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Faringoamigdalites: causas, sintomas e diagnóstico

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Faringoamigdalites
⇒ Doença inflamatória da orofaringe (faringite aguda + acometimento
das tonsilas palatinas) ⇒ ocorre eritema que pode ser acompanhado
da presença ou não de exsudato amigdaliano, ulcerações e vesículas.
⇒ 75% dos casos são causados por vírus e o restante de etiologia
bacteriana.
# Crianças menores de três anos raramente apresentam
doença bacteriana.
⇒ Entre os vírus os principais responsáveis são ⇒ adenovírus (causa
febre faringoconjuntival), enterovírus, vírus sincicial respiratório, o
coxsackievírus A (agente da herpangina), o Epstein-Barr Vírus (EBV -
agente da mononucleose infecciosa) ⇒ o coronavírus, o
parainfluenza e o influenza podem causar faringite,mas geralmente a
inflamação da garganta é acompanhada de sintomas de um resfriado
comum.
⇒ Entre as bactérias causadoras de faringoamigdalites ⇒ Estreptococo-beta-hemolítico do grupo A
(principal patógeno bacteriano, principalmente na faixa etária compreendida entre 5-15 anos, onde 15 - 20
% das faringoamigdalite são causadas por ele) ⇒ 10-30% das crianças em idade escolar são carreadoras
do estreptococo do grupo A na orofaringe de forma assintomática ⇒ principal fonte de contágio são os
pacientes sintomáticos, que transmitem facilmente a bactéria através da secreção nasal e da saliva.
# Principais preocupações envolvem a possibilidade de evoluir para febre reumática (sequelas
cardíacas), glomerulonefrite pós-estreptocócica e as complicações supurativas (abscesso retrofaríngeo e
abscesso periamigdaliano).
⇒ Com pouca frequência, em adolescentes e adultos ⇒ o Streptococcus do grupo C,
Mycoplasma pneumoniae e o Arcanobacterium haemolyticum encontram-se envolvidos em episódios de
faringites ⇒ com exantema, semelhante ao da escarlatina.
⇒ Pensar no diagnóstico de difteria (Corynebacterium diphtheriae) quando ocorrer faringite
aguda com presença de membranas acinzentadas nas amígdalas e pilares, úvula.
⇒ Manifestação clínica
⇒ Sinais clássicos⇒ Febre + queda do estado geral + prostração e inapetência + queimação/desconforto
faríngeo (dor de garganta) + odinofagia ⇒ Ao exame físico encontramos Eritema faríngeo, podendo ou não
ser acompanhado de exsudato em faringe e amígdalas e adenomegalias cervicais.
⇒ è possível classificar as faringoamigdalites de acordo com seu aspecto clínico:
⇒ Eritematosas ⇒ hiperemia e congestão da superfície tonsilar ⇒ etiologia viral.
⇒ Eritematopultáceas ⇒ hiperemia e edema associados a um exsudato amarelado não aderente
nas criptas e na superfície tonsilar ⇒ faringite estreptocócica e faringite por EBV
⇒ Pseudomembranosas ⇒ formação de placas esbranquiçadas aderentes ao tecido amigdaliano,
que podem invadir a faringe, palato e úvula ⇒ relacionada ao Corynebacterium diphtheriae, com inicio
insidioso e sintomas gerais, de febre, mal-estar, cefaléia, astenia e dor de garganta.
⇒ Ulcerosas ⇒ aparecimento de úlceras em orofaringe ⇒ herpangina (causada pelo coxsackie A)
e a angina herpética (Herpesvirus hominis).
⇒ Sinais que favorecem diagnóstico de faringite
viral ⇒ Associação de sintomas respiratórios (
tosse, rouquidão, congestão nasal e coriza),
diarreia, estomatite anterior e conjuntivite.
⇒ Sinais que favorecem diagnóstico de faringite
estreptocócica ⇒ exsudado faríngeo, vómitos,
linfonodos cervicais dolorosos, rash
escarlatiniforme, petéquias em palato e idade
entre 5 e 15 anos.
# A faringoamigdalite estreptocócica evolui quase
sempre com resolução espontânea após 4-5 dias
em média, mesmo sem o uso de antibióticos.
Contudo usa-se ATB pelo risco (em torno de 3%)
de complicações (Abscessos peritonsilares e retrofaríngeo, Glomerulonefrite difusa aguda
pós-estreptocócica, Grandes ulcerações amigdalianas - crianças debilitadas, Febre reumática, Escarlatina,
Desordem Neuropsiquiátrica) e grande transmissibilidade.
Manifestações clínicas em faringites virais agudas
⇒ Sinais que contribuem para diagnóstico específico:
# A presença de placas esbranquiçadas aderidas em faringe, pilares amigdalianos e palato (podendo
apresentar áreas hemorrágicas) ⇒ indicam faringoamigdalite diftérica.
# Vesículas em pilar anterior, palato mole e úvula, que logo se rompem e formam úlceras rasas ⇒
Herpangina (causada pelo vírus coxsackie).
# Linfadenopatia difusa + hepatoesplenomegalia ou entao histórico de rash cutâneo após uso de
amoxicilina ⇒ mononucleose infecciosa.
# Faringite/tonsilite + presença de conjuntivite ⇒ infecções por adenovirus.
# Odinofagia unilateral ( normalmente sem febre) + higiene oral inadequada + presença de úlcera
amigdaliana coberta por pseudomembrana de odor fétido ⇒ Fusoespiralar (Plaut-Vincent).
⇒ Diagnóstico⇒ Identifique se é um quadro viral ou bacteriano ( nem sempre é fácil apenas com quadro
clínico).
⇒ Leucograma, em infecção estreptocócica, pode se mostrar com leucocitose > 12.000 ⇒ porém
não é específico.
⇒ Sorologia viral sé é solicitada em caso de suspeita de mononucleose infecciosa.
⇒ Padrão ouro é o swab de orofaringe + cultura em ágar sangue ⇒ possui uma elevada
especificidade e sensibilidade na identificação do Streptococcus pyogenes.
# pode ter resultado falso-positivos (crianças carreadoras sadias) e falso-negativos (coleta
inadequada de material ou uso prévio de antibióticos).
⇒ Tratamento
⇒ Faringites virais ⇒ TTo sintomático
⇒ Dipirona ou paracetamol se febre ou dor
⇒ Pode ser usado um AINEs
⇒ Em caso de faringites estreptocócicas ⇒ tratamento com antibiótico (de preferencia penicilina) para
prevenção de febre reumática e outras complicações.
⇒ Penicilina benzatina 1,2 milhões de unidades IM em dose única (quando maior que 20 kg).
Quando menor que 20 kg ⇒ 600.000 unidades IM dose unica.
ou
⇒ Amoxicilina solução oral (250mg/5ml) ⇒ 1ml kg/dia Vo de 8/8 horas por 10 dias.

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