma descontraída, é uma maneira de prender a atenção das crianças, com narrativas curtas e atraentes, usando a entonação da voz, falar baixinho quando o personagem é calmo, aumentar o tom de voz quando é exaltado. Também se podem usar recursos variados para ajudar no sucesso da narrativa.
Para a Contação de histórias, o contador deve tomar alguns cuidados, pois as histórias devem ser escolhidas dentro de um tema. No planejamento didático do professor, a Contação deve ser pensada dentro de um contexto para que ela seja uma atividade prazerosa e que também suscite o desenvolvimento da competência de ler e interpretar. Não basta apenas contar a história: é preciso, a partir da Contação, propor atividades, instigar a imaginação, incitar o raciocínio crítico da criança, atividades que à escola cabe desenvolver, embora muito antes da experiência escolar através do estímulo da família essa prática deva ser usual. A Contação de história não pode ser vista apenas como um passatempo. Deve ser compreendida como uma possibilidade de se ampliar a competência de ler e interpretar.
Segundo Abramovich (1997, p. 23), "o ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo. Afinal, tudo pode nascer dum texto!" A partir da Contação, dependendo da criatividade e dos objetivos que se quer alcançar, há diversas possibilidades de desenvolvimento do aluno, em que as competências de ler e escrever são cruciais. Abramovich (1997) entende que “ouvir e ler histórias é também desenvolver todo o potencial crítico da criança. É poder pensar, duvidar, se perguntar, questionar... É se sentir inquieto, cutucado, querendo saber mais e melhor ou percebendo que se pode mudar de ideia... É ter vontade de reler ou deixar de lado de uma vez...”.
5 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O I Estágio Curricular Obrigatório - ESTÁGIO I – DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL, na graduação de Licenciatura plena em Pedagogia, com o tema: Contação de Histórias Infantis: promovendo a imaginação e o lúdico foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Catulino Pereira da Rosa, localizada na cidade de Dom Feliciano , Rio Grande do Sul, com a turma do Pré-Escolar B de 05 anos, no turno da manhã. Nem todos os alunos residem na cidade, alguns dependem de transporte escolar. A turma com idade de 05 anos é composta por 19 alunos, tendo 2 alunos portadores de necessidades especiais. A professora Titular é formada em Pedagogia com especialização em Educação Infantil, a turma também conta com a ajuda de uma estagiária/ monitora, que auxilia a professora.
Os alunos já mostram avanços significativos para a idade. Sabem escrever o nome, reconhecem as letram, associam com palavras e sons, assim também com os números, cores e formas. Mostram durante as regências muita curiosidade, atenção e o mais importante: o interesse e o silêncio que fizeram durante os momentos onde aconteceu a Contação de histórias. 
Nas 20 horas de observação pode-se ver que gostam do diferente, apreciam novas descobertas e o mais importante: são curiosos.
Ao elaborar os planos de aula, tudo foi pensado minuciosamente feito muitas pesquisas para que o que fosse apresentado como atividade pedagógica despertassem o interesse deles. E despertou. E como foi gratificante. 
No decorrer das 4 aulas onde foram feitas as regências, foi trabalhado com os alunos atividades diversificadas, contando também que o tempo não é muito, pois possuem as suas rotinas, o que é muito importante. 
Pode-se trabalhar com letras, números, contar histórias, mostrar vídeos, e trabalhou-se a coordenação motora fina, através de atividades como labirinto, pontilhado, entre outras. Foram três ciências abordadas durante as regências: português, matemática e ciências.
Na aula de Ciências trabalhou-se a metamorfose da borboleta, onde foi contada a história da metamorfose desde o início, após olharam um vídeo e para encerrar foi contada a história da lagarta Zezé. Gostaram muito de todos os momentos. Pediram para que fosse recontada a história e também pediram para ver o vídeo novamente. Durante a Contação da história, que durou 9 minutos, usou-se de objetos de animação flores, animais, insetos, árvores, feitos de EVA em uma maquete que tinha um lago, grama e areia.
Foram contadas três histórias: do coelhinho da páscoa, a história das letras e da lagarta Zezé. A escola tem como projeto na Educação Infantil a Lagarta Comilona, o que fez com que fosse abordado o tema, e também a história trás uma lição de vida muito bonita.
Também levei á eles a sacolinha da leitura, onde cada dia um leva a sacolinha juntamente com um ursinho de pelúcia. E os pais, ou avos leem para eles, até o dia 09/05 estava dando muito certo.
A supervisora da Educação Infantil ficou encarregada de cuidar desta atividade, pois gostou e disse que pediria as outras professoras das outras turmas que fizessem igual.
6 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
As impressões do Estágio foram muito positivas, acredito não ter tido nenhuma impressão ruim. Conseguiu-se alcançar todos os objetivos propostos, de forma tranquila e prazerosa.
As crianças, sem exceções, realizaram todas as atividades que foram elaboradas, e realizavam com alegria. Em relação aos contos e histórias da literatura infantil as impressões foram surpreendentes. E o que fez com que tudo isso fosse possível e colaboram para que o estagio acontecesse de forma livre em relação aos conteúdos, onde pode-se trabalhar examente os temas pensados e prospostos, foram a professora, supervisora e direção da escola.
Isso é um ponto muito positivo em relação à estágios. Muito ouve-se falar que escolas não gostam de estágiários. Esse também é outro assunto a ser questionado, porque se o estagiário respeita as normas da escola, trata todos com respeito, cumpre os horários e não causa nenhuma perturbação para a escola, acredita-se que muitas vezes as histórias não são bem contadas.
Os objetivos propostos foram alcançados.
Cada estágio que se realiza é diferente. Em cada etapa e em cada estágio pode-se aliar teorias com práticas e o que torna isso mais gratificante é quando consegue-se atingir os objetivos e a semante começa a germinar e dar frutos.
Este I estágio na Educação Infantil , com certeza, deixou muitas contribuições em relação as vivências e práticas pedagógicas. É na Educação Infantil que se desperta as curiosidades, as vontades, os bons hábitos.É nessa idade que as opiniões e as idéia começar a fazer sentido. E aqui é o momento de se aproveitar o máximo e descobrir as múltiplas inteligências.
Para que tudo isso tome forma e cor é preciso investir em profissionais capacitados. Professores que trabalham com amor e vontade. O educador deve pautar seu trabalho a partir de seu planejamento, de acordo com as necessidades das crianças para que elas tenham um adequado desenvolvimento escolar.
A Educação Infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral nos aspectos físicos, psicológicos, social e intelectual, a partir do que foi exposto percebe-se a importância do trabalho de literatura Infantil, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade. Com isso objetiva-se o pleno desenvolvimento integral contribuído para que as crianças sejam capazes de crescerem como cidadãos de direitos.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 2.ed. São Paulo: Scipione;1991
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação.Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília : MEC/SEF, 1997.
CADEMARTORI, L. O que é literatura infantil? 6.ed. São Paulo : Brasiliense, 1994.
CAGIARI, Luiz. A respeito de alguns fatos do ensino e da aprendizagem da leitura e da escrita pelas crianças na alfabetização. In: ROJO, Roxane (Org). Alfabetização e Letramento. São Paulo: Mercado de Letras, 1998. (Coleção Letramento, Educação e Sociedade).
COELHO, Beth. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 2001.
PIAGET, J. A Formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagens e representações. RJ: Zahar Editores, 1975c.
TAHAN, Malba. A arte de ler e contar histórias. 2. ed. Rio de Janeiro: Conquista, 1961.
VASCONCELOS, Bárbara, A Literatura Infantil. Visão Histórica e Crítica, Global, ed., 3ªed., S P., s.d,1991.

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