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INFECÇÕES DOS TRATOS RESPIRATÓRIOS SUPERIOR E INFERIOR

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INFECÇÕES DOS TRATOS RESPIRATÓRIOS SUPERIOR E INFERIOR
INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR (ITRS)
Infecção aguda do trato respiratório
- Grande motivo de consulta na urgência
- Grande causa de absenteísmo no trabalho 
- Tipos: trato respiratório superior e inferior
Fatores
diminuição de temperaturas e de umidade relativa do ar > diminuição da resposta imune > mais infecções
baixas de temperaturas > aglomeração de pessoas e maior qntd de vírus circulante > aumento do contágio e mais infecções
Mecanismos de defesa do TR: 
- Microbiota normal da orofaringe
- Filtração aerodinâmica (tosse, broncoconstrição, bloqueio do ar)
- Movimento broncociliar
- Secreções de orofaringe e vias aéreas (saliva e muco) – lactoferrina, complemento, surfactante, fibronectina, alfa-antitripsina, lisozima, imunoglobulina
- Linfócitos bronquiais
- Macrófagos alveolares
Fatores que alteram os mecanismos de defesa
- tabagismo, alterações de consciência, alcoolismo, desnutrição, corpo estranho, idade avançada e diabetes descontrolada
Microbiota normal do TR
- residentes comuns: estreptococcus orais, neisseria, corineobactérias, cocos anaeróbios, candida albicans, streptococcus mutans
Locais onde esses agentes podem infectar
Infecções agudas comuns
- resfriado comum
- faringite e amigdalite
- parotidite
- otite e sinusite
- epiglotite
- infecções da cavidade oral
- laringite e traqueíte
Resfriado comum: 
Vírus: rinovírus e coronavírus (50%)
Transmissão: aerossol primário ou contato direto
Incubação: 1 a 5 dias
Diagnóstico: clínico
Sintomas: coriza, faringite, cefaleia, mal-estar, espirros, tosses, febre branda ou ausente, faringite
Tratamento: considerar sintomas e descongestionante nasal – cura 48 horas
Diferenciar resfriado e gripe
Resfriado
Agente causador: vírus
Início dos sintomas: progressivo
Sintomas: coriza, congestão nasal
Febre: ausente ou baixa
Grau de exaustão: leve/moderada
Evolução: rápida recuperação
Complicações: leves ou moderadas
Ocorrência: todo ano
Gripe
Agente causador: vírus influenza
Início dos sintomas: súbito
Sintomas: calafrios, mialgia, queda do estado geral, tosse, dor de garganta
Febre: normalmente alta
Grau de exaustão: importante
Evolução: 1 a 2 semanas, comumente evolui com tosse, no 4º ou 5º dia que perdura até duas semanas
Complicações: severas (pneumonia)
Ocorrência: sazonal (outono/inverno)
Faringite e amigdalites
Dor de garganta
Geralmente infecciosa
Cerca de 70% causada por vírus
A principal causa bacteriana é o Streptococcus beta hemolítico do grupo A (S. pyogenes)
Apresentação
Eritematosa
Eritematopultácea
Pseudomembranosas (difteróide, diftérica)
Ulcerosas: superficial ou ulceronecrótica
Quadro clínico: odinofagia, febre, calafrios, queda do estado geral, astenia, cefaleia, artralgias, otalgia reflexa, linfonodos cervicais
Eritematosa (eritemato-catarral)
Hiperemia + exsudato catarral
Virais: adenovírus, vírus respiratório sincicial, vírus de Epstein-Barr, citomegalovírus
Sintomas: febre, mal-estar, anorexia
Amígdalas: hiperemiadas e hipertrofiadas
Hemograma: leucócitos normais ou diminuídos, com aumento de linfócitos
Sem complicações
Purulante (eritema-pultácea)
Exudato esbranquiçado ou purulento aderente
Sintomas: indisposição geral e febre alta
Amígdalas: exudato purulento, nos orifícios de abertura das criptas ou em sua superfície
Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda
Agentes etiológicos: S. pyogenes, H. influenzae, Epstein Barr (mononucleose)
Faringite estreptocócica
Streptococcus beta hemolítico do grupo A (S. pyogenes)
Causa 15-30% das faringites agudas nas crianças e 5-50% nos adultos
Rara em menores de 3 anos, pico 5 a 15 anos
Em 0,3 a 3% dos casos as amígdalites estreptocócicas evoluem para febre reumática
O tratamento antimicrobiano adequado evita a FR na maioria dos casos
Diagnóstico laboratorial: testes de detecção rápida de antígenos, cultura de orofaringe
Testes rápidos: mais caros que a cultura, especificadade 95% e sensibilidade 80-90%
Cultura: padrão ouro, sensibilidade 90-95%
Ulcerosa – ulceroncrótica
Amigdalite fuso-espiroquética ou amigdalite de Plaut Vicent
Associação de bactérias anaeróbias (bacilos fusiformes e espiroquetas)
Triade: ulceração da amigdala (em geral unilateral), dor intensa e odor férido intenso
Pessoas debilitadas, às vezes com cáries dentárias, ou infecções amigalianas pregressas, ou gengivo-estomatites e pessoas jovens
Pode ser acompanhada de adenopatia cervical e/ou submandibular
Superficial: herpangina (coxsackie A)
Pseudomembranosa ou fibrino-purulenta
Placas bacterianas aderentes
Difteróides: bacteriana, fazer diagnóstico diferencial com difteria, sem complicações
Diftérica: Corynebacterium diphtheriae, doença rara porém grave
Faringite 
Sintomas: dor da garganta, febre (pode n haver)
Faringite: 70% causa viral – se é viral é autolimitada
Se for bactéria: principal S. pyogenes – febre reumática e glomerulonefrite
Sintomas bacterianos: edema, eritema, lesões com placas pseudomembranosas facilmente removíveis, dor, febre, artralgia, formação de gânglios, secreção amarelada no fundo da cavidade oral, amigdalas infartadas e formação de crateras
No hemograma: leucocitose ou diminuição dos leucócitos no hemograma (os leucócitos de deslocaram para o sítio infeccioso)
S. pyogenes: coco gram +, em ágar sangue beta hemolítico (hemólise total)
Diagnóstico da faringite estreptocócica
FALE
Febre
Ausência de tosse, coriza, disfonia
Linfonodomegalis submandibular dolorosa
Exsudato amigdaliano
Tratamento: o onbjetivo é a cura e a redução da transmissão para familiares e pessoas próximas
Amoxicilina 500 mg VO 8/8horas por 10 dias
Penicilina G benzatina 1 200 000 U em dose única
Para os sintomas: diclofenaco e dipirona
Mononucleose infecciosa
Doença do beijo ou febre ganglionar – doença aguda infecciosa, de baixa mortalidade e letalidade, causada por vírus Epstein-Barr
Formação de gânglios é muito evidente, mais que em qlqr outra doença do trs 
Comum no início ou final do inverno
Quadro clínico polimorfo
Mal-estar, astenia, febre em torno de 38º, cefaleia, ganglios dolorosos e bastante evidentes, pode haver baço palpável, sinal de Hoagland, exantema
Diagnóstico: 
Clínico
hemograma (linfocitose com grande percentual de linfócitos atípicos – atipia linfocitária): leucocitose (10 a 20 mil)
função hepática: aumento discreto das transaminases e da fosfatase alcalina, hiperuricemia
sorologia + IgM: anticorpos heterófilos e anticorpos anti vírus Epstein-Barr
isolamento do vírus: cultura de saliva ou de células sanguíneas mononucleares, PCR
Citomegalovírus (síndrome mononucleose-símile)
Mononucleose similere – parece mononucleose mas não é
Transmissão: secreções e contato direto (em crianças transmissão por secreções respiratórias) – transmissão congênita! 
Transmissão congênita: sintomas das doenças virais, macrocefalia, perda de audição, cegueira
Geralmente assintomática
Forma grave: icterícia, hepatoesplenomegalia, petéquias, microcefalia, coriorretinite, calcificações cerebrais, anemia hemolítica, pneumonite intersticial
Infecção adquirida: maioria assintomática
febre prolongada, astenia e hepato e esplenomegalia
linfadenopatia e exudato de amígdalas só ocorrem no adulto
Doença perinatal: rn prematuro que fica muito tempo no hospital
Adultos imunodeprimidos
Assintomático na grande maioria das vezes, muitas pessoas já tem anticorpos para esse vírus
Diagnóstico: sorológico IgG e IgM
Demonstração de células grandes com inclusões intracelulares
Isolamento do CMV em culturas
Anticorpos IgM e IgG específicos
PCR
Tratamento: apenas sintomático, mas nos imunossuprimidos pode usar um anti retroviral (ganciclovir)
Amigdalites
Grande maioria bacteriana: S. pyogenes, Strepto spp, H. influenza
Vírus: Epstein Bar
Resposta imune prolongada: risco de febre reumática e glomerulonefrite
Diagnótico laboratorial: cultura da placa – se for positiva trata, se for negativa pode ser viral
Complicações maiores do quadroinfeccioso: infecção ganglionar
Sintomas: febre, sem tosse, não tem coriza, em geral o paciente tem disfonia, linfodonomegalia, exsudato
Tratamento: antibiótico – amoxicilina 8/8h por 7 dias, penicilina injetável em dose única (não é mais muito usado)
Anti-inflamatório: pode piorar o quadro – mas é bastante contestado
Analgésico que não seja anti-inflamatório
Difteria ou crupe
Corynebacterium diphteriae
Doença rara porém grave
Sintomas: febre baixa, mal-estar geral, aspecto toxemiado e pulso elevado
Placas esbranquiçadas, aderentes, difíceis de serem destacadas, sangrando levemente quando retiradas
Pode se estender à faringe e a à laringe (traqueostomia)
Diagnóstico: bacteriológico de lesão
Cepas não-toxigênicas: reseidenre incomum da faringe, laringe e nariz
Cepas toxigênicas: exotoxina (doença)
Apresentações: nasal anterior, nasofaringe (forma mais grave) e laringe (obstrução respiratória fatal)
Diagnóstico clínico: urgente!
Diagnóstico laboratorial:
Isolamento e identificação da bactéria (coloração de Laybourn/Meio de Klebs Loeffer)
Demosntração da produção de toxina
C. diphteriae > multiplicação superficial > produção de toxina > 1 molécula de toxina pode matar 1 célula > 1 bactéria produz 5000 moléculas de toxina por hora!
Tratamento: soro antitoxigênico, penicilina ou eritromicina e traqueostomia
Prevenção: vacina, testar contactantes para quimioprofilaxia e imunização e isolamento do paciente
Parotidite infecciosa
Caxumba
Vírus da parotidite (paramixovírus)
Doença infantil com boa evolução
Complicações em adultos
Muito contagiosa
Transmissão: perdigotos e contato direto
Aumento não supurativo de uma ou de ambas as glândulas salivares
Período de incubação é de 12 a 24 dias
Sintomas
Edema de parótida com dor 
Febre
Cefaleia
Gargante inflamada
20% dos casos dores no testículo
Um terço das infecções são assintomáticas
Ocasionalmente em adultos ou adolescentes: compromte o sistema nervoso central (meningoencefalite) e testículos (orqui-epididimite), raramente causa surdez e esterilidade
Imunidade é permantente
Mortalidade é baixa
Síndromes clínicas
Otite externa
Canal auditivo externo
Etiologia: foliculite (estafilo e estreptococos) e otite do nadador (P. aeruginosa)
Sinais e sintomas: dor auricular e prurido
Tratemento: com celulite – ab sistêmico (oxacilina e macrolídeos); sem celulite – ab tópico (neopmicina e polimixina)
Otite média e sinusite
Patogênese: processo infecciosos evolutivo (IVAS) > diminui a resistência do hospedeiro, causa edema e inflamação local > bloqueio da dranagem do ouvido médio e dos seios paranasais > acúmulo de secreção e diminuição da vascularização > otite média/sinusite
Otite média
Infecção do ouvido médio – em crianças e em adultos (ocasional)
Etiologia: S. pneumoniae, H. influenzae e Moraxella catarrhalis
Sinais e sintomas: febre, dor, diminuição da audição, vertigem, tinnitus, irritabilidade
Otoscopia: MT vermelha, brilhante, com diminuição da mobilidade e secreção
Complicações (0,5% dos casos): perfuração da MT, fixação destruição ossicular, abcesso cervical, osteomielite, paralisia facial, mastoidite, abcesso cerebral, meningoencefalite, trombose de seio lateral 
Sinusite
Infecção dos seios paranasais
80% de IVAS e 20% rinite alérgica
Sintomas persistentes
Etiologia: S. pneumoniae, H. influenzae e Moraxella catarrhalis
Sinais e sintomas: cefaleia, obstrução/secreção nasal e faríngea, dor à palpação do seio paranasal
RX: opacificação, espessamento da mucosa e nível hidro-aéreo
TAC: exame de escolha
Diagnóstico é clínico: coriza com evolução para rinorreia, > 7 dias de sintomas, febre alta e estado geral prejudicado
Antibioticoterapia sempre! 
Considerar os fatores de risco: internados, uso recente de ab (<90 dias) e idade < 2 anos
50% dos Haemophilus sp, 100% das moraxellas e 30% das S. pneumoniae são resistentes a penicilinas
Epiglotite aguda
Maior incidência em pré-escolares
Haemophilus influenzae B encapsulado
Sintomas
Dor na orofaringe
Obstrução de via aérea
Febre
Disfagia
Estridor e rouquidão
Diagnóstico: exame direto e radiológico
Tratamento (é considerado emergência!): IOT e ab (H. influenzae) + dexametasona
Infecções da cavidade oral
Candidiase oral
Infecção oportunística
Candida albicans
Limitada à pele e à membrana mucosa
Deficiência imunitária: HIV, neoplasias, extremos de idade, deficiência de vitamina C
Mudança da microbiora oral por antibióticos
Cáries e doença periodontal
Laringite e traqueíte
As ITRS podem envolver a laringe e a traquéia
Vírus: parainfluenza, influenza e adenovírus
Menos comuns: S. pyogenes, H. influenzae e S. aureus
Sintomas: rouquidão e queimação retroesternal à respiração
Em crianças: crupe
Outras causas: uso intenso da voz e alergia
COMPLICAÇÕES DA INFECÇÃO PELO S. PYOGENES
Supurativas
Abscessp perimigdaliano
Otite, sinusite, mastoidite
Escarlatina
Tratamento: drenagem e antibiótico
Não supurativas
Febre reumática
Glomerulonefrite aguda
A MAIORIA DAS IVAS SÃO VIRAIS, ABT SÃO PRESCRITOS, DESNECESSARIAMENTE EM MAIS DE 50% DOS PACIENTES!!!

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