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TST - Orçamento Público - Aula 01

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Noções de Orçamento Público p/ TST 
Analista Judiciário – Área Administrativa 
Teoria e Questões Comentadas da FCC 
Prof. Sérgio Mendes – Aula 01 
 
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AULA 1: Proposta Orçamentária 
(Ciclo Orçamentário) 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação do tema 1 
Elaboração/Planejamento 3 
Discussão/Estudo/Aprovação 15 
Execução Orçamentária e Financeira 21 
Avaliação e Controle 23 
Mais Questões de Concursos Anteriores 35 
Memento (resumo) 45 
Lista das questões comentadas nesta aula 49 
Gabarito 60 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
É com enorme alegria que tenho você como aluno e assim ter a satisfação de 
que você inicialmente aprovou nossa aula demonstrativa, decidindo continuar o 
curso. É sinal que você busca o crescimento, que corre atrás dos seus 
objetivos, que põe em prática o sonho de alcançar o sucesso na aprovação de 
um concurso público. 
 
"Confiar, totalmente, em nossa boa vontade e na força em querer 
crescer já significa o próprio crescimento." (Maria Luiza S. Teles) 
 
Você verá que esse caminho rumo à aprovação pode ser prazeroso. No início é 
mais difícil, mas à medida que você for evoluindo nos estudos, terá satisfação 
em perceber que está aprendendo a matéria e resolvendo aquelas questões do 
CESPE e da ESAF que no início pareciam impossíveis. Depois de alcançar um 
bom ritmo e uma rotina consistente de estudos, sentirá falta de estudar 
naquele dia que não ler ao menos um pouquinho da matéria. 
 
"O sucesso é uma jornada, não um ponto final. Metade do prazer 
está em percorrer o caminho." (Gita Bellin) 
 
Com dedicação, organização, disciplina e objetividade, nesta aula estudaremos 
o ciclo orçamentário, o qual corresponde ao período de tempo em que se 
processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção 
até a apreciação final. 
 
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É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se 
elabora/planeja, aprova, executa, controla/avalia a programação de dispêndios 
do setor público nos aspectos físico e financeiro. 
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1.º de 
janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 
34 da Lei 4.320/1964. 
 
 
O ciclo orçamentário não se confunde com o 
exercício financeiro. Aquele envolve um período 
muito maior, iniciando com o processo de 
elaboração do orçamento, passando por discussão, 
execução e encerramento com o controle. 
 
No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo 
orçamentário: 
• elaboração/planejamento da proposta orçamentária; 
• discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento; 
• execução orçamentária e financeira; e 
• avaliação/controle. 
 
 
 
 
 
DISCUSSÃO/ 
ESTUDO/ 
APROVAÇÃO
 
AVALIAÇÃO/ 
CONTROLE
 
ELABORAÇÃO
 
 
EXECUÇÃO
 
CICLO 
ORÇAMENTÁRIO 
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1) (FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRF 5° Região – 2008) 
Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são seqüências 
das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado 
(A) plano de diretrizes orçamentárias. 
(B) plano plurianual. 
(C) ciclo orçamentário. 
(D) plano de orçamentos anuais. 
(E) sistema de planejamento integrado. 
 
Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das 
etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado ciclo 
orçamentário. O PPA, a LDO e a LOA integram o ciclo orçamentário, ou seja, 
são partes dele. 
Resposta: Letra C 
 
1. ELABORAÇÃO/PLANEJAMENTO 
 
1.1 Alocação de recursos e o papel dos agentes no processo 
 
O primeiro ponto do ciclo orçamentário é a elaboração da proposta, a qual 
consiste nas atividades preliminares relacionadas à alocação de recursos, 
considerando o cenário fiscal. A consistência fiscal é elemento central para sua 
posterior execução, motivo pelo qual o cenário fiscal é uma das etapas mais 
relevantes do processo de elaboração. A compatibilidade entre capacidade de 
financiamento e dispêndio dos recursos previstos ocorre em função de um 
processo de alocação de recursos que se compõe das seguintes etapas: 
(1°) fixação da meta fiscal; 
(2°) projeção das receitas; 
(3°) projeção das despesas obrigatórias; e 
(4°) apuração das despesas discricionárias. 
 
Na etapa de fixação da meta fiscal, as metas de resultado fiscal para o 
período são definidas. Dada a orientação da política fiscal, de estimular o 
crescimento da economia sem que isso represente riscos à sua estabilidade, as 
metas fiscais são definidas tendo em vista a produção de resultados primários 
positivos compatíveis com a redução da relação dívida pública sobre o Produto 
Interno Bruto – PIB. 
 
O passo seguinte refere-se à projeção das receitas não financeiras. De 
maneira geral, as receitas não financeiras são as receitas administradas 
(impostos e contribuições em geral), a arrecadação líquida do INSS e as 
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receitas não administradas (dividendos, receitas próprias, etc.). Para 
estimativa da receita líquida disponível para alocação, desconta-se da receita 
total o montante das transferências para Estados e Municípios, previstas na 
Constituição. 
 
A etapa seguinte de construção do cenário fiscal refere-se à projeção de 
recursos destinados às despesas obrigatórias, as quais constituem 
obrigações constitucionais ou legais da União. 
As principais despesas obrigatórias estão associadas ao pagamento de pessoal 
e encargos, de benefícios da previdência e assistenciais vinculados ao salário-
mínimo e subsídios e subvenções, entre outros. A alocação das despesas 
obrigatórias é realizada posteriormente de forma diferenciada, dado que, por 
força de determinação legal, não existe discricionariedade por parte do gestor 
público quanto ao montante de recursos a ser associado a essas despesas. 
 
Projetada a receita líquida, descontado o montante de recursos correspondente 
à meta de resultado primário e da previsão das despesas obrigatórias, tem-se 
então o montante de recursos que os órgãos setoriais poderão manejar para 
alocação no seu conjunto de programas para o período do plano. Essa etapa é 
denominada de apuração das despesas discricionárias. 
 
O montante de recursos previstos para a realização das despesas 
discricionárias será distribuído pela Secretaria de Orçamento Federal do 
Ministério do Planejamento entre os órgãos setoriais, tendo como base para 
essa repartição o perfil de gasto de cada órgão e as prioridades de governo. 
Definido o limite de gasto discricionário para o período, cada Ministério 
procederá à alocação desses recursos em seus respectivos programas, 
devendo ter como parâmetro para essa repartição a orientação estratégica de 
governo e as orientações estratégicas dos ministérios. 
 
O Manual Técnico de Orçamento determina o papel dos agentes no processo de 
elaboração do Orçamento, individualizando as atribuições da Secretaria de 
Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais edas unidades orçamentárias. 
A SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a 
elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos 
fiscal e da seguridade social. O orçamento de investimentos cabe ao 
Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), 
órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado do Planejamento, 
sendo ligado diretamente à Secretaria-Executiva. Assim, o DEST é responsável 
pela elaboração do Programa de Dispêndios Globais – PDG – e da proposta do 
Orçamento de Investimentos das empresas estatais não dependentes. 
 
A classificação institucional, estudada no tema “Despesas Públicas”, reflete a 
estrutura organizacional e administrativa governamental e está estruturada em 
dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As 
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dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu 
menor nível são consignadas às unidades orçamentárias, que são as estruturas 
administrativas responsáveis pelas dotações e pela realização das ações. 
 
Secretaria de Orçamento Federal: De acordo com o art. 17 do Decreto n° 
7.063, de 13 de janeiro de 2010, compete à SOF: 
• coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da lei de diretrizes 
orçamentárias e da proposta orçamentária da União, compreendendo os 
orçamentos fiscal e da seguridade social; 
• estabelecer as normas necessárias à elaboração e à implementação dos 
orçamentos federais sob sua responsabilidade; 
• proceder, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos, ao 
acompanhamento da execução orçamentária; 
• realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao 
aperfeiçoamento do processo orçamentário federal; 
• orientar, coordenar e supervisionar tecnicamente os órgãos setoriais de 
orçamento; 
• exercer a supervisão da Carreira de Analista de Planejamento e 
Orçamento, em articulação com a Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos, observadas as diretrizes emanadas do 
Comitê de Gestão das Carreiras do Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão; 
• estabelecer as classificações orçamentárias da receita e da despesa; e 
• acompanhar e avaliar o comportamento da despesa pública e de suas 
fontes de financiamento, bem como desenvolver e participar de estudos 
econômico-fiscais, voltados ao aperfeiçoamento do processo de alocação 
de recursos. 
 
Consolidação da LOA 
A consolidação de todas as propostas orçamentárias, 
no âmbito da União, é efetuada pela Secretaria de 
Orçamento Federal - SOF, órgão vinculado ao 
Ministério do Planejamento. 
Não confunda com a Secretaria do Tesouro Nacional - 
STN, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. 
 
Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu 
âmbito, atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos 
gerados no nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua 
atuação no processo de elaboração envolve: 
• Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta 
orçamentária. 
• Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das 
alterações necessárias. 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da qualidade 
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das informações constantes do cadastro de programas e ações. 
• Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais 
monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades 
orçamentárias. 
• Definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados no 
âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta 
orçamentária. 
• Coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no 
âmbito do órgão setorial. 
• Análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das 
unidades orçamentárias. 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. 
• Exemplos: Setorial do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde 
etc. 
 
Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de 
coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu 
âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades 
administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual 
dependerá a consistência da proposta do órgão, no que se refere a metas, 
valores e justificativas que fundamentam a programação. 
De acordo com o art. 14 da Lei 4.320/1964, constitui unidade orçamentária o 
agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que 
serão consignadas dotações próprias. Em casos excepcionais, serão 
consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo 
órgão. 
As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da 
programação orçamentária detalhada da despesa por programa, ação 
orçamentária e subtítulo. Seu campo de atuação no processo de elaboração 
compreende: 
• Estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para 
elaboração da proposta orçamentária. 
• Estudos de adequação da estrutura programática do exercício. 
• Formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura 
programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas. 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das 
informações constantes do cadastro de ações orçamentárias. 
• Fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para 
apresentação das propostas orçamentárias das unidades administrativas. 
• Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades 
administrativas. 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade 
orçamentária. 
• Exemplos: cada uma das universidades federais, cada um dos institutos 
federais de educação etc. 
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O quadro a seguir é para facilitar o entendimento de todas as atribuições 
acima. É uma explicação bem simplificada: 
 
Quadro simplificação das atribuições no processo de elaboração 
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) 
Coordenação, diretrizes e consolidações gerais. Todos os órgãos setoriais seguem 
a SOF e sugerem alterações a ela. A SOF analisa e valida o que vem de todos os 
órgãos setoriais. 
Órgão Setorial: 
É o meio-de-campo entre a SOF (geral) e a UO (específica). Coordenação, 
diretrizes e consolidações intermediárias, ou seja, apenas no seu âmbito. Segue 
as regras gerais da SOF. O Setorial analisa e valida o que vem de todas as suas 
UOs. 
Unidade Orçamentária (UO): 
É quem efetivamente recebe a dotação diretamente na LOA. É onde você vê o 
crédito e respectiva dotação consignada. Coordenação, diretrizes e consolidações 
específicas, ou seja, apenas no seu âmbito restrito. Segue as regras gerais da SOF 
e as regras intermediárias do órgão setorial a que está ligado. A UO analisa e 
valida o que vem das suas UAs. 
Unidade Administrativa (UA): 
Não tem dotação consignada diretamente na LOA. Depende da UO, que 
descentraliza o crédito para a UA. Segue as regras gerais da SOF, as 
intermediárias do Órgão Setorial e as específicasda UO a que está ligada. 
 
Agora releia as atribuições segundo o MTO tentando relacionar com a 
explicação bem simplificada do quadro acima. 
 
1.1.1 Descrição das Atividades do Detalhamento da Proposta Setorial 
 
O Órgão Setorial é a ligação entre a SOF e a Unidade Orçamentária, por isso é 
importante que exista qualidade na informação e o Setorial saiba exatamente 
as normas de como proceder. De acordo com o Manual Técnico de Orçamento, 
para a elaboração da proposta orçamentária, o sistema de informação a ser 
utilizado será o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP, que 
integra as bases do SIGPLAN e do SIDOR, facilitando assim a entrada dos 
dados e a melhoria da informação. 
 
Com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais detalham, no SIOP, 
a abertura desses limites em nível da estrutura funcional e programática da 
despesa. Dentro do escopo da escassez de recursos, cada órgão setorial 
primará, no processo de alocação orçamentária, pela melhor distribuição, 
tendo como princípio a ótica das prioridades e da qualidade do gasto. 
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Vale registrar que o detalhamento da proposta orçamentária para as despesas 
com sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz 
respeito aos Encargos Financeiros da União, é feito diretamente pela SOF. As 
informações para elaboração da proposta relativa a essas despesas são 
captadas pela SOF junto, respectivamente, aos Tribunais Superiores e aos 
órgãos setoriais. 
 
Ainda, segundo o MTO, a captação da proposta setorial será aberta segundo o 
cronograma no SIOP, por unidade orçamentária e por tipo de detalhamento e 
apresentará as seguintes particularidades: 
• A proposta das UOs será feita no SIOP e encaminhada aos seus 
respectivos órgãos setoriais para análise, revisão e ajustes. Tanto no 
momento das UOs quanto no dos órgãos setoriais a proposta é 
elaborada por tipo de detalhamento orçamentário compatível com as 
ações orçamentárias, desdobradas por subtítulos pertinentes a cada 
tipo de detalhamento; 
• As fontes de recursos serão indicadas na fase da elaboração da 
proposta, ressaltando que a proposta setorial deverá incluir o 
detalhamento das despesas a serem custeadas com recursos oriundos 
de algumas fontes, com as provenientes de convênios e doações. Em 
outras, deverá ser utilizado o identificador de fonte de recursos “105 
– Recursos do Tesouro a Definir”. Nesses casos, a associação das 
fontes efetivas a essas despesas é processada pela SOF. Assim, as 
fontes de recursos, dependendo do caso, podem ser indicadas 
pela SOF ou pelo órgão setorial. 
• O encaminhamento das propostas dos órgãos setoriais à SOF será 
feito para o conjunto das UOs e por tipo de detalhamento; e 
• Será realizada uma verificação, pelo SIOP, da compatibilidade das 
propostas encaminhadas pelos órgãos setoriais, com os limites 
orçamentários estabelecidos, condição básica para se iniciar a 
fase de análise no âmbito da Secretaria. Caso sejam constatadas 
incompatibilidades, o próprio SIOP não permitirá que a proposta 
elaborada seja encaminhada, requerendo assim, ajustes nos valores 
informados. 
 
1.2 Iniciativas 
 
Segundo o art. 165, I a III, da Constituição Federal de 1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
 
De acordo com esse artigo, as leis do PPA, LDO e LOA são de iniciativa do 
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Poder Executivo: Presidente, Governadores e Prefeitos. 
 
Na esfera federal, a Constituição Federal, em seu art. 84, XXIII, determina que 
a iniciativa das leis orçamentárias é de competência privativa do Presidente 
da República: 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
(...) 
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta 
Constituição. 
 
No entanto, importantes doutrinadores consideram tal competência exclusiva. 
A diferença que se faz é que a competência exclusiva é indelegável e a 
competência privativa é delegável. O problema é que a CF/1988 não é 
rigorosamente técnica neste assunto. No caso das leis orçamentárias, seriam 
matérias de competência exclusiva do presidente da república, porque são 
atribuições indelegáveis. 
 
Vale ressaltar que, em regra, a apresentação de um projeto de lei é facultada 
ao titular da iniciativa, ainda que a competência seja privativa. O titular pode 
optar pelo momento da apresentação, não sendo imposto o cumprimento de 
prazos obrigatórios. 
Contudo, em caráter excepcional, alguns projetos podem se submeter a 
exigências constitucionais ou legais que determinem períodos para que seja 
exercida tal iniciativa, tornando-a obrigatória. Nesses casos, considera-se que 
a iniciativa é vinculada. É o que ocorre com os projetos de lei do PPA, da 
LDO e da LOA, cuja iniciativa é privativa (ou exclusiva) do Chefe do Poder 
Executivo, porém ao mesmo tempo vinculada pela obrigatoriedade de 
cumprimento de prazos. 
 
Segundo o art. 85 da CF/1988, constituem crime de responsabilidade os atos 
do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária. 
 
Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos 
demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo 
final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as 
estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente 
líquida, e as respectivas memórias de cálculo. 
Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério 
Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o 
Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da 
proposta consolidada ao Legislativo. 
 
Consoante o art. 99 da CF/1988, ao Poder Judiciário é assegurada 
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autonomia administrativa e financeira. O § 1.º ressalta que os tribunais 
elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados 
conjuntamente com os demais Poderes na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
De acordo com o art. 127, ao Ministério Público é assegurada autonomia 
funcional e administrativa. O § 3.º ressalta que o Ministério Público elaborará 
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
 
 
2) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRE/RN – 2011) 
Definindo o orçamento como um ato de previsão da receita e fixação 
da despesa, a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária é de 
iniciativa 
(A) do Poder Executivo. 
(B) da Administração Direta e Indireta do ente público. 
(C) do Poder Legislativo. 
(D) do Poderes Executivo e Legislativo. 
(E) do Poder Executivo e da Administração Direta e Indireta do ente 
público. 
 
Segundo a CF/1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
Resposta: Letra A 
 
3) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP– 2010) O Poder 
Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do 
Ministério Público os estudos e as estimativas das receitas para o 
exercício subsequente no mínimo 
(A) noventa dias antes do prazo final para encaminhamento de suas 
propostas orçamentárias, exceto da corrente líquida, e as respectivas 
memórias de cálculo. 
(B) cento e vinte dias antes do prazo final para encaminhamento de 
suas propostas orçamentárias, exceto da corrente líquida, e as 
respectivas memórias de cálculo. 
(C) trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas 
propostas orçamentárias, inclusive da corrente líquida, e as 
respectivas memórias de cálculo. 
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(D) quarenta e cinco dias antes do prazo final para encaminhamento 
de suas propostas orçamentárias, exceto da corrente líquida, e as 
respectivas memórias de cálculo. 
(E) sessenta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas 
propostas orçamentárias, inclusive da corrente líquida, e as 
respectivas memórias de cálculo. 
 
O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do 
Ministério Público, no mínimo 30 (trinta) dias antes do prazo final para 
encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as 
estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente 
líquida, e as respectivas memórias de cálculo. 
Resposta: Letra C 
 
1.3 Prazos 
 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no § 2.o, I a III, 
do art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): 
§ 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 
9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito 
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção 
até o encerramento da sessão legislativa. 
Nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar, 
respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. 
 
O prazo de encaminhamento corresponde à data limite para o Executivo enviar 
ao Legislativo os projetos dos instrumentos de planejamento. Já o prazo de 
devolução corresponde à data limite para o Poder Legislativo retornar os 
projetos para a sanção. 
 
 
 
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PRAZOS 
 
PPA 
Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do 
encerramento do 1.° exercício financeiro (31.08). 
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão 
legislativa (22.12). 
LDO 
Encaminhamento ao CN: até 8 meses e 1/2 antes do 
encerramento do exercício financeiro (15.04). 
Devolução para sanção: até o encerramento do 
primeiro período da sessão legislativa (17.07). 
LOA 
Encaminhamento ao CN: até 4 meses antes do 
encerramento do exercício financeiro (31.08). 
Devolução para sanção: até o encerramento da sessão 
legislativa (22.12). 
 
 
Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: a 
legislatura, segundo a CF/1988, é o período de quatro anos. Cada legislatura 
possui quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro 
a 22 de dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa possui dois períodos 
legislativos, o primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1.º de 
agosto a 22 de dezembro. Em suma: 
 
QUADRO: LEGISLATURA 
Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais. 
Sessão 
Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos. 
Período 
Legislativo 
1.º período: 02 Fev a 17 Jul 
2.º período: 1.º Ago a 22 Dez 
 
A Lei 4.320/1964 dispõe sobre o caso do Executivo não enviar no prazo a sua 
proposta para apreciação do Legislativo: 
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas 
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo 
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. 
 
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Caso não receba a proposta orçamentária no prazo 
fixado, caberá ao Poder Legislativo apreciar novamente 
o orçamento vigente como se fosse uma nova 
proposta! Ignora que diversos programas se exaurem 
ao longo do exercício, mas essa é a única previsão 
legal, já que a CF/1988 não traz nenhuma diretriz. 
Não envio do PLOA no 
prazo fixado 
 
Quanto à rejeição das Leis Orçamentárias, há impossibilidade do Poder 
Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. A CF/1988 estabeleceu que ambas devem 
ser devolvidas para a sanção, ficando afastada a possibilidade de rejeição. 
Também a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. 
Em relação à LOA, é permitida a rejeição, pois, segundo o § 8.o do art. 166: 
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do 
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes 
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou 
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
 
O caso do Legislativo não devolver o PLOA para a sanção é tratado apenas nas 
LDOs, que estabelecem regras para a realização de despesas essenciais até 
que ele seja devolvido ao Executivo. 
A cada ano, as LDOs determinam que se o Projeto de Lei Orçamentária – PLOA 
não for sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano 
corrente, parte da programação dele constante poderá ser executada até o 
limite de 1/12 (um doze avos) do total de cada ação prevista no referido 
Projeto de Lei, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da 
respectiva lei. Por exemplo, se o PLOA não for sancionado até o fim de março 
(3 meses) do ano que deveria estar em vigor, algumas ações poderão ser 
executadas em 3/12 do valor original. 
No entanto, o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de 
algumas despesas, de acordo com o que determinar a LDO daquele ano. Por 
exemplo, as despesas com obrigações constitucionais ou legais da União e o 
pagamento de bolsas de estudos podem ser dispensadas da regra pela LDO e 
serem executadas como se o PLOA já tivesse sido aprovado. Ainda, outro 
grupo de ações não poderá sequer ser executado até a sanção da LOA. 
 
Vale ressaltar que o calendário das matérias orçamentárias nos traz problemas 
em virtude da não edição da Lei Complementar sobre o assunto. Temos que no 
1.° ano do mandato do Executivo é aprovada a LDO para o ano seguinte antes 
do envio do PPA! Veja que incongruência, pois neste primeiro ano não há 
integração. A LDO deveria sempre seguir o planejamento do PPA. 
Ainda, nesse mesmo ano, o PPA é enviado e aprovado nos mesmos prazos da 
LOA. Pode até mesmoocorrer de a LOA ser aprovada no prazo correto e o PPA 
não. No entanto, a LOA do segundo exercício do mandato presidencial poderá 
ser executada mesmo antes da aprovação do PPA. 
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4) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 1ª – 2011) O Plano 
Plurianual é um instrumento que expressa o planejamento para quatro 
anos. Assim, no âmbito federal, o projeto do Plano Plurianual será 
encaminhado até 
(A) quatro meses antes do encerramento do segundo exercício 
financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
(B) três meses antes do encerramento do segundo exercício financeiro 
de mandato presidencial e devolvido para sanção até trinta dias do 
encerramento da sessão legislativa. 
(C) quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício 
financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
(D) cento e oito dias antes do encerramento do primeiro exercício 
financeiro de mandato presidencial e devolvido para sanção até trinta 
dias do encerramento da sessão legislativa. 
(E) quatro meses antes do encerramento do último ano de mandato 
presidencial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão 
legislativa. 
 
O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até 
quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro 
e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
Resposta: Letra C 
 
5) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRE/RN – 2011) Na 
esfera federal, o projeto de lei orçamentária será encaminhado até 
(A) noventa dias antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
(B) dois meses antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
(C) noventa dias antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até trinta dias do encerramento da sessão 
legislativa. 
(D) quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até dois meses do encerramento do exercício. 
(E) quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
 
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O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção 
até o encerramento da sessão legislativa. 
Resposta: Letra E 
 
1.4 Lei Complementar (art. 165, § 9.º, da CF/1988) 
 
Os incisos I e II do § 9.o do art. 165 Constituição Federal de 1988 dispõem 
que: 
§ 9.º Cabe à lei complementar: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. 
 
Desde a Constituição de 1988 está prevista a edição de uma lei 
complementar sobre finanças públicas e até o presente momento ela não foi 
editada, logo, não existe um modelo legalmente constituído para organização, 
metodologia e conteúdo dos PPAs, LDOs e LOAs. Assim, é ainda a Lei 
4.320/1964, recepcionada com status de lei complementar, que estatui 
Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos 
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
Federal. Porém ela não atende mais às nossas necessidades. Desta forma, 
quem cumpre esse vácuo legislativo e complementa a Lei 4.320/1964 é a Lei 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO), uma lei ordinária, que todo ano acaba 
tendo, entre suas diversas atribuições que vimos na aula anterior, que 
legislar como se fosse a lei complementar prevista na CF/1988, o que a 
transforma num “calhamaço” de artigos. 
 
Repare que cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a 
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei 
de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. No entanto, cabe às 
leis ordinárias a instituição desses instrumentos. 
 
Note, também, que os prazos dos instrumentos deveriam ser regulados pela 
Lei Complementar. No entanto, na esfera federal, enquanto ela não for 
editada, os prazos do ciclo orçamentário são regulados pelo Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT. 
 
2. DISCUSSÃO/ESTUDO/APROVAÇÃO 
 
A fase de discussão corresponde ao debate entre os parlamentares sobre a 
proposta, constituída por: proposição de emendas, voto do relator, redação 
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final e proposição em plenário. 
 
Segundo o art. 166 da CF/1988: 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
 
Apreciação PPA, LDO e LOA 
Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às 
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos 
créditos adicionais serão apreciados pelas duas 
Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
 
 
A mensagem presidencial é o instrumento de comunicação oficial entre o 
Presidente da República e o Congresso Nacional, com a finalidade de 
encaminhar os projetos do PPA, da LDO e da LOA. A elaboração da mensagem 
presidencial referente ao PPA é coordenada pela SPI/MP. Já a elaboração das 
mensagens presidenciais referentes à LOA e a LDO é realizada sob a 
coordenação da SOF/MP. 
 
No Poder Legislativo Federal, os projetos dos instrumentos de planejamento e 
dos créditos adicionais transitam por uma comissão mista permanente 
composta por senadores e deputados, denominada de Comissão Mista de 
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Nos demais entes é uma comissão 
comum, pois possuem apenas uma casa legislativa, composta por deputados 
nos estados e vereadores nos municípios. 
 
Consoante a CF/1988, caberá à Comissão mista permanente de Senadores e 
Deputados: 
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, 
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente 
da República; 
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento 
e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões 
do Congresso Nacional e de suas Casas criadas de acordo com a CF/1988. 
 
Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que 
emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas 
casas do Congresso Nacional. 
Cada parlamentar poderá apresentar emendas. As Comissões Permanentes do 
Senado Federal e da Câmara dos Deputados, cujas competências estejam direta 
e materialmente relacionadas à área de atuação pertinente à estrutura da 
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administração pública federal, também poderão apresentar emendas. Ainda, as 
Bancadas Estaduais no Congresso Nacional poderão apresentá-las, desde que 
relativas a matérias de interesse de cada Estado ou Distrito Federal. Assim, as 
emendas podem ser individuais, de comissão e de bancada estadual. 
 
Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da 
despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da 
República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou 
aos projetos que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa prevista no 
projeto de lei do Plano Plurianual. 
 
Diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando ocorrem as 
sessões conjuntas do Congresso Nacional, os parlamentares se reúnem no 
mesmo espaço para apreciarem juntos os projetos, porém, havendo a fase de 
votação, a maioria deve ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores quanto 
no âmbito dos Deputados Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora da 
votação, procede-se como se houvesse votação simultânea na Câmara e 
no Senado. Na verdade, a sessão é conjunta, porém a votação é bicameral. 
Ao contrário, na sessão unicameral, a votação é “por cabeça”. Considera-se 
o todo, independentemente de o parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada 
parlamentar tem direito a um voto e a apuração é feita considerando que há 
uma única votação. Por exemplo, se estiverem presentes os 594 congressistas 
(senadores + deputados), a maioria será alcançada pela metade +1, não 
importando se é voto de senador ou deputado. A votação unicameral 
aconteceu na revisão constitucional. 
 
A aprovação se dá por maioria simples, pois apesar do ciclo diferenciado, as leis 
orçamentárias são leis ordinárias. 
 
 
As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão 
ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que 
o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de 
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito 
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Federal; ou 
III – sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas 
de redação, pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso). 
 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
para propor modificação nos projetos a que se refere o art. 166 da CF/1988 
(PPA, LDO, LOA e crédito adicionais) enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
 
No afã de conseguir mais recursos para emendas, o Poder Legislativo poderia 
tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas 
apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1.o do art. 12 da 
LRF determina: 
§ 1.º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida 
se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
 
Atenção: a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder 
Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
 
 
6) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) De acordo 
com a Constituição Federal de 1988, no processo de estudo e 
aprovação da Lei Orçamentária pelo Poder Legislativo, existe a 
possibilidade de o parlamentar propor emendas de despesa desde que, 
entre outras regras constitucionais, sejam indicados os recursos para 
viabilizá-las. Uma das fontes de recursos é 
(A) o superávit corrente do exercício de apresentação da proposta 
orçamentária. 
(B) a anulação de despesas com material de consumo do projeto de lei 
orçamentária. 
(C) o excesso de arrecadação do exercício da apresentação da 
proposta orçamentária. 
(D) a anulação de despesa com pessoal e encargos sociais do projeto 
de lei orçamentária. 
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(E) o superávit financeiro do exercício anterior à proposta 
orçamentária. 
 
É permitida emenda à LOA cuja fonte seja anulação de despesas, com exceção 
de dotações para pessoal e seus encargos; serviço da dívida; e transferências 
tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal. 
Logo, se não está entre as exceções, é permitida anulação de despesas com 
material de consumo do projeto de lei orçamentária. 
Resposta: Letra B 
 
7) (FCC - Especialista em Adm, Orçamento e Fin Pub - Prefeitura de SP 
- 2010) A Prefeitura Municipal de Escaravelho contratou um 
especialista na elaboração de orçamentos públicos. O contratado, 
indagado sobre a possibilidade legal de um projeto de Lei 
Orçamentária Anual sofrer emenda, informou corretamente que é 
possível realizar a emenda desde que 
(A) não vincule a redação da futura LOA à da LDO nem à do PPA. 
(B) as alterações propostas se limitem a 10% dos valores inicialmente 
previstos. 
(C) os recursos necessários não sejam provenientes de anulação de 
despesa. 
(D) seja relacionada com correção de erros ou omissões ou com 
dispositivos do próprio texto de lei. 
(E) as alterações propostas se limitem a matéria ainda não 
contemplada no texto original. 
 
É possível realizar a emenda desde que seja relacionada com correção de erros 
ou omissões ou com dispositivos do próprio texto de lei. 
Outra possibilidade é que seja proveniente de anulação de despesa, ao 
contrário do que afirma a alternativa C. 
As demais alternativas não possuem previsão nas normas. 
Resposta: Letra D 
 
A sanção é a aquiescência do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei 
aprovado no Legislativo. Ou seja, corresponde à concordância do Chefe do 
Executivo com o que foi discutido e aprovado no parlamento. Já o veto 
corresponde à discordância do Executivo com o projeto aprovado no 
Legislativo. Essa discordância pode ser de uma parte do texto (veto parcial) ou 
com todo o projeto (veto total). Pode ocorrer caso o titular do Executivo 
considere o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público. De 
qualquer forma, ocorrendo o veto, ele deve ser apreciado pelo parlamento, 
podendo ser confirmado ou rejeitado. 
 
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Aprovação da LDO 
A Constituição Federal dispõe que a sessão legislativa 
não será interrompidasem a aprovação da LDO. Tal 
regra não se aplica à LOA ou ao PPA. 
 
Ainda no que se refere às emendas, a Lei 4320/64 traz um artigo sobre o 
tema. Segundo o art. 33 da Lei 4320/64, não se admitirão emendas ao projeto 
de Lei de Orçamento que visem a: 
• alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando 
provada, nesse ponto a inexatidão da proposta; 
• conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado 
pelos órgãos competentes; 
• conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não 
esteja anteriormente criado; 
• conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em 
resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. 
 
 
8) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) Admitir-
se-ão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem 
(A) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja 
aprovado pelos órgãos competentes. 
(B) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que 
não esteja anteriormente criado. 
(C) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados 
em resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e 
subvenções. 
(D) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando 
provada, nesse ponto, a inexatidão da proposta. 
(E) aperfeiçoar a redação constante do projeto. 
 
a) b) c) d) Erradas. Segundo o art. 33 da Lei 4.320/1964, não se admitirão 
emendas ao projeto de lei de orçamento que visem: 
- Alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, 
nesse ponto a inexatidão da proposta. 
- Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado 
pelos órgãos competentes. 
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- Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não 
esteja anteriormente criado. 
- Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em 
resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. 
e) Correta. São permitidas emendas relacionadas com os dispositivos do texto 
do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação, pois visam melhorar 
o texto, tornando-lhe mais claro e preciso). 
Resposta: Letra E 
 
3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
 
Atenção: em outros momentos trataremos de execução orçamentária e 
financeira. Vamos apenas contextualizar o tema dentro do ciclo orçamentário. 
 
A fase de execução orçamentária e financeira consiste na arrecadação das 
receitas e realização das despesas. É a transformação, em realidade, do 
planejamento elaborado pelos chefes do Executivo e aprovado pelo Legislativo. 
 
Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que 
dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o 
cronograma de execução mensal de desembolso. Ainda, as receitas previstas 
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de 
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas 
de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações 
ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante 
dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Tais metas 
bimestrais são utilizadas como parâmetros para a limitação de empenho e 
movimentação financeira prevista no art. 9º. 
O § 3º do art. 165 da CF/1988 dispõe que o Poder Executivo publicará, até 
trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da 
execução orçamentária. 
 
Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às 
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, 
destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério 
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até 
o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na forma da Lei 
Complementar, que ainda não foi editada. 
 
A LRF trata do assunto “execução orçamentária e cumprimento das metas” nos 
seus arts. 8.º e 9.º. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos 
termos em que dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação 
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. 
Atenção: os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão 
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que 
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em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
 
Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não 
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público 
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os 
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Logo, além do Poder 
Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, 
Judiciário e Ministério Público. 
 
Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações 
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao 
pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes 
orçamentárias. 
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a 
recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de 
forma proporcional às reduções efetivadas. 
 
No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco 
Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas 
pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e 
metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o 
custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços. 
 
A LRF trata de previsão e arrecadação de receitas nos arts. 11 a 13. 
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a 
realização de transferências voluntárias para o ente que não institui, prevê e 
efetivamente arrecadada todos os impostos. 
 
A previsão da receita orçamentária ocorre no ano anterior à execução do 
Orçamento, durante o processo de elaboração. Assim, na execução 
orçamentária, poderá haver frustração da arrecadação, tornando-se necessário 
limitar as despesas para adequá-las aos recursos arrecadados. 
As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão 
os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do 
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da 
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia 
de cálculo e premissas utilizadas. 
 
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9) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) Dispõe a 
Constituição Federal que os recursos correspondentes às dotações 
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementarese especiais, 
destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em 
duodécimos, até o dia 
(A) 10 de cada mês, na forma da lei complementar. 
(B) 20 de cada mês, na forma da lei complementar. 
(C) 30 de cada mês, na forma da lei ordinária. 
(D) 15 de cada mês, nos termos do decreto executivo. 
(E) 25 de cada mês, nos termos do decreto executivo. 
 
Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às 
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, 
destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério 
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o 
dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na forma da lei 
complementar, que ainda não foi editada. 
Resposta: Letra B 
 
4. AVALIAÇÃO E CONTROLE 
 
4.1 Avaliação 
 
A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a 
eficácia e eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos de 
juízo aos responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas 
tendentes à consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos 
colocados à sua disposição, o que contribui para realimentar o processo de 
administração orçamentária. O propósito da avaliação é de contribuir para a 
qualidade da elaboração de uma nova proposta orçamentária, reiniciando um 
novo ciclo orçamentário. Esta definição traz dois critérios de análise, o de 
eficiência e o de eficácia. 
• Análise da eficiência: é a medida da relação entre os recursos 
efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto, 
atividade ou programa frente a padrões estabelecidos. O teste da 
eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os 
resultados em face dos recursos disponíveis. 
• Análise da eficácia: é a medida do grau de atingimento das metas 
fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação 
ao previsto. Procura considerar o grau em que os objetivos e as 
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finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de 
realizações governamentais. 
 
Pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos são possíveis as 
análises da eficácia e da eficiência. A explicitação das metas físicas 
orçamentárias e a classificação por programas e ações viabilizam os testes de 
eficácia, enquanto a incorporação de custos estimativos no orçamento e 
custos efetivos durante a execução auxilia as avaliações da eficiência. 
 
A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os 
resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos 
esperados) que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de 
atingimento dos objetivos que orientaram a constituição de um determinado 
programa, expressa pela sua contribuição à variação alcançada dos indicadores 
estabelecidos. Permite verificar se um dado programa produziu efeitos no 
ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos, 
socioculturais, institucionais ou ambientais. Assim, define-se como a 
capacidade de se transformar uma realidade a partir do objetivo 
estabelecido e sua continuidade ao longo do tempo. 
 
Para Alexandre Marinho e Luis Otávio Façanha, “no que diz respeito aos 
questionamentos, é comum encontrar-se na literatura especializada de 
avaliação referências a dimensões desejáveis de desempenho de organizações 
e programas avaliados, que se traduzirá aqui por exigências de efetividade, de 
eficiência e de eficácia dos programas de governo. No uso corrente, a 
efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos; 
a eficiência denotaria competência para se produzir resultados com dispêndio 
mínimo de recursos e esforços; e a eficácia, por sua vez, remete a condições 
controladas e a resultados desejados de experimentos, critérios que, deve-se 
reconhecer, não se aplicam automaticamente às características e realidade dos 
programas sociais.” 
 
Como exemplo, vamos supor a vacinação em um posto de saúde. Se o 
Governo preparou toda a logística (compra de vacinas, transporte, pessoal, 
etc.) com melhor custo-benefício, foi eficiente. Se o percentual de crianças 
vacinadas foi atingido, a campanha foi eficaz, cumpriu a meta física. Se 
conseguiu erradicar a paralisia infantil, foi efetivo, pois teve o impacto 
esperado na sociedade, mudando uma realidade existente. 
 
4.2 Controle 
 
4.2.1 Considerações Iniciais 
 
O Orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é 
uma forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo 
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(controle externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e 
segundo as leis. Atualmente, além desse controle legal, busca-se o controle 
de resultados, em uma visão mais completa da efetividade das ações 
governamentais. 
 
Segundo a Lei 4.320/1964: 
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: 
I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a 
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; 
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por 
bens e valores públicos; 
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários 
e em termos de realização de obras e prestação de serviços. 
 
A Lei 4.320/1964 determina a coexistência de dois sistemas de controle da 
execução orçamentária: interno e externo. O controle interno é aquele 
realizado pelo órgão no âmbito da própria Administração, dentro de sua 
estrutura. O controle externo é aquele realizado por uma instituição 
independente e autônoma. 
 
Da mesma forma, a CF/1988 trata dos dois sistemas de controle. Dispõe que a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, 
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e 
pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
 
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores 
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma 
obrigações de natureza pecuniária 
 
 
 
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e 
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno de cada Poder. 
 
 
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10) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 1ª – 2011) Nos 
termos da Constituição Federal, a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, será exercida pelo 
(A) SenadoFederal e pela Câmara dos Deputados, mediante auxílio do 
Tribunal de Contas da União, e pela Controladoria Geral da União. 
(B) Senado Federal e pela Câmara dos Deputados, mediante auxílio do 
Tribunal de Contas da União, e pela Secretaria Federal de Controle 
Interno. 
(C) Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de 
controle interno de cada Poder. 
(D) Congresso Nacional, mediante auxílio do Tribunal de Contas da 
União, e pela Controladoria Geral da União. 
(E) Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União, pelo sistema de controle interno e pelo Ministério 
Público. 
 
A CF/1988 dispõe que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da Administração direta e 
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das 
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, 
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada 
Poder. 
Resposta: Letra C 
 
11) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) Dispõe a Lei nº 
4.320/64 que o controle da execução orçamentária compreenderá: 
I. A legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a 
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e 
obrigações. 
II. A fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis 
por bens e valores públicos. 
III. O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos 
monetários e em termos de realização de obras e prestação de 
serviços. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, somente. 
(B) I e II, somente. 
(C) I e III, somente. 
(D) II e III, somente. 
(E) I, II e III. 
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Segundo a Lei 4.320/1964: 
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: 
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a 
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; 
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens 
e valores públicos; 
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários 
e em termos de realização de obras e prestação de serviços. 
 
Logo, todos os itens estão corretos: I, II e III. 
Resposta: Letra E 
 
12) (FCC – Assistente de CE- TCE/AM – 2008) Cabe ao Congresso 
Nacional a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional 
e patrimonial da União quanto à 
I. legalidade. 
II. legitimidade. 
III. economicidade. 
IV. aplicação das subvenções. 
V. renúncia de receitas. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, II e III, somente. 
(B) I, II, III, IV e V. 
(C) I, III e V, somente. 
(D) II, III e V, somente. 
(E) III, IV e V, somente. 
 
A CF/1988 dispõe que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da Administração direta e 
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das 
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, 
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
 
Logo, todos os itens estão corretos: I, II, III, IV e V. 
Resposta: Letra B 
 
4.2.2 Controle Interno 
 
Segundo o art. 74 da CF/1988, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário 
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade 
de: 
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução 
dos programas de governo e dos orçamentos da União; 
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
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eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e 
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos 
públicos por entidades de direito privado; 
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como 
dos direitos e haveres da União; 
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima 
para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o 
Tribunal de Contas da União. 
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da 
União, sob pena de responsabilidade solidária. 
 
 
13) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Considere as seguintes finalidades 
do sistema de controle interno, contidas na Constituição Federal, que 
os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter de forma 
integrada: 
I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano plurianual, a 
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União, 
Distrito Federal, Estado e Municípios. 
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos 
e entidades da administração federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado. 
III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, 
bem como dos direitos e haveres da União. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
 
I) Errado. É finalidade do sistema de controle interno avaliar o cumprimento 
das metas previstas no Plano plurianual, a execução dos programas de 
governo e dos orçamentos da União. Não inclui Distrito Federal, Estado e 
Municípios. 
II) Correto. É finalidade do sistema de controle interno comprovar a legalidade 
e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, 
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financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem 
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. 
III) Correto. É finalidade do sistema de controle interno exercer o controle das 
operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da 
União. 
Logo, apenas os itens II e III estão corretos. 
Resposta: Letra E 
 
14) (FCC – Assistente de CE- TCE/AM – 2008) A Constituição Federal 
considera parte legítima para, na forma da lei, denunciar 
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União 
(A) qualquer cidadão. 
(B) somente membros do Congresso Nacional. 
(C) somente partido político ou associação civil com representação 
nacional. 
(D) somente membros do Ministério Público. 
(E) somente membros do Poder Judiciário. 
 
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima 
para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o 
Tribunal de Contas da União. 
Resposta: Letra A 
 
15) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/AL – 2008) 
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte 
legítima para 
(A) apresentar pedido de sustação de atos irregulares perante o 
Tribunal de Contas do Estado. 
(B) denunciar irregularidade ou ilegalidade perante o Tribunal de 
Contas do Estado. 
(C) apresentar denúncia perante o Tribunal de Contas do Estado, 
sujeito o denuncianteà multa no caso de improcedência. 
(D) denunciar ao Tribunal de Contas do Estado irregularidade ou 
ilegalidade na atuação de agentes públicos, desde que integrantes da 
Administração Direta. 
(E) apresentar denúncia ao Ministério Público do Estado, por 
intermédio do Tribunal de Contas do Estado, sobre qualquer 
irregularidade ou ilegalidade na atuação de qualquer agente público 
estadual. 
 
Da mesma forma que acontece no âmbito federal com o TCU, qualquer 
cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na 
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o 
Tribunal de Contas do Estado. 
Resposta: Letra B 
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4.2.3 Controle Externo 
 
No âmbito federal, consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a 
cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União, ao qual compete: 
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar 
de seu recebimento; 
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, 
bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as 
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as 
contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de 
que resulte prejuízo ao erário público; 
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações 
para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de 
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que 
não alterem o fundamento legal do ato concessório; 
IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de 
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas 
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e 
demais entidades referidas no inciso II; 
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital 
social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado 
constitutivo; 
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União 
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a 
Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer 
de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados 
de auditorias e inspeções realizadas; 
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou 
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre 
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; 
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências 
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a 
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos 
apurados. 
 
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No que se refere às contas do Executivo federal, compete privativamente ao 
Presidente da República prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro 
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao 
exercício anterior. 
 
Compete ao TCU apreciar (e não julgar) as contas prestadas anualmente 
pelo Presidente da República, mediante parecer prévio. Entretanto, é da 
competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as contas 
prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a 
execução dos planos de governo. Para os demais administradores e 
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos compete ao TCU o 
julgamento das contas. 
 
No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo 
Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as 
medidas cabíveis. No entanto, se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, 
no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá 
a respeito. 
 
Já no que tange à aplicação de recursos públicos, o controle abrange tanto as 
instituições públicas como as entidades de direito privado. 
 
 
16) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AP – 2010) A competência 
para julgar, mediante controle externo, as contas prestadas 
anualmente pelo Presidente da República é do 
(A) Congresso Nacional. 
(B) Supremo Tribunal Federal. 
(C) Tribunal de Contas da União. 
(D) Senado Federal. 
(E) Conselho Nacional de Justiça. 
 
Compete ao TCU apreciar (e não julgar) as contas prestadas anualmente 
pelo Presidente da República, mediante parecer prévio. Entretanto, é da 
competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as contas 
prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a 
execução dos planos de governo. 
Resposta: Letra A 
 
17) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) O controle externo, a cargo do 
Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas 
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da União, ao qual compete apreciar as contas prestadas pelo 
Presidente da República 
(A) anualmente mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em 
sessenta dias a contar de seu recebimento. 
(B) anualmente mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em 
trinta dias a contar de seu recebimento. 
(C) semestralmente mediante parecer que deverá ser elaborado em 
trinta dias a contar de seu recebimento. 
(D) trimestralmente mediante parecer prévio que deverá ser elaborado 
em sessenta dias a contar de seu recebimento. 
(E) semestralmente mediante parecer prévio que deverá ser elaborado 
em sessenta dias a contar de seu recebimento. 
 
No âmbito federal, consoante o art. 71 da CF/1988, o controle externo, a cargo 
do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da 
União, ao qual compete apreciar as contas prestadas anualmente pelo 
Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser 
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento. 
Resposta: Letra A 
 
18) (FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Em relação às competências, 
considere as assertivas abaixo. 
I. Compete ao Tribunal de Contas da União representar ao Poder 
competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
II. Compete ao Congresso Nacional fiscalizar as contas nacionais das 
empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de 
forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. 
III. Compete ao Congresso Nacional aplicar aos responsáveis, em caso 
de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções 
previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa 
proporcional ao dano causado ao erário. 
Está correto o

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