Buscar

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

Prévia do material em texto

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
INTRODUÇÃO AOS NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Os negócios internacionais referem-se ao desempenho de atividades de comércio e investimentos por empresa, através da fronteira entre países.
As premissas básicas do comércio, como oferta e procura, escassez e complementariedade de produtos e serviços norteiam a produção do mundo capitalista.
A globalização exigiu o aprimoramento do comércio entre países, e historicamente falando, os meios de produção precisaram evoluir para atender a demanda cada vez mais crescente.
Pressupostos básicos do comércio internacional:
Divisao Internacional do Trabalho: garante que as necessidades serão supridas a nível mundial
Diferenças Naturais: questões de clima, tecnologia, cultura, ou mesmo reservas de insumos, garantirão vantagens a países em detrimento de outros, e vice-versa.
Desenvolvimento histórico: Em qualquer área, seja na política, economia ou tecnologia, garantirá que países estarão em estágios diferentes no tocante às necessidades existentes, e em atender necessidades de outros países.
Contexto histórico das relações internacionais: acompanhou processo de evolução e construção social, desde as sociedades expansionistas até a Europa imperialista, pos era feudal, que durou até meados do século XV. Após, na virada para o século XVI, a retomada por expansão territorial, destacou as monarquias portuguesa, espanhola e inglesa, e a navegação permitiu ultrapassar fronteiras tanto para o aumento de poder quanto para busca de insumos e bens de consumo. Esse período de explosão das relações comercias teve influências em muitos aspectos, como cultura e progresso social, e foi chamada de “mercantilismo”.
Adam Smith, em “Riqueza das Nações”, propaga o acúmulo de riqueza e defende o livre comércio, com a mínima regulação do Estado e uma ação reguladora da Economia por parte do setor privado. Teoria essa que dominou no capitalismo até meados do século XX e caiu por terra com a quebra da bolsa de Nova Iorque provou que o livre comércio não é possível, pois o acúmulo gera inchaço através da acumulação e especulação, fazendo-se necessária a intervenção do Estado como regulador da economia.
	O Brasil, mesmo sendo colônia, participava desse contexto, com o pau-brasil sendo levado para a Europa, a cultura da cana de açúcar e do envio de ouro. Mais tarde, como nação independente, tivemos a cultura do café e do leite. Mesmo depois da autonomia, não tínhamos um processo industrial elaborado, o que nos colocava em grande desvantagem perante a Europa que já se industrializava desde a Revolução Industrial em 1750. Os Estados Unidos, por sua vez, já estavam avançados em termos de industrialização por conta da colonização de desenvolvimento e da antecipada independência em relação à Inglaterra.
	Após, surgiu o Liberalismo Econômico de mercado, fase seguinte à Revolução Industrial e Comercial.
A Revolução Industrial espalhou a semente do sistema econômico mundial que conhecemos, pois, com o advento dos meios de produção mecanizados, houve a explosão da produção e consequentemente foi dado início a um caminho sem volta, em que a produtividade avançou cada vez mais na medida em que se aperfeiçoava o processo envolvido.
	Empresas que pretendiam atuar fora dos seus limites, começaram a racionalizar o trabalho, buscando aumento na condição de produzir para alimentar a demanda por seus produtos. Esse pensamento da racionalização popularizou e determinou o surgimento da ciência da Administração, no fim do século XIX e início do século XX, cujos maiores nomes são Frederick Winslow Taylor e Henry Ford, que instigaram as empresas a maximizar sua capacidade com as linhas de produção e estudo dos tempos e movimentos.
Nesse contexto: 
As indústrias exploravam as relações de trabalho cada vez mais
Os governos se interessaram pelo crescimento da indústria, o que fomentaria o aumento das divisas nacionais
a Administração Moderna de Taylor e Ford trabalharia a favor desse crescimento
Consequências da Revolução Industrial: 
Substituição da força humana pelo motor.
 Aumento na escala produtiva.
 Expansão comercial.
 Criação de relações de trabalho.
O mercado internacional moderno – SECULO XX
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: 1914-1918 
Hegemonia da economia dos EUA, pela queda das nações européias no conflito. Mudança do PADRÂO OURO para o PADRÂO DÓLAR, onde os EUA passaram a ditar as normas do comércio internacional.
Situação que não perdurou muito, pois 10 anos depois a Europa estava totalmente reconstruída, com forte economia na Alemanha e recessão no Canadá e na Inglaterra, grandes consumidores da produção americana; o que forçou os Estados Unidos a desacelerarem a super produção, gerando uma crise de estoque sem demanda. 
CRISE DE 1929(QUEBRA DA BOLSA DE NOVA IORQUE)
Assim, pelo desaquecimento da economia americana, houve o colapso financeiro conhecido como CRISE DE 1929 ou QUEBRA DA BOLSA DE NOVA IORQUE. Situação que resultou em desemprego, desvalorização dos produtos americanos, fechamento de empresas, marginalização, crescimento da periferia..
Diante desse quadro, a solução adotada foi o NEW DEAL, (proposta por John Maynard Keynes), a adoção de uma política massiva de investimento no mercado interno, com ênfase em infraestrutura, incentivo ao consumo interno e conseqüente capitalização das empresas e crescimento da economia.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: 1939-1945
Conflito gerado entre Alemanha, Japão e Itália, que propiciou que os EUA retomassem a hegemonia econômica, pois o mesmo so entrou na guerra perto do seu término. 
Devido aos problemas estruturais causados na Europa e no Japão, os países, liderados pelos EUA, fizeram a CONFERÊNCIA DE BRETTON WOODS, na qual foram tratados assuntos sobre paz mundial, reconstrução das nações perdedoras da guerra e financiamento das economias.
Nesta conferência foram criados o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e do Fundo Monetário Internacional (FMI)
Plano Marshall (transição do lastro em ouro para o lastro em dólar, padronização do dólar como moeda mundial para transações). que financiaria, através da participação de empresas dos Estados Unidos, obras de reconstrução, e essas empresas pudessem se instalar em seus territórios, sem reservas ou bloqueios, para que houvesse incentivo à produção, oferecimento de empregos e geração de renda.
Em relação aos japoneses, o auxílio americano possibilitou o conhecimento e das técnicas do modelo norteamericano, através do “intercâmbio dos meios de produção”, pois com a instalação das empresas dos Estados Unidos em solo japonês, rapidamente houve o aprendizado e o aprimoramento dos processos
Consolidação dos EUA como líder mundial e reconstrução da Europa. 
Criação da ONU (Organização das Nações Unidas), com o propósito de evitar questões de desordem mundial, nos âmbitos social, econômico e político.
Neste período (1929-1950) consolidou-se o sistema capitalista e de mercado no Brasil e o sistema produtivo com base no modelo americano, tendo como base a indústria automobilística.
Uma política intervencionista com pleno emprego e estrutura social assistencialista não se mostrou viável após tanto tempo. Com a recuperação das economias e crescimento do setor privado, houve aumento do consumo , bem como insumos para manter essa lógica da cadeia de produção.
 Um dos insumos que mais sofreu especulação foi o petróleo. No Brasil, ainda que existisse a Petrobrás, foi criado o Programa PROALCOOL, fabricando um combustível que fosse alternativo ao petróleo.
VANTAGENS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Provimento de carências produtivas nacionais.
 Aprendizado produtivo entre nações. 
Equilíbrio da Balança Comercial (entradas e saídas). 
Incentivo às indústrias nacionais e à instalação de indústrias internacionais entre as nações. 
Aumento da influência internacional e participação territorial.
DIFICULDADES DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Limitantes étnico-culturais 
Diferenças de idiomas 
Situação econômica e liquidez entre nações (Ex: Venezuelae Alemanha) 
Distâncias e limitantes legais 
Logística e custos de regularização
 Questões relacionadas ao comportamento do consumidor
Influências políticas. 
Questões climáticas (catástrofes). 
Questões ambientais (cobrança social, leis e preocupação ambiental). 
Conflitos armados, ideológicos e históricos.
 Instabilidades políticas (Oriente Médio).
TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Teoria da Vantagem Competitiva: especialização em favor da produtividade, exportando aquilo em que se é especialista e importando a especialidade de um outro país, o que nem sempre é possível, por limitantes, sejam insumos, tecnológicos, recursos humanos
Teoria da Vantagem Comparativa (David Ricardo): mesmo que um país não possua vantagem absoluta, ele pode se especializar nos setores onde possui vantagem comparativa.
Teoria da Demanda Recíproca: a premissa básica está em que diferentes países têm diferentes necessidades, as quais não conseguem suprir a partir de seus recursos locais, e necessariamente dependeriam das potencialidades de outros países. Assim, as necessidades seriam mutuamente supridas na medida em que os países fossem especialistas em determinados gêneros de produtos.
NEGOCIAÇÕES E ÓRGÃOS REGULADORES
O mundo globalizado, através da tecnologia da informação, permitiu um maior acesso a bens e serviços, eliminar distâncias, quebrar paradigmas e aproximar culturas distintas; o que exige das empresas preparo para gerir o negócio em diferentes países e culturas, inclusive com mao de obra qualificada.
Os pressupostos do comercio internacional apontam para o livre comércio, embora existam situações nas quais os governos decidem intervir na economia impondo barreiras a fim de preservar empresas e seu poder de competitividade perante produtos e serviços estrangeiros. São medidas para impedir, conter ou regular o processo de entrada de mercadorias estrangeiras em um determinado país; podendo ser estratégica ou como retaliação política.
Exemplos de Barreiras:
Barreiras Alfandegárias: baseadas em mecanismos de regulação das taxas e impostos. 
Quotas de Importação: limites para entrada de bens até determinado número de unidades, ou importação de bens até determinado número de unidades, assim como por montantes de valor.
Taxa de Câmbio: políticas cambiais livres ou indexadas, que servirão para regular importações.
Barreiras Sanitárias: podem ser transitórias, enquanto durar epidemias
Barreiras Não-tarifárias: imposição de exigências técnicas
Barreiras de Natureza Econômica: atreladas a desvios de comércio, anômalas ao livre comércio. *Dumping: venda em mercados internacionais de produtos com preços abaixo dos praticados pelo mercado local. *Oligopólio: poucas empresas dominam e ditam as regras do mercado. *Monopólio: uma única empresa domina os rumos do setor. Fusões de grandes corporações também são consideradas uma forma de monopólio ou oligopólio.
*Cartel: união informal de empresas para praticarem os mesmos preços.
CADE: (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) regula fusões, identifica se há irregularidades.
ACORDOS E INSTITUIÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS
Acordos, tratados, contratos e os órgãos, agências e instituições internacionais, que procurarão resolver os impasses e fortalecer ou criar laços que movimentem a economia mundial.
Tratado: amplo, complexo e de longa duração.
Acordo: mais simples e mais flexível
GATT: General Agreement on Tariffs and Trade (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), acordo que tinha por objetivo apenas o comércio mundial. Firmado em 1947, antecedeu a OMC (organização mundial do comércio) e perdurou por mais de 40 anos, tendo sido substituído na década de 1990.
Organização Internacional do Comércio (OIC) – seria uma evolução do GATT, mas a proposta foi recusada porque concedia poderes demais aos EUA
 Câmara de Comércio Internacional (CCI), 1931, em Genebra, na Suíça. Algumas nações européias, para tratar de tarifas, financiamentos e taxas. Onde foi criado o Incoterms (International Commercial Terms), ou Termos de Comércio Internacional, discutidos e efetivados em 1936.
OMC (Organização Mundial do Comércio) também tem por objetivo desenvolver o comércio internacional; entretanto, é mais ampla, porque se preocupa com os serviços e direitos de propriedade intelectual. É um órgão permanente e com personalidade jurídica.
INCOTERMS: Consistem em normas padronizadas que regulam alguns aspectos do comércio internacional. São normas que determinam quem paga o frete da mercadoria, o seu ponto de entrega, e quem deve fazer o seguro, entre outras coisas. * Essas normas só são aplicadas a exportadores e importadores, não sendo aplicadas a transportadoras, seguradoras e despachantes.
EXW – Ex Works: PARTINDO DO LOCAL DE PRODUÇÃO
Vendedor exportador: deixa a mercadoria pronta para ser transportada 
Comprador importador fica responsável por pelo processo.
FCA – Free Carrier - TRANSPORTADOR LIVRE
Vendedor exportador: entrega a mercadoria, em local designado, após desembaraço aduaneiro no país de orogem.
Importador: nomeia e contrata transporte. 
FAS – Free Alongside Ship: (... porto de embarque designado)
Somente para aquaviário
Exportador é responsável pela documentação aduaneira. A responsabilidade do vendedor se encerra quando a mercadoria é desembarcada ou colocada em transporte até o navio.
FOB – Free on Board (... porto de embarque designado) – Livre a bordo (em porto de embarque designado.
Exportador: responsável pelo desembaraço aduaneiro de exportação (procedimento este em que é realizada a conferência aduaneira), sendo que, após o embarque da mercadoria no navio, a responsabilidade passa a ser do importador, frete, taxas de desembaraço e seguros.
BLOCOS ECONÔMICOS
		Bloco econômico é uma união de países com interesses mútuos de crescimento econômico e, em alguns casos, se estende também à integração social.
		O processo de criação de um bloco econômico envolve interesses comuns, a queda de barreiras comerciais, a redução de taxas e impostos para e entrada e saída de mercadorias, assim como a progressiva unificação de políticas econômicas e ações que são desenvolvidas de forma integrada.
		Estágios da criação e evolução dos blocos:
1º Área de Livre Comércio: determinação de uma área de livre comércio, que significa que produtos produzidos por um país podem entrar em países que têm esse acordo de livre comércio com ele, isento de taxas e burocracias tradicionais de uma importação normal;
2º União Aduaneira: numa segunda fase, de interesses mais amplos, a união aduaneira apresenta a implementação de condutas de comércio, além de regras para comércios com países que não fazem parte dessa união. Determinam que produtos ou grupos de produtos tenham taxas e impostos simplificados e unificados.
3º “Mercado Comum” : em além de mercadorias, as pessoas, os insumos ou matérias-primas, e mesmo dinheiro, passam a ter livre circulação entre as fronteiras dos países membros.
4º União Econômica : processo de unificação das políticas econômicas, da moeda e das condições internacionais.
PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS
União Europeia
Criado no período pós Segunda Guerra Mundial, para fortalecer a Europa, derrotada na guerra e que necessitaria de reconstrução. O processo demorou mais de 40 anos até se consolidar em 1993. Quebra de barreiras comerciais e criação e adoção de uma moeda única, o Euro (Tratado de Maastricht, em 1992).
Mercosul (Mercado Comum do Sul)
Formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai (signatários do Tratado de Assunção de 1991) e que foi criado a partir da Associação Latino-americana de Integração (ALADI), que além dos países citados, contava com a participação de Cuba (país que vive sob embargo econômico (bloqueio de transações comerciais internacionais).
A Venezuela aderiu ao Bloco em 2012, mas está suspensa, desde dezembro de 2016, por descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da Cláusula Democrática do Bloco.
Todos os demais paísessul-americanos estão vinculados ao MERCOSUL como Estados Associados. A Bolívia, por sua vez, tem o “status” de Estado Associado em processo de adesão.
Nafta
Bloco estabelecido no ano de 1993, tendo como membros Estados Unidos, Canadá e México, cujo maior beneficiário são os EUA.
APEC
Associação de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), cujo grande objetivo seria reduzir a burocracia relacionada ao trânsito de mercadorias na região dos países banhados pelo Oceano Pacífico, em que se incluem as economias asiáticas, os Estados Unidos da América e a Austrália; e ainda, auxílio mútuo entre os países membros, particularmente no caso de catástrofes climáticas.
ALCA
Entendido como um bloco econômico que teria interesse em unificar os interesses de toda a América (América do Norte, América Central e do Sul. Foi rejeitado pelos países da America do Sul , em especial o Brasil.
BRASIL E O COMÉRCIO EXTERIOR
Desde sua descoberta, participa do comércio exterior, com a vinda da família real portuguesa e abertura dos portos às nações amigas.
SISCOMEX (Sistema de Comércio Exterior): integração das informações, criando um banco de dados centralizado, potencializando o processo de busca e identificação de assuntos relacionados ao comércio exterior brasileiro.
Partes operadoras:
SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC); 
 Banco Central do Brasil (BACEN); 
Receita Federal do Brasil, vinculada ao Ministério da Fazenda.
Módulo Exportação, o usuário tem acesso a:
Registro de Exportação (RE)
Registro de Operação de Crédito (RC)
RES (Registro de Exportação Simplificada
Declaração de Despacho de Exportação (DDE)
Declaração Simplificada de Exportação (DSE)
Comprovante de Exportação (CE)* Disponível no final do despacho aduaneiro.
Módulo de Importação:
Declaração de Importação (DI) ou à Declaração Simplificada de Importação (DSI),
Licença de Importação (LI)
Comprovante de Importação (CI)
OPERAÇÕES EM NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
IMPORTAÇÃO
Processo de entrada de bens ou serviços, originados de outro país, podendo ser para comércio, utilização como insumo, consumo final, aplicação técnica ou processos derivados de parcerias.
Definitiva: 
Mercadoria é importada e nacionalizada, integrando a massa de riqueza do país, podendo ser comercializada. 
O documento que comprova a transferência de propriedade é o conhecimento de embarque e a fatura comercial.
Não definitivas: 
Não ocorre a nacionalização. São os casos onde a mercadoria é importada em regime especial de admissão temporária (Ex.: Fórmula 1). Poderão tornar-se definitivas.
Documento que comprova a transferência de propriedade é Fatura em Consignação.
PROCESSO DE IMPORTAÇÃO
INICIANDO O PROCESSO
Existência de um produto (objeto) a ser importado e a existência de um fornecedor, para o qual sera solicitada uma cotação que recebe o nome de Fatura Pro Forma (ou Pro Forma In Voice), onde constará preço, o nome do exportador (fornecedor), seus dados primários básicos, assim como outros detalhes relacionados ao câmbio e às opções de pagamento disponíveis.
Após, verificar se a mercadoria está devidamente amparada por uma classificação internacional: NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias / Sistema Harmonizado (NBM / SH), a Nomenclatura da Associação Latino-Americana de Integração Baseada na Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira (Naladi / NCCA), ou outra que seja internacionalmente aceita, para que quando entrar em nosso país, esteja de acordo com as normas da Receita Federal e não gere taxas ou multas. Há mercadorias que estão dispensadas do Licenciamento de Importação ou Sujeitas ao Licenciamento de Importação, que pode ser automático ou não-automático, e outras que têm importação não permitida (por país ou por mercadoria de ordem restrita). Para acesso a essas informações, consultar no SISCOMEX, e ainda, ter o REI (Registro de Exportador e Importador) obrigatoriamente.
Questões Fiscais
Imposto de Importação: Incide sobre mercadorias estrangeiras;
 Fator gerador é a entrada dessas no território aduaneiro; 
Aplicável em valor variável conforme o produto;
 Será pago em débito automático na conta corrente bancaria, indicada pelo importador, no Siscomex, no ato do registro da DI.
IPI (Imposto sobre Produto Industrializado)
ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) *cobrado pelos Estados
taxa AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante), fundo de reserva para renovação da frota da Marinha do Brasil.
Existem ainda as taxas portuárias ou aeroportuárias de capatazia (capatazes que lidam com a mercadoria, manipulação e transporte de desembarque) e de armazenagem (estocagem enquanto não são liberados para transporte)
A própria utilização do SISCOMEX pode ser taxada, por PIS ou COFINS importação, cujos valores são utilizados para aposentadoria de servidores públicos.
Despacho Aduaneiro
	Serviço de liberação (despacho) a ser feito junto à Receita Federal. Atividade normativa que pode ser executada por alguém da empresa, por profissional de comercio exterior ou despachante contratado.
	Cada vez que houver um processo de importação, a empresa precisa preencher a declaração de importação eletrônica no SISCOMEX, onde será registrado o produto a ser importado, com particularidades, número de licenciamentos qdo for necessário solicitar uma licença de autorização.
	Para desembaraço, é preciso observar prazos, apresentar documentos de origem do processo de importação; licença ou autorização; limites ou impeditivos que resultem na retenção e conseqüente armazenagem do produto.
CANAIS DE CONFERÊNCIA NO SISCOMEX DE ACORDO COM GÊNEROS
a) Canal Verde – referente a mercadorias que não possuem restrição e são desembaraçadas automaticamente. 
b) Canal Amarelo – referente a mercadorias que precisam ter sua documentação verificada, e são liberadas em caso de não existirem irregularidades. 
c) Canal Vermelho – referente a mercadorias que precisam ter sua documentação verificada e carga vistoriada. 
d) Canal Cinza – referente a mercadorias que precisam ter sua documentação verificada, carga vistoriada e que passarão por processos de liberação específica ou especial.
Processos de importação podem ser vistoriados ate 5 anos depois de seu desembaraço, cuja documentação fica registrada no SISCOMEX.
EXPORTAÇÃO
Exportação é a saída de mercadorias do território aduaneiro, decorrente de um contrato de compra e venda internacional, que pode ou não resultar na entrada de divisas.
 Empresas exportadoras buscam ampliar sua atuação ou driblar a concorrência.
Exportação Direta: Consiste na operação em que o produto exportado é faturado pelo próprio produtor ao importador. Este tipo de operação exige da empresa o conhecimento do processo de exportação em toda a sua extensão. Nesta modalidade, o produto exportado é isento do IPI e ICMS.
Exportação Indireta: É realizada por intermédio de empresas estabelecidas no Brasil, que adquirem produtos para exportá-los. 
Estas empresas podem ser: 
Trading company;
Empresas comerciais exclusivamente exportadoras;
Empresa comercial que opera no mercado interno e externo;
Outro estabelecimento da empresa produtora - neste caso, a venda a este tipo de empresa é considerada equivalente a uma exportação direta, assegurando os mesmos benefícios fiscais - IPI e ICMS; 
Consórcios de exportadores.
Regras a serem cumpridas:
Contrato social ou estatuto adequado.
Registro da empresa na junta comercial do Estado 
Registro do CNPJ
Registro no Conselho Regional de Representantes Comerciais do Estado
Registro na Prefeitura (Cadastro de Contribuinte Mobiliario – CCM)
Alvará de Funcionamento
Inscriçao na Fazenda Estadual
Inscrição no Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), que concede o Registro de Exportador, dps da empresa cumprir todos os requisitos.
Outra opção, a constituição de uma empresacomercial exportadora, uma Trading Company, que atua através da mediação de processos de exportação, acompanhando o processo de exportação dos produtos dos outros. Nesse caso, a comercial exportadora atuará a partir da obtenção do certificado de registro especial, que deve ser solicitado através do Departamento de Operações do Comércio Exterior (DECEX), em conjunto com a Secretaria da Receita Federal (SRF-RFB). Importante que seja dito que todas as empresas, devidamente legalizadas, estarão interligadas entre SISCOMEX e Receita Federal do Brasil.
Modalidades de registro no SISCOMEX, de acordo com a atividade de atuação da empresa:
Ordinária (empresas que utilizam habitualmente o sistema). (
b) Simplificada (pessoa física ou jurídica, empresa pública ou entidades sem fins lucrativos, com limites estabelecidos). 
c) Especial (órgãos da administração pública direta, autarquia, fundação pública, órgão público autônomo, organismo internacional e outras instituições extraterritoriais).
(d) Restrita (para consulta ou retificação de declaração de pessoa física ou jurídica que tenha operado o sistema anteriormente).
EXPORTAÇÕES ESPECIAIS
Algumas exigências básicas são a verificação de padronizações necessárias em rótulos, componentes de produtos, padronizações de tamanho, peso e volume, assim como se haverá a necessidade de submissão dos documentos de exportação a agências reguladoras, tais como: Agência Nacional de Energia (ANEEL), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entre outros e apenas para exemplificar.
Portaria nº 35, da SECEX, é o documento que contém todos os detalhes acerca de exigências de padronagens e afins.
SELEÇAO DE MERCADOS
Para ingressar no comércio internacional, é aproveitar-se de flexibilidades burocráticas e mecanismos facilitadores econômicos, para iniciar-se no mercado internacional, ganhando assim vivência nos trâmites e, a partir de uma melhor condição econômica e mesmo teórica, aventurar-se por outros mercados, progredindo assim dentro de uma racionalidade sistêmica de aprendizado e definindo onde atuar de uma maneira mais inteligente.
Verificar se o produto atende as normas e especificações do país importador; e se não, se as adequações necessárias são viáveis; se terá mercado consumidor para aquele produto.
Para selecionar mercado de países estrangeiros:
Ministério das Relações Exteriores (que pode intermediar o contato entre empresa e Câmaras de Comércio no exterior)
Buscar informações através da internet, acerca de consumidores, concorrentes, e mesmo outras particularidades.
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para participação em feiras e convenções
Construir a imagem que o consumidor terá do seu produto, através de mala-direta, e-mail marketing, press-releases dos produtos, através de uma gestão de marketing, e nesse roteiro de comunicação devem estar inclusos: nome do produto, especificações, clientes que se deseja atender, estratégias de distribuição, normas a serem seguidas, regras e leis e como deverá ser a atuação dos representantes no país. 
A empresa deve ser cercar de segurança quanto à detalhes técnicos ou diferenciais que possam ser copiados.
Na cotação de um produto (Fatura Pro Forma, ou Pro Forma In Voice), deve constar:
Dados de referência da empresa 
Descrição da mercadoria
Modalidade ou condição da venda
Condições de pagamento
Remessa ou Pagamento Antecipado ou Cheque
Cobrança à vista ou a prazo
Carta de Crédito
Parâmetros de Qualidade e obrigações a serem cumpridas pelo exportador:
Embalagem e Volumes
Transporte, Seguro e Preço de Exportação
O Prazo de Entrega e a Validade da Negociação
Solicitação de Referências e Documentos
INCENTIVOS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Contextualização
No período do Regime Militar houve grande protecionismo e nossa economia era praticamente fechada para o mundo. No inicio do governo Collor ocorreu a abertura e em 1994 atingiu seu ápice.
Incentivos ao Comercio Exterior
Incentivos Fiscais
Objetivo é potencializar as exportações através da competitividade produtiva das empresas brasileiras, ou de sua competitividade de preços sobre produtos acabados.
IPI, ICMS, PIS, COFINS reduzidos ou isentos
DRAWBACK: Suspensão ou isenção de impostos para compra de insumos que serão usados para produzir bens para exortação, o que deve ser comprovado no plano de exportação.
Incentivos Financeiros
Financiamentos ou oferta de crédito
BNDES: através do programa BNDES – EXIM, propicia a compra de equipamentos e tecnologias, e ainda oferece financiamento para comercialização, no pós-producao.
Adiantamento sobre Contratos de Câmbio - ACC -, em que o exportador recebe os valores pactuados no contrato de forma integral ou parcial.
Adiantamento sobre Cambiais de Exportação - ACE -, em que, de forma simplista, o banco emprestará o dinheiro ao exportador, que dá uma garantia,como uma promissória.
Programa de Financiamento às Exportações - PROEX -, que através dos operadores bancários, e mais especificamente pelo Banco do Brasil, procura oferecer juros menores.
Agentes Internacionais
São pessoas que auxiliam o exportador em transações de comércio exterior, através de assessoria ou consultoria, podendo ser pessoa física ou jurídica, por regime contratual por empreita, e em suma são comissionados, recebendo apenas conforme finalizada a venda por eles intermediadas. Deve-se buscar informações acerca da sua atuação e idoneidade em transações já efetivadas.
Incentivos Institucionais
Órgaos que atuam para facilitar as exportações. 
APEX e SECEX
CÂMBIO
Nosso câmbio é flutuante, com estrutura controlada pelo governo, e as transações são registradas no SISCOMEX e no SISBACEN. O Banco Central monitora e controla todas as operações cambiais, como entrada e saída de moeda estrangeira no nosso mercado.
Estrutura do Mercado de Cambio Nacional
Temos diferentes estruturas cambiais no Brasil, formas em que o câmbio é operado no Brasil:
a) CÂMBIO MANUAL – transações diretas, relacionadas ao turismo, chamado de “câmbio de balcão”. 
b) CÂMBIO SACADO – ligado ao processo de importação e exportação, em qualquer forma de pagamento em que se exige contratação cambial.
 c) CÂMBIO LIVRE – em que o câmbio se regula pela lei da oferta e procura, também conhecido como câmbio flutuante. 
d) CÂMBIO PRIMÁRIO – também ligado ao processo de importação e exportação, porém das operações a eles inerentes, tais como seguros, fretes e armazenagem, basicamente no sentido da entrada de divisas. 
e) CÂMBIO SECUNDÁRIO – ligado às transações que envolvem o mercado interbancário, ligado às transações de comércio que contratem instituições bancárias.
TAXA DE CÂMBIO
Valor em reais pago por uma unidade de moeda estrangeira (não necessariamente apenas o dólar). 
Supondo, então, que para comprarmos uma unidade do Euro, tenhamos que desembolsar o equivalente a três reais, ou para adquirir uma unidade de dólar norte-americano, tenhamos de pagar dois reais, esse valor de transação, ou melhor dizendo, essa diferença, é o que se chama “taxa de câmbio”.
Como dito anteriormente, essa taxa de câmbio é definida de uma forma natural, pela lei da oferta e procura, sendo que, havendo moeda estrangeira em excesso no mercado, essa tem seu valor reduzido em relação ao Real, e ocorrendo o inverso, a escassez determinará um aumento em seu valor perante a moeda nacional. Como o valor da cotação, ou seja, a taxa, interfere no fluxo de importações e exportações, é pratica recorrente dos governos o monitoramento dessa flutuação de valores, comprando moeda quando esta está presente em excesso, ou vendendo, quando existe falta, de forma a, estrategicamente, manter a taxa cambial em valores equilibrados, exigindo assim que os governos tenham grandes reservas de moeda estrangeira e, em especial, do dólar, para que esse tipo indireto de controle seja possível
POSIÇÃO DE CÂMBIO E SEU CONTROLE
Ditado pelo Banco Central:
POSIÇÃOVENDIDA: vende mais moeda estrangeira do que compra. 
POSIÇÃO COMPRADA: compra mais moeda do que vende.
POSIÇÃO NIVELADA: compra e venda equilibrada.
CONTROLE DE REMESSAS
Meios corretos para entrada de moeda estrangeira no país: 
Através do turismo, com a compra de moeda estrangeira em bancos, agencias de cambio..; que possam ser usadas em território estrangeiro; ou o contrário.
“Ordem de Pagamento Internacional”, em que se contrata junto à agência de câmbio, ou instituição bancária, o pagamento a terceiro, seja para entrada ou saída de divisas.
“cheques” ou “reembolsos postais”, procedimentos regulares, porém bastante morosos, que dificultam o processo de desconto e recebimento dos valores transacionados
cartões de crédito internacional
CONTRATOS DE CÂMBIO
Os detalhes de todas as negociações que envolvem pagamento em moeda internacional deverão obrigatoriamente ser registradas através de um contrato de câmbio. Quaisquer transações fora desses tipos de contratos são ilegais e provavelmente representam evasão de divisas ou sonegação de impostos.
São 10 tipos de contratos de câmbio, que operam sob diferentes circunstâncias: 
TIPO 01 – Específico para operações de exportação. 
TIPO 02 – Importações. 
TIPO 03 – Transferências financeiras do exterior (entrada de recursos no Brasil). 
TIPO 04 – Transferências financeiras para o exterior (saída de recursos do Brasil). 
TIPO 05 – Compra no mercado interbancário. 
TIPO 06 – Venda no mercado interbancário. 
TIPO 07 – Alteração de contrato de compra de moeda estrangeira. 
TIPO 08 – Alteração de contrato de venda de moeda estrangeira. 
TIPO 09 – Cancelamento de compra. 
TIPO 10 – Cancelamento de venda.
Todas as operações de envio de remessa ao exterior são tributadas pela Receita Federal e deve ser pago o IOF
CÂMBIO NORMAL E SIMPLIFICADO
A operação simplificada é implícita, estando limitada a US$10.000,00 (dez mil dólares americanos), devidamente informados e submetidos a um INCOTERM específico. Todos os documentos, tanto o Registro de Importação ou Exportação assim como a seleção do INCOTERM relacionado deverão estar registrados no SISCOMEX, incluindo os detalhes de documentos como a Fatura Pro Forma.
A operação normal tem valores superiores a US$ 10.000,00, o que impossibilita o uso de cartão de credito ou cheque. Podendo ser usada carta de credito ou espécie, até 360 dias antes do embarque, ou 180 dias depois do embarque da mercadoria.
ARBITRAGEM DE CÂMBIO E SWAP
Processo de arbitragem de câmbio quando ao menos dois contratos de câmbio são fechados, e estes envolvam mais de uma moeda que seja aceita internacionalmente.
Swap, que podemos traduzir como troca ou permuta, envolve moedas distintas, e pode caracterizar-se como proteção cambial, pois garante ao exportador, por exemplo, trocar créditos em instituições bancárias, como dólares que ainda não tenham sido recebidos, por moedas distintas, como marcos alemães ou francos suíços. Para que isso seja possível, toda a documentação deve estar adequadamente registrada, e deve existir a plena condição de que as partes honrem seus compromissos.
LOGÍSTICA E MARKETING APLICADO AO COMÉRCIO EXTERIOR
Modalidades de transporte
Transporte rodoviário
Considerado uma modalidade de transporte ideal para médias e curtas distâncias, sendo utilizado para transporte de mercadorias de pequeno porte. Logística simples, exigindo pouco esforço na carga e descarga. Apresenta como desvantagem o alto custo do frete.
Transporte ferroviário
Comercialização de produtos entre países limítrofes. Para transportes de grandes volumes, com um valor unitário baixo, sem urgência de entrega e terminais fixos, não devendo ser aplicado onde se requer coleta e entrega ponto a ponto, devido à sua falta de flexibilidade. Uma das vantagens deste tipo de transporte é que seu custo é inferior ao transporte rodoviário e aéreo. Apresenta uma aptidão natural para transportes agrícolas de baixo valor agregado, podendo também ser utilizado para o transporte de minérios, fertilizantes, derivados de petróleo e até contêineres devido à sua capacidade de carga e ao baixo valor do custo do frete , sendo utilizado em viagens de média e longa duração.
Transporte dutoviário
Utilizado para o transporte de produtos em estado líquido ou gasoso, sendo possível, em alguns casos, o transporte de alguns tipos de minérios. É realizado por intermédio de sistemas de tubulação que podem cobrir longas extensões de terra, utilizando-se da força da gravidade ou pressão mecânica como empuxo e, apesar de transportar grandes volumes, seu efetivo reconhecimento como um modal de transporte propriamente dito é bastante recente. O trabalho exigido para este tipo de movimentação é bastante grande, uma vez que as linhas de tubos passam por vales, lagos, rios, montanhas e mesmo pelo oceano. Os testes são fundamentais antes do início da operação a fim de evitar vazamentos. É necessário monitorar permanentemente esses dutos durante a vida operacional das tubulações.
São oleodutos, gasodutos e minerodutos.
Transporte aéreo
Indicado para operações que demandam o transporte de pequenas cargas ou que necessitem de urgência na entrega. Sua maior característica reside no fato de que pode atingir rapidamente qualquer ponto geográfico. Possui custo elevado e velocidade na entrega. Prejudicado pela demora na carga e descarga pelo congestionamento nos aeroportos.
Transporte hidroviário
Utiliza o meio aquático, natural ou artificial, para movimentar cargas e passageiros, podendo ser considerado um dos meios de transporte mais antigos que existe. Os portos brasileiros estão em desvantagens em relação às instalações portuárias de outros países. A falta de tecnologia e a mão-de-obra não qualificada, aliada a problemas de instalação levam ao aumento de custos.
Transporte fluvial: aquele realizado nos rios e lagos que compõem as hidrovias interiores, vias de navegação que se encontram balizadas, sinalizadas, que tenham carta de navegação e que ofereçam condições satisfatórias de segurança às embarcações, tripulantes, passageiros e cargas a serem transportadas. Este tipo de transporte pode também ser conhecido como lacustre. São eficientes para o transporte de mercadorias a granel de baixo valor, como grãos, cascalho, madeiras, areia e aço.
Transporte marítimo: realizado por embarcações em mares e oceanos, podendo ser utilizado por navegações costeiras entre portos de um mesmo país, processo chamado de cabotagem, ou de longo curso, caracterizando uma navegação internacional. Responsável pela maioria esmagadora das movimentações de carga vinculadas às transações de compra e venda efetuadas no mercado externo. Capacidade absoluta de carga. Frete baixo.
Armazenamento e estocagem
Armazenamento: Depois do transporte, é a função mais cara. A função da armazenagem ajuda a diminuir a diferença existente entre a produção e a demanda do mercado. Os produtos podem ser armazenados em locais específicos no armazém ou no centro de distribuição, em prateleiras, estantes, tanques, estrados ou até acondicionados no solo, sobre protetores de umidade.
Estocagem: os produtos devem ser mantidos em estoques por várias razões, como: para acomodar variação na demanda, produzir lotes econômicos em volumes substancialmente superior ao necessário ou simplesmente para não perder vendas. Estoca-se para ter o produto quando o cliente quiser compra-lo, ou para se proteger de greves ou quebra de algum equipamento. O maior e também principal problema do estoque é manter um equilíbrio entre o estoque excessivo e um estoque insuficiente. O gerenciamento de estoques é considerado um ramo da administração de empresas que trabalha com o planejamento e o controle de materiais ou produtos que serão utilizados na produção ou na comercialização de bens ou serviços. O controle de estoque exerce influência direta na rentabilidade da empresa, os estoques absorvem capitais que poderiam ser investidos em outras áreas, desviam fundos de outros usos potenciais e têm o mesmo custode capital de qualquer outro projeto de investimento da empresa.
COMPOSTO DE MARKETING: PREÇO E PRODUTO
Além de estudar o preço e o produto, precisamos conhecer a cultura e os valores dos outros países, para atender padrões e regulamentos.
Padronizar ou Adaptar
CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS
Produtos constituintes: que não contenha elementos proibidos na legislação de outros países (como gordura animal nos países muçulmanos)
Marca
Embalagem (funções: divulgação, proteção e conveniência)
Qualidade
ESTRATÉGIAS DE PRECIFICAÇÃO NAS EXPORTAÇÕES
Referente a retornos monetários, o preço é o único elemento do mix de marketing que gera retorno, os demais são custos.
A formação dos preços de exportação
Fatores internos: os custos de desenvolvimento, produção e comercialização, fatores inerentes à própria indústria (tipos de canais de distribuição necessários para escoar seu tipo de produto, por exemplo), entre outros.
Fatores externos: tipo de cliente do mercado externo, legislação do país hospedeiro, questões cambiais, entre outros.
Atingir a máxima lucratividade de um produto em um pequeno período de tempo é o objetivo do preço prêmio.
Preço de mercado. Baseando-se no preço apresentado pelos concorrentes, o preço final de um produto é formado. 
O preço de penetração é empregado, utilizando-se um preço mais baixo que os concorrentes, com o intuito de se ganhar participação de mercado.
Estratégia de preço para exportação 
Estudos sobre internacionalização geralmente citam três estratégias de preços quando se estabelece o produto na área internacional: preço mundial (também chamado de standard world-wide price); o preço duplo (dual price) e preços diferenciados por mercados (Market-differentiated pricing). Relativamente simples de aplicar e entender, as duas primeiras estratégias estão orientadas para os custos. A terceira depende da demanda, mais consistente com o conceito de marketing.
Custos relacionados à exportação 
Normalmente, estes custos são adicionados ao custo do produto no mercado interno. 
I – O custo para modificar os produtos que entrarão no mercado externo. 
II – Os custos operacionais referentes ao ato de exportar: pessoal, custos de envio, pesquisa de marketing, custos de seguros, custos de comunicação com os clientes no exterior e custos de promoção do produto no exterior. 
III – Custos inerentes à entrada do produto nos mercados externos: tarifas e impostos; riscos políticos, riscos comerciais (inadimplência) e riscos quanto a lidar.
COMPOSTO DE MARKETING: COMUNICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
Estratégias na comunicação de marketing: “mix promocional”
• Propaganda – apresentação de ideias, bens e serviços por um patrocinador identificado com uso predominante da mídia de massa. 
• Venda pessoal – processo de persuasão de um cliente para comprar um produto ou serviço por meio da comunicação pessoal. 
• Publicidade – forma de divulgar notícias que não seja diretamente paga sobre ideias, produtos ou instituições
• Promoção de vendas – forma de incentivar a adoção de um produto ou serviço por meio de ferramentas que valorizem ou incentivem os consumidores (sorteios, brindes e cupons, por exemplo).
Ferramentas de comunicação
Os jornais de negócios, as malas diretas, as feiras e missões comerciais e a venda pessoal são as principais formas de comunicação

Continue navegando