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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
LARISSA COSTA FERREIRA
PADRÃO DE CONSERVAÇÃO DE MEDICAMENTOS ENTRE USUÁRIOS DE UNIDADES DE ATENÇÃO BÁSICA DO DISTRITO SANITÁRIO ITAQUI-BACANGA, SÃO LUÍS, MARANHÃO 
São Luís 
2018
LARISSA COSTA FERREIRA
PADRÃO DE CONSERVAÇÃO DE MEDICAMENTOS ENTRE USUÁRIOS DE UNIDADES DE ATENÇÃO BÁSICA DO DISTRITO SANITÁRIO ITAQUI-BACANGA, SÃO LUÍS, MARANHÃO 
Projeto de monografia apresentado a Coordenação do Curso de Farmácia, da Universidade Federal do Maranhão para apreciação, como requisito para realização do trabalho de conclusão de curso.
Orientadora: Profa. Dra. Serlyjane Penha Hermano Nunes
São Luís
2018
______________________________________________________________________
Orientador (a) Prof. (a). Dra. Serlyjane Penha Hermano Nunes 
______________________________________________________________________
Discente. Larissa Costa Ferreira
1. INTRODUÇÃO 
A Atenção Farmacêutica refere-se às atividades específicas do farmacêutico no âmbito da atenção à saúde; é um modelo desenvolvido no contexto da Assistência Farmacêutica. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades biopsicossociais, sob a óptica da integralidade das ações de saúde (BOVO, 2009). 
Dentro deste novo contexto de prática profissional, no qual a preocupação com o bem-estar do paciente passa a ser a viga mestra das ações, o farmacêutico assume papel fundamental somando seus esforços aos dos outros profissionais de saúde e aos da comunidade para a promoção da saúde (VIEIRA, 2007). 
A prática de guarda de medicamentos nas residências é um hábito comum na população brasileira. Tal prática pode desencadear o surgimento de diversos agravos à saúde, principalmente quando o seu armazenamento favorecer o consumo irracional, a reutilização de prescrições, aumentar os riscos as exposições intencionais e não-intencionais e facilitar a automedicação que poderá ocasionar o aparecimento dos efeitos indesejáveis e o mascaramento de diversas patologias (MESSIAS, 2012; TOURINHO, 2008). 
Adicionalmente, a população desconhece os riscos inerentes à má utilização e ao armazenamento doméstico de medicamentos, tal displicência com a “farmácia caseira” pode afetar a efetividade e a segurança dos medicamentos (FERNANDES; PETROVICK, 2004). Quando armazenados de forma incorreta, em locais quentes e úmidos, como cozinha e banheiro ou em ambientes com incidência direta da luz, podem ocorrer alterações na composição (química, física e microbiológica) dos medicamentos, com a diminuição da efetividade terapêutica ou elevação do risco de efeitos tóxicos de acordo com o tipo de degradação sofrida pelo fármaco ((MARGONATO; THOMSON; PAOLIELLO, 2008; BRASIL, 2010).
Além disso, como consequências da sobra de medicamentos, muitos destes produtos acabam sendo descartados de forma inadequada, sendo um fato preocupante, uma vez que dependendo do grau de toxicidade, podem causar contaminação ao meio ambiente. Nesse sentido, os medicamentos não devem ter a mesma destinação final de resíduos comuns (lixo domiciliar) (VAZ; FREITAS; CIRQUEIRA, 2011). Além dos problemas relacionados ao ambiente, outro fato decorrente do descarte inadequado de medicamentos são os riscos à saúde de crianças ou pessoas que possam reutilizá-los (BILA; DEZOTTI, 2003; SERAFIM et al., 2007).
Diante disso, é justificável a necessidade de orientação por parte dos profissionais da saúde quanto à utilização, armazenamento e descarte correto dos medicamentos no intuito de promover seu uso seguro, evitar consequências indesejáveis ao meio ambiente e riscos à saúde do usuário (DIEHL, 2012). 
Este projeto foi criado para caracterizar aspectos e problemas de saúde relacionados à utilização, conservação e armazenamento de medicamentos entre usuários da atenção básica, analisando o nível de conhecimento de usuários da rede assistencial de saúde da capital do estado do Maranhão, São Luís, através de entrevistas realizadas em unidades básicas de saúde localizadas no Distrito Sanitário Itaqui-Bacanga e nas residências dos usuários da atenção básica acompanhados por Agentes Comunitários de Saúde. 
O Brasil possui um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, o SUS, sendo o único a garantir assistência integral e completamente gratuita para a totalidade da população. O SUS conta com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros profissionais. Porém, a disponibilidade de farmacêuticos associados à promoção, prevenção e tratamento de saúde e à atenção contínua de indivíduos, famílias e comunidades ainda é uma realidade pouco observada na Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde do Brasil (MS, 2002; PINHEIRO, 2010). 
Muitas vezes os pacientes compram os medicamentos prescritos sem saber qual a finalidade, além de não utilizar e armazenar corretamente os medicamentos por falta de orientação. Essa prática interfere diretamente na eficácia do tratamento, pois se o medicamento não for utilizado no horário e doses corretas, não atingirá o efeito desejado. Além disso, se o medicamento for armazenado de forma indevida, sendo exposto à condições desfavoráveis, pode interferir nas características físico-químicas dos fármacos, interferindo no seu funcionamento. 
Desse modo, com o presente estudo, cuja população alvo são os usuários da rede de atenção primária à saúde do município de São Luís, pretende-se responder as seguintes questões:
Os medicamentos estão armazenados em um local adequado? 
Há realização periódica da limpeza do local de armazenamento? 
Qual o destino dado às sobras de medicamentos?
Os usuários realizam o controle periódico da data de validade dos medicamentos?
Os usuários recebem orientação sobre como armazenar corretamente os seus medicamentos em ambiente domiciliar?
Os medicamentos estão expostos à luz, umidade e calor?
Os medicamentos encontram-se limpos, sem poeiras?
Os medicamentos estão armazenados de forma segura, com tampas e em local alto?
Qual o número de medicamentos estocados? 
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Medicamento é “toda substância ou composição que possua propriedades curativas ou preventivas das doenças e seus sintomas, do homem e do animal, com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou a instaurar, corrigir ou modificar as suas funções orgânicas” (FAGUNDES, 2008). No entanto, devido a falhas no sistema público nacional e a carência de acesso dos usuários de medicamentos aos profissionais capazes de informa-los sobre a forma correta de utilizar, armazenar e conservar estes, surge uma problemática: o uso irracional de medicamentos.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), automedicação é a utilização de medicamentos por conta própria, ou por indicação de pessoas não habilitadas para o tratamento de doenças, cujos sintomas são percebidos pelo usuário sem avaliação do profissional de saúde, médico ou odontólogo, e ainda segundo o Instituto Virtual de Fármacos do Rio de Janeiro (IVFRJ) complementa-se o conceito de automedicação introduzindo a utilização de medicamentos sem tarja e isentos de receita médica, conhecidos como OTCs (over the counter que significa “sobre o balcão”). (NASCIMENTO, VALDÃO, 2012).
Os medicamentos remanescentes de tratamentos anteriores e os incentivos de consumo da mídia são alguns dos fatores responsáveis por estimular o uso rotineiro, fazendo com que grande parte da população brasileira possua medicamentos em suas residências, acumulando-os em um estoque domiciliar denominado “farmácia caseira” (GASPARINI, FRIGIERI 2011; BUENO, WEBER, & OLIVEIRA, 2009). 
Alguns estudos realizados no Brasile em outros países vêm demonstrando que o acúmulo de medicamentos em casa é uma realidade. Em pesquisa realizada no Rio Grande do Sul em uma área de abrangência da Estratégia Saúde da Família, Laste et al. (2012) verificaram medicamentos estocados em 98,7% das residências. Na Jordânia, país situado no oriente médio, encontraram-se medicamentos armazenados em todas as 219 residências selecionadas para a pesquisa (ABUSHANAB, SWEILEH &WAZAIFY, 2013), o que demonstra que o armazenamento de medicamentos é um hábito entre diversas culturas. 
Em seu estudo, Abushanab, Sweileh & Wazaify (2013) analisaram os fatores associados ao número de medicamentos estocados em domicílios, onde encontraram correlação positiva entre número de medicamentos estocados e o tamanho da família, renda e grau de estudo familiar. Portanto, famílias que possuem um maior grau escolar podem ser menos propensas a acumular um maior número de medicamentos, além de se preocuparem com as dosagens e validade dos mesmos. 
Segundo Balk et al., (2015), armazenar medicamentos nos domicílios tornou-se uma prática comum, podendo representar um potencial risco para o surgimento de agravos a saúde. Os locais mais comuns de armazenamento de medicamentos são gavetas, dispensas, pias, dentro de caixas ou de armários. O tempo de armazenamento depois de aberto é ignorado, assim como a sua exposição a altas temperaturas, luz solar ou artificial e umidade. 
O armazenamento de medicamentos em ambiente domiciliar pode parecer uma prática inofensiva, porém problemas têm sido relatados, tais como: automedicação, intoxicações, condições de armazenagem inadequadas, exposição ao alcance de crianças, presença de medicamentos fora do prazo de validade e desperdício de medicamentos (LUCAS et al., 2014).
Os medicamentos necessitam de condições específicas de armazenamento para manterem as suas propriedades, garantindo a eficácia terapêutica. Devem estar armazenados de acordo com os padrões técnicos recomendados pelo fabricante. No ambiente domiciliar, devem seguir as informações contidas na embalagem e/ou rótulos. A conservação de um medicamento define a sua estabilidade, ou seja, a qualidade do produto. Quando mal armazenado, pode se transformar em uma ameaça ao usuário (PINHEIRO, 2004). 
Pressupondo que a guarda de medicamentos nos domicílios é inevitável, a população deve atentar-se para as condições apropriadas para armazenamento, que inclui refrigeração para produtos termolábeis, espaço, iluminação e ventilação adequados, bem como controle de temperatura e distante do alcance de crianças. É de extrema relevância informar e conscientizar os usuários quanto à importância da correta armazenagem, visto que as condições de umidade e o excesso de calor favorecem a degradação dos fármacos (JASSIM, 2010; ABUSHANAB, SWEILEH & WAZAIFY, 2013).
Nesse contexto, o farmacêutico faz-se necessário na atuação de um ponto muito importante, que é o de facilitar a relação medicamento/paciente, onde é o seu dever fornecer as informações necessárias para o paciente sobre como devem ser armazenados e conservados esses medicamentos. 
4. OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral
Identificar os padrões de armazenamento e conservação de medicamentos realizada por usuários da atenção básica de São Luís, Distrito Sanitário Itaqui-Bacanga.
4.2 Objetivos Específicos
Caracterizar a população em estudo segundo as variáveis demográficas, socioeconômicas e de assistência à saúde;
Identificar os locais e as características de armazenamento dos medicamentos;
Identificar a periodicidade de limpeza do local de armazenamento de medicamentos;
Identificar a presença de insetos ou roedores entre os medicamentos;
Analisar se os medicamentos estão expostos a condições desfavoráveis para a conservação dos medicamentos. 
Identificar se o entrevistado recebe ou recebeu orientação sobre como armazenar seus medicamentos. 
5. MATERIAIS E MÉTODOS 
5.1 Tipo de estudo 
Trata-se de um estudo de campo, de base populacional e corte transversal, baseado em documentação direta, no qual o levantamento de dados é realizado no local onde ocorrem os fenômenos, com o objetivo de obter informações sobre um problema, confirmar uma hipótese, ou descobrir novas relações entre fatos por meio da observação. As grandes vantagens deste tipo de estudo sobre os demais são a capacidade de inferência dos resultados observados para uma população definida no tempo e no espaço, o baixo custo, o alto potencial descritivo e simplicidade analítica (KLEIN; BLOCH, 2009; ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 2003).
5.2 Período e local de estudo 
O estudo é realizado no Distrito Sanitário Itaqui-Bacanga do município de São Luís, localizado na zona urbana. O referido trabalho trata-se de um recorte do projeto “Utilização, conservação e armazenamento de medicamentos entre usuários de atenção básica”. Segundo dados de 2010 do Censo Demográfico realizado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de São Luís possuía aproximadamente 835 km2, contava com uma população de 1.014.837 habitantes, e para 2014 estimava-se 1.064.197 habitantes. Situado na ilha de Upaon-Açu, Região Costeira do Estado, limita-se ao norte com o Oceano Atlântico, ao sul, com a baía de São José e o Estreito dos Mosquitos, a leste com a baía de São José e a oeste com a baía de São Marcos, e faz parte da mesorregião do norte maranhense, e da microrregião da aglomeração urbana de São Luís-MA (IBGE, 2015).
5.3 População de estudo 
A população-alvo deste estudo é constituída por usuários da Atenção Primária à Saúde do Distrito Sanitário Itaqui-Bacanga, município de São Luís – MA. O município está dividido administrativamente em sete distritos sanitários: (1) Centro, (2) Itaqui-Bacanga, (3) Coroadinho, (4) Cohab, (5) Bequimão, (6) Tirirical e (7) Vila Esperança que apresentam em média, cada um, 50 localidades.
5.4 Plano de amostragem 
O público alvo da pesquisa são os usuários da rede pública de saúde do município de São Luís, MA, no âmbito da Estratégia em Saúde da Família (ESF). A obtenção do número amostral foi calculada com base no total de indivíduos cadastrados na ESF das unidades de saúde do Distrito Sanitário Itaqui-Bacanga, dentre os quais foram selecionados aqueles maiores de 18 anos. O tamanho amostral foi estimado considerando-se intervalo de confiança de 90%, desvio-padrão de 0,5 e erro tipo I de 10%. 
5.4.1 Critérios de inclusão 
Ser cadastrado como paciente da Estratégia de Saúde da Família do Distrito Itaqui-Bacanga;
Ter idade igual ou superior a 18 anos.
5.5 Coleta de dados 
O início das atividades foi marcado por um extenso levantamento bibliográfico sobre o tema da pesquisa. Os pesquisadores mantiveram encontros periódicos como parte das atividades do GEAPSQ (Grupo de estudos em atenção primária a saúde e qualidade de vida), conduzidos pela coordenadora da pesquisa, estimulando os alunos iniciantes no ambiente da pesquisa e levando-os a um maior nível de entendimento sobre os medicamentos e as complexidades que envolvem sua utilização, conservação e armazenamento.
Uma estratégia eficiente para o alcance dos objetivos propostos tem sido a utilização de um questionário semiestruturado, com base em informações coletadas de diversos artigos científicos, teses e dissertações, visando avaliar os problemas de saúde da população cadastrada atendida na Unidade de Saúde e caracterizar a utilização dos medicamentos por estes. Houve uma etapa de treinamento com esse material elaborado entre os pesquisadores para encontrar erros de concordância, clareza na condução das questões, objetividade das questões e outros pormenores, com o intuito de obter uniformidade na realização das entrevistas. 
A coleta de dados é realizada por meio da técnica de observação direta, sistemática e entrevista padronizada, por pesquisadores treinados, utilizando-se um questionário elaborado pelos pesquisadores. 
Foi realizado um estudo piloto com vistas a determinar o tempo gasto para responderas questões, estimado em 30 minutos, e de testar o instrumento de coleta de dados, adequando-os aos objetivos propostos, identificando falhas e fazendo as modificações necessárias, garantindo assim, rigor metodológico.
As visitas do pesquisador às residências dos entrevistados são acompanhadas pelo ACS (Agente Comunitário de Saúde) responsável pela área, onde este profissional apresenta o pesquisador para os entrevistados a fim de que os pesquisadores posteriormente possam retornar à residência e coletar os dados da farmácia caseira. 
Os dados coletados são disponibilizados em planilhas de bancos de dados e neste trabalho serão exploradas as questões acerca dos padrões de armazenamento de medicamentos em ambiente domiciliar, que correspondem às partes C (armazenamento e conservação) e D (farmácia caseira) do questionário utilizado na coleta de dados. Esses tópicos pretendem verificar se os medicamentos são armazenados corretamente nos domicílios e se estão expostos a condições desfavoráveis à sua estabilidade físico-química e microbiológica. 
5.6 Instrumento de coleta de dados 
O instrumento utilizado para obtenção dos dados é um questionário semiestruturado, com perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha. Este organiza-se em três blocos, os quais abordaram os seguintes aspectos: A – Caracterização da população (10 itens); B – Utilização de medicamentos (13 itens); C – Conservação e Armazenamento de medicamentos (7 itens); D- Farmácia Caseira (7 itens). Neste trabalho serão exploradas as partes C e D do questionário. 
5.7 Aspectos administrativos e éticos 
O projeto no qual este projeto está contido foi submetido à apreciação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão e aprovado sob parecer de número 1. 249. 825, em cumprimento aos requisitos exigidos pela Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde (ANEXO 1). 
Todos os participantes são informados a respeito da finalidade do estudo por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), por estes lido e esclarecido, para consentimento e assinatura, com garantia do anonimato dos sujeitos entrevistados. 
5.8 Análise estatística dos dados
	Os dados coletados serão organizados em um banco eletrônico no programa Microsoft Excel®. Após a validação da digitação, mediante dupla conferência será realizada a análise estatística utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 16.0. As variáveis quantitativas serão apresentadas por meio de média e desvio padrão. 
6. RESULTADOS ESPERADOS 
Espera-se com a aplicação do referido projeto caracterizar a conservação e armazenamento de medicamentos no Distrito Sanitário Itaqui-Bacanga, e detectar os possíveis problemas relacionados ao tema em estudo nos domicílios dos pacientes entrevistados.
REFERÊNCIAS
ABUSHANAB, A. S; SWEILEH, W. M; WAZAIFY, M. Storage and wastage of drug products in Jordanian Households: a cross-sectional survey. Int. J. Pharm. Pract. 21(3): 185–191, 2013.
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: <www.anvisa.gov.br/propaganda/folder/usoindiscriminado>. Acesso em 13 jul. 2018
BALK, R. D. S et al. Avaliação das condições de armazenamento de medicamentos em domicílios do município de Uruguaiana - RS. Saúde (Santa Maria), Rio Grande do Sul, v. 41, n. 2, p.233-240, jun. 2015.
BILA, D. M.; DEZOTTI, M. Fármacos no meio ambiente. Química Nova, São Paulo, v. 26, n. 4, p. 523-530, 2003.
BOVO, F; WISNIEWSKI, P; MORSKEI, M.L.M. Atenção Farmacêutica: papel do farmacêutico na promoção de saúde. Biosaúde, Londrina, v. 11, n. 1, p. 43-56, jan./jun. 2009. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diário Oficial da União, Brasília, 3 ago. 2010b.
BUENO, C. S; WEBER, OLIVEIRA, K. R. Farmácia caseira e descarte de medicamentos no bairro Luiz Fogliatto do município de Ijuí – RS. Rev. Ci. Farm. Básica e Aplic. 30(2): 75–82, 2009.
DIEHL, B. Descarte de resíduos de medicamentos de consumidores de uma farmácia privada do Vale do Rio dos Sinos. 2012. 34 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Farmácia) - Universidade Feevale, Novo Hamburgo, 2012.
FAGUNDES, Barbara. AUTOMEDICAÇÃO NÃO É SOLUÇÃO. 2008. 20 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, Unidade de Ensino Joinville, Joinville, 2008.
FERNANDES, L. C.; PETROVICK, P. R. Os medicamentos na farmácia caseira. In: SCHENKEL, E. P; MENGUE, S. S; PETROVICK, P. R. Cuidados com os medicamentos. 4ª. Ed. Florianópolis/Porto Alegre: Editora da UFSM/Editora da UFRGS, 2004.
GASPARINI J. C, GASPARINI A. R, Frigieri M. C. Estudo do descarte de medicamentos e consciência ambiental no município de Cataduva-SP. Ci. Tecnol.FATEC-JB. 2(1): 38–51, 2011.
I ENCONTRO CIENTÍFICO DO PNAP/UEG, 1., 2012, Goiânia. Automedicação: Educação Para Prevenção. Goiânia, Goiás: Ciegesi, 2012. 17 p.
Instituto Virtual dos Fármacos do Rio de Janeiro. IVFRJ on line 12ª edição www.ivrj.ccdecania.ufrj.br disponível em 13/07/2018.
JASSIM, A. M. In-home drug storage and self-medication with antimicrobial drugs in Basrah, Iraq. Oman Med. J. 25(2): 79–87, 2010.
LASTE, G; DEITOS, A; KAUFFMANN, C; CASTRO, L. C, TORRES, I. L. S, FERNANDES, L. C. Papel do agente comunitário de saúde no controle do estoque domiciliar de medicamentos em comunidades atendidas pela Estratégia de Saúde da Família. Ci. Saúde Col. 17(5): 1305–12, 2012.
LUCAS, A. C. D. S et al. Estoque domiciliar e consumo de medicamentos entre residentes no bairro de Aparecida, Manaus-Amazonas. Rev. Bras. Farm., Manaus, v. 91, n. 3, p.867-888, mar. 2014.
MARGONATO, F. B.; THOMSON, Z.; PAOLIELLO, M. M. B. Determinantes nas intoxicações medicamentosas agudas na zona urbana de um município do Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 333341, 2008.
MESSIAS, M.C.F. Farmácia Caseira: como garantir a qualidade dos medicamentos armazenados? São Paulo, 2012. 
PINHEIRO, L. D. A. Armazenamentos de medicamentos em casa. 2004. 62 f. TCC (Graduação) - Curso de Farmácia, Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde - Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2004.
SERAFIM, E. O. P.; DEL VECCHIO, A.; GOMES, J.; MIRANDA, A.; MORENO, A. H.; LOFFREDO, L. M. C.; SALGADO, H. R. N.; CHUNG, M. C. Qualidade dos medicamentos contendo dipirona encontrados em residências de Araraquara e sua relação com a atenção farmacêutica. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 203-210, 2007.
SCHENKEL, E. P.; MENGUE, S. S.; PETROVICK, P. R. Cuidados com os medicamentos. 4. ed. Porto Alegre: UFRS; Florianópolis: UFSC, 2004. p. 39-42.
TOURINHO, F. S. V. et al. Farmácias domiciliares e sua relação com a automedicação em crianças e adolescentes. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 84, n. 5, out. 2008.
VAZ, K. V.; FREITAS, M. M.; CIRQUIERA, J. Z. Investigação sobre a forma de descarte de medicamentos vencidos. Cenarium Pharmacêutico, Brasília, ano 4, n. 4, p. 3-27, 2011.
VIEIRA, F. S. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.12, n.1, jan./mar. 2007.
WELLS J. Pré-formulação farmacêutica. In: AULTON M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed; 2005. p.125-148.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES
	ATIVIDADES
	2018.2
	Meses
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Levantamento bibliográfico
	x
	x
	x
	x
	x
	Elaboração do projeto
	x
	x
	
	
	
	Submissão ao Colegiado do Curso
	
	x
	
	
	
	Análise dos resultados
	
	
	x
	x
	
	Redação final do trabalho
	
	
	
	x
	
	Defesa
	
	
	
	
	X
ORÇAMENTO PREVISTO
	MATERIAL DE CONSUMO
	
	QUANTIDADE
	VALOR UNITÁRIO
	VALOR TOTAL
	
	Papel A4
	4
	R$ 12,00
	R$ 48,00
	Impressão de ofícios, questionários, relatórios, TCLEs
	Kit para coleta de dados (lápis, borracha, caneta)
	3
	R$ 10,00
	R$ 30,00
	Coleta de dadosTOTAL
	 
	 
	R$ 78,00
	 
O projeto de pesquisa previu execução a baixo custo, tendo em vista que é executado a partir do preenchimento de questionários e de Termos de Consentimento. As cópias referentes a tais documentos foram produzidas na gráfica universitária, que também disponibiliza os papeis para sua impressão. O deslocamento dos pesquisadores, bem como o material necessário à coleta de dados se dá com recursos próprios do pesquisador proponente, tendo em vista a não obtenção de financiamento por agências de fomento, de modo que não comprometa a execução do projeto.
APÊNDICE
APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Utilização, conservação e armazenamento de medicamentos entre usuários na atenção básica
Você está sendo convidado a participar da pesquisa que estamos desenvolvendo, cujo nome é “Utilização, conservação e armazenamento de medicamentos entre usuários na atenção básica”, que está sendo realizada sob coordenação da professora Serlyjane Penha Hermano Nunes, da Universidade Federal do Maranhão.
O objetivo desta pesquisa é estudar aspectos relacionados à utilização, armazenamento e conservação de medicamentos entre usuários da rede de atenção básica de saúde do município de São Luís. O estudo é de grande importância para o município de São Luís, pois poderá ajudar a aprofundar os conhecimentos acerca dos cuidados tomados em relação à utilização de medicamentos, sua conservação e armazenamento, permitindo que os profissionais da saúde tenham subsídios para orientar os pacientes atendidos na rede pública de saúde, de modo a garantir sucesso no tratamento medicamentoso.
Se você concordar em participar da pesquisa responderá um questionário contendo perguntas sobre a forma como você utiliza medicamentos, como os conserva e os guarda em sua casa. Após a entrevista será realizada uma breve orientação sobre os cuidados que você deve ter com os medicamentos que utiliza.
Durante a resposta ao questionário é possível que você se sinta constrangido com alguma questão apresentada. Neste caso você não será obrigado a respondê-la e sua vontade será respeitada. Todas as informações serão mantidas em sigilo e serão analisadas seguindo técnicas adequadas. Os resultados deverão ser divulgados cientificamente em revistas e reuniões científicas. Você não será, em momento algum, identificado (a). O questionário será identificado apenas por números.
Sua participação não é obrigatória, mas é muito importante. A qualquer momento você poderá desistir de participar da pesquisa, como também poderá se recusar a responder quaisquer das questões que lhe cause qualquer desconforto. Isto não trará nenhum prejuízo em sua relação com os pesquisadores ou com a instituição.
Não haverá nenhum gasto com sua participação como também não receberá nenhum pagamento. Se concordar em participar, favor assinar as duas vias deste documento no final da página. Uma das vias ficará com você e a outra com o pesquisador.
Caso queira entrar em contato após a realização do estudo ou a qualquer momento para solicitar esclarecimentos, você pode entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, órgão que analisa os projetos que envolvem pesquisas com seres humanos, ou diretamente com a coordenadora da pesquisa utilizando as formas disponíveis abaixo:
São Luís, MA _____/_____/_____
 _____________________________ ____________________________
 Assinatura entrevistado				Assinatura do Pesquisador
ANEXO
ANEXO A – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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