Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hidráulica aplicada Operação de múltiplas bombas centrífugas e cavitação (Aula 8) MKT-MDL-02 Versão 00 Maceió-AL, 2019 Prof. Altair Maciel de Barros O que vimos na aula passada? MKT-MDL-02 Versão 00 Bomba hidráulica MKT-MDL-02 Versão 00 Parâmetros hidráulicos 𝐻𝑚 = ℎ2 − ℎ1 + 𝑣2 2 2 ∙ 𝑔 + ∆𝐻1−2 𝐷𝑟 = 1,3 ∙ 𝑡 1 4 ∙ 𝑄 𝐷𝑟 = 𝑘 ∙ 𝑄 𝑃 = 𝛾 ∙ 𝑄 ∙ 𝐻𝑚 𝜂𝑀 ∙ 𝜂𝐵 • Altura manométrica (Hm); • Diâmetro da tubulação (Dr e Ds); • Potência hidráulica (P). Curvas características de bombas MKT-MDL-02 Versão 00 Curva Hm versus Q Curva P versus Q Curva n versus Q Seleção de bombas hidráulicas MKT-MDL-02 Versão 00 H (m) Escolha da bomba utilizando o catálogo de fabricantes de bombas hidráulicas: • Seleção da bomba • Verificação da potência; • Verificação do rendimento Operação de múltiplas bombas centrífugas MKT-MDL-02 Versão 00 Operação de múltiplas bombas centrífugas MKT-MDL-02 Versão 00 Quando não é possível suprir as exigências somente com um bomba hidráulica, adota-se a associação de bomba em série ou em paralelo. Razões técnicas: • Desnível elevado; • Vazão fornecida por uma bomba é insuficiente. Razões econômicas: • Custo e duas bombas menores é inferior ao de uma bomba maior para fazer o mesmo serviço. Bombas em série e bombas em paralelo MKT-MDL-02 Versão 00 Operação de múltiplas bombas centrífugas MKT-MDL-02 Versão 00 Bombas associadas em série: Bombas associadas em paralelo: Sucção de B2 é o recalque de B1 B1 B2 B1 B2 Tubulação que conecta o recalque das bombas B1 e B2: barrilete Bombas em série MKT-MDL-02 Versão 00 Você associaria duas bombas em série para “ganhar” altura manométrica (Hm) ou vazão (Q)? A associação de bombas em série é interessante para “vencer” uma altura manométrica (Hm) muito elevada. Bombas B1 e B2 associadas em série A curva resultante deste tipo de associação é obtida somando as ordenadas (Hm) das curvas características de cada bomba para uma mesma vazão (Q). Bombas em série MKT-MDL-02 Versão 00 Exemplo de associação de bombas em série. Bombas em série MKT-MDL-02 Versão 00 B1 B2 Sucção de B2 é o recalque de B1 → Bombas em série B1 B2 Exemplo de associação de bombas em série. Bombas em série MKT-MDL-02 Versão 00 Sucção de B2 é o recalque de B1 → Bombas em série B1 B2 Bombas em paralelo MKT-MDL-02 Versão 00 Você associaria duas bombas em paralelo para “ganhar” altura manométrica (Hm) ou vazão (Q)? A associação de bombas em paralelo é muito utilizada quando se deseja aumentar a capacidade do sistema em termos de vazão. Bombas B1 e B2 associadas em paralelo A curva resultante deste tipo de associação é obtida somando as abscissas (Q) das curvas características de cada bomba para uma mesma altura manométrica (Hm). Bombas em paralelo MKT-MDL-02 Versão 00 Exemplo de associação de bombas em paralelo. Bombas em paralelo MKT-MDL-02 Versão 00 Tubulação que une os recalques de B2 e B1 (barrilete) → Bombas em paralelo Exemplo de associação de bombas em paralelo. Bombas em paralelo MKT-MDL-02 Versão 00 Tubulação que une os recalques de B2 e B1 (barrilete) → Bombas em paralelo E nesse caso? MKT-MDL-02 Versão 00 Bombas em paralelo Bombas em série Exercício de fixação MKT-MDL-02 Versão 00 Parte 1 Determinar os diâmetros, a altura manométrica e a potência transmitida ao líquido para recalcar 45 l/s, durante 24 h/dia. As tubulações de sucção e recalque têm C = 120 e comprimentos 15 m e 3.000 m, respectivamente. Dados: VR: K = 2,5; RG: K = 0,2; Valv. Pé: K = 1,75; Crivo: K = 0,75; Curva 90°: K = 0,40; Saída da canalização: K = 1,0. Exercício 1 MKT-MDL-02 Versão 00 𝐽 = 10,65 ∙ 𝑄1,85 𝐶1,85 ∙ 𝐷4,87 Exercício 1 MKT-MDL-02 Versão 00 𝐽 = 10,65 ∙ 𝑄1,85 𝐶1,85 ∙ 𝐷4,87 O síndico de um prédio precisa construir um sistema elevatório capaz de transportar água da cisterna para o reservatório superior de 16 000 l, situado em uma cota 22 m acima da cisterna. Sabendo que a rede que transportará a água foi construída de tal forma que a perda de carga total pode ser calculada através da equação ΔH = Q² (em que a perda é dada em m e a vazão em l/s) e que o síndico deseja abastecer o reservatório em 2 h. Dimensione o sistema elevatório dada a circunstância em que as bombas apresentada na figura a seguir são as únicas disponíveis. Qual a potência de cada bomba? Desconsidere as cargas cinéticas. Exercício 2 MKT-MDL-02 Versão 00 Exercício 2 MKT-MDL-02 Versão 00 Exercício 2 MKT-MDL-02 Versão 00 Cavitação MKT-MDL-02 Versão 00 Pressão de vapor MKT-MDL-02 Versão 00 Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio termodinâmico com o líquido que lhe deu origem. A pressão de vapor é uma medida da tendência de evaporação de um líquido. Pressão de vapor MKT-MDL-02 Versão 00 A pressão de vapor é uma propriedade física que depende do valor da temperatura. Quanto maior a temperatura, maior a pressão de vapor. Pressão de vapor MKT-MDL-02 Versão 00 O que você acha que acontece na tubulação de sucção de uma bomba? Redução da pressão Cavitação MKT-MDL-02 Versão 00 Cavitação é o fenômeno de formação de cavas (bolhas) em um líquido devido a redução de sua pressão ao nível da pressão de vapor. A cavitação é um processo semelhante a fervura, em que o líquido vaporiza, diferindo, basicamente, pelo agente causador. Fervura → vaporização do líquido devido ao aumento de temperatura a pressão constante; Cavitação → vaporização do líquido devido ao aumento de pressão a temperatura constante; Cavitação MKT-MDL-02 Versão 00 Qual o problema da cavitação? Parte do líquido se vaporiza Pressão interna da bolha < Pressão externa Pressão interna da bolha > Pressão externa Bolha cresce Pode obstruir o escoamento Bolha pode colapsar Dano ao rotor e parede interna Pressão ≤ Pressão de vapor Cavitação MKT-MDL-02 Versão 00 Quais os principais problemas da cavitação? Queda de rendimento, barulho devido ao colapso das bolhas, danos às pás do rotor, redução do tempo de vida útil da bomba. Cavitação MKT-MDL-02 Versão 00 Quais os principais problemas da cavitação? Queda de rendimento, barulho devido ao colapso das bolhas, danos às pás do rotor, redução do tempo de vida útil da bomba. Cavitação MKT-MDL-02 Versão 00 Como evitar a cavitação? Não reduzir a pressão na tubulação a ponto de ficar abaixo da pressão de vapor do líquido. Avaliação das condições de cavitação e NPSH MKT-MDL-02 Versão 00 Condições de cavitação MKT-MDL-02 Versão 00 ℎ0 + 𝑃0 𝛾 + 𝑣0 2 2 ∙ 𝑔 = ℎ1 + 𝑃1 𝛾 + 𝑣1 2 2 ∙ 𝑔 + ∆𝐻0−1 Aplicando Bernoulli entre os pontos 0 e 1: 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 𝑣0 2 2 ∙ 𝑔 ≈ 0 Pressão absoluta ℎ0 + 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 = ℎ1 + 𝑃1 𝛾 + 𝑣1 2 2 ∙ 𝑔 + ∆𝐻𝑠 + ∆𝐻 ∗ ∆𝐻0−1= ∆𝐻𝑠 + ∆𝐻 ∗ Condições de cavitação MKT-MDL-02 Versão 00 𝑃1 = 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 Na iminência de ocorrer cavitação: 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 = ℎ1 − ℎ0 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝛾 + 𝑣1 2 2 ∙ 𝑔 + ∆𝐻𝑠 + ∆𝐻 ∗ 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 = ℎ𝑠 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝛾 + 𝑣1 2 2 ∙ 𝑔 + ∆𝐻𝑠 + ∆𝐻 ∗ 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 − ℎ𝑠 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝛾 + ∆𝐻𝑠 = 𝑣1 2 2 ∙ 𝑔 + ∆𝐻∗ Condições de cavitação - NPSH MKT-MDL-02 Versão 00 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 − ℎ𝑠 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝛾 + ∆𝐻𝑠= 𝑣1 2 2 ∙ 𝑔 + ∆𝐻∗ Net Positive Succion Head - NPSH Carga líquida positiva de sucção NPSH disponível NPSH requerido Depende do líquido e da instalação Depende da bomba Sob o controle do projetista Informado pelo fabricante Condições de cavitação - NPSH MKT-MDL-02 Versão 00 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 − ℎ𝑠 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝛾 + ∆𝐻𝑠 Net Positive Succion Head - NPSH Carga líquida positiva de sucção 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 = 𝑣1 2 2 ∙ 𝑔 + ∆𝐻∗ Para que não haja cavitação: 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 Condições de cavitação - NPSH MKT-MDL-02 Versão 00 Curva NPSH versus vazão (Q) Aumento de Q Aumento do NPSH requerido NPSH Margem de segurança MKT-MDL-02 Versão 00 NPSH - Margem de segurança MKT-MDL-02 Versão 00 Para que não haja cavitação: Na prática, adota-se uma margem de segurança. 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 O escoamento real é muito mais complexo do que aquele no qual se aplica a equação de Bernoulli. 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 − ℎ𝑠 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝛾 + ∆𝐻𝑠 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 NPSH - Margem de segurança MKT-MDL-02 Versão 00 Para que não haja cavitação, Porto (1999) recomenda: • Folga de, pelo menos, 0,5 m entre NPSHd e NPSHr: Para que não haja cavitação, Baptista e Lara (2003) recomendam: 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 − 0,5 𝑚 ≥ 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 • Folga de, pelo menos, 0,6 m entre NPSHd e NPSHr: 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 − 0,6 𝑚 ≥ 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 • Folga de 20% do valor teórico para o NPSHd: 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 ∙ 0,8 ≥ 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 Algumas recomendações MKT-MDL-02 Versão 00 • Adotar a altura geométrica de sucção (hs) menor possível → “afogar a bomba”; 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 − ℎ𝑠 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝛾 + ∆𝐻𝑠 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 Algumas recomendações MKT-MDL-02 Versão 00 • Bomba afogada Algumas recomendações MKT-MDL-02 Versão 00 • Reduzir as perdas de carga no trecho de sução → evitar provocar mudanças bruscas na direção e geometria da tubulação → se necessário, utilizar redução gradual e curvas de raio longo ao invés de joelhos/cotovelos. 𝑃𝑎𝑡𝑚 𝛾 − ℎ𝑠 + 𝑃𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝛾 + ∆𝐻𝑠 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 Algumas recomendações MKT-MDL-02 Versão 00 • Provocar submergência (h) para evitar formação de vórtices e entrada de ar na tubulação. ℎ > 3 ∙ 𝐷𝑠 Algumas recomendações MKT-MDL-02 Versão 00 • Problemas comuns Nível muito baixo Descarga superior com introdução de ar Entrada causando rotação Algumas recomendações MKT-MDL-02 Versão 00 • Soluções possíveis Exercício de fixação MKT-MDL-02 Versão 00 Parte 2 O NPSH mínimo requerido pelo fabricante de uma bomba é de 7,0 m. Deseja- se bombear água de um reservatório a uma taxa de 0,2832 m³/s. O nível da água no reservatório está a 1,28 m abaixo da bomba. A pressão atmosférica é de 98,62 kN/m² e a temperatura da água é de 20 °C. Assuma que a perda de carga total na sucção é de 1,158 m. A bomba estará a salvo dos efeitos da cavitação? Adote: pv a 20ºC = 2335 Pa Exercício 3 MKT-MDL-02 Versão 00 A bomba mostrada na figura deverá recalcar uma vazão de 30 m³/h com uma rotação de 1750 rpm e, para esta vazão, o NPSH requerido é de 2,50 m. A instalação está na cota 834,50 m e a temperatura média da água é de 20°C. Determine o valor do comprimento x para que a folga entre o NPSH disponível e o requerido seja de 3,80 m. Diâmetro da tubulação 3”, material da tubulação PVC (C = 150, Hazen-Williams). Na sucção existe uma válvula de pé com crivo e um joelho. Adote: Pv = 2354 Pa e Patm = 92410 Pa. Exercício 4 MKT-MDL-02 Versão 00 𝐽 = 10,65 ∙ 𝑄1,85 𝐶1,85 ∙ 𝐷4,87 Exercício 4 MKT-MDL-02 Versão 00 𝐽 = 10,65 ∙ 𝑄1,85 𝐶1,85 ∙ 𝐷4,87 Exercício 4 MKT-MDL-02 Versão 00
Compartilhar