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Direito Tributario (9)

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Aula 13
Direito Tributário p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)
Professor: Fábio Dutra
09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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AULA 13: Simples Nacional 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Observações sobre a aula 01 
Simples Nacional 02 
Lista das Questões Comentadas em Aula 38 
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 45 
 
Observações sobre a Aula 
 Olá, amigo(a), tudo bem? 
 Na aula de hoje, estudaremos um assunto bastante importante para 
nossa prova. É o tema Simples Nacional, regulamentado pela Lei 
Complementar 123/2006! 
 Vamos começar? ☺ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 – SIMPLES NACIONAL 
 Em relação ao Simples Nacional, eu tenho uma boa notícia para você: o 
tema não costuma ser cobrado aprofundadamente em provas de concurso 
público. Fizemos uma análise das questões anteriores sobre o tema, e vamos 
trabalhar em cima do que é importante e mais provável de ser cobrado em 
prova. 
 Não faz muito sentido ficarmos nos aprofundando em detalhes que têm 
poucas chances de serem cobrados na sua prova. A minha dica é que você 
foque em outros pontos mais importantes da matéria, como o estudo do 
crédito tributário, por exemplo. 
 Vamos começar? 
 Em decorrência do princípio da isonomia, cuja essência consiste em 
tratar desigualmente os desiguais, não seria justo que as pequenas empresas, 
ao iniciar suas atividades, se submeterem à mesma carga tributária das 
grandes empresas. 
 O mesmo raciocínio se aplica em relação ao cumprimento das obrigações 
acessórias, já que não se compara a estrutura administrativa de uma 
multinacional com o boteco do Seu João, correto? 
 Desse modo, existe previsão constitucional (desde a sua promulgação 
em 1988) para que se institua tratamento diferenciado às microempresas 
(ME) e às empresas de pequeno porte (EPP), em seu art. 179 (no capítulo que 
cuida dos princípios gerais da atividade econômica): 
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, 
assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a 
incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, 
tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou 
redução destas por meio de lei. 
 De acordo com o STF (ADI 1.643/UF), “não há ofensa ao princípio da 
isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento 
desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade 
contributiva distinta (...)”. Percebe-se, portanto, que o tratamento 
diferenciado para as ME e EPPs já foi chancelado pelo STF. 
Vamos sintetizar isso pra fins de concurso público? Guarde assim: 
•! Todos os entes federativos dispensarão tratamento diferenciado; 
•! A lei definirá o conceito de ME e EPP; 
•! Tratamento jurídico diferenciado: simplificação, eliminação ou redução. 
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Palavras-chave: simplificação, eliminação ou 
redução. 
 O problema é que cada ente federativo criou um sistema próprio, 
concedendo tratamento diferenciado às MEs e EPPs, de forma que não havia 
qualquer uniformidade nas normas. Ou seja, a simplificação acabou se 
tornando uma “bagunça”. 
 Diante disso, o legislador constituinte providenciou alteração no texto 
constitucional, por intermédio da Emenda Constitucional 42/2003, incluindo a 
alínea “d” ao art. 146, III, cuja redação é a seguinte: 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
(...) 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
(...) 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive 
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 
155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da 
contribuição a que se refere o art. 239. 
Observação: os tributos a que se refere esse dispositivo são os seguintes: 
" ICMS; 
" Contribuição previdenciária do empregador e da entidade a ele equiparada 
pela lei; 
" Contribuição para o PIS/Pasep; 
 Veja que a situação mudou completamente de figura. A partir da EC 
42/03, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais sobre o 
tratamento diferenciado e favorecido às MEs e EPPs, da mesma forma 
como o CTN cuidou da decadência e da prescrição, por exemplo. Isso significa 
que o objetivo do art. 179 da CF/88 será cumprido, mas terá que seguir os 
parâmetros definidos na lei complementar. 
 Não satisfeito, o legislador ainda acrescentou o par. único ao art. 146, no 
qual está prescrito o seguinte: 
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Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também 
poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e 
contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003) 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento 
diferenciadas por Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da 
parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será 
imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser 
compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional 
único de contribuintes. 
 Agora deve ter ficado bastante simples de entender qual é a real 
intenção do legislador, em relação ao tratamento diferenciado a ser conferido 
às MEs e EPPs. 
 Diante do exposto, é possível concluir também que o Simples Nacional é 
um regime único de arrecadação de diversos tributos (federais, estaduais 
e municipais), o que não se confunde com imposto único. 
 Nessa linha, também podemos dizer que o objetivo da criação desse 
mecanismo é reduzir a burocracia e também a carga tributária a que estão 
sujeitas as empresas menores. 
 
A sistemática do Simples Nacional não se confunde 
com a cobrança de imposto único. 
Objetivo do Simples Nacional: redução de 
burocracia e carga tributária. 
 Outro aspecto interessante é que o legislador também acrescentou o 
art.94 no ADCT (ao final da CF/88), estabelecendo que, a partir do momento 
em que a lei complementar definida no art. 146, III, d, da CF/88 entrar em 
vigor, cessarão todos os regimes especiais criados pelos entes para as 
MEs e EPPs. Surge, então, a eminente Lei Complementar 123/2006, já tendo 
sido modificada diversas vezes a partir de então. 
Observação: Com o advento da LC 123/2006, o Simples Federal, existente 
até então pela Lei 9.317/1996, foi extinto, com base no art. 94 do ADCT, 
surgindo o Simples Nacional. Atualmente, considere errada qualquer 
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questão que fale na vigência do Simples Federal. 
 O mais interessante é que, com o que vimos até o momento, você já é 
capaz de acertar mais de 50% das questões que versam sobre o Simples 
Nacional. Portanto, grave tudo, caro aluno(a)!!! 
 Em suma, o Simples Nacional é o regime único de arrecadação dos 
impostos e contribuições da União, dos Estados, do DF e dos Municípios. 
 Embora se trate de um sistema de recolhimento único, a alíquota total 
consiste na soma das alíquotas dos respectivos tributos que compõem a 
sistemática do Simples Nacional. Tais alíquotas são escalonadas de forma 
progressiva com base no faturamento da empresa, dentro dos limites por nós 
estudados 
 Visto os conceitos constitucionais acerca do Simples Nacional, passemos 
ao estudo específico da LC 123/2006. 
1.1 – Definição de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte 
(EPP) 
 A definição de ME e EPP foi realizada pelo art. 3º, da LC 123/2006, com 
base no volume da receita bruta das empresas. Antes de partirmos para os 
números, é necessário entender o que vem a ser receita bruta, de acordo com 
a LC 123/06 (e isso é muito importante para nossa prova!!!): 
Art. 3º - (...): 
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste 
artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de 
conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas 
operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e 
os descontos incondicionais concedidos. 
 
No conceito de receita bruta não estão incluídas as 
vendas canceladas e os descontos incondicionais 
concedidos. 
 
Observação: O desconto incondicional é aquele concedido 
independentemente de qualquer evento posterior à emissão da nota fiscal de 
venda, ou seja, eles já constam na própria nota fiscal. 
 Agora sim, você está pronto para ver os valores estipulados pelo 
legislador para definir o conceito de ME e EPP: 
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Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se 
microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade 
empresária, a sociedade simples, a empresa individual de 
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 
da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente 
registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita 
bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil 
reais); e 
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e 
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três 
milhões e seiscentos mil reais). 
 
Podem ser consideradas ME ou EPP: 
•! Sociedade empresária; 
•! Sociedade simples; 
•! Empresa individual de responsabilidade limitada 
(EIRELI); 
•! Empresário. 
 
Observação: Se as atividades da empresa se iniciaram no próprio ano-
calendário, os valores são proporcionais ao número de meses (inclusive 
as frações de meses) em que a ME ou EPP houver exercido a atividade (LC 
123/06, art. 3º, § 2º). 
 Esquematizando: 
 
 
 
 
 Com base nisso, se uma empresa quiser se enquadrar como EPP, 
iniciando suas atividades em Outubro (ignoremos as frações de meses), o 
limite da receita bruta a ser auferida até o término do ano-calendário do início 
das atividades é de R$ 900.000,00 (3 x R$ 300.000,00). 
 “E se a receita bruta exceder o valor de R$ 3.600.000,00 ou o valor 
proporcional ao número de meses (R$ 900.000,00 no nosso exemplo)?” 
ME " Receita Bruta ! R$ 360.000,00 
EPP " R$ 360.000,00 Receita Bruta ! R$ 3.600.000,00 
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 Bom, nesse caso, é importante analisar se isso ocorreu no ano de início 
das atividades da empresa ou não. 
 Se tiver ocorrido no ano de início das atividades da empresa, e a receita 
bruta anual ou proporcional a esta tiver superado mais de 20% do limite (R$ 
300.000,00 x nº de meses), ou seja, acima de R$ 360.000,00 x nº de meses, 
a empresa fica excluída do Simples Nacional, com efeitos retroativos ao 
início das atividades. 
 Se, por outro lado, a receita bruta anual tiver excedido o limite em até 
20% deste, ficará excluída do Simples Nacional, sem, contudo, haver 
efeitos retroativos sobre os meses anteriores. 
 Vamos supor, agora, que a empresa tenha excedido o limite fora do ano 
de início das suas atividades. Neste caso, em qualquer caso, não há que se 
falar em efeitos retroativos. Sendo assim, se o valor exceder o limite em 
até 20%, a exclusão só produzirá efeitos a partir do próximo ano-calendário. 
Por outro lado, se a receita bruta exceder mais do que 20% do limite, a 
exclusão ocorre a partir do mês seguinte. 
 A título de ilustração do último caso apresentado, se no mês de Junho a 
empresa já tiver acumulado receita bruta superior a R$ 4.320.000,00 (R$ 
3.600.000,00 + 20%), a exclusão ocorrerá a partir do mês de Julho. Caso 
contrário, a empresa deixará de participar do Simples Nacional, no ano 
subsequente. 
 E se a situação for inversa, ou seja, se a EPP faturar menos de R$ 
360.000,00 no ano calendário? Passa, a partir do ano seguinte, à condição de 
ME. Semelhantemente, se a ME se desenvolver e superar o teto previsto para 
a sua categoria, passa à condição de EPP, a partir do ano seguinte, salvo se 
ultrapassar o teto de R$ 3.600.000,00, hipótese em que se aplicam as regras 
expostas acima. 
 Destaque-se que, para fins de enquadramento como EPP, a empresa 
pode auferir receitas de R$ 3.600.000,00 no mercado interno e, 
adicionalmente, receitas decorrentes de exportação de mercadorias, 
dentro do mesmo limite. Ou seja, são dois limites iguais: R$ 3.600.000,00 
para o mercado interno somado a R$ 3.600.000,00 para exportação. 
 
A LC 147/2014 promoveu alterações na LC 123/2006, de 
modo que a partir de janeiro de 2015, o limite extra 
também será aplicável às receitas decorrentes de 
exportação de serviços. Antes, o limite só se 
aplicava à exportação de mercadorias. 
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 Ressaltamos que se considera exportação ainda que realizada por meio 
de empresa comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico, 
prevista no art. 56 da LC 123/2006 (art. 3º, § 14). 
Outro ponto digno de nota é que, em caso de empresa que venda 
internamente e exporte mercadorias, para fins de definição da base de 
cálculo e da alíquota aplicável, serão consideradas separadamente as 
receitas brutas auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes da 
exportação (art. 3°, § 15, com redação dada pela LC 147/2014). 
 Ademais, cabe destacar também que, na hipótese de a ME ou EPP 
auferir receitas sujeitas a substituição tributária ou decorrentes de 
exportação, deverá informar essas receitas destacadamente de modo 
que o aplicativo decálculo (PGDAS-D) as desconsidere da base de cálculo dos 
tributos objeto de substituição (no caso de a ME ou EPP se encontrar na 
condição de substituída tributária) ou exportação. Ressalte-se, porém, que 
essas receitas continuam fazendo parte da base de cálculo dos demais 
tributos abrangidos pelo Simples Nacional. 
Observação: O Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples 
Nacional - Declaratório (PGDAS-D) é um sistema eletrônico para a realização 
do cálculo do Simples Nacional para os períodos de apuração a partir de 
janeiro de 2012, conforme determinam a Lei Complementar nº 123, de 14 de 
dezembro de 2006 (e alterações) e a Resolução CGSN nº 94, de 29 de 
novembro de 2011. 
 Por fim, é muito relevante citar o que foi previsto no § 3º, do art. 3º, da 
LC 123/2006: O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou 
empresária como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o 
seu desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer 
restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados. !
 
Enquadramento e desenquadramento de ME ou EPP não 
influenciam nos contratos por elas já firmados. 
1.2 – Enquadramento diferenciado por Estado, Distrito Federal ou 
Município 
 Você se lembra que uma das características estabelecidas pelo legislador 
constituinte, no art. 146, par. único, II, é que poderão ser estabelecidas 
condições de enquadramento diferenciadas por Estado? 
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 Em cumprimento a este preceito constitucional, a LC 123/2006 
estabeleceu algumas regras que iremos sintetizar na tabela abaixo, a fim de 
facilitar a sua compreensão: 
% de Participação no PIB Nacional Percentual do limite da EPP 
% de Partic. PIB ӊ 1% Até 35% ou até 50% ou até 70% 
1% <% de Partic. PIB < 5% Até 50% ou até 70% 
% de Partic. PIB ≥ 5% Obrigatório obedecer os limites padrões 
 
Observação: 
•! O limite da EPP, como visto, é de R$ 3.600.000,00; 
•! As regras da tabela se aplicam ao Distrito Federal; 
•! A exclusão do Simples ocorrerá no mês seguinte ou no ano 
seguinte, a depender do valor que exceder o limite estadual (regra 
dos 20%); 
•! A participação no PIB é apurada levando em consideração o último 
resultado do IBGE ou outro órgão que o substitua. 
 As empresas localizadas nos Estados que optarem pelas faixas 
diferenciadas, quando excederem o teto, passarão a contribuir com o ICMS e o 
ISS (sim, o ISS também!) do mesmo modo que as demais empresas que não 
se enquadram no Simples Nacional. 
 
Quando um Estado opta pelas faixas diferenciadas, 
TODOS os Municípios nele localizados adotam, 
obrigatoriamente, o mesmo limite estadual. 
Daí o fato de dizer que o ISS também é recolhido por 
“fora”. 
 Como já foi visto, a alíquota do Simples Nacional não é nada mais do que 
a soma das alíquotas individuais (e reduzidas) de cada tributo incluído na 
sistemática. Sendo assim, da somatória total de alíquotas (que representam 
todos os tributos incluídos na sistemática) será subtraído os percentuais do ISS 
e do ICMS, caso a empresa optante supere o limite estadual estabelecido. 
1.3 – Vedações à opção pelo Simples Nacional 
 A LC 123/2006 estabeleceu duas distintas vedações: vedação plena e 
vedação parcial. 
 A vedação plena diz respeito ao impedimento total de participar do 
regime diferenciado e favorecido do Simples Nacional. A vedação 
parcial, por outro lado, impede apenas que as pessoas recolher os 
tributos e contribuições na forma do Simples Nacional. 
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 Vamos entender melhor: a LC 123/2006 concede tratamento jurídico 
diferenciado às MEs e EPPs, além de um regime único e favorecido de 
arrecadação tributária. 
 Quando a pessoa se encontra nas hipóteses de vedação plena, não pode 
se beneficiar nem do tratamento jurídico diferenciado, nem do regime de 
tributação favorecido. Por outro lado, quando a vedação é parcial, a empresa 
só fica impedida de recolher os tributos conforme as regras do Simples 
Nacional. Entendido? 
 Em relação às hipóteses de vedação plena e vedação parcial, não vamos 
ficar aqui transcrevendo páginas da LC 123/06. Vou apenas dizer onde está 
localizado, e você vai lá fazer uma leitura atenta! Trata-se de mera decoreba, 
que não cai tanto assim em provas, mas é importante ter uma noção por 
precaução. 
Vedação Plena " LC 123/2006, art. 3º, §§ 4º, 5º e 6º. 
 Em suma, você deve memorizar o seguinte: 
Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado (Simples 
Nacional),para nenhum efeito legal (vedação plena), a pessoa jurídica: 
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa 
jurídica com sede no exterior; 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário 
ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado 
nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global 
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do 
capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde 
que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00; 
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa 
jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o 
limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de 
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desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento 
e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de 
títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, 
de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; 
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) 
anos-calendário anteriores; 
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante 
do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
Vedação Parcial " LC 123/2006, art. 17. 
 Como são muitas as hipóteses, inseriremos abaixo as mais importantes, 
sendo muito importante que você abra a LC 123/2006 e faça uma atenta 
leitura as demais: 
Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples 
Nacional (Vedação Parcial) a microempresa ou a empresa de pequeno porte: 
I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de 
contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), 
compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou deprestação de serviços (factoring); 
II - que tenha sócio domiciliado no exterior; 
III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou 
indireta, federal, estadual ou municipal; 
V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou 
com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade 
não esteja suspensa; 
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de 
passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir 
características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob 
fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes 
ou trabalhadores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de 
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energia elétrica; 
VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e 
motocicletas; 
IX - que exerça atividade de importação de combustíveis; 
X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, 
cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e 
pólvoras, explosivos e detonantes, bebidas alcoólicas e refrigerantes, 
inclusive cervejas sem álcool; 
XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
XIII - que realize atividade de consultoria; 
IV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. 
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Antes da LC 147/2014, todos os que prestavam serviços 
de transporte intermunicipal e interestadual de 
passageiros não podiam recolher os tributos na forma 
prevista no Simples. Atualmente, há algumas exceções, 
previstas no inciso VI acima! 
 
Observação: Em caso de vedação plena, os efeitos se iniciam a partir do 
mês seguinte àquele no qual ocorreu a situação impeditiva. 
É muito importante se atentar às alterações promovidas pela LC 147/2014, já 
que há mais possibilidade de virem a ser cobradas em prova. 
1.4 – Opção pelo regime do Simples Nacional 
 Em relação à opção pelo regime do Simples Nacional, consideram-se 
automaticamente optantes aquelas MEs e EPPs que já eram optantes 
pelo Simples Federal (Lei 9.317/96) desde 2007. 
 No que concerne às demais empresas, a opção por esse regime 
diferenciado e favorecido deve ser feita no mês de janeiro, até seu último 
dia útil, hipótese que produz efeitos a partir do primeiro dia do ano-
calendário da opção. Pode acontecer de a opção produzir efeitos desde o 
início das atividades da empresa, desde que exercida nos termos, prazo e 
condições a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor. 
Observação: O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) constitui 
uma das instâncias gestoras do Simples Nacional, cuja atribuição é 
regulamentar a opção, exclusão, tributação, fiscalização, arrecadação, 
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cobrança, dívida ativa, recolhimento e demais itens relativos ao regime único 
de tributação. 
 Cabe destacar, ainda, que é o Comitê Gestor regulamentará a opção 
automática acima citada. Além disso, também é atribuição do Comitê 
Gestor regulamentar a forma como o indeferimento da opção pelo 
Simples Nacional será efetuado, mediante ato da Administração Tributária. 
1.5 – Exclusão do regime do Simples Nacional 
 A exclusão do regime do Simples Nacional pode ser feita tanto de ofício 
como mediante comunicação das empresas optantes. Como vimos na 
observação do tópico anterior, cabe ao CGSN regulamentar tanto a opção 
como também as regras de exclusão. 
 Vejamos as situações em que ocorre exclusão de ofício (LC 123/2006, 
art. 29): 
I - verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; 
II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa 
não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem 
obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, 
movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas 
a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de 
auxílio da força pública; 
III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa 
de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro 
local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua 
propriedade; 
IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; 
V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta 
Lei Complementar; 
VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei no 
9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alterações posteriores; 
VII - comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; 
VIII - houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a 
identificação da movimentação financeira, inclusive bancária; 
IX - for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas 
pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos 
no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; 
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X - for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições 
de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas 
hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% 
(oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, 
excluído o ano de início de atividade; 
XI - houver descumprimento reiterado da obrigação contida no inciso I 
do caput do art. 26; 
XII - omitir de forma reiterada da folha de pagamento da empresa ou de 
documento de informações previsto pela legislação previdenciária, 
trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou 
contribuinte individual que lhe preste serviço. 
 Sem nos aprofundar nos detalhes, perceba que, em todas as hipóteses 
acima citadas, compete à autoridade administrativa promover a 
exclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional. 
 Já a exclusão do regime mediante comunicação das próprias MEs e 
EPPs, ocorre nos seguintes casos (LC 123/2006, art. 30): 
I - por opção; 
II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer das situações 
de vedação previstas nesta Lei Complementar; ou 
III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início 
de atividade, o limite proporcional de receita bruta de que trata o § 2o 
do art. 3o; 
IV - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário, o limite 
de receita bruta previsto no inciso II do caput do art. 3o, quando não 
estiver no ano-calendário de início de atividade. 
 Percebe-se que a exclusão por comunicação deve ser feita pela 
empresa, quando ela desejar não mais ser tributada pelo regime do Simples 
Nacional ou quando se enquadrar em hipótese que a impeça de continuar no 
regime (limite de faturamento ou outras situações vedatórias). 
1.6 – Tributação no Simples Nacional 
 A opção pelo regime de tributação do Simples Nacional acarreta, para as 
MEs e EPPs, o recolhimento mensal, mediante documento único de 
arrecadação de diversos impostos e contribuições. Este documento é 
denominado Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).09890389479
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Somente alguns impostos e contribuições estão 
incluídos na sistemática do Simples Nacional. 
Não se inclui nesse regime as demais espécies 
tributárias. 
 É importante salientar também que, muito embora os cálculos dos 
tributos sejam feitos com base na receita auferida no mês (regime de 
competência), a LC 123/06 permite, na forma regulamentada pelo 
Comitê Gestor, que a empresa opte do cálculo pelo regime de caixa, 
considerando as receitas efetivamente recebidas no mês. 
Observação: Para determinação da faixa de alíquotas aplicável, o sujeito 
passivo deverá continuar utilizando o regime de competência. A receita 
mensal recebida (regime de caixa) será utilizada para efeito de determinação 
da base de cálculo mensal na apuração dos valores devidos, ou seja, o valor 
sobre o qual irá incidir as alíquotas dos tributos incluídos na sistemática do 
Simples Nacional. 
 Outro detalhe a ser destacado é que, em cumprimento ao postulado da 
isonomia, as alíquotas são progressivas, diretamente em função do volume de 
receitas. Ou seja, aqueles que vendem mais, possuem incidência mais 
gravosa. 
 Ademais, também em decorrência do princípio da isonomia, há 
distinção entre as alíquotas, conforme a atividade exercida pela 
empresa. 
 Vamos ver, então, quais são os tributos incluídos na sistemática do 
Simples Nacional: 
Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante 
documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e 
contribuições: 
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; 
II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto 
no inciso XII do § 1o deste artigo; 
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; 
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, 
observado o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo; 
V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII 
do § 1o deste artigo; 
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VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, 
a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 
de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa 
de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de 
serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar; 
VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; 
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
Observação: Serviços excepcionados da inclusão da CPP no Simples 
Nacional: 
•! Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a 
forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, 
bem como decoração de interiores; 
•! Serviço de vigilância, limpeza ou conservação; 
•! Serviços advocatícios (Incluído pela LC 147/2014). 
 Vamos ver, então, os impostos e contribuições não submetidos ao 
Simples Nacional: 
I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas 
a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; 
II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; 
III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais 
ou Nacionalizados - IE; 
IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; 
V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos 
auferidos em aplicações de renda fixa ou variável; 
VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na 
alienação de bens do ativo permanente; 
VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de 
Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF; 
VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - 
FGTS; 
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IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa 
ao trabalhador; 
X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do 
empresário, na qualidade de contribuinte individual; 
XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados 
pela pessoa jurídica a pessoas físicas; 
XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na 
importação de bens e serviços; 
XIII - ICMS devido: 
a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição 
tributária; 
b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da 
legislação estadual ou distrital vigente; 
c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, 
inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, 
bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou 
industrialização; 
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro; 
e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria 
desacobertada de documento fiscal; 
f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal; 
g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de 
antecipação do recolhimento do imposto, nas aquisições em outros 
Estados e Distrito Federal: 
1. com encerramento da tributação, observado o disposto no inciso IV do 
§ 4º do art. 18 desta Lei Complementar; 
2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a 
diferença entre a alíquota interna e a interestadual, sendo vedada a 
agregação de qualquer valor; 
h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens 
ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do 
recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual; 
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XIV - ISS devido: 
a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção 
na fonte; 
b) na importação de serviços; 
XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios, não relacionados nos incisos anteriores. 
Observação: A CPMF já foi extinta. 
 A maneira mais eficaz de memorizar os impostos e contribuições que 
estão incluídos no regime do Simples Nacional é lembrar que, com exceção 
da Contribuição Patronal Previdenciária, todos os demais citados 
guardam alguma relação com o faturamento da empresa. Ademais, 
como foi dito, elimine qualquer alternativa de prova que cite outras espécies 
tributárias, que não os impostos e contribuições. 
 Acrescentamos, por fim, que os valores efetivamente pagos ou 
distribuídos ao ∀#∀∃%&∋! (∃! )∗+#(! ,&!−#+∋(.−/∋.)&! (∃! .−/∋.)&! ,.! /.0∃.1(! /(∋∀.!
optante pelo Simples Nacional são isentos de Imposto de Renda da Pessoa 
Física (IRPF), salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou 
serviços prestados. Isso significa que a remuneração por serviços prestados 
pelo sócio sofre tributação, e a remuneração decorrente de distribuição de 
lucros é isenta! 
Observação:Esta isenção não é um benefício exclusivo das empresas 
optantes pelo Simples Nacional, já que tal isenção também ocorre em 
relação às demais empresas não optantes pelo Simples Nacional, em 
decorrência do disposto no art. 10, da Lei 9.249/1995. 
 
 
Distribuição de lucros " isenção de IRPF 
 
Remuneração por pró-labore, aluguéis ou serviço 
prestado " Tributação por IRPF 
1.7 – A não cumulatividade do ICMS e IPI e o Simples Nacional 
 O estudo da não cumulatividade do ICMS na sistemática do Simples 
Nacional envolve vários detalhes. Novamente, vamos nos ater ao que é mais 
importante para a sua prova. 
 Sendo assim, eu pergunto: é possível recuperar o ICMS devido na etapa 
anterior da cadeia de produção e comercialização de mercadorias, quando uma 
ou ambas partes são optantes pelo Simples Nacional? A resposta é: depende. 
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 A regra geral está prevista no caput do art. 23 da LC 123/2006: 
Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes 
pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão 
créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo 
Simples Nacional. 
 Contudo, o § 1º, do art. 23, prevê o direito a crédito para as 
empresas não optantes do Simples Nacional quanto estas adquirirem de 
MEs e EPPs optantes, correspondente ao valor incidente de ICMS sobre a 
aquisição, desde que as mercadorias sejam destinadas à comercialização e 
industrialização. 
 Explique-se melhor: somente as empresas não optantes do Simples 
Nacional podem registrar crédito de ICMS. As optantes não podem fazê-lo. 
Isso é fato! O que se permite no § 1º é o crédito (pela adquirente) do que foi 
pago pela optante do Simples, quando vendeu mercadorias para outra 
empresa não optante do referido regime. 
 Destaque-se que o § 4º do art. 23, da LC 123/06, não permite o 
registro do crédito que acabamos de estudar, nas seguintes situações: 
I - a microempresa ou empresa de pequeno porte estiver sujeita à 
tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais; 
II - a microempresa ou a empresa de pequeno porte não informar a 
alíquota de que trata o § 2º deste artigo no documento fiscal; 
III - houver isenção estabelecida pelo Estado ou Distrito Federal que 
abranja a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de 
pequeno porte estiver sujeita no mês da operação. 
IV - o remetente da operação ou prestação considerar, por opção, 
que a alíquota determinada na forma do caput e dos §§ 1o e 2o do art. 
18 desta Lei Complementar deverá incidir sobre a receita recebida no 
mês. 
 Se você entendeu bem como funciona a aplicação do princípio da não 
cumulatividade, nas aulas anteriores, deve ter percebido que nem tudo o que 
foi pago está sendo compensado! 
 Imagine o caso de uma indústria optante pelo Simples Nacional. Devido 
à sua opção, não pode creditar o ICMS pago nas operações anteriores. 
Portanto, na aquisição de insumos, o que foi pago de ICMS não pode ser 
compensado. 
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 Ainda que a empresa adquirente (quando não optante) possa se creditar 
do ICMS pago pela indústria que optou pelo Simples Nacional, você viu que o 
ICMS relativo aos insumos deixou de ser recuperado. 
 Pensando nisso, o legislador previu no § 5º, do mesmo art. 23, a 
seguinte regra: 
§ 5º Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do 
Distrito Federal, poderá ser concedido às pessoas jurídicas e àquelas a 
elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples 
Nacional crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os 
insumos utilizados nas mercadorias adquiridas de indústria 
optante pelo Simples Nacional, sendo vedado o estabelecimento 
de diferenciação no valor do crédito em razão da procedência 
dessas mercadorias. 
 Pela redação do dispositivo supracitado, perceba que deve haver 
deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do DF para que o crédito se 
torne possível. Ademais, o benefício somente é aplicável quando a optante 
é indústria. 
 
•! O optante pelo Simples Nacional nunca credita. 
•! O adquirente (se for não optante) pode creditar 
o valor pago pelo alienante optante pelo 
Simples. 
•! É possível creditar também o valor relativo aos 
insumos, quando houver deliberação exclusiva 
dos Estados e DF. 
 Peraí, professor! E quanto ao IPI? É possível escriturar o crédito? 
 Ao IPI aplica-se a mesma regra geral do caput do art. 23, da LC 
123/2006: as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo 
Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos 
relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. Sendo 
o IPI imposto abrangido pelo Simples Nacional, as ME e EPP optantes 
por tal regime não podem se beneficiar do crédito de IPI! 
Por fim, deve ser ressaltado que as MEs e EPPs optantes pelo Simples 
Nacional não podem utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo 
fiscal: 
Art. 24. As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes 
pelo Simples Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer 
valor a título de incentivo fiscal. 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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Observação: Memorize esse dispositivo, pois ele já caiu em provas!!! 
1.8 – Microempreendedor Individual - MEI 
 A figura do Microempreendedor Individual – MEI – surgiu com o advento 
da LC 128/2008, lei complementar que promoveu alterações na LC 123/2006. 
O MEI é um benefício criado com o objetivo de que aquelas pessoas que 
possuem negócios pequenos se formalizem. 
 A sistemática do MEI se baseia no recolhimento dos impostos e 
contribuições do Simples Nacional em valores fixos mensais, seja qual for a 
receita bruta auferida, respeitado, é claro, o limite para enquadramento como 
MEI, que por sinal é muito mais restrito do que o das MEs e EPPs: R$ 
60.000,00 anual. 
 Os valores fixos a serem pagos pelo MEI são os seguintes: 
•! Contribuição para seguridade social, relativa ao empresário: R$ 
45,65; 
•! ICMS: R$ 1,00, caso seja contribuinte desse imposto; 
•! ISS: R$ 5,00, caso seja contribuinte desse imposto. 
 Destaque-se que o MEI é isento dos seguintes tributos: IR. CSLL, IPI, 
CPP (exceto se contratar um empregado), do PIS e da COFINS. 
 No que se refere às vedações, foi estabelecido que não pode optar pelo 
recolhimento do Simples Nacional em valores fixos o MEI: 
I – cuja atividade seja tributada pelos Anexos IV ou V desta Lei 
Complementar, salvo autorização relativa a exercício de atividade isolada 
na forma regulamentada pelo Comitê Gestor; 
II - que possua mais de um estabelecimento; 
III - que participe de outra empresa como titular, sócio ou 
administrador; ou 
IV - que contrate empregado. 
 Embora a regra seja a vedação a que o MEI venha contratar empregado, 
a própria LC 128/2008 previu a exceção, que permite contratar um único 
empregado, recebendo 01 salário-mínimo ou o piso salarial da categoria 
profissional. 
 Se houver a contratação do citado empregado, o MEI deixa de estar 
isento da CPP, devendo recolhê-la, após o cálculo daalíquota de 3% 
sobre o valor do salário de contribuição. 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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1.9 – Obrigações acessórias 
 Nos arts. 25, 26 e 27 da LC 123/2006, o legislador estabeleceu as 
obrigações acessórias que ficaram a cargo do optante pelo Simples Nacional. 
 Inicialmente, cabe evidenciar a necessidade de prestação de declarações 
anuais à Receita Federal do Brasil: 
Art. 25. A microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo 
Simples Nacional deverá apresentar anualmente à Secretaria da Receita 
Federal do Brasil declaração única e simplificada de informações 
socioeconômicas e fiscais, que deverá ser disponibilizada aos órgãos de 
fiscalização tributária e previdenciária, observados prazo e modelo 
aprovados pelo CGSN e observado o disposto no § 15-A do art. 18. 
 Consoante o disposto no § 1º, do art. 25, a mencionada declaração 
constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a 
exigência de tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos 
resultantes das informações nela prestadas. 
 Você deve se lembrar do que estudamos na aula sobre crédito tributário, 
acerca dos efeitos das declarações prestadas pelo contribuinte, quando há 
verdadeira confissão de dívida sem o correspondente pagamento, correto? A 
consequência é a constituição do crédito tributário, sem que haja 
procedimento administrativo ou notificação ao contribuinte, dando início, 
então, ao prazo prescricional. 
 Além disso, caso a empresa optante pelo Simples Nacional também 
esteja em situação de inatividade, deve informar tal fato na declaração 
anual prestada à RFB, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. 
Considera-se situação de inatividade quando a ME ou EPP não 
apresentar mutação patrimonial e atividade operacional durante todo 
o ano-calendário. 
 Destacamos também as seguintes obrigações acessórias, a cago das 
optantes pelo Simples Nacional: 
•! Emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com 
instruções expedidas pelo Comitê Gestor; 
•! Manter em boa ordem e guarda os documentos que fundamentaram a 
apuração dos impostos e contribuições devidos e o cumprimento das 
obrigações acessórias a que se refere o art. 25 da LC 123/2006 enquanto 
não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes 
sejam pertinentes. 
•! Manter o livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e 
bancária. 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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 No que se refere ao MEI, a comprovação da receita bruta será feita 
mediante apresentação do registro de vendas ou de prestação de 
serviços na forma estabelecida pelo CGSN, ficando dispensado da 
emissão do documento fiscal citado como obrigação acessórias para os 
demais optantes do Simples Nacional, salvo quando a emissão for 
obrigatória. 
 
O MEI só está obrigado a emitir documento fiscal, em 
vendas destinadas a quem possua CNPJ. Fica, portanto, 
dispensado da emissão da “nota fiscal”, quando o 
destinatário é consumidor final. 
 Em tempo, a LC 123/2006 estabelece ao MEI que devem ser anexados 
ao registro de vendas ou de prestação de serviços, na forma regulamentada 
pelo Comitê Gestor, os documentos fiscais comprobatórios das entradas de 
mercadorias e serviços tomados referentes ao período, bem como os 
documentos fiscais relativos às operações ou prestações realizadas 
eventualmente emitidos. 
 Com o intuito de promover a simplificação dos procedimentos a serem 
adotados pelas MEs e EPPs, o art. 27 da LC 123/06 previu a opção de que os 
optantes venham adotar contabilidade simplificada para os registros e 
controles das operações realizadas: 
Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo 
Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade 
simplificada para os registros e controles das operações 
realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. 
 Por último, dispõe o art. 26, § 4º, da LC 123/06, que cabe ao Comitê 
Gestor estabelecer outras obrigações acessórias: 
§ 4º - As microempresas e empresas de pequeno porte referidas no § 2o 
deste artigo ficam sujeitas a outras obrigações acessórias a serem 
estabelecidas pelo Comitê Gestor, com características nacionalmente 
uniformes, vedado o estabelecimento de regras unilaterais pelas 
unidades políticas partícipes do sistema. 
Observação: Veja que o legislador se posicionou no sentido da possibilidade 
de instituição de obrigações acessórias, por meio de atos infralegais 
(regulamentação pelo Comitê Gestor). 
1.10 – Responsabilidade tributária dos sócios 
 Antes da LC 147/2014, o titular, sócio ou administrador de ME e EPP que 
se encontrava sem movimento há mais de 12 meses poderia solicitar baixa nos 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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registros dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, 
independentemente do pagamento de débitos tributários, taxas ou 
multas devidas pelo atraso na entrega das respectivas declarações 
nesses períodos. 
 O que era bom ficou ainda melhor: com o advento da supracitada lei 
complementar. Atualmente, a solicitação de baixa pode ocorrer a qualquer 
tempo, ou seja, foi eliminado o requisito temporal de 12 meses sem 
movimentação. 
 Portanto, o sócio da ME ou EPP pode solicitar a baixa nos registros dos 
órgãos públicos federais como estaduais e municipais, a qualquer tempo, 
mesmo que não tenha pago os débitos tributários. 
 Nesse ponto, vamos fazer uma breve recordação: nós havíamos visto, 
quando do estudo da responsabilidade tributária, que a responsabilidade do 
sócio não ocorre pelo simples fato de ser sócio, mas sim quando este assume a 
gestão da empresa, praticando atos com excesso de poderes ou infração da lei, 
contrato social ou estatutos. O sócio-gerente também pode ser 
responsabilizado por dissolução irregular da empresa. 
 Com base nesse raciocínio, a princípio não seria possível cobrar as 
dívidas do sócio, já que o próprio legislador o eximiu da prova de quitação dos 
tributos devidos. Contudo, vamos ver o que foi estabelecido nos §§ 4º e 5º do 
art. 9º: 
§ 4o - A baixa do empresário ou da pessoa jurídica não impede que, 
posteriormente, sejam lançados ou cobrados tributos, 
contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da falta do 
cumprimento de obrigações ou da prática comprovada e apurada em 
processo administrativo ou judicial de outras irregularidades praticadas 
pelos empresários, pelas pessoas jurídicas ou por seus titulares, sócios 
ou administradores. 
§ 5º - A solicitação de baixa do empresário ou da pessoa jurídica 
importa responsabilidade solidária dos empresários, dos 
titulares, dos sócios e dos administradores no período da 
ocorrência dos respectivos fatos geradores. 
Observação: A responsabilidade estabelecida nesse dispositivo difere 
daquela que estudamos no art. 135, III, porque não se limita aos que 
exercem a gestão sobre a pessoa jurídica, bem como não exige que haja 
infração à legislação. 
Sendo assim, fica o Fisco autorizado a constituir créditos tributários 
posteriormente à data do encerramento da empresa. Caso contrário, seria 
aberta uma grande brechapara os mal intencionados. 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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 Destaque-se que, havendo baixa diante de existência de obrigações 
tributárias, haverá responsabilidade solidária dos respectivos titulares, 
sócios e dos administradores. 
 Ademais, também ficou estabelecido no § 1º do art. 9º, da LC 123/06 o 
seguinte: 
§ 1o O arquivamento, nos órgãos de registro, dos atos constitutivos de 
empresários, de sociedades empresárias e de demais equiparados que se 
enquadrarem como microempresa ou empresa de pequeno porte bem 
como o arquivamento de suas alterações são dispensados das 
seguintes exigências: 
I - certidão de inexistência de condenação criminal, que será substituída 
por declaração do titular ou administrador, firmada sob as penas da lei, 
de não estar impedido de exercer atividade mercantil ou a administração 
de sociedade, em virtude de condenação criminal; 
II - prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito 
referente a tributo ou contribuição de qualquer natureza. 
 Por último, é válido acrescentar mais um benefício conferido às MEs e 
EPPs: 
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal 
das microempresas e empresas de pequeno porte somente será 
exigida para efeito de assinatura do contrato. 
 Isso significa que mesmo que as MEs e EPPs tenham débitos fiscais 
poderão participar do processo licitatório, somente sendo exigida a 
comprovação de regularidade fiscal na assinatura do contrato. 
 
Somente se exige a comprovação da regularidade 
fiscal, se a ME ou EPP sagrar-se vitoriosa no 
processo licitatório, no momento da assinatura do 
contrato. 
 Já as demais pessoas jurídicas, devem comprovar a regularidade fiscal 
como condição para se habilitar no processo licitatório, ocorrendo, como regra, 
antes mesmo da análise das propostas. 
Observação: O estudo aprofundado do art. 42 e seguintes é feito no Direito 
Administrativo, quando se estuda as licitações públicas. O objetivo da 
inclusão do art. 42 na nossa aula é apenas demonstrar mais uma vantagem 
conferida às optantes do Simples Nacional. 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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1.11 – Do Processo Judicial 
 É interessante saber que, diante da ausência de pagamento dos débitos 
pelo sujeito passivo, este fica sujeito à execução fiscal da dívida. Os processos 
de execução relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples 
Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo 
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 
 Veja que interessante! Os tributos submetidos à sistemática do Simples 
Nacional não são apenas federais, mas também estaduais, distritais e 
municipais. Mesmo assim, a execução desses tributos (impostos e 
contribuições) serão ajuizados em face da União, representada pela PGFN! 
 Mas não podemos desprezar a obrigação dos Estados, Distrito Federal e 
Municípios de prestar auxílio à PGFN, em relação aos tributos de sua 
competência, conforme previsto no art. 41, § 1º, da LC 123/2006, transcrito 
abaixo: 
Art. 41. Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos 
pelo Simples Nacional serão ajuizados em face da União, que será 
representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, 
observado o disposto no § 5º deste artigo. 
§ 1o Os Estados, Distrito Federal e Municípios prestarão auxílio à 
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, em relação aos tributos de sua 
competência, na forma a ser disciplinada por ato do Comitê Gestor. 
§ 2º Os créditos tributários oriundos da aplicação desta Lei 
Complementar serão apurados, inscritos em Dívida Ativa da União e 
cobrados judicialmente pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, 
observado o disposto no inciso V do § 5º deste artigo. 
§ 3o Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional 
poderá delegar aos Estados e Municípios a inscrição em dívida ativa 
estadual e municipal e a cobrança judicial dos tributos estaduais e 
municipais a que se refere esta Lei Complementar. 
 
Observação: É interessante saber que o inciso V, do § 5º, do art. 41, refere-
se ao ICMS e ISS devidos pelo MEI – Microempreendedor Individual. 
1.12 – Gestão do Simples Nacional 
 A LC 123/2006 estabeleceu a criação de três instâncias que têm como 
competência gerir o Simples Nacional. São elas: 
•! Comitê Gestor do Simples Nacional – CGSN; 
•! Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; 
•! Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios. 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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 O CGSN fica vinculado ao Ministério da Fazenda, tendo por 
competência regulamentar a opção, exclusão, tributação, fiscalização, 
arrecadação, cobrança, dívida ativa e outros itens relativos ao regime 
de tributação do Simples Nacional. 
 O Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 
tem por finalidade orientar e assessorar a formulação e coordenação da 
política nacional de desenvolvimento das microempresas e empresas 
de pequeno porte, bem como acompanhar e avaliar a sua implantação. 
 No que se refere Comitê para Gestão da Rede Nacional para 
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, compete a 
este, na forma da lei, regulamentar a inscrição, cadastro, abertura, 
alvará, arquivamento, licenças, permissão, autorização, registros e 
demais itens relativos à abertura, legalização e funcionamento de 
empresários e de pessoas jurídicas de qualquer porte, atividade econômica ou 
composição societária. 
 
Questão 01 - ESAF/AFRFB/2014 
 
A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário diferenciado para 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que consiste em um regime 
especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos por estas 
entidades, denominado Simples Nacional. Sobre este, é incorreto afirmar que 
para fins do Simples Nacional, considera-se receita bruta o produto da venda 
de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços 
prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas 
canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
 
Comentário: Esse é exatamente o conceito de receita bruta, extraído do art. 
3º, § 1º, da LC 123/2006. Como foi dito que o conceito está incorreto, a 
questão está errada. 
 
Questão 02 - ESAF/AFRFB/2014 
 
A Lei Complementar n. 123/2006 prevê tratamento tributário diferenciado para 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que consiste em um regime 
especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos por estas 
entidades, denominado Simples Nacional. Sobre este, é incorreto afirmar que o 
Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único 
de arrecadação, de um conjunto de tributos e contribuições. Todavia, mesmo 
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recolhimento dar-se-á à parte do Simples Nacional. 
 
Comentário: De fato, a opção pelo Simples Nacional implica o recolhimento 
mensal, mediante documento único de arrecadação, de um conjunto de 
tributos. Há tributos, contudo, que em algumas situações ficam excluídos da 
sistemática, como é caso do ISS, quando incidente sobre importação de 
serviços. Sendo assim, por ter sido afirmado que o conceito está incorreto (o 
que não é verdade), a questão está errada. 
 
Questão 03 - ESAF/PGFN-Procurador/2012 - Adaptada 
 
A Constituição Federal permitiu o tratamento tributário diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
Assim, editou-se a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. De 
acordo com esta lei, julgue a assertiva a seguir: para a classificação como 
microempresa, a lei estabeleceu determinado valor máximo auferido por ano-
calendário a título de receita bruta. 
 
Comentário: A classificação como microempresa foi estabelecida no art. 3º, I, 
da LC 123/06, segundo o qual é considerada microempresa aquela que aufira, 
em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. Ou 
seja, este é o limite máximo para classificar uma empresa como 
microempresa. Questão correta. 
 
Questão 04 - ESAF/PGFN-Procurador/2012 - Adaptada 
 
A Constituição Federal permitiu o tratamento tributário diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
Assim, editou-se a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. De 
acordo com esta lei, julgue a assertiva a seguir: o conceito de receita bruta 
compreende o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta 
própria, não incluídas as vendas canceladas e quaisquer descontos concedidos. 
 
Comentário: Dispõe o § 1º, do art. 3º, da LC 123/06, que não se incluem no 
conceito de receita bruta apenas os descontos incondicionais concedidos. 
Questão errada. 
 
Questão 05 - ESAF/PGFN-Procurador/2012 - Adaptada 
 
A Constituição Federal permitiu o tratamento tributário diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
Assim, editou-se a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. De 
acordo com esta lei, julgue a assertiva a seguir: também integram o conceito 
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de receita bruta o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações 
em conta alheia. 
 
Comentário: Conforme previsão no art. 3º, § 1º, da LC 123/06, considera-se 
receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda 
de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços 
prestados e o resultado nas operações em conta alheia. Questão correta. 
 
Questão 06 - ESAF/PGFN-Procurador/2012 - Adaptada 
 
A Constituição Federal permitiu o tratamento tributário diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
Assim, editou-se a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. De 
acordo com esta lei, julgue a assertiva a seguir: o enquadramento como 
microempresa ou empresa de pequeno porte, bem como o seu 
desenquadramento, não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição 
em relação a contratos por elas anteriormente firmados. 
 
Comentário: Consoante o disposto no art. 3º, § 3º, da LC 123/06, o 
enquadramento e desenquadramento de ME ou EPP não influenciam nos 
contratos por elas anteriormente firmados. Questão correta. 
 
Questão 07 - ESAF/PGFN-Procurador/2012 - Adaptada 
 
A Constituição Federal permitiu o tratamento tributário diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
Assim, editou-se a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. De 
acordo com esta lei, julgue a assertiva a seguir: no caso de início de atividade 
no próprio ano- calendário, o limite (valor máximo no caso de microempresa; 
valores mínimo e máximo no caso de empresa de pequeno porte) será 
proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de 
pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses. 
 
Comentário: Se as atividades da empresa se iniciaram no próprio ano-
calendário, os valores são proporcionais ao número de meses (inclusive as 
frações de meses) em que a ME ou EPP houver exercido a atividade (LC 
123/06, art. 3º, § 2º). Questão correta. 
 
Questão 08 - ESAF/Advogado - IRB/2006 
 
Lei complementar poderá instituir regime único de arrecadação dos impostos e 
contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Comentário: É exatamente o que estabelece o par. único do art. 146, da 
CF/88. Questão correta. 
09890389479
09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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Questão 09 - ESAF/Advogado - IRB/2006 
 
Uma vez instituído o regime único a que se refere o art. 146, parágrafo único 
a Constituição, poderá o contribuinte optar ou não por ele. 
 
Comentário: De acordo com o art. 146, par. único, I, da CF/88, o regime 
único de arrecadação será opcional para o contribuinte. Questão correta. 
 
Questão 10 - ESAF/Advogado - IRB/2006 
 
Uma vez instituído o regime único a que se refere o art. 146, parágrafo único 
a Constituição, nele não poderão ser estabelecidas condições de 
enquadramento diferenciadas por Estado. 
 
Comentário: De acordo com o art. 146, par. único, II, da CF/88, no regime 
único de arrecadação poderão ser estabelecidas condições de enquadramento 
diferenciadas por Estado. Questão errada. 
 
Questão 11 - ESAF/Advogado - IRB/2006 
 
Os entes federados poderão, no regime único, adotar cadastro único de 
contribuintes. 
 
Comentário: De acordo com o art. 146, par. único, IV, da CF/88, no regime 
único de arrecadação a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser 
compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de 
contribuintes. Questão correta. 
 
Questão 12 - ESAF/PFN/2006 
 
Uma norma geral poderá, a pretexto de definir tratamento diferenciado e 
favorecido para as micro e pequenas empresas, instituir regime único de 
arrecadação de impostos e contribuições dos entes federados. 
 
Comentário: De acordo com o par. único do art. 146, da CF/88, a norma 
geral que venha conceder tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte também poderá instituir 
um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Questão correta. 
 
Questão 13 - FCC/TJ-RR-Juiz Substituto/2015 
 
Jonas, funcionário de empresa de assessoria comercial e tributária localizada 
em Caracaraí/RR, foi consultado por um de seus clientes a respeito da 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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possibilidade de enquadrar sua empresa no SIMPLES NACIONAL. Jonas, depois 
de analisar cuidadosamente as indagações que lhe foram feitas, forneceu as 
seguintes respostas: 
 
I. A pessoa jurídica, que tenha sócio domiciliado no exterior, não poderá se 
beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto naLei Complementar n° 
123/06, mesmo que a receita bruta global não ultrapasse o limite de R$ 
360.000,00. 
II. É considerada microempresa, a empresa individual de responsabilidade 
limitada que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a 
R$ 360.000,00. 
III. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal de vários impostos, 
mediante documento único de arrecadação, dentre os quais se encontram o 
IPI, o IRPJ e o ISS. 
IV. Mediante adesão expressa da União, dos Estados e dos Municípios à 
disciplina estabelecida pelo Comitê Gestor do Simples Nacional, o recolhimento 
anual do ITR, do IPVA e do IPTU poderá ser feito mediante documento único 
de arrecadação. 
V. A pessoa jurídica, cujo sócio participe com mais de 10% do capital de outra 
empresa não beneficiada pela Lei Complementar n° 123/06, não poderá se 
beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto na referida Lei 
Complementar, mesmo que a receita bruta global não ultrapasse o limite de R$ 
3.600.000,00. 
Com base na Lei Complementar n° 123/06, está correto o que foi afirmado por 
Jonas em 
 
a) I, II, III, IV e V. 
b) I, III, IV e V, apenas. 
c) I e IV, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) II, IV e V, apenas. 
 
Comentário: 
 
Item I: Na realidade, o fato de a ME ou EPP ter sócio domiciliado no exterior 
apenas a impede de recolher os tributos na forma do Simples Nacional. Assim 
sendo, não há vedação total ao enquadramento no Simples Nacional. Item 
errado. 
 
Item II: De fato, o enquadramento como microempresa, para fins de opção 
pelo Simples Nacional, é que, além de outros requisitos, a empresa que auferir 
em cada ano-calendário receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. Está 
incluída neste rol de empresas a empresa individual de responsabilidade 
limitada. Item correto. 
Item III: De fato, o recolhimento do Simples Nacional é realizado mediante 
documento único de arrecadação (DAS), realizado mensalmente, estando nele 
inclusos os valores correspondentes a IPI, IRPJ e ISS. Item correto. 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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Item IV: O IPVA, IPTU e ITR não foram incluídos na sistemática do Simples 
Nacional, razão pela qual não se admite o seu recolhimento por meio de 
documento único de arrecadação. Item errado. 
 
Item V: Neste caso, apenas há vedação à opção pelo Simples Nacional, se a 
receita bruta global ultrapassar o limite de R$ 3.600.000,00. Item errado. 
 
Gabarito: Letra D 
 
Questão 14 - FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
 
Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de 
ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular 
ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples 
Nacional, salvo os que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços 
prestados. 
 
Comentário: Tal isenção de fato existe e foi prevista no art. 14, da LC 
123/2006, ficando excetuados os valores pagos aos sócios ou titular a título de 
pró-labore, aluguéis ou serviços prestados. Questão correta. 
 
Questão 15 - FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
 
Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples 
Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte que possua débito 
com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas 
Federal, Estadual ou Municipal, ainda que estejam com a exigibilidade 
suspensa. 
 
Comentário: De fato, esta é uma das vedações parciais, impedindo que a ME 
ou EPP venha recolher os impostos e contribuições na forma do Simples 
Nacional. Contudo, tal vedação apenas se aplica se tais débitos não estiverem 
com a sua exigibilidade suspensa. Questão errada. 
 
Questão 16 - FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
 
Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples 
Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo 
pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 
 
Comentário: É exatamente o que consta no art. 41, caput, da LC 123/2006: 
Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples 
Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Questão correta. 
 
Questão 17 - FCC/TJ-CE-Juiz/2014 
 
Um contribuinte do ICMS do Estado do Ceará adquire, de contribuinte do ICMS 
localizado na região Sul do país, mercadoria destinada a uso e consumo no seu 
estabelecimento, localizado em Fortaleza. A alíquota interna cearense das 
mercadorias adquiridas é de 17%. Considerando que esse adquirente cearense 
está enquadrado no Simples Nacional, de acordo com o disposto na Lei 
Complementar n° 123/06 e no artigo 155 da Constituição Federal, 
relativamente a essa aquisição, ele 
a) não terá de pagar o ICMS, pois a entrada de mercadoria no 
estabelecimento, proveniente de outra unidade federada, com a finalidade de 
comercialização, industrialização, integração no ativo imobilizado ou uso e 
consumo do estabelecimento não é, via de regra, fato gerador desse imposto. 
b) terá de pagar o ICMS referente ao diferencial entre a alíquota interna e 
interestadual, calculada com base nas alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas 
optantes pelo Simples Nacional. 
c) não terá de pagar o ICMS, pois o recolhimento mensal, mediante 
documento único de arrecadação, exclui eventual incidência desse imposto na 
referida aquisição interestadual. 
d) terá de pagar o ICMS, pois o recolhimento mensal, mediante documento 
único de arrecadação, não exclui a incidência do ICMS devido a título de 
diferencial de alíquota, desde que as mercadorias adquiridas não estejam 
sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto. 
e) não terá de pagar o ICMS, pois contribuintes enquadrados no Simples 
Nacional estão dispensados desse pagamento. 
 
Comentário: De acordo com o art. 13, § 1º, XIII, “h”, da LC 123/2006, o 
regime de tributação do Simples Nacional não exclui a incidência do ICMS 
devido nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou 
mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do 
imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual. Logo, o 
contribuinte terá que pagar o ICMS. 
 
Gabarito: Letra D 
 
Questão 18 - FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
 
O regime de apuração do Simples, apesar de dispensar aos seus optantes um 
regime tributário mais favorável, impede o direito ao aproveitamento de 
créditos relativos ao IPI e ao ICMS. 
Comentário: Em decorrência do disposto no art. 23, caput, da LC 123/2006, 
as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional não podem se beneficiar do 
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas
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crédito de IPI e ICMS, incidentes sobre as mercadorias por elas adquiridas. 
Questão correta. 
Questão 19 - CESPE/Auditor-TCE-ES/2012 
 
Com base no disposto na Lei Complementar n.º 123/2006, julgue o item a 
seguir: As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo 
SIMPLES Nacional não podem utilizar ou destinar qualquer valor

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