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Medicalização do Luto na Infância

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CENTRO ACADÊMICO BRAZ CUBAS
PROJETO INTEGRADOR IV
LARISSA FERNANDA BONO FRESNEDA
MEDICALIZAÇÃO DO LUTO: INFÂNCIA E PERDAS 
MOGI DAS CRUZES
2018
RESUMO 
Períodos de alegrias e de tristezas fazem parte da experiência de vida de cada pessoa e somos obrigados a acreditar que temos que viver felizes sempre. Vivemos numa sociedade onde temos tempo determinado para sofrer por uma perda, transformando todo sofrimento não aceitável em patologia. Um exemplo dessa realidade é a medicalização do luto. Nesse trabalho procuro mostrar a definição de medicalização do luto na infância, conceituando o luto normal e o patológico de acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística de Trantornos Mentais, e mostrar que a terapia é a forma mais adequada para a criança enfrentar esse período tão conturbado e superar suas perdas.
Palavras-chaves: Medicalização, luto, infância e perdas.
INTRODUÇÃO
Vivenciar momentos de alegrias e de angústias fazem parte da experiência de cada indivíduo, e somos impelidos a conviver com a ideia de felicidade constante em nossas vidas. O sofrimento é categorizado como dispensável e transformado em patologia. Um exemplo dessa realidade é a medicalização do luto. O luto que segue a perda de algo ou alguém estimado, independentemente de sua forma concreta ou simbólica, não é uma doença, mas sim um processo de adaptação que é necessário que se siga sendo variável de pessoa para pessoa. Porém, o período do luto não se restringe apenas a presença de morte, mas em toda a privação, separação, rompimento, nas mudanças que ocorrem ao longo da vida. É comum que durante este processo de adaptação o indivíduo apresente um comportamento irregular.
Os procedimentos de medicalização no cuidado da população adulta durante períodos de sofrimentos subjetivos foram estendidos também às crianças, sendo essa evolução de tratamento infantil influenciada desde o âmbito médico-psicólogo até o meio escolar. A existência dos sofrimentos subjetivos é banalizada de modo que sejam naturalizados, provocando a culpabilização dos indivíduos pelas alternâncias da vida.
Assim, a medicalização pode suceder tanto de desvios sociais ou de comportamento quanto de segmentos naturais da vida. O exemplo mais evidente de segmento natural da vida medicalizado é o processo do luto.
Uma das principais abordagens do projeto é conceituar e refletir sobre a medicalização infantil frente ao processo de luto concreto ou simbólico e para que isso seja possível salientaremos aspectos sobre a medicalização e sua ligação com a infância. Embora a psicologia entenda o luto como um processo natural da vida frente a uma perda, o conceito de luto tem sofrido mudanças em seus aspectos sociais e culturais. 
Além disso, outra abordagem se faz necessária nesse projeto, descrever as mudanças apresentadas no DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais) para o processo de luto, e entender a concepção de luto patológico. Logo, a cada atualização do manual são acrescidas novas patologias, salientando o anseio de tudo saber e a busca descontrolada em classificar todas os fenômenos da humanidade.
PROBLEMA
Levando em consideração a excessiva utilização dos recursos médicos em todos os aspectos da vida, é questionável então o tempo necessário que crianças e adolescentes podem sofrer pela perda de alguém ou de algo realmente importante para eles na sociedade em que estão inseridos. Então o que leva os cuidadores a buscarem medicamentos como forma de intervenção para tratá-los durante este período de luto? A dor da perda deveria ser medicada?
HIPÓTESE
Parte-se da hipótese de que a melhor intervenção para o luto é a medicalização, para evitar os desvios de comportamento dessas crianças, mas o que ocorre de fato é a desculpabilização dos cuidadores quanto ao sofrimento infantil fazendo com que muitos acreditem que medicar a dor da perda é justificável apesar de todos os riscos a curto e longo prazo para a saúde física e mental da criança. 
OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Identificar as circunstâncias que levam os cuidadores à intervenção medicalizadora ao invés de buscarem meios menos invasivos ao tratamento infantil no período de luto.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Visando atingir o objetivo geral, elencamos importantes objetivos específicos, são eles:
Conceituar o processo de medicalização;
Definir o que é o período de luto;
Entender o que é o luto patológico perante o DSM-5;
Compreender os desvios de comportamentos das crianças e adolescentes;
Analisar as variações de eventos que poderiam ser resolvidos sem a mediação médica.
MEDICALIZAÇÃO
Nas últimas décadas os procedimentos médicos evoluíram demasiadamente, contudo, o campo médico começou a englobar questões cotidianas que antes não eram tidas como problemas clínicos, processo que Ivan Illich (1975) chamou de medicalização da vida. Para Conrad (1992) isso significa dizer que um problema foi definido em termos médicos, por meio do uso da linguagem médica, da adoção de explicações médicas e de um tratamento para a condição.
O elevado número de explicações médicas para dificuldades de comportamento vem modificando nosso modo de pensar sobre nossa liberdade de escolha e responsabilidade pelo nosso comportamento. Isso quer dizer que, se considerarmos que o comportamento agressivo de uma criança seja causado por uma anormalidade neurológica, então esse comportamento é encarado como se nem a criança, nem seus pais pudessem conscientemente controla-lo, requerendo assistência médica (Timimi, 2010).
A concepção de medicalização é um ponto assíduo no pensamento social, e ainda nos dias de hoje segue tendo grande relevância em todos os campos que ela abrange. No Brasil, o principal estudioso foi Michel Foucault, sendo precursor para tantos outros autores. Em geral, a medicalização denota algo suspeito derivado da criação ou incorporação de um problema “não médico” ao aparato da medicina (Rose, 2007).
A medicalização está relacionada diretamente como um desvio social, onde ao mesmo passo que a área da saúde começou a fazer parte da vida familiar e escolar, o campo médico assumiu papel de agentenormalizador destes desvios. Ainda neste contexto, os desvios sociais passam a ser cada vez mais medicalizados, isto é, são denominados como doenças que necessitam ser tratadas.
De acordo com Peter Conrad (2007) a medicalização é o processo pelo qual fenômenos ‘não-médicos’ são definidos e tratados sob a esfera da medicina. Desta forma, a medicina age cada vez mais sobre quase todos os aspectos da vida. É nesta soma que a morte passa a ser um momento de intervenção das práticas médicas. A produção de uma “boa morte” está associada ao fluxo da vida daquele indivíduo único e singular, uma vez que medicalização e individualização são processos intrinsecamente vinculados e articulados (Menezes e Gomes, 2011).
	
LUTO
Embora a morte e a perda sejam experiências universais, seu contexto é cultural e histórico (Papalia e Feldman, 2013).
Ao longo da história foi percebido as transformações nos modelos sociais ao se lidar com as perdas, mudando assim a forma como a sociedade enfrenta o período de luto. A insuportável dor vivenciada, a impotência e a fragilidade também ajudaram para que o cenário das perdas seja um momento tão conflitante e sofrido. O que para Àries (2003) fez com que a perda trouxesse angústia para os enlutados e para aqueles que estavam a sua volta e, portanto, precisava ser escondida e lembrada o mínimo necessário, as crianças deixaram de fazer parte dos rituais, e a dor do luto passou a ser envergonhada e limitada aos momentos de solidão.
Worden (1998) escreve que a perda desestabiliza o mundo assim como é conhecido, fazendo com que o luto, como um processo, seja um período para reorganização da cognição, emoção, bem-estar fisiológicoe do mundo sem a pessoa. 
Normalmente a atitude do individuo perante uma perda é o luto, sendo diferente de pessoa para pessoa depedendo do vínculo afetivo que há nessa perda. Esses vínculos podem ocorrer entre pessoas, com animais ou objetos materiais. Todos esses contextos têm na quebra do vínculo, um processo de luto (Kovács, 1998).
Para Kubler-Ross (2005) o luto transcorre por cinco estágios: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. A negação pode ser definida como um mecanismo de defesa ou uma recusa para aceitar a perda, podendo ocorrer em qualquer estágio do luto. Já a raiva é o estágio onde o individuo expressa toda a sua revolta, tornando-se muitaz vezes agressivos; também é o estágio onde se procura um culpado por aquela perda, um período de grandes questionamentos. A barganha é entendida como uma tentativa de prorrogar os medos e angústias sentidas pela perda, normalmente se apegando as suas crenças e religião por meio de promessas como formas de intervenção divina. Enquanto a depressão pode ser conceituada como um momento onde a aceitação está mais próxima, nesse estágio ocorre um momento de reflexão sobre a vida. E por fim, a aceitação. Nesse estágio a pessoa encontra-se em paz e consegue seguir em frente, apesar da sua perda. 
Segundo Worden (1998) o enlutado precisa completar uma etapa para poder passar para a próxima, até completar o processo de luto. E o autor descreve essas etapas da seguinte forma: aceitação da realidade da perda, elaboração da dor da perda, adaptação ao ambiente e resignificaão da perda.
Além disso, a vivência social do luto dentro de um contexto cultural nos evidencia como devemos de fato viver esse luto, partindo então desse contexto surge a concepção da experiência normal e patológica do luto.
DSM – V
Em sua quinta edição, o DSM-V tem sido alvo de duras críticas devido à crescente quantidade de diagnósticos que englobam situações do cotidiano a âmbito patológico, como é o caso do luto.
No DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais), assim como nas suas versões anteriores, o luto é padronizado como “normal” ou “patológico”, dependendo do seu período de duração. No manual o luto “patológico” é referenciado como diagnóstico diferencial do transtorno de humor Episodio Depressivo Maior, por partilhar atributos de transtornos de humor. Ainda no manual a definição de luto “normal” se dá “se os sintomas começaram dentro do período de doze meses após a perda e não persistirem para além desses doze meses, são geralmente considerados como resultante do luto” (DSM – V, 2013). Assim se o luto persistir e a sua duração for superior ao período de doze meses ele já é categorizado como luto “patológico”, sendo diagnosticado como Episódio Depressivo Maior. No entanto, o diagnóstico ainda não é oficial, o Manual visa distinguir o luto “normal” do luto “patológico” apenas pelo tempo de vivência desse período e pelo o que é considerado socialmente aceito, não levando em consideração a subjetividade de cada individuo.
Agnés Aflalo (1994) indaga que, apesar de suas pretensões cientificas, o DSM não cita nenhum estudo científico para embasar suas conclusões. Diante desta indagação, ficou perceptível os laços financeiros entre os que produzem o Manual e as grandes empresas farmacêuticas, gerando dúvidas da veracidade dos diagnósticos e posterior tratamento medicalizante. 
A partir do questionamento da autora, tentamos entender então o que de fato é a “medicalização da infância” nos dias de hoje, pois cada vez mais é imposta para crianças e adolescentes diagnósticos advindos do Manual, patologizando sintomas que são característicos da infância, sem buscar de fato o seu real significado.
MEDICALIZAÇÃO DO LUTO NA INFÂNCIA
 Segundo Papalia e Feldman (2013) a perda e o processo de adaptação à essa situação de ausência podem afetar praticamente todos os aspectos da vida de quem sofreu a perda. A infância é rodeada de perdas, sejam elas concretas como a morte de um ente querido ou sejam elas simbólicas como a mudança de escola ou de cidade, como a criança vai reagir perante essas perdas é subjetiva, podendo elas se recuperarem rapidamente ou nunca se recuperarem.
Ainda de acordo com Papalia e Feldman (2013) o modo como a criança demostra o luto depende do desenvolvimento cognitivo e emocional (Tabela 1). Às vezes a criança expressa a dor do luto por meio da raiva, do comportamento explicito ou de recusa em aceitar a perda. De acordo com Zisook e Shear (2009) o tempo de duração e intensidade do luto varia de acordo com as experiências vivenciadas, a personalidade da pessoa, idade, saúde mental, número de perdas e tipo de perda.
Como já foi mencionado no capitulo anterior, a definicação do luto para o DSM- V nada mais é do que o transtorno de humor e adaptação, sendo determinado por uma soma de sintomas emocionais, biológicos e comportamentais devido a perda. Loizã, Elkis e Cols. (2007) mostram a necessidade da atenção às situações repetidas e prolongadas, por apresentarem maior chance de desenvolvimento futuro de depressão e pior prognóstico. No caso das crianças os principais sintomas apresentados são: ansiedade, choro, frustação, angústias, isolamento, irritabilidade, impulsividade, agressividade, perda de apetite, distúrbios de sono e agitação, levando importante prejuízo nos âmbitos social e principalmente educacional. Mas a novidade está no fato de se acreditar que esses comportamentos sejam sintomas de um transtorno mental tratável com medicamentos (Conrad e Schneider, 1992). Assim que os “comportamentos problemas” foram sendo agregados pela medicina, e que a prática de medicalização foi transformada em aceitável e socialmente desejável por aqueles que estão passando por essa fase, adveio uma alteração de postura frente à infância medilicalizada. De crianças mal-educadas e agressivas, elas passaram a serem vistas como doentes, não sendo mais responsabilizadas por seus comportamentos. Essa retirada de culpa também recai sobre os cuidadores, pois agora a culpa seria toda acarretada a um transtorno e não a eles, gerando um grande alívio. Podemos afirmar, que a medicalização do processo de luto na infância está mais associada com o meio social em que a criança está inserida do que com ela mesma, pois a medicalização não beneficia somente a criança, mas principalmente seus cuidadores.
O periodo de luto se configura como um momento que requer atenção e assistência profissional, com o intuito de minimizar o sofrimento na infância e evitar a necessidade de uso de medicamentos, apesar de muitos acreditarem que de fato a melhor intervenção em casos de desvio social infantil no processo de luto seja realmente a medicalização. Loizã, Elkis e Cols. (2007) julgam o apoio social e familiar como de grande importância para a criança, além de psicoterapia breve e focal. 
METODOLOGIA
Foi ultizado o método de pesquisa bibliográfica com fontes de pesquisas primária (artigos) e secundária (manual, livros e artigos de revisão), com a finalidade de tentar compreender o processo de medicalização do luto na infância.
RESULTADOS OBTIDOS
Após conhecer algumas definições essenciais a respeito do luto e sobre a medicalização, fica evidente que os autores entendem que há uma diferença de fato entre o luto normal e o luto patológico apresentado no DSM-V, contudo, não vão de encontro com a forma de intervenção encontrada através da medicalização da infância, salientando qua há outros meios de intervenção tão eficazes quanto para uma melhora significativa da dor da perda.
Ainda foi possível entender sobre as causas que levam os cuidadores a buscarem por esse tipo de ajuda e os tipos de comportamentos que as crianças apresentam nesse período. Apesar de as intervenções médicas serem julgadas por sua eficácia, as consequências sociais da medicalização ocorrem independentemente dessa eficácia médica (Conrad, 1992). 
CONCLUSÃO
As facilidadesem tomar uma pílula, em vez de enfrentar medos e situações não muito agradáveis, fazem com que as pessoas busquem o tratamento medicamentoso, com a promessa de alívio para suas dores e conflitos (Guarido, 2010). Ou seja, o padrão médico nos mostra um olhar positivo para todo desvio de comportamento, com respostas rápidas e eficientes para esses problemas. As pessoas confiam sua vida ao profissional da medicina e acreditam piamente em tudo o que é imposto, mesmo que não necessitem dessa intervenção.
O medicamento é o recurso terapêutico mais utilizado na medicina e em quase todas as áreas no âmbito da saúde, por ser de fácil acesso ao profissional, por ser mais potentes contra qualquer desvio e principalmente por ser mais barato que outras formas de intervenção como no caso de psicoterapia e atendimentos especializados dentro das escolas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como finalidade salientar que o luto é um processo necessário para se superar uma perda, que interfere no emocional da criança. Parkes (1998) coloca que o processo do luto tende a causar desconforto, alterar funções, aumentar níveis de ansiedade, em potencial maior para as crianças que estão em processo de formação cognitivo e estão apredendo o significado de perda. Mas é possivel que esse periodo tão doloroso possa propor uma oportunidade de crescimento para essa criança, tanto emocional quanto cognitivo.
Vale ressaltar que a partir das alterações do comportamento infantil, os cuidadores busquem por ajuda e é de grande importância que o profissional que o atenda saiba reconhecer quando é realmente necessário a intervenção com medicamentos e quando essa necessidade não ocorre, mostrando o leque de alternativas que os cuidadores tem para com essa criança, fazendo com que elas sintam-se seguras e saibam que suas reações não são “anormais”.
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