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Seminário sobre diferenças de gênero

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Participação no mercado de trabalho e no trabalho doméstico: 
Homens e mulheres tem condições iguais?
Andriely Cordeiro
Danielle Apolinário
Laura Verbena
Mayara Ellen
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O principal objetivo desse estudo é verificar se as diferentes participações dos gêneros no trabalho doméstico pode ter influência sobre as diferentes condições no mercado de trabalho. 
O fluxo de entrada e participação das mulheres no mercado de trabalho se intensificou na década de 50 do século passado. 
Nos Estados Unidos da América a participação da mulher aumentou de 34% no início da década de 50, para 60% no final do século passado. 
No Brasil a participação da mulher no mercado de trabalho era de cerca de 18% na década de 70, porém segundo informações do IBGE, em 2002 essa participação atingia os 50%. Ao mesmo tempo a diferença de salário entre mulheres e homens diminuía drasticamente, passando de 50% no início da década de 90 para menos de 30% no início dos anos 2000. Na Europa essa diferença é de aproximadamente 15% e está estável desde 2003. 
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Existem sinais visíveis, ao analisar o salário de homens e mulheres com maior nível de educação, que existe pouca participação de mulheres em cargos mais elevados nas empresas. 
Os modelos econômicos competitivos tentam explicar essa diferença fazendo uso de hipóteses fortes sobre as preferências individuais e os objetivos da família. Uma das possibilidades estudadas é que a diferença na remuneração das mulheres tem um aspecto social através de seu trabalho não somente para o mercado, mas também para a manutenção da ordem dentro da família. 
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Jornada de trabalho e impacto no salário de homens e mulheres
Retorno de pesquisas voltadas no papel da produção familiar, de obrigações domésticas a mercado de trabalho. O tema ficou conhecido como New Home Economis.
A escolha de participar de um casamento se dá quando os ganhos se superpõem aos custos. 
A maximização da renda familiar não representa o bem-estar total da família.
Influência do poder econômico exercida por um dos membros do casal nas tomadas de decisão, e por consequência na satisfação dos outros membros dessa família.
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Perpetuação de um ciclo vicioso que desconsidera o ambiente social em que essas escolhas foram feitas e o modelo econômico que as solidifica, classificando o trabalho doméstico como uma atividade "feminina".
Um aumento do poder de barganha da mulher influencia positivamente sua condição e a de seus familiares com relação a saúde e bem-estar.
No Brasil, as mulheres inseridas no mercado de trabalho ainda mantêm elevada participação no trabalho doméstico. Bem como a jornada de trabalho de caráter econômico e à ligada a reprodução social das famílias é mais elevada no Brasil que em países desenvolvidos.
Em uma linha mais próxima da psicologia, um estudo constatou que em 49% de sua amostra os pais não participavam no desenvolvimento de hábitos de seus filhos e as mães não contribuíam economicamente para o sustento da família.
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Descrição dos dados disponíveis e formas de modelar as escolhas
Pesquisa nacional de amostras por domicílios.
206.496 indivíduos/ R$1.634,00 por mês.
 
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A realidade atual e perspectivas do trabalho doméstico: constatações trabalho doméstico: constatações empíricas empíricas
O instrumento de pesquisa utilizada foram tabelas e elas mostram uma discrepância entre homens e mulheres nos quesitos de trabalho familiar e a renda adquirida no mercado. 
 Conclui-se que quando que quando a mulher trabalha fora, o salário não é compatível com os dos homens, mesmo exercendo tarefas iguais, sua remuneração é sempre inferior.
A presença de cônjuge, para mulheres, aumenta o número de horas trabalhadas; já para os homens, a presença de esposa na família reduz essa participação.
Com relação às regiões, aparentemente os homens da região sul têm maior participação no trabalho doméstico. E as mulheres do sudeste são as que mais contribuem em horas de trabalho para a família.
A educação possibilita aos indivíduos a percepção de condições de desigualdade, necessidade e possibilidades de negociação por elas dentro da família. 
Todos resultados expressam que o aumento da renda individual implica diminuição do trabalho doméstico para quaisquer indivíduos.
Caso os homens, mantendo suas características, tivessem seu número de horas de trabalho doméstico calculado através da regressão estimada para as mulheres, eles trabalhariam, em média, 14 horas a mais por semana do que se tivessem o mesmo cálculo através da regressão deles mesmos. As mulheres, por sua vez, trabalhariam 18 horas a mais por semana se o cálculo das horas for feito pela regressão estimada com dados das mulheres do que com os dados dos homens.
A participação da mulher no mercado de trabalho, não somente com relação ao tempo dedicado a ele, mas, principalmente, com o aumento de sua remuneração frente ao total da renda familiar, impacta positivamente sua condição de barganha na família, implicando uma menor participação no trabalho doméstico. Educação, horas de trabalho no mercado e fatores regionais também apresentam o mesmo efeito.
Comparando homens e mulheres com características iguais, através de Oaxaca, podemos concluir que características sociais e de formação de normas e condutas para os diferentes gêneros têm grande influência na participação dos indivíduos no trabalho doméstico. 
Conclusões
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