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Conflito de Direitos fundamentais

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Conflito de Direitos fundamentais 
Diante da Constituição Federal de 1988 tem como preceito um extenso rol de direitos fundamentais que representam um conjunto de direitos considerados imprescindíveis para uma existência digna de qualquer ser humano submetido à ordem jurídica. Têm como fundamento material o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, sendo este princípio o núcleo essencial dos direitos fundamentais.
Em que pese alguns desses direitos protegidos pela Constituição Federal serem aparentemente contraditórios entre si, eles revelam valores igualmente importantes para a proteção da dignidade da pessoa humana. Dentre tais direitos fundamentais previstos pela Constituição estão o direito à liberdade de expressão e comunicação e o direito à privacidade.
Diante de conflitos entre direitos fundamentais potencialmente contraditórios entre si, mas igualmente relevantes para o ordenamento jurídico, revela-se necessário buscar possíveis soluções para solver tais conflitos, observando os preceitos máximos constitucionais.
 A exemplo desses conflitos tem-se o conflito entre a liberdade de expressão e o direito a privacidade. De acordo com Constituição Federal de 1988 assegura a liberdade de expressão no art. 5º, IV, ao estabelecer que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, bem como no inciso XIV do mesmo artigo, no qual “é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”.
É garantida ainda no art. 220 da Constituição Federal, ao dispor que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”. Já no direito a privacidade a Constituição Federal prevê, de forma explícita, no seu art. 5º, inciso X, que são invioláveis a honra, a intimidade, a vida privada e a imagem das pessoas, sendo assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente da violação desses direitos.
Os referidos direitos possuem caráter dúplice, ao que passo que são direitos fundamentais garantidos no artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal de 1988, bem como direitos da personalidade, nos termos do que dispõe o artigo 21 do Código Civil. A princípio, tais direitos foram considerados como direitos subjetivos da personalidade, com eficácia no âmbito privado, mas posteriormente foram assegurados a nível constitucional. Haverá colisão entre os próprios direitos fundamentais quando o exercício de um direito fundamental por parte de um titular colide com o exercício do direito fundamental por parte de outro titular.
Quanto às formas de resolver a colisão de direitos fundamentais, há que se verificar se a solução dessa colisão é confiada ao legislador, o que ocorre quando o texto constitucional remete à lei ordinária a possibilidade de restringir os direitos fundamentais assegurados constitucionalmente. Com efeito, se pelo menos para um dos direitos fundamentais colidentes for previsto pela Constituição a reserva de lei, será possível que o legislador solucione o conflito restringindo o direito sujeito à reserva de lei, não podendo violar o núcleo essencial dos direitos envolvidos. Ao revés, não havendo previsão constitucional de reserva de lei para os direitos fundamentais colidentes, caberá ao Poder Judiciário solucionar o conflito. Sendo assim, Havendo conflito entre regras, o problema se resolverá em termos de validade. As duas normas conflitantes não podem conviver simultaneamente no ordenamento jurídico e apenas uma delas pode ser declarada válida e pertencente ao ordenamento jurídico. Para solucionar o conflito aparente entre as regras jurídicas, subsistem três critérios, quais sejam, o cronológico, o hierárquico e a especialidade

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