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Direito Constitucional I - 2º Bimestre


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Princípios constitucionais → art. 1º, CF , “caput”.
Princípios: Federativo; 										 Republicano; 										 Democrático.
Traduzem-se no núcleo duro da CF 1º Princípio Republicano: * Res Publica é de todos e para todos; * Forma de governo; * Se contrapõe a monarquia; * Se fundamenta na igualdade, no princípio da isonomia e o povo determina a governabilidade; * Principal característica: temporariedade do poder; * Prestação de contas: dever do acountabillity; * Desrespeito a estas normas; * Cláusula pétrea implícita. E – Estruturação M – Manutenção
2º Princípio Federativo: * - Federação → Soberania 									- Estados → autonomia. * Etimologia: “Foedus”, “Foedera”, “Foederis”( significa aliança, pacto, união). * Elementos: E I – Poder de autonomia política dos entes federativos descentralização política; E II – Participação dos entes federativos na formação da vontade do todo (senadores); E III – Poder de auto constituição; M IV – Rigidez constitucional; M V – necessidade da existência de um órgão responsável pela guarda da constituição. 
Conceito: Federação é a união de entes autônomos (união, estados, municípios e distrito federal) descentralizados politicamente através de competências constitucionalmente previstas que atuando de forma conjunta formam o Estado soberano. 
*No Brasil – 1891; * Status jurídico – Cláusula pétrea; * Princípio da indissolubilidade da federação; * Formação de Estado.
3º Princípio Democrático: * Regime de governo; * “Democracia é o governo do povo, para o povo e pelo povo”; * Império da lei → Administrado; → Administração. * Espécies: → Direta (povo decide – plebiscito/referendo); → Indireta (povo escolhe representante); → Semi-direta (nossa democracia). 
Estrutura da CF de 1988
Preâmbulo: É adotado pelo STF, como irrelevância jurídica. → Conforme José Miranda: a) 1º Tese: Irrelevância jurídica: O preâmbulo por não se situar no domínio do direito, mas sim da política não possui qualquer relevância ou influência para o mundo do direito. (Adotada pelo STF). b) 2º Tese: Plena eficácia jurídica: Reconhece ao preâmbulo a mesma eficácia jurídica das demais normas constitucionais. c) 3º Tese: Relevância jurídica indireta: Em que pese o preâmbulo sirva de orientação na identificação das características constitucionais não se confunde com as suas normas. → ADI (Ação declaratória de constitucionalidade) – 2076 -5. → Portanto, podemos dizer que o preâmbulo: a) Não se situa no âmbito do direito constitucional; b) Não possui força normativa; c) Não é norma de observância obrigatória pelos entes da federação; d) Não serve de parâmetro para o controle de constitucionalidade; e) Não constitui limitação à reforma constitucional.
Parte Dogmática: Títulos: I – Dos princípios fundamentais; II – Dos direitos e garantias fundamentais; III – Da organização do Estado;IV – Da organização dos poderes; V – Da defesa do Estado e das instituições democráticas; VI – Da tributação e do orçamento; VII – Da ordem econômica e financeira; VIII – Da ordem social; IX – Das disposições constitucionais gerais.
 Ato das disposições constitucionais transitórias (ADCT) → Regras transitórias; → Regras que asseguram uma transição harmoniosa entre ordens constitucionais. * Possuem mesma hierarquia das normas dogmáticas; * Podem sofrer e servir de parâmetro para o controle da constitucionalidade.
Normas Constitucionais 
→ Norma jurídica: A norma jurídica produz efeitos no mundo dos fatos, moldando a realidade de acordo com os seus comandos. Suas peculiaridades, pessoal, poder de coerção, ou seja, o poder que tem quer cumprido sobre aquele que aquela ela foi imposta. (As normas jurídicas são estruturas fundamentais do Direito e nas quais são gravados preceitos e valores que vão compor a ordem jurídica. A norma jurídica é responsável por regular a conduta do indivíduo, e fixar enunciados sobre a organização da sociedade e do Estado, impondo aos que a ela infringem as penalidades previstas, e isso se dá em prol da busca do bem maior do Direito, que é a Justiça).
→Normas constitucionais: Luiz Roberto Barroso a) Superioridade hierárquicas: Por emanar diretamente da soberania popular (poder constituinte) as normas constitucionais tornam - se automaticamente superiores às demais normas que possuem seu berço nos poderes constituídos. b) Natureza de linguagem: Em regra a CF eminentemente principio logica com alto grau de generalidade abstração e indeterminação construindo menor intensidade normativa. c) Conteúdo especifico: Em regra as normas constitucionais possuem um objetivo de estrutura e organização do Estado, o que o faz através das matérias tipicamente constitucionais. d) Caráter politico: A constituição federal e portanto suas normas, legitimam poder transferido pela sociedade ao Estado, bem como limitam o poder do Estado perante a sociedade . - É então unicidade constitucional, as normas constitucionais possuem um poder de se fazer cumprir perante ato normativo e hierarquicamente inferior que venha ofender ( vir) seus ditames e oque o faz pelo controle de constitucionalidade. 
2) Classificação das normas constitucionais:
2.1) Normas formais e Materiais: a) normas constitucionais Materiais: Aquela q possui a matéria tipicamente constitucional.
b) Normas constitucionais Formais: Tornam se constitucionais devido a vontade do constituinte, através de procedimento especifico, tornar qualquer norma constitucional ainda que não possua uma essência tipicamente constitucional .
2.2) Normas regras e normas princípios: a) Regras: Tais normas possuem baixa carga valorativa, bem como, não dependem de vasta interpretação hermenêutica para sua aplicação, visto que são criadas já com vistas a um fato concreto. b) Princípios: Possuem alta carga valorativa, dependendo de um extenso trabalho hermenêutico (estudo da interpretação) para sua aplicação, visto serem genéricas e abstratas sendo portando multifuncionais suprindo lacunas e harmonizando o ordenamento jurídico.
1) Classificação das normas constitucionais quanto a eficácia – Rui Barbosa (Em desuso) a) Normas “SELF EXCCUTING”: → Auto executáveis → São as normas que possuem eficácia jurídica plena por regulamentarem de pronto e diretamente o conteúdo de seu texto. São as normas bastantes em si. b) Normas “NON SELF EXECUTING”: → São as normas constitucionais que por necessitarem de regulamentação ulterior não produzem qualquer efeito. 2) Classificação por José Afonso da Silva (Em decadência) a) Normas constitucionais de eficácia plena: → São as normas que produzem desde o seu advento e sem qualquer necessidade de complementação futura todos os seus efeitos. Possuem aplicabilidade direta, imediata e integral. → Ex: Art. 18, § 1º, CF 											 57, CF 											 69, CF. b) Normas constitucionais de eficácia contida: → Redutível ou Restringível; → Desde sua entrada em vigor produzem todos os seus efeitos não obstante ato normativo posterior poderá vir a restringir ou reduzir os efeitos dessa norma. Possuem aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral. → Ex: art. 5ª, VIII, XIII, XXII, CF 										 136 e 141, CFc) Normas constitucionais de eficácia limitada: → No momento em que a norma é promulgada não possui a capacidade de produzir seus efeitos fazendo-se necessário o advento de ato normativo infraconstitucional que lhe regulamenta e lhe dê eficácia. Possuem aplicabilidade mediata e indireta. Não obstante possuem eficácia negativa, visto que no mínimo impossibilitam regramento contrário ao seu comando. → Ex: art. 37, VII, CF. c.1) Programáticas: São as normas que preveem a estruturação por parte do Estado de programas estatais de cunho social que demanda uma constante evolução. → Ex: Direito a saúde, art. 196, CF;										 216, §3º, CF. c.2) Princípio institutivo: Contém esquemas gerais de estruturação de instituições, órgãos ou entidades. → Ex: art. 88, CF.
Trabalho: 1) Explique poder constituinte. O poder constituinte é a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, que o exerce por meio dos seus representantes (Assembleia Nacional Constituinte). “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” (art.1º, parágrafo único da CF). Tendo em vista que o Poder Legislativo, Executivo e Judiciário são poderes constituídos, podemos concluir que existe um poder maior que os constituiu, isto, o Poder Constituinte. Assim, a Constituição Federal é fruto de um poder distinto daqueles que ela institui. →O poder constituinte divide-se em: a) Poder Constituinte Originário; b) Poder Constituinte Derivado. 
2) O que é poder constituinte originário? O poder constituinte originário estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-se e criando os poderes destinados a reger os interesses de uma sociedade. Não deriva de nenhum outro, não sofre qualquer limite e não se subordina a nenhuma condição.   Ocorre Poder Constituinte no surgimento da 1ª Constituição  e também na elaboração de qualquer outra que venha depois.
3) Explique quais são as características do poder constituinte originário. As características do poder constituinte são: Inicial - não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado;
Autônomo / ilimitado - não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo anterior;  não há nenhum condicionamento material;
Incondicionado - não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para manifestação de sua vontade;  não está submisso a nenhum procedimento de ordem formal
4) O que é assembleia nacional constituinte e como ela é formada? Uma assembleia constituinte é um organismo colegiado que tem como função redigir ou reformar a constituição, a ordem político-institucional de um Estado, sendo para isso dotado de plenos poderes ou poder constituinte, ao qual devem submeter-se todas as instituições públicas. Também é definido como a "reunião de pessoas, representantes do povo, que têm a responsabilidade de ditar a lei fundamental de organização de um Estado ou modificar a existente". Neste sentido, a assembleia constituinte é um mecanismo representativo e democrático para a reforma total da constituição. A formação de uma assembleia constituinte pode-se dar de duas maneiras: →Assembleia Constituinte exclusiva que é um organismo criado dentro da ordem política e institucional de um Estado, esta é dotada de plenos poderes, para propor uma reforma ou a criação de uma nova constituição. A assembleia é composta por parlamentares eleitos com a incumbência exclusiva de elaborar um texto constitucional, esta é declarada dissolvida assim que alcançado o objetivo. →Assembleia ordinária eleita entra em processo constituinte. Embora não obrigatoriamente, é comum convocar um referendo para a aprovação popular de uma nova carta. A assembleia constituinte, sendo um órgão extraordinário, é dissolvida assim que a nova constituição, por ela elaborada, entra em vigor. É formado por deputados e senadores eleitos.